A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

30 de junho de 2012

EVANGELHO DE SEXTA, SÁBADO E DOMINGO

Ano B - Dia: 29/06/2012 Sexta-feira
Jesus cura um leproso
Mt 8,1-4
Jesus desceu do monte, e muitas multidões o seguiram. Então um leproso chegou perto dele, ajoelhou-se e disse: 
- Senhor, eu sei que o senhor pode me curar se quiser. 
Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: 
- Sim, eu quero. Você está curado. 
No mesmo instante ele ficou curado da lepra. Então Jesus lhe disse: 
- Escute! Não conte isso para ninguém, mas vá pedir ao sacerdote que examine você. Depois, a fim de provar para todos que você está curado, vá oferecer o sacrifício que Moisés ordenou. 

Leitura Orante 
A solenidade de São Pedro e São Paulo (29 de junho), quando cai em dia de semana, é comemorada no Brasil, no domingo seguinte, como foi determinado na VII Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Portanto, na Liturgia, a celebração deste ano, será no dia 1o. de julho. 
Preparo-me para a Leitura Orante rezando, com todos que se encontram neste espaço da internet: 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo. 
"Espírito Santo, 
tu que vieste dos céus abertos, do Pai, 
e que permaneceste conosco, em Jesus, 
tu que habitas, pela fé, nos nossos corações, 
abre-nos à Palavra! 
Seja a nossa inteligência e a nossa vontade, 
terreno bom, 
onde tu possas trabalhar com liberdade, 
de modo que a nossa vida 
seja sinal eloqüente da tua caridade. 
Amém." 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 8,1-4, e observo pessoas, palavras, relações, lugares. 

No tempo de Jesus, o portador de lepra era considerado impuro e pecador. A doença era vista como castigo de Deus. Por isso, a pessoa deveria afastar-se da sociedade e viver em um lugar deserto. Jesus se sensibilizou com a dor, o sofrimento e a exclusão daquele homem. E o cura. 
Depois diz ao homem curado: "Vá pedir ao sacerdote que examine você. Depois, a fim de provar para todos que você está curado, vá oferecer o sacrifício que Moisés ordenou." Este exame era necessário para reintegrar a pessoa curada, ou seja, devolver o homem ao convívio social. 
O leproso era o caso extremo de modelo da marginalização religiosa e social. Declarar injusta a exclusão do leproso significava denunciar toda e qualquer marginalização. Ao curar o homem, Jesus "tocou" nele. Ao tocá-lo, violou a Lei. Se alguém tocasse um leproso, ficava também impuro, (Cf Lv 5,5-6). 
Com isso, Jesus declarou que a marginalização, embora pretenda respaldar-se na Lei divina, não vem de Deus. Em conseqüência, é inadmissível e injustificável marginalizar alguém em nome de Deus. O leproso torna-se representante de todos os que, em nome de uma Lei religiosa, eram excluídos pela sociedade. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Tenho algum preconceito? Quem marginalizo? Denuncio a lepra social das injustiças e discriminações? 
Os Bispos na Conferência de Aparecida manifestaram uma preocupação: "Frente a esta forma de globalização (dinâmica de concentração de poder e de riqueza), sentimos um forte chamado para promover uma globalização diferente, que esteja marcada pela solidariedade, pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos, fazendo da América Latina e do Caribe não só o Continente da esperança, mas também o Continente do amor, como propôs SS. Bento XVI no Discurso Inaugural desta Conferência". (DAp 64). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo: 
"Jesus, Mestre: que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria. 
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos. 
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos. 
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas. 
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste. 
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém". 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é de solidariedade para com os que sofrem. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ano B - Dia: 30/06/2012 Sábado
Fé que rompe as fronteiras
Mt 8,5-17
Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse: 
- Senhor, o meu empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama. Ele está sofrendo demais. 
- Eu vou lá curá-lo! - disse Jesus. 
O oficial romano respondeu: 
- Não, senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz. 
Quando Jesus ouviu isso, ficou muito admirado e disse aos que o seguiam: 
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! E digo a vocês que muita gente vai chegar do Leste e do Oeste e se sentar à mesa no Reino do Céu com Abraão, Isaque e Jacó. Mas as pessoas que deviam estar no Reino serão jogadas fora, na escuridão. Ali vão chorar e ranger os dentes de desespero. 
E Jesus disse ao oficial: 
- Vá para casa, pois será feito como você crê. 
E naquele momento o empregado do oficial romano ficou curado. 
Jesus foi à casa de Pedro e viu a sogra dele de cama, com febre. Jesus tocou na mão dela, e a febre saiu dela. Então ela se levantou e começou a cuidar dele. 
Depois do pôr-do-sol, o povo levou até Jesus muitas pessoas que estavam dominadas por demônios. E ele, apenas com uma palavra, expulsava os espíritos maus e curava todas as pessoas que estavam doentes. Jesus fez isso para cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:"Ele levou as nossas doenças e carregou as nossas enfermidades." 

Leitura Orante 
Preparo-me para a Leitura, agradecendo, com todos os que neste espaço virtual se encontram com a Palavra: 
Agradeço-te, meu Deus, 
porque me chamaste, 
tirando-me das minhas ocupações do dia-a-dia, 
muitas vezes difíceis e pesadas, 
para aqui me encontrar contigo. 
Dispõe o meu coração na paz e na humildade 
para poder ser por ti encontrado/a e ouvir a tua Palavra. 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: Mt 8,5-17 - Cura sem limites. 
Jesus curou o empregado do oficial romano. Foi à casa de Pedro e viu a sogra dele de cama, com febre. Jesus tocou na mão dela, e a febre a deixou. Então, ela se levantou e começou a cuidar dele. 
Depois do pôr-do-sol, o povo levou até Jesus muitas pessoas que estavam dominadas por demônios. E ele, apenas com uma palavra, expulsava os espíritos maus e curava todas as pessoas que estavam doentes. Jesus fez isso para cumprir o que o profeta Isaías tinha dito: "Ele levou as nossas doenças e carregou as nossas enfermidades." 
O oficial romano, por ser pagão, era para os judeus "impuro", isto é, inaceitável. Um judeu observante não falava co um pagão e, muito menos, entrava na sua casa. Era o preconceito por ser considerado impuro. O oficial romano é também chamado "centurião", derivado de "cento", ou seja, chefe de um batalhão de cem soldados. Pela sua fé, elogiada por Jesus, o centurião se torna representante de todos os pagãos que crerão em Jesus. Fica também entendido que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além das fronteiras que criamos. A fronteira é a fé. Sem esta fé não se entra no Reino. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim? 
"Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... ", disse Bento XVI. Jesus não se deixa vencer pelo preconceito. Deixou-se vencer pela humildade e pela fé do oficial romano. Questiono-me se a minha fé me permite abrir as portas da minha casa, do meu coração, da minha família, do meu trabalho para Cristo. Pergunto-me ainda se me deixo vencer por algum preconceito. Se ainda não tenho fé que rompe as fronteiras, vou repetir hoje muitas vezes: 
Senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa 
Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo com o centurião, 
com a canção do Pe. Zezinho. 
Eu não sou digno, 
ó meu Senhor 
Eu não sou digno, 
De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa 
porque és tão Santo e eu pecador 
eu nem me atrevo a ti pedir este favor 
Eu não sou digna, ó meu Senhor 
Eu não sou digna, 
De que Tu entres, ó meu Senhor, na minha casa 
meu coração é tão pecador 
eu nem me atrevo a ti pedir este favor 
Mas se disseres uma palavra, 
a minha casa se transformará 
Uma palavra é suficiente 
suavemente ela nos salvará (2x) 
Álbum: Canções que a fé escreveu 
Faixa: 14 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Lembrarei do centurião e me motivarei no dia de hoje, com as palavras do papa Bento XVI no início de seu Pontificado, fazendo eco a João Paulo II: "Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... quem deixa Cristo entrar a não perde nada, nada - absolutamente nada - do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se as portas da vida. Só com esta amizade abrem-se realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta... Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo. Quem se dá a Ele, recebe cem por um. Sim, abram, abram de par em par as portas a Cristo e encontrarão a verdadeira vida." 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ano B - Dia: 01/07/2012 Domingo
Pedro: sobre esta pedra, a Igreja!
Evangelho: Mt 16,13-19
Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesaréia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos: 
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é? 
Eles responderam: 
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta. 
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus. 
Simão Pedro respondeu: 
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo. 
Jesus afirmou: 
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu. 

Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante, hoje, Dia de São Pedro e São Paulo, rezando: 
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. 
Oração a são Pedro 
São Pedro, 
tu que fizeste a bela profissão de fé ao Mestre: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!"(Mt 16,16); 
tu, a quem Jesus disse: "Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18); 
tu que foste escolhido para ser pescador de gente (Mt 4,19); 
tu que disseste: "Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos" (Jo 6,68), 
faze-nos fortes e fiéis discípulos seguidores de Jesus, 
missionários, como tu, pescadores de gente para o Reino na familia, na comunidade, na Igreja, no trabalho, entre os amigos, em toda parte. 
Contigo, são Pedro, também sentindo nossa fraqueza na fé, fazemos nossa declaração de amor a Jesus Cristo: 
"Senhor, tu sabes que eu te amo"(Jo 21,15). Amém. 
(Ir. Patrícia Silva, fsp) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 16,13-19, observando o testemunho de fé de Pedro. 
O Evangelho descreve o momento em que Jesus conferiu a Pedro o primado na Igreja: "Você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu". Desde então, a sucessão a Pedro nunca se interrompeu. Bento XVI é o 266º (ducentésimo, sexagésimo sexto) sucessor de Pedro. Por isso, hoje, é também o Dia do Papa. 
Com São Pedro, celebramos a outra "coluna" da Igreja, são Paulo Apóstolo, que foi o grande comunicador do Evangelho. Disse são Paulo, na segunda carta a Timóteo: "O Senhor esteve ao meu lado e me deu forças. Ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim, integralmente, e ouvida por todas as nações" (2Tm 4,17). 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Sendo o Dia do Papa, vejamos o que Bento XVI diz para nós: "Importa uma missão evangelizadora que convoque todas as forças vivas deste imenso rebanho" que é povo de Deus na América Latina e no Caribe: "sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos que se doam, muitas vezes com imensas dificuldades, para a difusão da verdade evangélica". É um afã e anúncio missionários que precisa passar de pessoa a pessoa, de casa em casa, de comunidade a comunidade. "Neste esforço evangelizador - prossegue o Santo Padre - a comunidade eclesial se destaca pelas iniciativas pastorais, ao enviar, sobretudo entre as casas das periferias urbanas e do interior, seus missionários, leigos e religiosos, procurando dialogar com todos em espírito de compreensão e de delicada caridade". (DAp 550). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Sendo hoje o Dia de São Pedro e São Paulo, recordo, o grande missionário das gentes, com a canção Paulo, Paulo 
Paulo, Paulo 
Pe. Zezinho,scj 
Paulo, Paulo porque me persegues? 
Quem és tu, Senhor? 
Paulo, Paulo porque não me segues? 
Quem és tu, Senhor? 

Eu sou Jesus e já te escolhi 
Pra me anunciares pelo mundo inteiro 
Serás meu mensageiro! 
Serás meu mensageiro! 

Paulo, Paulo, ouve a minha palavra 
Quem és tu, Senhor? 
Paulo, Paulo, ouve a minha mensagem 
Quem és tu Senhor? 

Eu sou Jesus e não vai adiantar 
querer calar meu sangue derramado 
Serás meu aliado 

Paulo, Paulo de alma irrequieta 
Quem és tu Senhor? 
Paulo, Paulo serás meu profeta 
Quem és tu, Senhor? 

Eu sou Jesus e eu já te escolhi 
Para levares a minha mensagem 
Eu te darei coragem! Eu te darei coragem! 
CD Ouço tua voz - Grupo Chamas - Paulinas COMEP 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar a partir da Palavra é iluminado também pelo pensamento do papa Bento XVI, sobre todas as pessoas, em especial as mais carentes, que precisam sentir a proximidade da Igreja. Disse ele aos Bispos em Aparecida: "O povo pobre das periferias urbanas ou do campo necessitam sentir a proximidade da Igreja, seja no socorro de suas necessidades mais urgentes, como também na defesa de seus direitos e na promoção de uma sociedade fundamentada na justiça e na paz. Os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho ". (DAp 550). 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

COMO VOCÊ TEM REZADO?


Os conteúdos da oração, como os de todo diálogo de amor, podem ser múltiplos e variados. Cabe, no entanto, destacar alguns especialmente significativos: 

Petição 

É frequente a referência à oração impetratória ao longo de toda a Sagrada Escritura; também nos lábios de Jesus, que nos convida a pedir, encarecendo o valor e a importância de uma prece singela e confiada. A tradição cristã reiterou esse convite, pondo-a em prática de muitas maneiras: petição de perdão, petição pela própria salvação e pela dos demais, petição pela Igreja e pelo apostolado, petição pelas mais variadas necessidades, etc. 

De fato, a oração de petição faz parte da experiência religiosa universal. O reconhecimento, ainda que em ocasiões difusas da realidade de Deus (ou mais genericamente de um ser superior), provoca a tendência a dirigir-se a Ele, solicitando Sua proteção e Sua ajuda. Certamente, a oração não se esgota na prece, mas a petição é manifestação decisiva da oração, assim como reconhecimento e expressão da condição criada do ser humano e de sua dependência absoluta de um Deus cujo amor a fé nos dá conhecer de maneira plena (cf. Catecismo, 2629.2635). 

