A Palavra de Deus

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DOPAS

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17 de maio de 2012

O DOM DA MATERNIDADE



Todos os dias, a minha casa fica cheia de crianças, filhas dos casais da comunidades, que querem me ajudar a cuidar de meu bebê. Agora, para elas, eu não sou mais a “tia Adelita”, sou a “mãe do Estevão”... Amo ouvir isso! É impressionante como o dom da maternidade está impresso em nossa identidade de mulher. E esse dom é sagrado, vem de Deus...

São Francisco de Assis chamava muitas vezes a Deus de 'Mãe', pois não podia imaginar um amor na terra, mais parecido com o Divino, que o amor maternal.

Creio que na maternidade, está incluída também a graça da sabedoria e discernimento para bem educar e conduzir meu filho no caminho da santidade. Parece-me que, se nós mães de hoje perdemos essa capacidade, essa sensibilidade para ouvir as moções do Espírito nos orientando na educação de nossos filhos, é porque vivemos muito mais preocupadas com o material: se estão bem alimentados, se vão freqüentar uma boa escola, se terão horas de lazer... Preciso tomar cuidado com isso, não posso esquecer que nesta terra, o filho que amo não vai viver mais que 90 anos... E depois? É muito pouco perto de uma eternidade.

Para mim, sinceramente, criar o Estevão para ser santo, num mundo como este em que vivemos, onde a correnteza vai ao contrário, seria uma missão impossível, se eu não pudesse contar com a graça de Deus. Só me resta clamar: Vinde, Espírito Santo! Maria Santíssima, cubra meu filho com o seu manto o protegendo de todos os perigos...

Quando meu pai era jovem, morava na roça, num lugar muito violento, onde nos bailes sempre saía briga e até 'tiroteio'. Minha avó, a 'nona', como a chamávamos, contava que, vendo ele sumir na escuridão da noite para ir nesses bailes, se ajoelhava aos pés da Virgem Maria e clamava por sua segurança, para que voltasse são e salvo para casa. E ia dormir confiante, pois sabia que seu filho estava em boas mãos. Hoje, é assim que me sinto diante do futuro do Estevão: aos pés de Nossa Senhora.

Quando tive a graça de ir a Fátima, em 98, diante das relíquias de Francisco e Jacinta, pedi que eles, fossem os padrinhos do filho que Deus me daria um dia, para que também ele nesta terra fosse um menino santo. E pedi a Nossa Senhora que esse meu filho, amasse e obedecesse ao Seu Filho Jesus.

Agora é que estou entendendo Santa Mônica, que rezou durante 30 anos pela conversão de seu filho Agostinho. Ele ainda era um bebê e seu coração de mãe já sofria de ardor pela sua salvação...

Amor de mãe é um amor doído. Desejei ardentemente o dia de seu Batismo. Desde que soube estar grávida, pedia a Nossa Senhora a graça de o levar são e salvo às águas do Batismo. Quase não consegui dormir na véspera de emoção...

Zélia Martin, que está em processo de beatificação, quando lhe nascia um filho, rezava para que, se não fosse alcançar um dia a salvação, Deus o levasse logo, antes que perdesse a inocência. Ela teve 9 filhos e somente 5 meninas se criaram, entre elas Santa Teresinha do Menino Jesus.

Quando eu soube que estava grávida do Estêvão, no meu coração também rezei assim. Não foi fácil, pois já havia perdido dois filhos. Sem saber, meu marido fez a mesma prece. Imagine agora a nossa alegria com um filhinho lindo no colo, certeza de que tudo de mais precioso que sonhamos para ele está garantido em Deus, que é nossa única segurança.

Agora, só posso agradecer a Ele pela honra de me conceder o dom da maternidade e a alegria de me realizar em minha vocação de mãe. 
Adelita - Comunidade  Canção Nova

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