A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

25 de janeiro de 2011

EVANGELHO DO DIA

Terça-Feira, 25 de Janeiro de 2011
Conversão de São Paulo

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Este texto faz parte do acréscimo tardio (Mc 16,9-20) ao evangelho de Marcos. Pode-se perceber que, na liturgia, foi associado à festa da conversão de São Paulo por dois aspectos: pelo caráter essencialmente missionário do texto e pela alusão ao "pegar em serpentes" como sinal do sucesso na missão, conforme o acontecido com Paulo por ocasião do naufrágio em Malta, segundo a narrativa que se encontra em Atos dos Apóstolos (At 28,3-6). & No texto fica em destaque a dimensão do poder como sendo a grande característica da missão. Assim nos deparamos com o poder excludente, com o destaque da condenação aos que não crerem e não forem batizados. Também vemos a apresentação do missionário bem sucedido como aquele que tem o poder de exorcismo e de milagres. Contudo, a grande novidade em Jesus é a revelação do imenso amor misericordioso de Deus Pai. Deus se despoja do poder para fazer-se amor para conosco. E o amor é humildade, comunicação, e acolhida. O próprio Paulo, por várias vezes em suas cartas, deixa transparecer este amor. "Que preferis? Irei a vós outros com vara ou com amor e espírito de mansidão?". "O amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo". "Sede servos uns dos outros, pelo amor". "O amor é eterno".
José Raimundo Oliva

CRÍTICA E AUTOCRÍTICA

Um dos empecilhos mais complicados para a espiritualidade de um pregador é a auto-crítica. Caiu de moda. São poucos os que a fazem ou que, após uma crítica, amiga ou maldosa, estão dispostas a fazer a auto-crítica, isto é, a conversão e o devido exame de consciência. A tendência é ignorar, ficar chateado, justificar, responder com estatísticas e com outros apoios. Voltar atrás, corrigir, admitir que não foi milagre, que a pessoa não foi curada, re-editar, regravar aquela frase infeliz, admitir que, como foi dito não estava claro, é coisa rara. Há sempre um subterfúgio para que tudo fique como está, para não se corrigir, não voltar atrás e não admitir o erro. 


Somos todos fortemente tentados a manter o que dissemos, cantamos, escrevemos e profetizamos, mesmo quando é evidente que estávamos errados. Vem de longe a caturrice, a dura cerviz e a teimosia dos profetas e pregadores que aceitam profetizar, mas não aceitam que outros profetizem a respeito deles, aceitam pregar, mas não gostam que alguém lhes pregue. 

Alunos que não aceitam a correção dos mestres, professores que ignoram a observação dos colegas, profetas que não admitem que o outro também o seja, especialistas que, de tão especialistas, reagem com ironia quando alguém, não tão especializado, lança-lhe uma pergunta incômoda. Quem não viu e não passou por isso? Se você é um simples licenciado não ouse questionar doutor. Ele sofrerá a tentação de ignorar sua pergunta. Afinal, que tese você defendeu? 

Se ele é tido como profeta no seu movimento e no veículo por ele dirigido ou protagonizado seus adeptos e admiradores perguntarão quem é o sujeito que o critica se é menos famoso? E se o for, falarão de inveja!... Tudo isso porque a correção fraterna e a auto-crítica caíram de moda. Está em alta a auto-estima, pior do que isso, a alta-estima! Digo o que quero, profetizo como Deus me inspira e não aceito mudar. Foi o que houve numa gravadora, quando um grupo cheio de alta-estima e convicto de que tinha uma profecia a viver, negou-se a corrigir o texto de uma canção que a diretora, formada em língua portuguesa e teologia pediu que fosse mudado. O texto dava a entender um velado subordinacionismo. Isto é, o autor dizia e o grupo cantava que " Ó filho que vens depois, nos trouxe quem vem depois de Ti". Descontado o erro de concordância, a intenção era boa. Pretendia dizer que para nós cristãos, o Filho se revelou e a seguir nos revelou o Pai e o Espírito Santo. Mas o texto não dizia isso! O rapaz bateu o pé e disse que o Espírito Santo lhe sugerira aquela frase daquele jeito. À editora não restou senão cancelar a gravação. O grupo não aceitava crítica nem admitiu fazer auto-crítica. Erraram gravemente porque a primeira proposta de João Batista e de Jesus., bem como a primeira atitude de quem de fato recebeu o Espírito é a conversão, o desejo de acertar, o diálogo e a capacidade de se corrigir caso tenha cometido algum erro. Está escancarado nos evangelhos. "Convertei-vos"... Quem não aceita que a Igreja ou irmãos que sabem mais, em nome da Igreja os advirtam e corrijam não entendeu o que é ser profeta. 



Na mística do pregador, não aceitar correção é o mesmo que teimar em atravessar o sinal vermelho. Um dia, acaba esmagado pelo trem da História. Aquele velho e teimoso astrônomo que não aceitou novos telescópios, nem as novas descobertas da astronomia, nem a opinião de seus colegas mais estudiosos, prosseguiu impávido e desatualizado a anunciar como definitivo o que via na sua luneta de l950. Quando viu as fotos do gigantesco Hubble, primeiro não acreditou, depois chorou de frustração ao ver o quanto se fechara no seu pequeno e ultrapassado observatório. Ao não aceitar ver o universo por outros telescópios pregadores da fé correm o mesmo risco. 

Sem auto-crítica acabaremos pregando como em l960, e a falar em "plêiade de moços" " mocidade miriádica" e a chamar Maria de "íris fúlgido", a conclamar os católicos num solene "eia, avante soldados da fé", e a jurar ante o "altar da pátria e da Igreja triunfante, em busca de um futuro e lustroso refulgir na glória celeste"... É, pois é!
 Pe. Zezinho, scj 

A NUVEM E A DUNA.