Ação de graças 

O reconhecimento dos bens recebidos e, através deles, da magnificência e misericórdia divinas, impulsiona a dirigir o espírito a Deus para proclamar e lhe agradecer seus benefícios. A atitude de ação de graças, cheia desde o princípio até o fim a Sagrada Escritura e a história da espiritualidade. Uma e outra põem de manifesto que, quando essa atitude arraiga na alma, dá lugar a um processo que leva a reconhecer como dom divino todos os acontecimentos, não somente aquelas realidades que a experiência imediata acredita como gratificantes, mas também as aparentemente negativas ou adversas. Consciente de que o acontecer está situado sob o desígnio amoroso de Deus, o fiel sabe que tudo redunda no bem de quem – a cada homem – é objeto do amor divino (cf. Rm 8,28). São José Maria Escrivá ensina que: “Habitua-te a elevar o coração a Deus em ação de graças muitas vezes ao dia. - Porque te dá isto e aquilo. - Porque te desprezaram. - Porque não tens o que precisas, ou porque o tens. Porque fez tão formosa a sua Mãe, que é também tua Mãe. - Porque criou o Sol e a Lua e este animal e aquela planta. - Porque fez aquele homem eloqüente e a ti te fez difícil de palavra... Dá-Lhe graças por tudo, porque tudo é bom.”

Adoração e louvor 

É parte essencial da oração reconhecer e proclamar a grandeza de Deus, a plenitude de seu ser, a infinitude de sua bondade e de seu amor. Ao louvor pode-se desembocar a partir da consideração da beleza e magnitude do universo, como acontece em múltiplos textos bíblicos (cf., por exemplo, Sal 19; Se 42, 15-25; Dn 3, 32-90) e em numerosas orações da tradição cristã; ou a partir das obras grandes e maravilhosas que Deus opera na história da salvação, como ocorre no Magnificat (Lc 1, 46-55) ou nos grandes hinos paulinos (ver, por exemplo, Ef 1, 3-14); ou de fatos pequenos e inclusive miúdos nos que se manifesta o amor de Deus. 

Em todo caso, o que caracteriza o louvor é que nele o olhar vai diretamente a Deus mesmo, tal e como é em si, em sua perfeição ilimitada e infinita. O louvor é a forma de oração que reconhece o mais imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o pelo que Ele mesmo é, dá-lhe glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele é. (Catecismo, 2639).

Está, por isso, intimamente unida à adoração, ao reconhecimento, não só intelectual, mas existencial, da pequenez de tudo criado em comparação com o Criador e, em consequência, à humildade, à aceitação da pessoa indignada ante quem nos transcende até o infinito; à maravilha que causa o fato de que esse Deus, ao que os anjos e o universo inteiro rendem homenagem, dignou-se não só a fixar seu olhar no homem, mas habitá-lo; mais ainda, a se encarnar. 

Adoração, louvor, petição e ação de graças resumem as disposições de fundo, que informam a totalidade do diálogo entre o homem e Deus. Seja qual for o conteúdo concreto da oração, quem reza o faz sempre, de uma forma ou de outra, explícita ou implicitamente, adorando, louvando, suplicando, implorando ou dando graças a esse Deus ao qual reverencia, ao qual ama e no qual confia. Importa reiterar, ao mesmo tempo, que os conteúdos concretos da oração poderão ser muito variados. 

Em ocasiões se irá à oração para considerar passagens da Escritura, para aprofundar em alguma verdade cristã, para reviver a vida de Cristo, para sentir a proximidade de Santa Maria. Em outras, iniciará a partir da própria vida para participar a Deus das alegrias e os afãs, das ilusões e dos problemas que o existir comporta; ou para encontrar apoio e consolo; ou para examinar ante Deus o próprio comportamento e chegar a propósitos e decisões; ou, mais singelamente, para comentar com quem sabemos que nos ama as incidências da jornada. 

Encontro entre o que crê e Deus em quem se apoia e pelo que se sabe amado, a oração pode versar sobre a totalidade das incidências que conformam o existir e sobre a totalidade dos sentimentos que pode experimentar o coração. Escreveste-me: “Orar é falar com Deus. Mas de quê?” - De quê? D'Ele e de ti: alegrias, tristezas, êxitos e fracassos, ambições nobres, preocupações diárias, fraquezas; e ações de graças e pedidos; e amor e desagravo. Em duas palavras: conhecê-Lo e conhecer-te - ganhar intimidade!”, ensinou São José Maria Escrivá. 

Seguindo uma e outra via, a oração será sempre um encontro íntimo e filial entre o homem e Deus, que fomentará o sentido da proximidade divina e conduzirá a viver a cada dia da existência de cara a Deus. 
José Luis Illanes - Opusdei

O QUE É A DIVINA PROVIDÊNCIA


Certamente, você já ouviu falar que Deus sustenta e conduz toda a criação, realizando Sua vontade por meio da Divina Providência; assim, para viver uma vida de santidade é necessário confiar inteiramente nela. Mas muitos ainda têm dúvidas sobre o que é e como viver dela.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) define a Divina Providência como as disposições pelas quais Deus conduz a Sua criação em ordem a essa perfeição: "Deus guarda e governa, pela Sua providência, tudo quanto criou, atingindo com força, de um extremo ao outro, e dispondo tudo suavemente" (Sb 8,1), porque "tudo está nu e patente a seus olhos" (Hb 4,13), mesmo aquilo que "depende da futura ação livre das criaturas" (CIC 302).

Desta maneira, o Senhor criou o homem para a santidade e, por isso, Ele jamais o abandona; por isso o conduz, a cada instante, para uma perfeição última ainda a atingir pelos caminhos que só Ele conhece.

Por outro lado, mesmo conduzindo tudo, Ele jamais retira a liberdade do homem, uma vez que este não é marionete. "Em Deus, vivemos, movemos e existimos" (At 17,28). Ele está presente em todas as situações, mesmo nas ocorrências dolorosas e nos acontecimentos aparentemente sem sentido. Ele também escreve direito pelas linhas tortas da nossa vida; o que nos tira e o que nos dá, tudo constitui ocasiões e sinais da Sua vontade, afirma o Youcat (49).

Reconhecer, confiar nesta dependência total do Senhor é fonte de sabedoria e de liberdade, de alegria e de confiança (Sb 11,24-26). O próprio Jesus recomendou o abandono total à providência celeste, sendo Ele o próprio a testemunhar, com Sua vida, que o Senhor cuida de todas as coisas: "Não vos inquieteis, dizendo: 'Que havemos de comer?' 'Que havemos de beber?' [...] Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo" (Mt 6,31-33).

Se Deus conduz todas as coisas, surge então o questionamento: Por que Ele não evita o mal?

Afirma o Catecismo da Igreja Católica que: "A esta questão, tão premente como inevitável, tão dolorosa como misteriosa, não é possível dar uma resposta rápida e satisfatória. É o conjunto da fé cristã que constitui a resposta a esta questão: a bondade da criação, o drama do pecado, o amor paciente de Deus que vem ao encontro do homem pelas suas alianças, pela Encarnação redentora de seu Filho, pelo dom do Espírito, pela agregação à Igreja, pela força dos sacramentos, pelo chamamento à vida bem-aventurada, à qual as criaturas livres são de antemão convidadas a consentir, mas à qual podem, também de antemão, negar-se, por um mistério terrível. Não há nenhum pormenor da mensagem cristã que não seja, em parte, resposta ao problema do mal" (CIC 309).

Santo Tomás de Aquino afirmava que: “Deus só permite o mal para fazer surgir dele algo melhor”. Ora, o mal no mundo é um mistério sombrio e doloroso, por isso tão incompreensível; mas temos a certeza de que o Senhor é cem por cento bom, Ele nunca é o autor de algo mau. Ele criou o mundo bom, embora ainda não aperfeiçoado.

Olhando para a história, é possível descobrir que o Senhor, em sua providência, tirou um bem das consequências de um mal (mesmo moral) causado pelas criaturas: "Não, não fostes vós – diz José a seus irmãos – que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo" (Gn, 45,8; 50,20)

"Do maior mal moral jamais praticado, como foi o repúdio e a morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça, tirou o maior dos bens: a glorificação de Cristo e a nossa redenção. Mas nem por isso o mal se transforma em bem". (CIC 314)

O certo é que "Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8,28). O testemunho dos santos não cessa de confirmar esta verdade: Santa Catarina de Sena afirmou: "Tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do homem e não com nenhum outro fim". São Tomás Morus, pouco antes do seu martírio, disse estas palavras: "Nada pode acontecer-me que Deus não queira. E tudo o que Ele quer, por muito mau que nos pareça, é, na verdade, muito bom" (CIC 315).

Portanto, o homem é chamado a confiar inteiramente na divina providência, pois esta é o meio pelo qual Ele conduz, com sabedoria e amor, todas as criaturas para o seu último fim, que é a santidade, mesmo sabendo que, muitas vezes, os caminhos da sua providência são desconhecidos. A resposta para aquele que deseja viver uma vida na vontade do Senhor é o abandono, pois esta é a ordem de Deus: "Lançai sobre o Senhor toda a vossa inquietação, porque Ele vela por vós" (1 Pe 5, 7).
Ricardo Gaiotti - Comunidade Canção Nova

POR QUE SÃO TÃO MEDROSOS?


Muitos procuram explicar quem é Jesus. Os discípulos estão na barca em direção à outra margem. O dia está para terminar. “Passar para a outra margem” do lago Genesaré significa ir a outros povos (pagãos) para levar a eles a força da semente. Ser comunidade cristã é estar a caminho, e este é, muitas vezes, penoso e assustador.

Jesus participa da travessia cheia de perigos e conflitos, mas tem-se a impressão de que Ele, ao dar a ordem de passar para o outro lado, toma a iniciativa e precede os discípulos no embarque. O evangelista recorda que "havia outras barcas para ele", sinal de que não só a comunidade dos primeiros discípulos, mas as de todos os tempos e lugares são convocadas a atravessar. A travessia é difícil e perigosa
Levanta-se um furacão no mar da Galileia, o qual sintetiza as forças geradoras do mal e hostis ao projeto de Deus. A cena toda possui caráter simbólico e catequético, ajudando a buscar, descobrir e superar todos os conflitos que emperram ou tentam sufocar o projeto de vida e liberdade, herança deixada por Jesus aos cristãos. 

Em meio aos conflitos, as comunidades têm a sensação de que Jesus está alheio aos dramas e tempestades que as ameaçam. Ele está na parte de trás da barca e dorme sobre um travesseiro. Aos discípulos cabe a tarefa de remar, enfrentando o furacão. Daí a pergunta um tanto irônica dos discípulos: “Mestre, não te importas se vamos perecer?”

É um pouco a sensação dos que não acreditam, fortemente, na força que levam consigo no barco. De fato, as ordens de Jesus ao vento e ao mar: “Silêncio! Cale-se! E a consequente bonança obtida revelam quem Ele é.

Aplacar o mar e amansar suas ondas é, segundo o Antigo Testamento, prerrogativa exclusiva do Senhor. Em Jesus age Deus. Cristo tem o mesmo poder do Pai de reduzir ao silêncio e ao nada o que impede às comunidades cristãs a realização do projeto divino. Mais do que um Jesus taumaturgo, o Evangelho nos fala de Alguém a quem os cristãos precisam aderir plenamente, como condição única para realizar com sucesso a travessia. ”Por que são tão medrosos? Ainda não têm fé?”

Só os que, de fato, aderem plenamente ao Senhor é que poderão reconhecê-Lo como Filho de Deus.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)

27 de junho de 2012

EVANGELHO DE QUARTA E QUINTA-FEIRA

 
Ano B - Dia: 27/06/2012 Quarta-feira

Como reconhecer os falsos profetas
Mt 7,15-20
- Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas. Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo. Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles fazem.

Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que se encontram neste espaço virtual de oração:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santís
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 7,15-20, e observo as palavras de Jesus.

Na Bíblia, na história da salvação, os falsos profetas sempre foram um desafio aos fiéis. Elogiam e não denunciam, prometem falsamente a paz: são lobos vestidos de cordeiros. Quanto aos frutos das árvores, também são amplamente citados para se concluir como é feito o anúncio da Palavra: "vocês os conhecerão pelos frutos". A árvore boa não dá frutos ruins, os espinheiros não dão uvas.
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje?
Posso verificar se ouço a Palavra e a pratico, ou se simplesmente a ouço. De Aparecida nos vem a orientação dos bispos: "Jesus nos transmitiu as palavras de seu Pai e é o Espírito que recorda à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26). Desde o princípio, os discípulos haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo (cf. At 1,2) que é, na Igreja, o Mestre interior que conduz ao conhecimento da verdade total formando discípulos e missionários. Esta é a razão pela qual os seguidores de Jesus devem se deixar guiar constantemente pelo Espírito (cf. Gl 5,25), e tornar a paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão: anunciar a Boa Nova aos pobres, curar os enfermos, consolar os tristes, libertar os cativos e anunciar a todos o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19)." (DAp 152).
O Espírito nos anima e nos conduz à verdade. Assim somos tomados pela paixão do Reino: o anúncio da Boa Nova.
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e faço a: Oração da manhã
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!

4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é atento aos ensinamentos de Jesus, à sua verdade e aos frutos que devo produzir hoje.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Ano B - Dia: 28/06/2012 Quinta-feira

Quem ouve e quem não ouve a Palavra
Mt 7,21-29
- Não é toda pessoa que me chama de "Senhor, Senhor" que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. Quando aquele dia chegar, muitas pessoas vão me dizer: "Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres!" Então eu direi claramente a essas pessoas: "Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!"
- Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha.
- Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída.
Quando Jesus acabou de falar, as multidões estavam admiradas com a sua maneira de ensinar. Ele não era como os mestres da Lei; pelo contrário, ensinava com a autoridade dele mesmo.