Uma jovem nuvem fazia sua primeira viagem nos céus, junto com um bando de outras nuvens enormes e fantásticas. 
Quando sobrevoavam o imenso deserto do Saara, as outras nuvens, mais experientes, disseram:"Ande, corra! Se parar aí estará perdida!". 
A nuvem, porém, curiosa como todos os jovens, deslizou para o fundo do bando de nuvens, que mais pareciam uma manada de búfalos em corrida."O que está fazendo? 
Mexa-se!", sibilou o vento atrás dela, tentando empurrá-la. 

Mas a nuvenzinha avistara as dunas de areia dourada: um espetáculo fascinante. 
Planou leve e suavemente sobre elas. 
Uma delas sorriu-lhe: "Oi", cumprimentou. 
Era uma duna muito graciosa, recentemente formada pelo vento, que desarrumava sua reluzente cabeleira. 
"Oi, meu nome é Ola", apresentou-se a nuvem."E o meu, Una", completou a duna. 
"Como vai indo aí embaixo?", perguntou a nuvem curiosa. 
"Muito sol e vento; faz calor, mas dá pra levar. E aí em cima?". "Sol e vento, grandes corridas no céu." "Minha vida é muito breve", disse a duna. 
"Quando vier o vento forte, talvez eu desapareça!" "Isso a entristece?" 
"Um pouco. É como se eu não servisse para nada." "Eu também logo vou virar chuva e cair. É meu destino." 

A duna hesitou um segundo, depois disse: 
"Sabia que a gente chama a chuva de 'paraíso' "? "Não sabia que era tão importante!", riu a nuvem. 
"Já ouvi velhas dunas contarem como a chuva é bonita", disse a pequena duna. 
"Com a chuva a gente se cobre de coisinhas maravilhosas chamadas flores." 
"Ah, é verdade, já vi." 
"Mas acho que nunca as verei... " concluiu melancolicamente a duna. 

A nuvem refletiu por um instante, depois acrescentou: "Eu posso chover em você! Mas aí você morre! 
Mas também vai florir", disse a nuvem. 
Então, deixou-se cair, transformando-se em chuva cintilante. 

No dia seguinte, a pequena duna estava florida. 
Giuliana Martirani 

22 de janeiro de 2011

NOVIDADES!!!!!!

Paz e bem meus irmãos e irmãs. Agora no nosso blog, temos vários lincks com notícias atuais. O que nos possibilita estar informado sobre os diversos fatos do nosso cotidiano. Espero que seja do agrado de todos. É claro que estamos abertos para comentários e sugestões de como melhorarmos este espaço. Este espaço esta na barra de postagens de crônicas. O título é: MANTENHA-SE INFORMADO. Um abrço a todos.

O PARTO DO UNIVERSO.

No princípio, 
o amor tomou conta do coração 
e das entranhas da Mãe Divina. 
Ela ficou grávida e foi gerando, 
em seu seio, este universo. 

Quando chegou a hora, 
a Mãe Divina deu à luz o firmamento, 
os astros e as estrelas, os planetas e os cometas. 

Ao nascer a Terra, suas entranhas comoveram-se:"É muito bonita!" 
disse ela. 
E então chamou o Sol para iluminar e aquecer este planeta escolhido e amado. 
Chamou a Lua e as estrelas para lhe dar mais vida e beleza. 

A Mãe Divina gerou a água e tornou a Terra fecunda. 
E foram nascendo plantas pequenas e grandes, com flores e frutos. 
Surgiram peixes na água e pássaros no céu, animais de toda espécie nas planícies e montanhas, nos campos e florestas. 

E a mãe Divina olhou para o fruto de suas entranhas e viu que tudo era muito belo, sentiu que tudo era muito bom! 

E quis dar à Terra o maior de todos os presentes: a capacidade de amar. 
Por isso, gerou o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança. 
Olhou para eles e disse: "Como se parecem comigo! 
Crescem e cuidem da Terra, façam dela uma habitação agradável". 

A Mãe Divina viu que tudo era muito belo, sentiu que tudo era muito bom! 
E fez uma grande festa para celebrar o nascimento do mundo. 
Delir Brunelli

A CRIAÇÃO.

A Mulher e o Homem sonhavam 
que Deus estava sonhando. 

Deus os sonhava enquanto cantava e agitava seus maracás, envolvido em fumaça de tabaco. E se sentia feliz, e também estremecendo pela dúvida e pelo mistério. Os índios Makiritare sabem que, se Deus sonha com comida, frutifica e dá de comer. 
Se Deus sonha com a vida, nasce e dá de nascer. 

A Mulher e o Homem sonhavam 
que no sonho de Deus aparecia um grande ovo brilhante. 
Dentro do ovo, eles cantavam, e dançavam 
e faziam um grande alvoroço, porque estavam loucos de vontade de nascer. 
Sonhavam que no sonho de Deus a alegria era mais forte que a dúvida e o mistério, 
e Deus sonhando os criava, e cantando dizia: 

- Quero este ovo, e nasce a Mulher, e nasce o Homem, e juntos viverão e morrerão. 
Mas nascerão novamente. 
Nascerão e tornarão a morrer, e outra vez nascerão. 
E nunca deixarão de nascer, porque a morte é uma mentira. 

Eduardo Galeano

Fizeste a tua parte.

Fizeste sempre a tua parte. 
Fui eu que não fiz a minha! 
Deste-me a luz e a graça para eu ser pessoa plena. 
Fui eu que não abri a cortina! 
Deste-me, o tempo todo, a chance de escolher. 
Fui eu que não te escolhi e muitas vezes optei por mim mesmo, porque era mais fácil, mais agradável e parecia mais vantajoso! 

Por isso, Senhor, admito que pequei. 
Foi minha culpa, tão somente a minha culpa. 
Não tenho como acusar os outros nem os que me levaram ao erro e a ciladas. Eu quis. Mas, se tive liberdade para querer pecar, quero ter a liberdade de querer me arrepender, não por medo, mas por amor. 

Quero ser teu porque me amas e não porque poderias castigar-me. Quero ser teu porque me queres no céu e não por medo de passar a eternidade longe de ti. 

Quero amar-te por amor e não por dever ou por medo. Quero amar-te encantado com o ser que és. Concede-me esta graça! 
Pe Zezinho scj 

21 de janeiro de 2011

Evangelho do dia!

Mc 3,13-19

Jesus subiu um monte, chamou os que ele quis, e eles foram para perto dele. Então escolheu doze homens para ficarem com ele e serem enviados para anunciar o evangelho. A esses doze ele chamou de apóstolos. Eles receberam autoridade para expulsar demônios. Os doze foram estes: Simão, a quem Jesus deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu (a estes ele deu o nome de Boanerges, que quer dizer "Filhos do Trovão"); André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o nacionalista; e Judas Iscariotes, que traiu Jesus. 

Comentário do Evangelho
A lista dos "doze" apóstolos parece ter surgido como tradição das primeiras comunidades de judeus convertidos, e que os evangelistas sinóticos incorporaram em seus evangelhos. O número "doze" sugere uma continuidade do novo movimento cristão com as doze tribos de Israel. Jesus é apresentado como um novo Moisés, constituindo um povo novo sobre a terra, sob a égide dos Doze escolhidos. Moisés na montanha (Sinai) recebera a Lei e do alto da montanha (monte Nebo) vislumbra a terra na qual serão instaladas as doze tribos.
Alguns dos nomes citados só aparecem nesta lista. Ao longo dos evangelhos sinóticos só serão mencionados os nomes de Pedro, André, Tiago, João, Mateus (só em Mateus) e Judas Iscariotes, e no evangelho de João só serão mencionados Pedro, André, Filipe, Natanael (Bartolomeu?), Tomé, Judas (Tadeu?) e Judas Iscariotes. O evangelho de João não apresenta a lista dos doze e usa sempre o termo "discípulos", nunca se referindo a "apóstolos", o que sugere uma visão diferenciada do movimento de Jesus, mais como uma novidade surgida a partir da Galiléia do que uma continuidade com o judaísmo que surge na esteira do antigo Israel.

José Raimundo Oliva


É em Jesus que nós cristãos acreditamos.

É em Jesus que nós cristãos acreditamos!
Querem nos impor um outro 'cristo' que não é Jesus. Com muito jeito e com muita persuasão, querem nos fazer esperar outro 'cristo'. Dizem mesmo que a humanidade inteira sempre esperou por um messias, mas não percebeu que não existiu apenas um, mas vários, dentre eles Jesus. Dizem até que Ele permaneceu por trinta anos no Oriente para adquirir conhecimentos. Tudo para confundir os próprios cristãos.

Pura invenção! Os Evangelhos falam claramente da origem de Jesus Cristo: “Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não estão todas conosco?” (Mt 13,55-56a).

Essa é a hora de afirmarmos nossa fé em Jesus, o Filho Único de Deus.Por amor a nós, Ele despojou-se de Sua divindade. Nunca deixou de ser Deus, mas se despojou de Sua natureza divina. Veio ao mundo, fez-se homem como nós: assumiu a nossa humanidade em tudo, menos no pecado (cf. Hb 4,15b).

Tomou nossas dores, nossos trabalhos, nossas dificuldades, nossa pobreza. Passou a vida pregando o Reino de Seu Pai, trazendo-nos a verdade. Foi vítima de Seus inimigos. Tramaram contra Ele, quiseram prendê-Lo, condená-Lo, mas Ele se entregou livremente. Morreu na cruz para comprar vida por vida. Para comprar a nossa vida, Jesus deu a própria vida. Não fomos comprados por ouro ou prata, mas pelo Sangue de Jesus Cristo. É nesse Jesus que nós cristãos acreditamos!

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib

Não sei amar direito.

Perdoa-me Senhor! Não sei amar direito. Acho que nunca saberei. Amo um pouco pessoas que eu não conheço; amo muito algumas pessoas que conheço; amo mais ou menos a maioria dos que conheço e chego a não amar algumas pessoas que me fizeram e ainda querem o meu mal, apesar de todo o bem que eu lhes fiz. 
Ainda não sei perdoar totalmente, amar sem retribuição, amar por amar. Ainda espero gratidão, retribuição e recompensa. Por isso, meu Senhor, estou pedindo a graça de amar sem reservas. Por mim mesmo não sou capaz desse amor. 

Mas tua graça pode me tornar tão santificado que eu possa até retribuir com amor àqueles que não me amam. Sei que ainda não sei amar. Mas Tu que és amor, ensina-me essa parte da vida; eu ainda não a assimilei. 

Foi para isso que eu vim ao mundo, mas ainda não consegui realizar este desígnio. Amo pouco e seletivamente, calculadamente. Ensina-me o verdadeiro jeito, o teu jeito! 
Pe. Zezinho, scj 

Os oceanos são feitos de gotas d'água

Para ser ouvido, fale. 
Para ser compreendido, exponha claramente as suas idéias sem jamais abrir mão daquelas que julga fundamentais apenas para que os outros o aceitem. 

Acima de tudo, busque o prazer antes do sucesso, a auto-realização antes do dinheiro, fazer bem feito antes de pensar em obter qualquer recompensa. 