Leitura Orante

Mt 7,21-29 - Quem entra no Reino do Céu?
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que se encontram neste espaço virtual de oração:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja
e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1.Leitura (Verdade)
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 7,21-29.
Um Mestre diferente é Jesus.
Construir a casa significa ouvir a Palavra de Deus. Nos dois casos, as pessoas "ouviram a Palavra" do Mestre. A diferença está em que um "vive de acordo com os ensinamentos" e outro, não. Os símbolos rocha e areia correspondem à prática ou não da Palavra. A chuva, as enchentes e o vento forte representam as dificuldades da vida, que querem nos derrubar e destruir o Projeto de Deus. Já a casa construída sobre a rocha, vende todos os obstáculos.
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje?
Verifico se ouço a Palavra e a pratico,ou se, simplesmente,a ouço.Construo sobre a rocha ou sobre a areia?
Os bispos, em Aparecida, disseram: "Ser discípulo é dom destinado a crescer. A iniciação cristã dá a possibilidade de uma aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de Cristo. Dessa forma, ela forja a identidade cristã com as convicções fundamentais e acompanha a busca do sentido da vida. É necessário assumir a dinâmica catequética da iniciação cristã. Uma comunidade que assume a iniciação cristã renova sua vida comunitária e desperta seu caráter missionário. Isso requer novas atitudes pastorais por parte dos bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e agentes de pastoral.
Como características do discípulo, indicadas pela iniciação cristã, destacamos: que ele tenha como centro a pessoa de Jesus Cristo, nosso Salvador e plenitude de nossa humanidade, fonte de toda maturidade humana e cristã; que tenha espírito de oração, seja amante da Palavra, pratique a confissão freqüente e participe da Eucaristia; que se insira cordialmente na comunidade eclesial e social, seja solidário no amor e fervoroso missionário."(DAp 291, 292).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com:
Oração do século XXI
Senhor, faz de mim um meio da tua comunicação,
- Onde tantos lançam bombas de destruição,
que eu leve a palavra de união.
- Onde tantos procuram ser servidos,
que eu leve a alegria de servir.
- Onde tantos fecham a mão para atacar,
que eu abra o coração para acolher.
- Onde tantos adoram a máquina,
que eu saiba humanizar a pessoa.
- Onde tantos endeusam a técnica,
que eu leve o sentido de viver.
- Onde tantos me pedem um peixe,
que eu saiba ensinar a pescar.
- Onde tantos me pedem pão,
que eu saiba ensinar a plantar.
- Onde tantos estão sempre distantes,
que eu seja alguém sempre presente.
- Onde tantos só vivem a matéria que passa,
que eu viva o espírito que fica.
- Onde tantos sofrem a solidão na multidão,
que eu leve o encontro com alguém.
- Onde tantos olham só para a terra,
que eu saiba olhar para o céu.
- Onde tantos se prendem a pequenas coisas,
que eu saiba apontar coisas maiores.
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é atento aos ensinamentos de Jesus e para vivê-los no dia-a-dia.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

MENDIGO DAS ESTRELAS


Não é possível, Senhor, dar um vidro de mel a uma criança 
sem que ela coloque dentro dele ao menos um dedo.
Assim eu também, não me posso privar do teu amor inefável.

Senhor, eu sou apenas um mendigo,
Em mendigo de estrelas.
Sou apenas um doente e a minha febre não tem remédio.
O meu coração está ferido, 
mas o teu é um cofre de paz.
Gostaria tanto de cativar-te, Senhor.
Reveste de beleza todo o meu ser,
como uma noiva no seu vestido nupcial.

Lava-me com a água do poço profundo, 
do riacho murmurante, da chuva batismal.

Senhor, não se pode impedir ao sol
De abandonar, pela manhã, o seu esconderijo.
Quem poderá, pois, impedir à tua palavra 
de penetrar no mais íntimo dos corações?
Até o mais profundo do meu ser, 
até às juntas dos meus ossos.

Eu te conheço muito mal, Senhor.
Mas lava-me, lava-me, lava-me.
Lava-me com a água do rio Jordão, 
com a água do poço de Jacó, 
com a água da fonte de Siloé e 
enxuga-me com o calor do teu sol resplandecente.
Basile Quadraogo, África

A BÚSSOLA DA VIDA


Usada pelos desbravadores de novas terras, a bússola ocupou um papel importante para muitos que buscavam não se perder em terras desconhecidas. Diante dos caminhos desconhecidos, ela orientava, com segurança, o caminho a ser descoberto. Quando o Sul se confundia com o Norte, ela sempre era um instrumento de confiança nas horas mais incertas.

Muitos, hoje, se encontram sem direção. Não sabem onde estão nem mesmo para onde vão. Perdidos em seus próprios sentimentos e desilusões, muitas pessoas se encontram perdidas em si mesmas. As certezas de outrora são agora apenas uma incerteza diante da vida. Os amores tidos como certos são apenas uma desilusão. Para onde ir quando os caminhos não são certos e as desilusões indicam caminhos contrários?

Na busca desenfreada pelo caminho certo, muitos têm se perdido em caminhos incertos. A oferta que promete a felicidade rápida é grande, mas o resultado é, quase sempre, frustrante. Diante da falta de direção, Jesus deseja guiar os nossos passos no caminho que conduz à vida.
Sem Sul nem Norte, Leste ou Oeste aquele homem esperava, há muito tempo (38 anos), que um milagre fosse realizado sem sua vida ao mergulhar na piscina de Betesda. Jesus, vendo o sofrimento daquele homem, pergunta se ele quer ficar curado. Diante da pergunta, ele responde que não há ninguém que o leve até a piscina. E que, no tempo gasto para descer até o local, outra pessoa passava à sua frente (cf. Jo 5,1-15).

Esse homem doente, há 38 anos, estava sem direção. Os pontos cardeais de sua existência estavam sem direção. Vivia preso por não mais saber aonde ir. Seus passos já não mais trilhavam os caminhos da vida. Sua doença o aprisionava nas impossibilidades de uma vida nova.

Jesus devolveu a esse homem a alegria da direção correta. O mapa da vida agora poderá ser trilhado diante da cura realizada. O tempo se tornou favorável e o inverno de uma longa estação concedeu lugar a uma primavera de esperanças.

Muitos estão sem rumo na vida e confundem o Sul com o Norte de seus sentimentos confusos. Buscam o caminho certo em direções erradas. O horizonte é quase sempre uma incerteza diante das escolhas duvidosas. Não mais encontram o caminho da vida, porque estão perdidos em territórios desconhecidos de seu próprio coração. Jesus é a Bússola da vida que orienta os polos do nosso tempo de viver. Ele nos devolve o Leste e o Oeste de uma nova vida. Diante do amor de Cristo, encontramos o mapa da fé, que nos guia pelos mais belos caminhos da felicidade. Em terras desconhecidas de nossos próprios problemas e decepções, Jesus Cristo nos toma pela mão e nos conduz aos caminhos seguros.

Quando nos falta a direção, Jesus é o Sul e o Norte, o Leste e Oeste de nossos confusos mapas de escolhas diante da vida. Em Cristo, o caminho da vida é sempre um novo horizonte de certezas seguras a serem descobertas.
Padre Flávio Sobreiro

DEUS EXISTE?


Se formos acordados no meio da noite pelo ruído de um abajur derrubado no andar de baixo, qual será o primeiro pensamento que nos virá à cabeça? "Há um ladrão na casa!", imaginaremos com um sobressalto. A seguir, enquanto prendemos a respiração e aguçamos os ouvidos para descobrir se os ruídos se repetem, a nossa mente buscará ansiosamente alguma outra explicação: Será que deixamos a janela aberta e o vento derrubou a lâmpada? Ou terá sido apenas o gato, nas suas andanças noturnas? Ou então uma das crianças que se levantou, no meio da noite, para buscar alguma coisa na cozinha?

Seja como for, por que sentimos essa necessidade de encontrar uma explicação para o abajur derrubado? Por que não nos limitamos a dizer: “Nada derrubou o abajur. Simplesmente aconteceu; isso é tudo”, nos viramos para o lado e voltamos a dormir? Ora, a razão pela qual buscamos, a todo o custo, uma explicação para o barulho é que somos pessoas inteligentes, temos uma cabeça que raciocina e sabemos muito bem que nada acontece sem uma causa. Isto é tão óbvio que não parece sequer valer a pena mencioná-lo. “O que quer que aconteça tem de ter sido causado por alguma outra coisa”; ou, para dizer o mesmo de uma maneira um pouco mais técnica, “todo o efeito tem de ter uma causa proporcionada”.

Ora, isto é tão evidente como o nariz no meio do nosso rosto. No entanto, existem pretensos filósofos que procuram negá-lo. “Não podemos afirmar que seja assim em todos os casos”, dizem, “porque não conhecemos todas as coisas. A nossa experiência nos diz que todo o efeito tem uma causa, mas isso não quer dizer nada, muito menos que essa regra não admita exceções. Pode ser que, em 999 trilhões, 999 bilhões, 999 milhões, 999 mil e 999 casos, tudo aquilo que acontece seja causado por alguma coisa que aconteceu antes; mas, da quadrilionésima vez, pode ser que algo aconteça sem ter sido causado por alguém ou por alguma coisa anterior. Simplesmente, não dispomos ainda de dados suficientes para comprová-lo.”

Parece ridículo, não é verdade? No entanto, o ateu, para poder defender a coerência da sua posição, tem de negar a evidência dos seus próprios sentidos; tem de negar o que se costuma chamar de "princípio da causalidade", isto é, que todo efeito tem uma causa. Tem de negá-lo, porque, nesse princípio, baseia-se um dos principais argumentos para provar a existência de Deus. Há diversas maneiras de formulá-lo, mas nos basta apenas uma, que desenvolveremos a seguir.
Do nada, nada se cria. Se não tivermos alguma coisa para começar, não chegaremos a produzir nada. Sem farinha, ovos e açúcar não há bolo. Sem bolota não há carvalho. Sem pais, não há filhos. Portanto, se não existisse um Ser Eterno (isto é, que nunca começou a existir, porque a existência pertence à Sua própria natureza) e Todo-Poderoso (isto é, capaz de produzir algo a partir do nada), simplesmente não existiria mundo algum, não existiriam árvores nem animais, nós não existiríamos.

Se não existisse esse Ser Eterno e Onipotente, quem teria feito com que todas as coisas existissem? O carvalho procede de uma bolota e esta procedeu de outro carvalho; mas quem fez a primeira semente ou o primeiro carvalho? A criança nasce de seus pais, que, por sua vez, nasceram dos pais deles; mas quem fez o primeiro homem e a primeira mulher? E se o evolucionista nos objetar que tudo começou com uma massa informe de átomos, poderemos perguntar-lhe por nossa vez: “Está bem; mas quem fez essa primeira massa informe de átomos?”. É necessário que tudo tenha começado a partir de Alguém que, desde toda a eternidade, tenha existido independentemente de qualquer outra coisa. E esse Alguém é precisamente Aquele a quem chamamos Deus.

Além de ser eterno e todo poderoso, Deus também é onisciente. Podemos sabê-lo por causa das inumeráveis provas de Sua inteligência, a qual observamos no mundo que nos cerca. Sempre que observamos alguma coisa planejada, temos a certeza de que houve alguém que a planejou; e planejamento sempre significa inteligência.

Quando Robinson Crusoé descobriu pegadas na areia da praia, compreendeu que não estava só na sua ilha. Da mesma forma, quando nós descobrimos que algo foi planejado, compreendemos que só pode haver um ser inteligente por trás disso. Se um amigo nos mostrasse a sua televisão nova em folha e, quando lhe perguntássemos onde a havia comprado, ele nos respondesse: “Não a comprei; apenas desci à garagem, peguei numa lata de lixo com restos de madeira e peças metálicas usadas, sacudi-a bem e, quando a virei, tudo aquilo, ao cair, tomou a forma de uma televisão”, ou pensaríamos que ele estava brincando conosco ou procuraríamos nos despedir dele rapidamente, antes que a sua loucura mansa se transformasse em loucura violenta. Sabemos muito bem que um aparelho tão complicado como uma televisão não “acontece” sem mais nem menos.

Da mesma forma, não é razoável supor que um mecanismo tão maravilhoso como o olho humano simplesmente “tenha acontecido” - o olho, esse arranjo delicado e intrincado de nervos e músculos, lente e retina, essa câmera fotográfica em miniatura, tão perfeita que a ciência moderna não consegue reproduzi-la. Também não faz sentido achar que a misteriosa interação entre a semente e o solo se limite a “acontecer” - que esse minúsculo grão pardo enterrado no chão passe a transformar os minerais do solo e o gás carbônico do ar em amido e proteínas que servem ao consumo humano. E o mesmo se dá com todos os outros milhões de milagres da criação, a não ser que pretendamos renunciar para sempre a todas as regras da evidência.
Leo J. Trese
A sabedoria do cristão, ed. Quadrante, São Paulo, 1992.

24 de junho de 2012

EVANGELHO DE SEGUNDA E TERÇA-FEIRA

Ano B - Dia: 25/06/2012 Segunda-feira
"Não julguem" 
Mt 7,1-5
- Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus. Porque Deus julgará vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará com vocês a mesma medida que vocês usarem para medir os outros. Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", quando você está com uma trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão. 