Nenhum reconhecimento externo vai substituir a alegria de poder ser você mesmo: "status" é comprar coisas que você não quer com o dinheiro que você não tem a fim de mostrar para gente que você não gosta uma pessoa que você não é. 

Nada tem graça se não for bom para o seu corpo, leve para o seu espírito e agradável para o seu coração. 
Para conseguir, tente sem pensar que o êxito virá logo da primeira vez. 

Cuide de ter saúde, energia, paciência e determinação para continuar tentando quantas vezes forem necessárias. 

Mas ao perceber que já fez tudo o que pôdeou até mesmo um pouco além mude de alvo para não se tornar, em vez de um vitorioso, apenas mais um teimoso. 

Para poder recomeçar sempre, perdoe-se pelos fracassos e erros que cometer, aprenda com eles e, a partir deles, programe suas próximas ações. 

Nunca se deixe iludir que será possível fazer tudo num dia só ou quando tiver todos os recursos: tal dia nunca virá. 

Para manter-se motivado, sonhe. 
Para realizar, planeje, pensando grande e fazendo pequeno, um pouco a cada dia e todos os dias um pouco, porque são pequenas gotas d'água que fazem todo grande oceano. 
Autor desconhecido

18 de janeiro de 2011

Evangelho do dia



Marcos 2,23-28
Terça-Feira, 18 de Janeiro de 2011
2ª Semana Comum - Pelos cristãos leigos - 12

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fari­seus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”
25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”.
27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária

Será que Jesus é o Senhor dos nossos domingos? A lei que Deus imprimiu no nosso coração é a lei do amor, portanto, o que nos faz mal e prejudica a nossa vida é justamente o desamor.
Tudo o que não é regido pelo amor e não tem como objetivo a vivência do amor não é eficaz para o nosso crescimento. Toda lei que tira do homem o direito de viver com dignidade, de prover a sua existência e sobrevivência é maldita e não está conforme a vontade de Deus. Jesus quer nos ensinar a colocar a caridade como lei primeira nas ações da nossa vida. Muitas vezes, ficamos bitolados por preceitos, por regras e não percebemos que estamos sendo injustos e infratores da Lei de Deus.
Tudo o que o Pai criou, Ele o fez em favor do homem, objeto do Seu Amor. Portanto, dizer que “o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” significa que a nossa sobrevivência e a caridade com nós mesmos e com os nossos irmãos estão acima das normas que, apesar de estabelecidas para o homem, muitas vezes se voltam contra o próprio homem.
O homem é a criatura a quem Deus mais tem apreço e todas as coisas foram criadas para Ele, por amor. Jesus é o Senhor de tudo o que foi criado, e, tudo foi criado por Ele por amor ao homem.
Os campos de trigo, os rios, os mares, as aves, as árvores existem para estar à disposição do homem a fim de que este perceba o olhar e a atenção de Deus para si. Jesus, Senhor da criação, é o Senhor do sábado, porém, Ele precisa ser também Senhor dos nossos “sábados”, isto é, daqueles dias em que nós não achamos conveniente servir a alguém ou “perder” o tempo de lazer ou de trabalho para dar de comer a alguém faminto. O dia de sábado, o qual para nós cristãos é o domingo a que Jesus se refere, pode ser também para nós aquele dia em que nós destinamos para o nosso deleite, para curtição, para realizar os nossos planos pessoais e, sem menos esperar somos convocados para alguma outra missão. Aí nós alegamos a nossa impossibilidade porque “hoje é sábado” e o sábado está destinado a outras experiências. Nesse caso a lei do amor ficou de lado e imperou em nosso coração a lei do egoísmo e da indiferença.
Jesus é o Senhor dos “domingos” da sua vida? Você tem alimentado a alguém necessitado em “dia de domingo”? Você é capaz de sacrificar um dia de lazer e de descanso para ajudar a algum discípulo de Jesus? Você tem trocado o domingo pela praia, pelo churrasco, viagem de passeio ou festa? Em nome de quem você tem feito caridade? O que você aprendeu mais com esse Evangelho?
Padre Bantu Mendonça

Minha vida é um Paraíso: A Paz!

É próprio do nosso eu melhor infundir força e coragem, consolar, acarinhar como faz a mãe ao seu único filho, provocar comoção e lágrimas, transmitir paz e inspirar projetos de vida, a nós e aos outros, facilitando sua realização e desfazendo impedimentos. 


Então sentimos intensa calma no íntimo, doce serenidade invade todo o ser. 
No fundo do coração acende-se docemente algo misterioso que faz amar o Criador e desperta ternura pela criação, em que se queira possuí-Ia nem dominá-la, porque, finalmente, é sentida como criatura dele. 

Estamos em paz e serenidade quando nos comovemos e sentimos ternura por cada criatura no mais íntimo das entranhas, e agradecemos a Deus por cada uma. 
Estamos em paz e serenidade quando somos capazes de queixar-nos pela sensibilidade ainda tão grosseira e chorar pelos milhões de pobres cristos que com nossas afrontas, egoísmos e indiferenças, ou nossas cumplicidades sem consciência, crucificamos hoje. 

Estamos em paz e serenidade quando cresce a confiança em Deus e nos irmãos, bem como a esperança, e quando o amor começa a inundar a vida, as relações com os irmãos e com o Pai. 

Estamos em paz e serenidade quando sentimos alegria e felicidade pelas coisas de Deus e seus segredos, e o caminho que trilhamos com ele que conduz à liberdade. 
Quando estivermos em paz pensemos em não ser orgulhosos, mas redimensionar-nos o mais possível, meditando no pouco que valemos quando estamos deprimidos, sem aquele estado de paz dado por Deus. Porque só Deus pode proporcionar essa paz, assim, sem motivo. 

Porque é próprio do Criador entrar e sair da nossa vida fazendo com que ela alcance o cume infinito do seu amor. 

Porque é próprio de Deus oferecer emoções de alegria e felicidade e presentear a plenitude e a unidade do nosso eu finalmente recomposto e unido no nicho do nosso eu melhor , arrancando do coração toda tristeza e perturbação, astuciosamente inoculadas pelo eu pior. 

É preciso estar bem alerta ao rumo dos pensamentos. Se o pensamento inicial, com seus valores, se os meios e fins que os nossos pensamentos se propõem tendem para a paz de cada ser humano e criatura da Criação, então significa que vêm do nosso eu melhor e louvam realmente a Deus, nosso criador e Pai. 
Giuliana Martirani - Do livro: A civilização da ternura 

O que sei sobre o universo.

Foi na Igreja Católica que aprendi a contemplar o Universo. Até meus 16 anos eu achava aquilo tudo um monte de estrelinhas cintilantes. Nunca me importei com elas. A leitura de alguns textos bíblicos na liturgia, algumas canções do Movimento Gen, alguns livros de espiritualidade e a fala de pregadores em retiros e missas, foram me enchendo de curiosidade por saber mais sobre aquelas luzes. Não poderiam ser frutos do acaso! 
Comecei a mergulhar mais de cheio na Bíblia, sobretudo, no Gênesis e nos Salmos. Dali nasceriam mais tarde uns 200 poemas e canções sobre a criação e sobre ecologia. Gosto, sobretudo, do Salmo 8. É estupendo. Sem maior conhecimento de psicologia, de biologia ou de sociologia, sem luneta nem telescópios, o autor sabia da vastidão do Universo e da profundidade que há num ser humano. 
De canto em canto e de prece em prece comecei a agradecer a Deus por morar aqui neste canto da Via Láctea. O que é o homem para que Deus se importe com esse minúsculo ser vivo (Sl 8,4-5), mas inteligente? O que é a minúscula Terra onde moramos, para que Deus tenha feito o que fez por ela, dispondo as rotações e os equinócios de tal forma que ela pega calor e frio com impressionante regularidade? De onde veio a água que temos? Por que a precisão de horas, minutos e dias? Alguém queria a vida aqui! Não foi acaso! 
A leitura de escritores de renome e de cientistas insuspeitos na sua busca, levaram-me a ouvir os que não crêem em Deus e nos que o amam e louvam. Todos eles me ensinaram alguma coisa. O ateu confesso Karl Sagan (1920-1984) me ensinou mais sobre Deus do que muita gente religiosa. O que ele me mostrou sobre o Universo me aproximou ainda mais do Deus, em quem ele gostaria de crer (livro:Bilhões e Bilhões). Era certamente mil vezes mais bem informado do que eu, mas o universo que aumentou a minha fé, o deixou perplexo. É que sabia mais do que eu e tinha mais interrogações do que eu. Eu me contentei com o pouco que sabia. Foi suficiente para eu concluir. Respeito as dúvidas dele. Já deve estar satisfeito agora que conhece Deus, porque ele deve ter ido para o céu, de tanto que amou esta obra de Deus. 
Não posso julgá-lo. Só sei que o universo o ensinou a amar o ser humano. A mim ensinou a amar também o Criador que ainda não sei como é. Só sei que Ele existe e que não se parece com nada do que já vi. Ele é mais do que tudo o que possamos descrever ou imaginar. 
O que sei sobre o Universo é que é gigantesco e desafia todos os estudiosos. Quanto mais descobrimos sobre os bilhões e trilhões de corpos siderais, tanto mais perplexos ficamos. Estamos nos primeiros passos de uma quase infinita estrada de bilhões e bilhões de anos luz. Ou seja: nem sequer começamos... 
Sei muito pouco sobre a criação quase infinita e menos ainda sobre o Criador infinito, mas, depois de ler mais de 50 livros sobre o assunto, já sei o suficiente para saber que estou aqui porque Alguém aqui me quis, neste planeta, neste tempo, nesta era e netsa hora... 
Como tenho mais de 60 anos, imagino que não tenha muitos anos para desfrutar minha estadia por aqui. Certamente será menos do que os anos que já vivi e nem sempre aproveitei para adorar e louvar o meu Senhor. Mas tenho suficiente humildade para reconhecer que é muito mais o que não sei do que o que sei. E é uma das razões pelas quais sou ecumênico. Minha Igreja não sabe tudo. Mas ela pelo menos admite! (CIC 37). 
Sei que um pregador encontra Jesus quando fala como aprendiz e nunca como dono da verdade. Tive a sorte de conhecer professores e pregadores humildes das mais diversas Igrejas cristãs. Eles olhavam para o Universo como eu olho: como aprendizes. Quando eu morrer, se Deus me levar para o seu céu, então saberei como isso tudo era imenso! E saberei que não eram apenas estrelinhas cintilantes... Quem sabe descobrirei que havia vidas inteligentes e seres que louvavam a Deus em algum outro canto da criação!... Um dia, como Paulo, verei isso com clareza e sem as imperfeições da ciência e das Igrejas de hoje (1 Cor 13,12). 
Agora, olho pelo telescópio e pelos microscópios e louvo a Deus por ter visto um pouco dos detalhes da sua obra, mas não brinco de escolhido. Ele sabe se me escolheu ou não. Eu apenas tento aprender mais e mais sobre Ele. Ninguém vai me ouvir num púlpito, gritando que nós somos os inteligentes e os escolhidos e os outros todos são cegos. Minha santa mãe, a Igreja Católica, não aceitaria isso! Se outras igrejas aceitam, então elas têm um sério problema de fé e outro de humildade (Rom 2,6)...
Pe. Zezinho, scj 

11 de janeiro de 2011

Evangelho do dia!

Evangelho (Marcos 1,21b-28)

Terça-Feira, 11 de Janeiro de 2011  -  1ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele”!
26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 

Comentário do Evangelho:
Jesus encontra-se em Cafarnaum, onde havia uma sinagoga, a qual Marcos caracteriza como sendo sinagoga "deles". O contexto é o do ensinamento com autoridade de Jesus. "Autoridade" significa competência, coerência e autenticidade. O gesto espantoso de exorcismo reside na força transformadora da sua palavra e de seu ensino, que liberta as mentes das ideologias religiosas que deformam a face de Deus. Em confronto com os ensinamentos de Jesus encontra-se na sinagoga um espírito impuro que o questiona: "Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir?". É o espírito que reina na sinagoga e Jesus vem libertar os que ali estão submissos. Este espírito é afastado pela palavra de Jesus, cheio do Espírito de Deus, com seu novo ensinamento. A palavra de Jesus é motivo da admiração de todos e da difusão de sua fama em toda a Galiléia. A Palavra fecunda é a que renova as comunidades e a sociedade, promovendo a unidade em torno da justiça, da dignidade humana e da paz.

Autor: José Raimundo Oliva

O objetivo das parábolas.

O objetivo das parabólas era o de transcender a realidade para modificá-la, ou seja, uma resposta à situação na qual vivia a sociedade da época. E é dessa maneira, entendendo como os textos bíblicos foram primeiramente utilizados e interpretados, que conseguiremos ler hoje esses mesmos textos com mais segurança e sem o risco de uma leitura fora de contexto; e fazer essa mesma dinâmica de levar nossa realidade para mais perto do Cristo e assim modificá-la.
Alguns estudiosos de parábolas as definem como mashal, palavra hebraica que designava toda sorte de linguagem figurada: parábola, comparação, alegoria, fábula, provérbio, revelação apocalíptica, dito enigmático, pseudônimo, símbolo, figura de ficção, exemplo, motivo, argumentação, apologia, objeção, piada, entre outros. Esses textos, muitas vezes, querem nos contar que algo no cotidiano é mau ou bom. Dessa forma, as parábolas passam a não somente buscar na realidade fontes para as imagens usadas, mas também o conteúdo que se quer dirigir aos ouvintes.
Assim, dependendo da proximidade ou distanciamento dos ouvintes, leitores da realidade apresentada na parábola, maior ou menor seria o entendimento dessas historias. Por outro lado, a falta de ligação entre as imagens concretas apresentadas e a significação da parábola gera um livre entendimento, daí a alegorização livre, na qual as parábolas são vistas somente com base no sentido diretamente adquirido por quem a ouve ou lê.
Enfim, quanto mais ligados ao cotidiano das pessoas forem as palavras do primeiro plano usadas nas parábolas e quanto mais rápida for a assimilação dessas palavras no segundo plano – por possuírem essa ligação – tanto maior será a proximidade de sentidos e, consequentemente, mais direta será a interpretação da parábola.
Denis Duarte - Canção Nova

Casais que se contemplam.

Contou-me ele, depois de onze anos de casamento. Não conseguindo dormir de dor no joelho, sentou-se numa poltrona ao lado da esposa que dormia no leito, chegou mais perto e passou a noite contemplando a mulher que o fizera pai, o ajudara a amadurecer para o amor e para a vida e o enchera de felicidade e sensatez. 

-"Gratidão foi o que senti"-, dizia ele. E prosseguiu: - "Deus me deu uma mulher suave bonita, dois filhos, uma família amorosa e uma cúmplice para todos os momentos" 

É discorria: 

"Fiquei olhando a mulher que eu procurara e achara, a mãe dos meus filhos, aquele corpo bonito, aquela alma escondida sob os olhos que dormiam, e vi nela meu outro eu, extensão de mim, ou eu extensão dela, não sei ao certo! 

Mas uma das frases dele captou-me de maneira especial. Disse-me: -" Eu era um tipo de homem antes dela. Depois dela eu mudei. Acho que Deus a enxertou em mim e me enxertou nela. Produzo frutos que jamais pensei ser capaz de produzir. Ela deu sabor especial à minha vida. Acho que eu também a tornei mais pessoa." 

Palavras de marido apaixonado que contempla sua esposa à beira do leito. Quantas esposas e maridos não assinariam em baixo dessa frase? Embora vocês brinquem, dizendo que se casaram com um desastre, com um estrupício, brincadeiras à parte, vocês sabem que, agora, quando querem achar-se, precisam mergulhar um no outro, porque seu eu está dentro da pessoa amada. Vocês deram, um ao outro, o que tinham de melhor e, agora, quando querem achar o melhor si, procuram no cônjuge. É investimento que rende! Isso, quando o casamento deu certo! 

Conto sempre a história de Dona Leila, para ilustrar o que é um bom casamento. As meninas, que a idolatravam pela excelente mestra e amiga que era, um dia, em aula, perguntaram, à queima roupa, quando ela perdera a virgindade. Dona Leila, tranqüila, reagiu: 

- Mas eu não perdi! Não sou mais virgem, mas não perdi a virgindade! 
- A senhora é casada e tem três filhos. Como não perdeu a virgindade? 
- Eu não rodei bolsinha, nem saí do baile para o motel com um cara que nunca mais vi. Não perdi a virgindade para qualquer um. Dei-a ao meu marido e ele mora comigo. Minha virgindade está lá no mesmo leito que dividimos há catorze anos. E está em excelentes mãos. Só perde a virgindade quem não sabe onde a colocou. Eu sei o que fiz. Foi troca: eu me dei a ele e ele se deu a mim. Agora eu sou de um bom homem e ele, modéstia à parte é meu. Ele não precisa dizer isso: eu percebo. 

Daquele dia em diante, as meninas perceberam que, isso de gostar de um cara, namorar e acasalar, passa pela descoberta de quem é este outro com quem criarão filhos. Sem alteridade, o sexo é apenas um troca-troca egoísta. Com alteridade é uma viagem de almas e corpos entrelaçados. É por isso que o casamento se chama de enlace! De laços o amor é feito. 
Pe. Zezinho, scj 

8 de janeiro de 2011

Evangelho do Dia!


Evangelho (João 3,22-30)

Sábado, 8 de Janeiro de 2011 -  Sábado depois da Epifania

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 22Jesus foi com seus discípulos para a região da Judeia. Permaneceu aí com eles e batizava. 23Também João estava batizando, em Enon, perto de Salim, onde havia muita água. Aí chegavam as pessoas e eram batizadas.
24João ainda não tinha sido posto no cárcere. 25Alguns discípulos de João estavam discutindo com um judeu a respeito da purificação. 26Foram a João e disseram: “Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão e do qual tu deste testemunho, agora está batizando e todos vão a ele”.
27João respondeu: “Ninguém pode receber alguma coisa, se não lhe for dada do céu.28Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. 29É o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela é completa. 30É necessário que ele cresça e eu diminua”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho:
No evangelho de João, Jesus escolhe seus discípulos dentre os discípulos de João Batista. Após ser batizado por João, reúne seus primeiros discípulos, Adré, Pedro, Filipe, Natanael, e, com eles, segundo este evangelho, Jesus inicia seu ministério na região da Judéia, e, aí, batizava. Ao saber disto, João Batista reconhece a graça presente em Jesus e dá testemunho da sua autenticidade. Ele tem consciência de que veio para preparar o caminho da revelação de Deus, e não para se constituir em um obstáculo neste caminho. 
O autêntico missionário é aquele que com humildade prepara o caminho, e depois se alegra ao perceber a ação de Deus na comunidade, pelos carismas aí manifestados através das iniciativas de seus membros.
José Raimundo Oliva

PREGUIÇA ESPIRITUAL.

Negar-se a anunciar Jesus é grave, mas anunciá-lo apressada e superficialmente também é. Sair por aí anunciando que Jesus nos soprou aos ouvidos e por nosso meio manda mais um recado ao mundo é como aceitar operar um paciente do coração sem ter estudado medicina. 

Dar a Deus o coração e negar-se a lhe dar o cérebro é tão grave quanto acelerar o carro e ao mesmo tempo pisar no freio. O motor funde ou a fé rodopia. Por isso, cristãos que sabem ler, mas por não gostarem de livros, não fazem o menor esforço por aprender mais do que já sabem, e assim mesmo sobem aos púlpitos e banquinhos de igrejas e salões garantindo que Deus quer isto mais isto mais aquilo, estão blefando. Eles não sabem tanto quando dizem saber e não são tão inspirados quanto dizem ser. 

Um autor, Richard Dawkins, ateu militante e combativo escreveu Deus, um Delírio; A Grande História da Evolução; O Maior Espetáculo da Terra: as evidências da Evolução; O relojoeiro cego, a Evolução Contra o desígnio Divino, fez o mesmo que outro autor que na mesma estante anunciava: Deus quer que você Enriqueça. Paul Zane Pilzer. Centenas de livros provam que Deus existe e centenas de outros negam sua existência. Há os que negam que Deus possa ter dito ou feito o que quer que seja e os que garantem que Deus disse o que Deus nunca diria. 

Esforçados ateus ou agnósticos recheiam hoje nossas estantes tentando provar que Deus é um delírio da humanidade. Esforçados crentes tentam provar que Deus é uma realidade. Outros garantem que Deus falou com eles e lhes deu mais um recado. E não faltam livros a dizer que todos os dias a mãe de Jesus dá um recado a determinado vidente. Há quem creia e há quem duvide. 

Os livros a favor e contra a religião provocam que os lê a tomar posição a partir de uma longa e comparada reflexão. É melhor ter um mapa com inúmeras estradas do que arriscar a viagem apenas no palpite ou na certeza de que a única estrada nos levará. Pode haver alguma ponte caída! Certeza de que Deus não existe é quase igual á certeza de que ele existe. Quando não há a menor dúvida é porque não houve suficiente reflexão. Vale o que disseram os discípulos:- Cremos, mas aumenta nossa fé! ( ) Tinham concluído que Jesus estava acima do seu raciocínio. Mas ao menos raciocinaram! 
Pe. Zezinho, scj 

5 de janeiro de 2011

Ser História.

É como chegar solitário, ao alvorecer, a um antigo santuário, acreditando ser o primeiro, quando, na verdade, por séculos, milhares de peregrinos precederam seus passos. E atrás de você eles seguem, invisíveis, seu caminho... A história e um percurso que levará mais longe a humanidade e seu ser humano 

em direção à perfeição, como Deus prometeu. 
Mas sua perfeição maior não viverá a não ser em uma outra terra: a comunhão com os outros. Você não conservara o culto da origem de onde você partiu ou do ponto em que os seus iniciaram sua marcha: 
uma ilusão, que o fará desprezar a história que você e os outros, diferentes de você, estão percorrendo. 
Sua origem permanecerá, mas apenas como fundamento daquilo que um número maior de mãos saberão construir juntas. E sua história ajudará a humanidade a sonhar. 
Porque o sonho não é evasão, mas revolução do mundo no qual você está vivendo. 
Será como plantar num campo um choupo altíssimo, para mostrar às flores do campo o ideal a que, juntas, devem aspirar. Será caminhar com o olhar fixo à frente, mas não com os passos recalcitrantes de quem adora o passado. 
Querer repetir aquilo que já passou é privar-se de qualidades maiores que você possui: a liberdade de caminhar, a responsabilidade de levar consigo, pelo caminho, aquele que o precedeu. 
O ser humano: uma vocação , não um peso ou um destino, nem uma aventura. 
É Deus mesmo que o chama para ir em direção a ele e superar os obstáculos que você encontra. Superar, por fim, a si mesmo e às suas diferenças. 
Cada um será chamado pelo nome para amar a vida e aquilo que ela reserva. No entanto, se você caminhar sobre suas próprias pegadas, terá a ilusão de caminhar. Se seguir pelas dos outros, pensará estar seguindo adiante. 
Porque você estará sobre trilhas novas, com dificuldades e soluções diferentes, e acompanhá-lo-á a mesma vontade de avançar que moveu aquele que, antes de você, parou. 
Sua história é um passado, um presente, mas, também, um futuro que a fecunda. 
E a faz crescer como cresce aquele pão que, tomando cor, o alimenta a cada dia. 
0 caminho percorrido é, para você, encorajamento, para abrir outros caminhos, que ainda não existem. 
Mas se você for condenado a seguir em frente sozinho, há de se recordar que, um dia, aquele que tem o nome de profeta será bendito. E quando um caminho tortuoso de incompreensão o fizer desaparecer de suas vistas, ainda assim você ouvirá a voz dele, dizendo que a história é professora da coragem. Mas de humildade ainda maior... 
Por isso Deus amou tanto a história dos humildes que acabou por desposa-la. 
É nela que revela a potência de seu amor, é nela que sustenta os fracos e os homens e mulheres misericordiosos, é nela que acompanha o estrangeiro em seu caminho. 
Dessa forma, viver junto da compaixão ou na diferença entre vocês será falar de seu futuro. 
Será antecipar a graça do último dia, mas o primeiro da história de Deus. 
Renato Zílio 

Nossa Igreja tem ascendência, tem raiz!

Jesus é a verdade, e tem a verdade em si. A grande verdade que ficou guardada no coração de Deus e que Jesus revelou, após a multiplicação dos pães e o Seu caminhar sobre as águas no mar em tempestade na Galileia (cf. Jo 6,1-21), é que Ele se daria a nós na Eucaristia.

Ele foi para o Céu e está à direita do Pai, e deixou-nos a Igreja. Mais ainda: Jesus firmou essa Igreja numa rocha. No Evangelho de São Mateus, depois que Pedro confessou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Tu és o Ungido! Tu és o Messias!”(cf. Mt 16,16).

Assim como Pedro revelou a identidade de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”, da mesma forma Jesus declarou a identidade de Pedro: “Tu és pedra, e sobre esta pedra, que és tu, Pedro, edificarei a minha Igreja”. Precisamos aceitar e viver essa realidade.

A Igreja sempre se reuniu para pedir a inspiração de Deus na escolha de alguém que sucedesse Pedro e assumisse sua autoridade, na unção do Espírito, como Josué sucedeu Moisés e continuou sua missão. A nossa Igreja tem ascendência, tem raiz. Ela vem desde Jesus que constituiu Pedro. Só existe uma Igreja verdadeira, a Igreja una, santa, católica, apostólica.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib

O Deus que procuramos.

O Deus que procuramos é um Deus que pode ser encontrado, mas não do nosso jeito: tem que ser do jeito Dele. Toda vez que dissermos que achamos Deus e o encontramos do nosso jeito, corremos o risco de ter encontrado o sinal e confundido as coisas. Agarramos a placa que apontava para o destino pensando que ela era o destino. Fizemos como o bêbado que se agarrou à placa que dizia Belo Horizonte achando que tinha chegado... Há religiosos que se comportam como aquele bêbado. 
Aquela língua de fogo na cabeça dos apóstolos não era o Espírito Santo: era um sinal que Ele dava. Aquela pomba que pairou sobre Jesus no dia do seu batismo, não era o Espírito Santo: era um sinal do Espírito Santo de Deus. Aquele vento forte que soprou no cenáculo não era o Espírito Santo: era sinal do Espírito Santo. As pessoas têm a tendência de confundir a imagem da pessoa com a pessoa. Os primitivos confundiam a foto da pessoa com a alma da pessoa. Muita gente, hoje, confunde as manifestações de Deus com o próprio Deus, mas são apenas manifestações. São sinais que Deus envia. 
É claro que aqueles sinais nascem Dele, mas aqueles sinais não é Ele. Da mesma forma que eu não sou a palavra que pronuncio, nem a pintura que pinto, nem a canção que canto: eu sou mais do que tudo isso. As pessoas que não param para refletir são capazes de confundir alhos com bugalhos. Receberam um sinal de Deus e dizem que receberam Deus. Viram um sinal que não entenderam e que poderia ser de Deus e dizem que viram Deus. A sarça ardente que Moisés viu não era Deus. Era só sinal. 
É por isso que no mundo existem muito mais visões do que aparições. Vê-se muito mais do que aquilo que realmente aconteceu. A mente humana é muito criativa. É capaz até de criar o que ela gostaria que existisse. Por isso pode criar uma Nossa Senhora que realmente não apareceu, um santo que realmente não lhe disse nada, ou o próprio Deus que realmente não se manifestou. Não confundamos os sinais que estamos procurando, com aquele que estamos vendo. Mas já é grande coisa sabermos distinguir os sinais. Eles, ao menos mostram que estamos no caminho certo. Se não nos comportarmos como bêbados, eles são úteis. O bêbado vai achar que chegou, só porque achou a placa ou a seta... Procuremos, mas procuremos direito...
Pe. Zezinho, scj