Leitura Orante 
Preparo-me para a Oração da Palavra, com todos os internautas, com as palavras de Santo Agostinho: 
Movei-me, Espírito Santo, para que eu ame santamente! 
Fortificai-me, Espírito Santo, para que eu proteja o que é santo! 
Guardai-me, Espírito Santo, para que jamais perca o que é santo! 
1. Leitura (Verdade) - O que a Palavra diz? 
Com atenção leio, na Bíblia,o texto do Evangelho de hoje: Mt 7,1-5. 
Jesus inicia neste capítulo sétimo de Mateus uma série de exortações e ensinamentos. 

A primeira exortação é contra o julgamento arrogante e hipócrita que condena e despreza os demais. Quando Jesus convida a observar a trave que está no próprio olho e não ficar preocupado com o cisco que está no olho do irmão, lembra-nos aquela expressão popular do "telhado de vidro". Primeiro a pessoa deve tirar a trave do próprio olho para depois enxergar e tirar o cisco do olho do irmão. Ou seja, deve pôr em ordem a própria vida para depois ajudar a outra pessoa a pôr em ordem a sua vida. 
2. Meditação(Caminho) - O que a Palavra diz para mim? 
O texto para mim é um apelo de Jesus para viver a alegria da conversão e ajudar outras pessoas neste mesmo caminho. Em Aparecida, na V Conferência, os bispos disseram: "Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e agoniado pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria." (DAp 29). 
3. Oração (Vida) - O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, e, faço a: 
Oração da manhã 
Senhor, nós te agradecemos por este dia. 
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas 
Entrar com tua luz. 
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de 
Nossos caminhos, 
As cores de nossas palavras e gestos, 
A dimensão de nossos projetos, 
O calor de nossos relacionamentos e o 
Rumo de nossa vida. 
Podes entrar, Senhor em nossas famílias. 
Precisamos do ar puro de tua verdade. 
Precisamos de tua mão libertadora para abrir 
Compartimentos fechados. 
Precisamos de tua beleza para amenizar 
Nossa dureza. 
Precisamos de tua paz para nossos conflitos. 
Precisamos de teu contato para curar feridas. 
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença 
Para aprendermos a partilhar e abençoar! 
4. Contemplação(Vida/ Missão) - Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é para cuidar a fim de que a vida de Deus e seu Reino tenham espaço de expressão no mundo em que vivo. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ano B - Dia: 26/06/2012 Terça-feira
Entrar pela porta estreita
Mt 7,6.12-14
- Não dêem para os cachorros o que é sagrado, pois eles se virarão contra vocês e os atacarão; não joguem as suas pérolas para os porcos, pois eles as pisarão. 
- Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas. 
- Entrem pela porta estreita porque a porta larga e o caminho fácil levam para o inferno, e há muitas pessoas que andam por esse caminho. A porta estreita e o caminho difícil levam para a vida, e poucas pessoas encontram esse caminho. 

Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com os que navegam pela internet: 
Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me. 
Que eu conheça Jesus Mestre 
e compreenda o seu Evangelho. 
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: Mt 7,6.12-14, e observo as recomendações de Jesus. 
Jesus usa uma expressão um tanto dura: "Não dêem para os cachorros o que é sagrado, pois eles se virarão contra vocês e os atacarão; não joguem as suas pérolas para os porcos, pois eles as pisarão".Ele quis dizer que para pessoas que estão distantes da fé cristã, devemos, como também diz São Paulo, tratá-las segundo sua capacidade. Podem não compreender e até não dar muito valor àquilo que é fundamental na fé. 
A vida cristã não é possível para pessoas acomodadas e medíocres. É exigente. 
Jesus nos fala da porta estreita como caminho para a vida. Não fala de uma grande avenida. Ele próprio é o Caminho. Não mudemos de Caminho para não corrermos o risco de perder o endereço e assim, nos perdermos. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Fala-me Jesus de atitudes cristãs que deve assumir qualquer pessoa que é batizada, entre elas, eu. Diz inclusive que não devemos fazer aos outros, o que não queremos que nos façam. Por exemplo: não gosto que me julguem, não gosto que me agridam com palavras, não gosto que me ignorem, que me discriminem, que me façam mal. Nada disso vou fazer a qualquer outra pessoa. Jesus fala de caminho fácil e de caminho difícil. 

Os bispos, na V Conferência disseram: "Hoje se considera escolher entre caminhos que conduzem à vida ou caminhos que conduzem à morte (cf. Dt 30.15). Caminhos de morte são os que levam a dilapidar os bens que recebemos de Deus através daqueles que nos precederam na fé. São caminhos que traçam uma cultura sem Deus e sem seus mandamentos ou inclusive contra Deus, animada pelos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efêmero, a qual termina sendo uma cultura contra o ser humano e contra o bem dos povos latino-americanos. Os caminhos de vida verdadeira e plena para todos, caminhos de vida eterna, são aqueles abertos pela fé que conduzem à "plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina, também se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural". Essa é a vida que Deus nos participa por seu amor gratuito, porque "é o amor que dá a vida". Estes caminhos frutificam nos dons de verdade e de amor que nos foram dados em Cristo, na comunhão dos discípulos e missionários do Senhor" (DAp 13). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, a Oração da Paz 
Senhor, 
Fazei-me um instrumento de vossa paz. 
Onde houver ódio, que eu leve o amor; 
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; 
Onde houver discórdia, que eu leve a união; 
Onde houver dúvida, que eu leve a fé; 
Onde houver erro, que eu leve a verdade; 
Onde houver desespero, que eu leve a esperança; 
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; 
Onde houver trevas, que eu leve a luz. 
Ó Mestre, 
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; 
Compreender, que ser compreendido; 
Amar, que ser amado, 
Pois é dando que recebe, 
É perdoando que se é perdoado, 
E é morrendo que se vive para a vida eterna. 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é orientado pelo que disseram os bispos na Conferência de Aparecida: 

"Neste momento, com incertezas no coração, perguntamo-nos com Tomé: "Como vamos saber o caminho?" (Jo 14,5). Jesus nos responde com uma proposta provocadora: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ele é o verdadeiro caminho para o Pai, que tanto amou ao mundo que deu a seu Filho único, para que todo aquele que nele creia tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16).(DAp, 101.) 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir Patricia Silva, fsp

NOSSA RESPOSTA AO AMOR


O Espírito Santo me conduziu, em preparação a este mês, à releitura da Exortação Apostólica do Santo Padre, sobre "Os fiéis Leigos"; sua Vocação e Missão na Igreja e no mundo. Ao ler, eu agradeci a Deus por me chamar a contribuir com a implantação do Seu Reino.

O Santo Padre nos traz a imagem dos trabalhadores da vinha, de que fala São Mateus: "O Reino dos céus é semelhante a um proprietário, que saiu muito cedo, a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a vinha."(Mt 20,1-2)

A vinha, nos diz Jesus, é o mundo inteiro, que deve ser transformado, segundo o plano de Deus, em ordem ao advento definitivo do Seu Reino. "Ao sair pelas nove horas da manhã, viu outros que estavam ociosos, e disse-lhes: Ide, vós também, à minha vinha"(Mt 20,3-4). Este convite, ide, vós também, à minha vinha, dirige-se a todo homem que vem a este mundo.

O Divino "proprietário" chama os trabalhadores para a sua vinha, nas várias horas do dia: alguns ao amanhecer; outros, às nove da manhã; outros ainda, por volta do meio dia e das três da tarde; os últimos, cerca das cinco. Os trabalhadores são chamados para a vinha em horas diferentes, como a querer significar que à santidade de vida, um é chamado durante a infância, outro na juventude, outro como adulto e outro até na velhice.

Nos nossos dias, o Pai suscita na Igreja uma renovada efusão do Espírito de Pentecostes, que nos leva a ouvirmos a voz do Senhor:: "Ide vós também"; A chamada não se refere apenas aos pastores, aos sacerdotes, aos religiosos e religiosas, mas estende-se a todos os fiéis leigos.

Recordando como se deu em minha vida o chamado... Quando criança, a minha relação com Deus vinha, especialmente por parte de meus pais, nas orações realizadas em família. Lembro-me que, quando íamos visitar minhas irmãs no internato, das Irmãs da Providência, eu ficava encantada com as freiras; ao entrarmos na Igreja, sentia uma atração pelo altar.

Na adolescência, no tempo da Quaresma, especialmente durante as celebrações de Semana Santa, eu sentia o meu coração como uma brasa viva de amor por Jesus. Mas, somente na juventude é que se deu o meu encontro pessoal com o Senhor.

No desejo de fazer da minha vida um instrumento útil aos mais carentes, doentes e abandonados, como assistente social, eu não imaginava que Deus ia me chamar como trabalhadora para a sua vinha e enviar-me a trabalhar, no anúncio do Evangelho que salva, através dos meios de Comunicação Social.

Como nos diz no livro: "Nossa resposta ao amor" (Ed. Loyola): "A vocação é um sim irrepetível de Deus e um sim irrepetível de quem é chamado".Dei o meu SIM, cheia de desejo de fazer somente o que Deus quer na minha realidade de mulher: "Já que em nossos dias, as mulheres tomam cada vez mais parte ativa em toda vida da sociedade, reveste-se de grande importância uma mais larga participação sua nos vários campos do apostolado da Igreja" (Vaticano II)

Desta forma assumo e rezo: 'Maria, Virgem corajosa, inspira-nos força de ânimo e confiança em Deus, para que saibamos vencer todos os obstáculos que encontramos no cumprimento da nossa missão. Ensina-nos a tratar as realidades do mundo com vivo sentido de responsabilidade cristã e na alegre esperança da vinda do Reino de Deus, dos novos céus e da nova terra. Amém!"
Luzia Santiago - Comunidade Canção Nova

PRECISAMOS TER GRAÇA DE APRENDER A OUVIR DEUS

"Fala-me, Senhor, que o teu servo escuta" (1Sm 3,10). Estamos no início do livro de Samuel. Ana concebeu e deu à luz ao menino Samuel. No ano seguinte, ela o levou ao sacerdote Eli a fim de oferecê-lo a Deus, entregando-o para que ele servisse ao Senhor desde sua primeira infância. Por isso o vemos dormindo no Templo. 

Os olhos de Eli já não conseguiam enxergar, não apenas porque ele estava ficando velho, mas porque seus dois filhos se aproveitavam da situação dele para administrar o Templo e tudo o que acontecia ao redor para o próprio prazer e vantagens deles. Se os filhos do sacerdote faziam isso, imagine os outros! Eli via tudo aquilo, mas não tinha coragem de repreendê-los, de mudar a situação deles e dos outros que rodeavam o altar. Por isso, a expressão: "Os olhos de Eli estavam se apagando" (1Sm 3,2).

"Precisamos ter ouvidos atentos para ouvir Deus", ensina monsenhor Jonas

Meus irmãos, temos aqui um retrato do mundo, da situação religiosa do povo de hoje. O que está escrito a respeito dos filhos do sacerdote Eli, está acontecendo também na Igreja. Veja quantos estão se aproveitando do Evangelho, criando “igrejas” por aí, não com o objetivo de evangelizar, mas para suas próprias vontades. Há duas coisas acontecendo: os aproveitadores e a posição daqueles que têm autoridade, mas não estão tomando nenhuma iniciativa, não estão entrando em ação para mudar essa situação. Essa Palavra, de hoje, é, mais do que nunca, atual. 

Precisamos ter ouvidos abertos, atentos para ouvir o Senhor, porque as coisas não vão mudar se nós não tivermos coragem de enfrentar as situações e mudá-las. Se não pararmos para ouvir Deus, seremos como Samuel.

O garoto estava dormindo no Templo do Senhor, onde estava a Arca da Aliança, presença viva de Deus. Mas, como ele era muito jovem, não foi capaz de perceber que era o próprio Senhor quem o chamava. Por causa da situação do povo, Sua Palavra era rara e as visões não eram frequentes naquele tempo. 

Eli percebeu, então, que Deus queria falar com o menino Samuel, dar-lhe instruções; por isso pediu para que o garoto dissesse: "Fala, Senhor, que eu te escuto". 

Precisamos ter a graça de aprender a ouvir Deus, porque isso é um aprendizado. Não que o Senhor fale com uma voz audível, mas o faz em nosso interior, no nosso coração. Só assim teremos a coragem de mudar as coisas, primeiro neste "templo" que somos nós. Há desordens em seu templo que precisam ser corrigidas urgentemente. Ninguém pode levantar o dedo para os outros, porque a desordem começa em cada um de nós. Há também coisas que precisam mudar na sua casa e, muitas vezes, você não sabe como realizar isso. 

É preciso aprender a ouvir o Senhor para receber a coragem de enfrentar as coisas e renová-las. É preciso ouvir o Senhor como fez Jesus naquela madrugada, após ter passado a tarde curando a sogra de Pedro (cf. Mc 1,29-39). Quando Ele fez esse milagre, o povo foi todo para a porta da casa do apóstolo e o Senhor fez inúmeros milagres naquela tarde e no decorrer da noite. Na madrugada seguinte, Ele estava com o Pai para ouvi-Lo, para falar com Ele. 

Quando os apóstolos chegaram para levar Jesus novamente à casa de Pedro, porque muitos O esperavam, Ele disse que não iria, porque iriam para outra cidade. O Senhor não queria o sucesso, queria apenas cumprir a vontade de Deus, anunciando a Boa Nova. Os que vieram, naquele dia, puderam ver os milagres que Ele havia realizado. A pregação da Palavra, a evangelização, as curas. Jesus vai à frente para outros lugares, realizar Sua missão.

Você e eu precisamos ouvir a Palavra de Deus, mas, muitas vezes, é de madrugada ou bem de noite que faremos isso, quando todos forem dormir. Só aí teremos tempo e ambiente para aprender a ouvi-Lo, a falar com Ele e a entrar em ação.

Peça do fundo do seu coração: "Fala-me, Senhor, que teu servo escuta". 

Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova