A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

26 de abril de 2013

EVANGELHO E LEITURA ORANTE PARA SÁBADO E DOMINGO

ANO C - DIA 27/04 - Sábado
Em Jesus conhecemos o Pai
 - Jo 14,7-14
“Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto.” Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Jesus respondeu: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por causa destas obras. Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai. E o que pedirdes em meu nome, eu o farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para a Leitura da Palavra, rezando com todos os internautas:
Espírito de amor, 
dai-nos o dom do vosso santo temor, 
que, conscientes de nossas fragilidades, 
reconheçamos a força de vossa graça. 
Vinde, Espírito Santo, 
E dai-nos um novo coração. Amém
1- LEITURA (VERDADE)O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 14,7-14.
Quantas vezes neste texto Jesus fala do Pai! Muitas. Ele está no Pai e o Pai está nele. Ele fala em nome do Pai. O Pai é que nele realiza as obras...
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)O que o texto diz para mim, hoje?
É Deus, o Pai que age em mim? Deixo que ele me conduza? Os bispos, em Aparecida, disseram: "Jesus nos transmitiu as palavras de seu Pai e é o Espírito que recorda à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26). Desde o princípio, os discípulos haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo (cf. At 1,2) que é, na Igreja, o Mestre interior que conduz ao conhecimento da verdade total formando discípulos e missionários. Esta é a razão pela qual os seguidores de Jesus devem se deixar guiar constantemente pelo Espírito (cf. Gl 5,25), e tornar a paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão: anunciar a Boa Nova aos pobres, curar os enfermos, consolar os tristes, libertar os cativos e anunciar a todos o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19)."(DAp 152).
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Espírito vivificador, 
a ti consagro o meu coração: 
aumenta em mim o amor a Jesus, Vida da minha vida. 
Faze-me sentir filho amado do Pai. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de filho/a que, como dizia Alberione, retrata na própria vida o modelo de Jesus
Mestre: "vive em Deus e comunica Deus".

BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


ANO C - DIA 28/04 - Domingo
Um mandamento novo 
- Jo 13,31-33a.34-35
Depois que Judas saiu, Jesus disse: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, Deus também o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo eu ainda estou convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”.

LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
Começo pedindo luzes para todos que nos encontramos neste espaço virtual, para bem rezarmos a Palavra:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: 
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, 
Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1- LEITURA (VERDADE)O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 13,31-33a.34-35, e observo as palavras de Jesus sobre o amor.
O preceito do amor é novo. Não pelo conteúdo. É novo pelo motivo, pelo exemplo, pelo alcance. Deverá ser o distintivo de quem segue o Mestre: os discípulos
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo este amor anunciado por Jesus? Mais que isto: este preceito do amor? É meu distintivo? Os bispos, na Conferência de Aparecida falaram da comunidade de amor que nasce da Eucaristia e constrói a unidade. “A Igreja, como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. “Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia” (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas “por ‘atração’: como Cristo ‘atrai tudo a si’ com a força de seu amor”. A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34).” (DAp 159).
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com toda a Igreja no Brasil, a oração:
Senhor Jesus, Tu és o Caminho!
Em meio a sombras e luzes,
alegrias e esperanças, tristezas e angústias,
Tu nos levas ao Pai.
Não nos deixes caminhar sozinhos.
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Verdade!
Desperta nossas mentes
e faze arder nossos corações com a tua Palavra.
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade.
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti!
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida!
Abre nossos olhos para te reconhecermos
no “partir o Pão”, sublime Sacramento da Eucaristia!
Alimenta-nos com o Pão da Unidade.
Sustenta-nos em nossa fragilidade.
Consola-nos em nossos sofrimentos,
Faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos.
Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida,
No vigor do Espírito Santo,
Faze-nos teus discípulos missionários!
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser:
Alegres no Caminho para a Terra Prometida!
corajosas testemunhas da Verdade libertadora!
promotores da Vida em plenitude!
Fica conosco, Senhor! Amém!
(Oração do XVI Congresso Eucarístico Nacional )
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de acolhimento a Jesus na pessoa dos irmãos. Preciso deixar mais vivo o meu distintivo de cristão.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

BÊNÇÃO
O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!' (Nm 6,24-27)
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Ir. Patrícia Silva, fsp

SENTI FIRMEZA


Os assuntos fundiários no Brasil, são, por natureza, aptos a tirar a tranquilidade dos cidadãos. Desde longa data é tema perturbador. Trata-se de uma área, onde é possível, num minúsculo espaço, misturar verdades contundentes, e mentiras cavilosas. Nessas conversas facilmente se apalpam, com nervosismo, as armas de fogo, presas à cintura. No campo podem existir terras griladas pelos poderosos, escravidões impostas aos pouco qualificados, o veto formal aos que querem um pedaço de chão. Mas também podemos ver a legítima produção de alimentos, a inteligência usada com dinamismo, o uso criterioso dos melhores recursos mundiais em favor da alimentação. "E Deus nos deu esta terra, de onde fluem leite e mel" (Dt 26,9). Conheci um bispo, que sabia o resumo das coisas boas e ruins do mundo agrário. Foi o falecido bispo de São José dos Pinhais (PR), dom Ladislau Biernaski, sensato Lazarista. Seu saber era amplo e seguro. Conhecia todas as torpezas do mundo agrário, mas também suas virtudes e belezas. As suas proposições eram claras e justas. Era um apoio para todos, a ponto de fazer falta.

Nesta última Assembléia dos Bispos (a 51ª) uma comissão reapresentou um texto, sobre reforma agrária, que vem sendo burilado há três anos. O fragor da luta costuma cobrar pedágio. Os sub-grupos de bispos, mais de 20, esquadrinharam a proposta, que mereceu louvores, mas também críticas muito fortes, devido à presença de ideologias, resquícios da teoria da dependência, já abandonada desde a década de 1980. Tal teoria, errônea, tenta explicar de que eu sou pobre, porque meu vizinho é rico. Havia laivos de luta de classes, e insinuações leves de que o agronegócio é uma atividade abominável. Quando essas contribuições foram apresentadas em plenário, senti-me orgulhoso de pertencer à CNBB. A Comissão aceitou as críticas e concluiu que o texto deveria ser novamente reescrito, e votado numa próxima Assembléia. Foi vitorioso o bom senso, e o Brasil. Ainda mais que o grande Papa João Paulo II ensinou que esse assunto deve ser relativizado. Pois hoje a "grande fonte de riqueza não é mais a terra, mas o conhecimento".
Dom Aloísio Roque Oppermann - Arcebispo emérito de Uberaba, MG.

O CONSULTORES DO PAPA


Ao completar o seu primeiro mês como “Bispo de Roma”, o Papa Francisco tomou a decisão mais importante do seu pontificado. Ele constituiu um grupo de cardeais, para o ajudar no governo da Igreja. 

A medida é original. Nenhum papa partilhou, oficialmente, o seu poder com outras pessoas. Mas além de original, esta medida tem objetivos bem claros e importantes. 

Verdade que desde Paulo VI, logo depois do Concílio, a sugestão de formar um grupo de “conselheiros próximos”, uma espécie de “senado” que acompanhasse o papa nas decisões que ele deve tomar, começou a ser excogitada, como resposta aos anseios de maior participação que o Concílio tinha suscitado. 

Mas a sugestão só agora toma forma, com o grupo constituído pelo Papa nesta semana. 

Vale a pena intuir as intenções desta medida. São diversos ângulos por onde dá para ir entrando, na tentativa de compreender o alcance desta iniciativa. 

Podemos começar pela data. A medida foi tomada depois que ele completou o primeiro mês de pontificado. Todos já iam se perguntando, depois dos gestos e das primeiras mensagens, quais seriam suas decisões práticas, para implementar as esperanças que ele suscitou. A data serve de indicativo do que ele de fato quer fazer. A medida de agora faz parte, portanto, do seu plano de governo. 

Outra observação importante. Escolheu cardeais de todos os continentes. Isto significa, claramente, que as medidas que ele espera implementar com a ajuda desses seus “consultores”, são para toda a Igreja. Ele quer sentir de perto a realidade de cada continente. De certa maneira, ele busca os mesmos objetivos dos “sínodos continentais”, instituídos por João Paulo II. E quem sabe, com um grupo menor de pessoas, a dinâmica de trabalho possa ser mais ágil. 

O critério de escolha foi claramente geográfico. Mas observando atentamente, há diferenças significativas. A África, a Ásia, a Austrália, um representante cada continente, o que parece normal. Mas a Europa ficou só com um Cardeal, de Munique, na Alemanha, e um bispo para o encargo prático de secretário. Mas a diferença maior está na América Latina, de onde ele chamou dois cardeais, do Chile e de Honduras, respectivamente o Cardeal Errazuris, e Cardeal Maradiaga. E ainda, da América, o Cardeal de Boston. 

Diante destas constatações, é evidente a intenção do Papa de valorizar a Igreja da América Latina. Ele assume o desafio que muitos já lhe sugeriram: temos um Papa vindo da América Latina, que universalize para toda a Igreja os valores positivos da caminhada da Igreja da América Latina. 

Mas nesta constatação dá par intuir outra segurança que o Papa Francisco está buscando. Ele quer “sentir firmeza” com a boa experiência que ele teve na Conferência de Aparecida, em 2007, quando ele foi coordenador da equipe de redação. E seus auxiliares imediatos eram o Cardeal Errazuris, do Chile, e o Cardeal Maradiaga, de Honduras. Agora, ele chamou os dois, privilegiando a América Latina com dois representantes, que foram seus companheiros no momento talvez mais importante que ele teve, antes de ser papa, a Quinta Conferência da América Latina. E ainda por cima, estabeleceu o Cardeal Maradiaga como coordenador do grupo todo. 

Portanto, dá para esperar muitos encaminhamentos, decorrentes desta importante iniciativa do Papa Francisco. Ele quer encontrar um primeiro consenso entre estes seus auxiliares mais próximos, para contar com o consenso de todos, nas importantes decisões que a Igreja e a humanidade estão esperando em nosso tempo. 
Dom Luiz Demétrio Valentini - Bispo de Jales (SP).

DE NOVO O TRABALHO

No meio da próxima semana, estaremos celebrando o primeiro de maio.

Por mais que tenha perdido sua fisionomia de luta social, o trabalho permanece na ordem do dia. Continuam válidas as palavras da encíclica Laborem Exercens, afirmando que o trabalho é "uma chave, provavelmente a chave essencial, de toda a questão social".

A recente onda de "desregulamentação social" atingiu o trabalho de maneira frontal. Algumas conquistas conseguidas a duras penas, durante décadas de lutas sindicais, se diluem e perdem força social.

O descanso semanal ficou seriamente comprometido. É crescente o número de empresas que nem interrompem suas atividades nos finais de semana. Ou até fazem dos finais de semana a oportunidade para suas promoções especiais. Desta maneira, é relegado a segundo plano o direito dos trabalhadores ao descanso coletivo.

Até a programação pastoral ficou comprometida. É difícil encontrar um horário que seja propício à comunidade, pois a necessidade da sobrevivência pelo trabalho inviabiliza a participação de muitas pessoas nos encontros de pastoral.

A exploração do trabalho é uma tendência que emerge, sob formas novas, de diversas maneiras. Já acabou o tempo da escravidão. Mas ainda encontramos situações de trabalho escravo, que o poder público procura combater com severidade.

A provável etimologia da palavra "trabalho" projeta uma luz sobre a complexa realidade que esta palavra procura transmitir. A palavra viria do latim, do vocábulo "tripalium", que era instrumento de tortura. O trabalho forçado era meio de tortura dos escravos.

Pode ser que o subconsciente coletivo da sociedade ainda esteja condicionado à etimologia da palavra "trabalho".

O conceito de trabalho passou por uma metamorfose muito grande. De sua ideia negativa, como instrumento de tortura para escravos, chegou-se ao valor do trabalho humano, impregnado de direitos, que precisam ser consignados em legislação adequada.

Esta visão positiva do trabalho fica confirmada pela teologia, que vê no trabalho a vocação do ser humano de cuidar da criação, e de ativar suas potencialidades.

Entre estes dois extremos, encontramos critérios de discernimento, para conferir, por exemplo, se existe, ou não, "trabalho escravo".

Não podemos partir do preconceito de que todo trabalho é uma tortura imposta ao trabalhador, como no tempo do império romano. Não podemos continuar com a mentalidade equivocada, de achar que o trabalho é sempre uma escravidão, da qual devemos nos livrar a qualquer custo.


Ao mesmo tempo, o trabalho não pode se tornar instrumento de exploração, privando os trabalhadores e trabalhadoras de sua liberdade e de sua dignidade humana. O trabalho, mesmo o assalariado, precisa resguardar todos os direitos que a legislação social já lhe garantiu.


O direito à sobrevivência precede ao direito de trabalhar. Por isto pode ser justificada uma política voltada a garantir os direitos à vida digna também para as pessoas que não têm, ou não podem ter trabalho. Mas isto não deve se constituir em motivo para cair na dependência e menosprezar o valor da trabalho humano.

Um povo que perde o sentido do trabalho está destinado a perder sua identidade, e frustrar seu futuro, fazendo da dependência o caminho de sua verdadeira escravidão.
Dom Luiz Demétrio Valentini - Bispo de Jales (SP).

25 de abril de 2013

EVANGELHO E LEITURA ORANTE PARA QUINTA E SEXTA-FEIRA

ANO C - DIA 25/04 Quinta-feira
Anunciai a Boa-Nova a toda criatura! 
- Mc 16,15-20
E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados”. Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos foram anunciar a Boa-Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam.

LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para a Leitura Orante, orando com todos que se encontram na rede da internet Espírito de verdade, a ti consagro a mente e meus pensamentos:
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
compreenda e me torne um/a anunciador/a
do seu Evangelho.
1- LEITURA (VERDADE)O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 16,15-20, e releio as expressões mais fortes.
Jesus manda os discípulos irem ao encontro das pessoas, com um objetivo claro: anunciar o Evangelho. Não diz a eles para esperarem que as pessoas venham, mas para eles tomarem a iniciativa e irem comunicar a Boa Notícia.
Pela fé, coisas humanamente "impossíveis", aconteceriam. Os discípulos foram e o Senhor estava com eles, os ajudava.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)O que o texto diz para mim, hoje?
Também eu sou uma pessoa convocada para ser discípulo/a e missionário/a de Jesus.
. O encontro com Jesus Cristo, é o ponto de partida de um processo que culmina na minha maturidade como discípulo/a e deve renovar-se constantemente pelo meu testemunho pessoal, e pela missão: “Vão pelo mundo inteiro”.
• A conversão é a minha resposta inicial no seguimento de Jesus Cristo;
• O discipulado me leva ao amadurecimento no conhecimento, na fé e no seguimento de Jesus Mestre.
• Vivo a comunhão, pois não pode haver vida cristã fora da comunidade: na minha família, na paróquia, no meu grupo.
. Sou uma pessoa em missão, que vivo a partilha de minha experiência de Deus aos outros.
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com Dom Pedro Casaldáliga:

Oração da Comunicação
Deus do Amor,
que te dás sempre em comunhão criadora,
Deus da Vida partilhada
frente aos processos de morte,
Deus da Palavra encarnada em Jesus de Nazaré,
a serviço da Verdade,
na convivência da Paz,
pelas veredas da História…
Ensina-nos a escutar
o silêncio e o clamor dos deserdados da Terra.
Ensina-nos a falar a Boa Nova do Reino
bem no alto dos telhados e no coração do mundo.
Que sejamos testemunhas da invencível Esperança,
que consagremos a mídia ao serviço do Evangelho
em abertura ecumênica,
em plenitude ecológica,
nos Povos da Nossa América,
em cultura solidária entre todas as culturas
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Com os bispos da América Latina e Caribe, sinto que posso procurar
“a) Conhecer e valorizar esta nova cultura da comunicação.
b) Promover a formação profissional na cultura da comunicação de todos os agentes e cristãos. c) Formar comunicadores profissionais competentes e comprometidos com os valores humanos e cristãos na transformação evangélica da sociedade, com particular atenção aos proprietários, diretores, programadores e locutores.
d) Apoiar e otimizar, por parte da Igreja, a criação de meios de comunicação social próprios, tanto nos setores televisivos e de rádio, como nos sites de Internet e nos meios impresso.
e) Estar presente nos meios de comunicação de massa: imprensa, rádio e TV, cinema digital, sites de Internet, fóruns e tantos outros sistemas para introduzir neles o mistério de Cristo.
f) Educar na formação crítica quanto ao uso dos meios de comunicação a partir da primeira idade;
g) Animar as iniciativas existentes ou a serem criadas neste campo, com espírito de comunhão.
h) Acompanhar leis protejam as crianças, jovens e as pessoas mais vulneráveis para que a comunicação não transgrida os valores e, ao contrário, criem critérios válidos de discernimento.
i) Ajudar tanto as pastorais de comunicação como os meios de comunicação de inspiração católica a encontrar seu lugar na missão evangelizadora da Igreja.“ (DAp, 486).
BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. Sugestão


ANO C - DIA 26/04 Sexta-feira
Jesus é o caminho, a verdade e a vida 
- Jo 14,1-6
“Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho”. Tomé disse: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.

LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para este momento de oração, em rede com todos os internautas que chegam para este encontro com a Palavra, rezando:
Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho. 
Ó Jesus Mestre, Verdade, 
Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1- LEITURA (VERDADE)O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 14,1-6, e observo Jesus volta a exortar à fé. E responde a uma pergunta de Tomé.
Comentando este texto, o Bem-aventurado Tiago Alberione diz: "Estabelecer-se totalmente em Jesus Mestre Verdade (mente), Caminho (vontade) e Vida (sentimento); até chegar à suprema altura da nossa personalidade: eu que penso em Jesus Cristo, eu que amo em Jesus Cristo, eu que quero em Jesus Cristo; é o Cristo que pensa em mim, que ama em mim, que quer em mim".
Alberione fundamenta a espiritualidade da Família Paulina em Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)O que o texto diz para mim, hoje? 
Onde fundamento a minha espiritualidade? Há tantos métodos bons, baseados na Palavra de Deus. Importante é que tenha um que me leve a viver em Jesus Cristo, ou melhor, que eu deixe Jesus Cristo viver em mim. Os bispos, em Aparecida, disseram: "Jesus Cristo é o Filho de Deus verdadeiro, o único Salvador da humanidade. A importância única e insubstituível de Cristo para nós, para a humanidade, consiste em que Cristo é o caminho, a Verdade e a Vida. "Se não conhecemos a Deus em Cristo e com Cristo, toda a realidade se torna um enigma indecifrável; não há caminho e, ao não haver caminho, não há vida nem verdade". No clima cultural relativista que nos circunda, onde é aceita só uma religião natural, faz-se sempre mais importante e urgente estabelecer e fazer amadurecer em todo o corpo eclesial a certeza de que Cristo, o Deus de rosto humano, é nosso verdadeiro e único salvador." (DAp 22).
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a oração:
Senhor Jesus, Tu és o Caminho!
Em meio a sombras e luzes,
alegrias e esperanças, tristezas e angústias,
Tu nos levas ao Pai.
Não nos deixes caminhar sozinhos.
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Verdade!
Desperta nossas mentes
e faze arder nossos corações com a tua Palavra.
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade.
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti!
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida!
Abre nossos olhos para te reconhecermos
no "partir o Pão", sublime Sacramento da Eucaristia!
Alimenta-nos com o Pão da Unidade.
Sustenta-nos em nossa fragilidade.
Consola-nos em nossos sofrimentos,
Faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos.
Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida,
No vigor do Espírito Santo,
Faze-nos teus discípulos missionários!
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser:
Alegres no Caminho para a Terra Prometida!
corajosas testemunhas da Verdade libertadora!
promotores da Vida em plenitude!
Fica conosco, Senhor! Amém!
Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tende piedade de nós!
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é em busca do seguimento de Jesus Cristo, com este esquema:
1) caminhando sobre as pegadas (adesão da vontade),
2) escutando a sua doutrina (adesão da inteligência),
3) vivendo no seu amor e na sua graça (adesão do coração e do espírito)
BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

NÓS, CATÓLICOS E AS MUDANÇAS RELIGIOSAS NO BRASIL

Durante a 51ª Assembleia da CNBB, de 10 a 19 de abril, em Aparecida, foi feita uma análise do quadro religioso do Brasil, com base nos dados do Censo de 2010.

Conforme já foi noticiado, houve uma nova diminuição do número dos que se professam católicos, que seriam ainda cerca de 64% da população brasileira; houve quedas igualmente de adeptos das Igrejas Protestantes tradicionais ou históricas, como a Luterana, a Presbiteriana, a Congregacional e outras Igrejas Evangélicas de missão; mas também houve queda acentuada dos aderentes à Igreja Universal do Reino de Deus e de outros grupos pentecostais livres. Novos grupos “livres”, de inspiração neopentecostal, surgiram e conquistaram adeptos.

Essa mudança religiosa não deixa de nos questionar. Há explicações culturais, sociais e religiosas na base dessa mobilidade religiosa que assistimos no Brasil nas últimas décadas. Mas, não basta compreender o fenômeno: como católicos, não podemos ficar indiferentes. E como Arcebispo da Igreja, expresso minha viva dor e preocupação por todo o católico que abandona a sua fé e me pergunto sobre os motivos que estão na base da sua escolha. Evidentemente, partimos do pressuposto de que a liberdade religiosa e de consciência das pessoas deve ser respeitada.

Mas, quando isso nos envolve, devemos dar respostas adequadas. Os motivos do abandono da fé católica, no entanto, devem ser examinados por nós, levando-nos às decisões que nos cabem tomar, com o coração movido pela caridade pastoral, por amor às pessoas, respeito e amor à verdade. Não podemos cair no indiferentismo religioso, em que uma coisa vale a outra e a verdade da Igreja fica relativizada pelo irenismo ou até pelo comodismo.

A causa do abandono da fé católica pode ser o conhecimento insuficiente ou apenas superficial da fé e da própria Igreja Católica. Muitas pessoas nunca foram verdadeiramente evangelizadas, nem tiveram a oportunidade de fazer uma experiência genuína e gratificante da fé em Deus na nossa Igreja. Não se ama o que não se conhece. E, não havendo raízes profundas nem identificação pessoal sólida com a fé e a Igreja Católica, o abandono acontece com facilidade.

O que devemos fazer nesses casos? Certamente, é preciso evangelizar mais e melhor, dando aos fiéis a oportunidade de conhecerem melhor a Deus e a Igreja, e de fazerem a experiência gratificante e profunda da fé. Devemos propor a verdade integral do Evangelho, sem poupar esforços para convidar as pessoas a fazerem um caminho de crescimento e amadurecimento na fé.

Acontece também que as pessoas abandonam a fé católica e a Igreja porque ficam decepcionadas com o nosso atendimento, nem sempre acolhedor. Isso nos deve levar, evidentemente, a rever nossos modos de tratar as pessoas. Ninguém espera ser tratado mal, ainda mais por quem representa a Igreja e fala em nome de Deus. E isso vale para nossos atos oficiais, como as celebrações, mas também para as relações pessoais dos católicos.

Entre as causas do abandono da fé e da Igreja Católica também está a discordância com a nossa doutrina moral ou mesmo com artigos da nossa fé. Nesse caso, por certo, não devemos renunciar à nossa fé, nem ocultar as exigências morais que decorrem do Evangelho. Mas, devemos cuidar de não transformar a fé em moralismo superficial, nem deixar de propor o encontro vital com Deus por meio de Jesus Cristo, antes de tratar das exigências morais do Evangelho. O resto será obra da graça de Deus, que conta com o diálogo paciente e respeitoso, o testemunho pessoal de vida cristã e o desejo sincero de ganhar irmãos para Cristo, para que tenham, por ele, a vida verdadeira.

Há também o fato da pregação contrária à Igreja Católica e sua doutrina, que leva muitos irmãos ao engano, ao abandono da fé e ao desprezo da Igreja. Nesse caso, cabe-nos defender as ovelhas do nosso rebanho e vigiar, mostrando-lhes a verdade e esclarecendo os aspectos em que sua fé e seu amor à Igreja são abalados.

Cardeal Odilo Pedro Scherer - Arcebispo de São Paulo (SP).

APRENDA A VIVER COM A SIMPLICIDADE DAS CRIANÇAS


Vivemos em um mundo de intensas dores e ansiedades. Porém, não significa que devemos deixar tudo isso ditar as regras sobre nossa existência. Pelo contrário, precisamos reagir submetendo nossa vida a uma outra lógica, que não nos permitirá ser totalmente engolidos por essa enorme onda de agitação e ansiedade.

O ser humano é, no reino da vida, o único ser dotado de pensamento (razão). Ele é o único capaz de não se permitir determinar pelo meio em que vive e pelos seus instintos. Assim, pode construir uma realidade nova e melhor, que mais eficazmente corresponda à sua autêntica realização. O homem não é uma massa de manobra que será sempre escrava do tempo e de suas frágeis tendências. Não. Ele é muito mais e foi criado para ir mais longe, pois possui a “dinâmica força da vida” dentro de si.

Não será possível uma vida sem tensões e sofrimentos, e sobre isso já falamos. Mas como gerir esses sofrimentos e tensões tão comuns em nossa vida?

Aqui, não me sinto autorizado a despejar sobre você receitas (ou frases) prontas. Ao contrário, desejo apenas propor caminhos que o possibilitem pensar e, posteriormente, encontrar ferramentas que o auxiliem neste processo.

Gosto de contemplar o jeito como as crianças percebem a vida e as dificuldades nela presentes. Para elas, as coisas são simples e descomplicadas, e quase sempre elas acabam encontrando soluções fáceis e bem humoradas para cada tensão que encontram. Elas não possuem a pretensão de querer reter, instantaneamente, a felicidade debaixo dos braços, mas a buscam experimentar em pequenas porções, a partir de cada pequena coisa que a existência lhes proporciona.

No universo delas, a felicidade está em pequenos gestos: em uma partida de futebol com os amigos, em uma brincadeira na rua ou em uma refeição cheia de comidas gostosas etc. Enfim, elas conseguem viver bem cada momento, sendo inteiras (e felizes) em cada fragmento.

Com elas podemos aprender algo?

Acredito que aprender a viver com simplicidade sem complicar os fatos, lutando para separar cada coisa e as experienciando uma de cada vez é um concreto caminho para uma boa gerência de tensões (um caminho para a maturidade).

Percebo que uma boa e diária dose de paciência revestida de otimismo,diante de nossa vida e de seus muitos desafios, também nos possibilita bem lidar com nossas frustrações, ensinando-nos a não nos desesperarmos diante das momentâneas derrotas que o dia a dia nos apresentará.

(Extraído do livro "Construindo a felicidade")
Padre Adriano Zandoná

O ENVELHECIMENTO NÃO ABRE EXCEÇÕES PARA NINGUÉM



Envelhecer é perceber a ação implacável do tempo sobre a nossa natureza. É reconhecer que, a cada ano, diminui a nossa vitalidade para as coisas que, anteriormente, pareciam não demandar esforços. A pele já não tem a mesma elasticidade que tinha aos 15 anos; por isso, facilmente se percebe as pequenas dobras junto dos olhos, nas mãos, além de algumas outras manchas provocadas pelo sol. Os cabelos, aqueles que ainda restam, perdem a cor e os olhos já não conseguem ler, senão com a ajuda dos óculos… E esse fenômeno não abre exceções para ninguém.

Fazer uma retrospectiva de meio século de vida não é somente constatar a ação predatória do tempo sobre nosso organismo, mas é, sobretudo, reconhecer as muitas vitórias alcançadas. É também uma oportunidade para perceber outros erros, os quais poderiam ser evitados se tivéssemos um pouco mais de cautela ou, em outras ocasiões, se fosse reprimido o ímpeto de um temperamento imaturo. A cada década que retrocedemos é possível reconhecer o quanto amadurecemos com aquilo que a vida tem nos ensinado.

Com todas essas coisas, para algumas pessoas também se aproxima o tempo da aposentadoria. E aqueles esforços empreendidos para firmar uma carreira, fazer economias para garantir o futuro, parecem ser apenas parte de uma equação que teria como resultado um final feliz, com a sensação de ter sido produtivo. Diante do inevitável, vale então a lição de aprendermos a conviver com os pensamentos e nos moldarmos – dentro do possível – às atitudes das novas gerações.

Certa vez, minha avó, que já estava perto dos 90 anos, disse que sentia como se não houvesse mais lugar para ela no mundo. Depois disso, viveu mais 12 anos num mundo de poucas pessoas e no qual já não era mais importante saber das horas. Talvez, ela até teria suas razões para afirmar tal sentimento, pois aquilo que movimentava seus dias e foi, por muito tempo, um objetivo a ser alcançado, com a independência dos filhos, deixou de ser para ela o motivo que a estimulava a acumular forças para enfrentar seus desafios. Imagino que para outras pessoas, que marcaram sua presença com grandes sucessos, pode parecer ainda mais difícil acolher esse momento em que os holofotes se apagam e sobre elas caem as sombras do anonimato.

Entretanto, muito mais que desfrutar do tempo, parece ser prioritário para cada um de nós cultivar e manter a saúde dos nossos relacionamentos com aqueles que têm participado do nosso dia a dia e que conosco estão na mesma estrada. Dessa forma, poderemos juntos viver, de maneira gradual, a transição para outro momento sem perdermos a autoestima. Pois, um dia, a nossa conversa poderá deixar de ser interessante e a velocidade dos nossos passos já não serão tão convidativos para um passeio.

O envelhecimento não pode nos assustar, mas com ele precisamos aprender a ser menos críticos com as nossas imperfeições, tendo como objetivo cultivar a simpatia e ser amados.

Um abraço!
Dado Moura

SOBRE AS CONFISSÕES COMUNITÁRIAS


A Mãe Igreja, à semelhança do Seu Senhor, deseja que todos os homens se salvem, e por isso, guardando as necessárias disposições, procura facilitar ao máximo a recepção dos auxílios da graça aos seus filhos por meio dos sacramentos.

Com base nesse princípio e motivada historicamente sobretudo pelas duas grandes guerras mundiais, a Igreja introduziu a disciplina que possibilita a administração do sacramento da penitência com a absolvição coletiva. É provável que o leitor já tenha ouvido alguém falar – ou mesmo passado por esta experiência – de alguém que foi buscar a confissão em alguma paróquia, e, para sua surpresa, não tenha encontrado a celebração ordinária do sacramento da penitência (com a confissão auricular, e absolvição individual), senão uma celebração comunitária com absolvição coletiva. O que dizer sobre isso?
A atual legislação canônica, mais precisamente o cânon 960 do Código de Direito Canônico, destaca expressamente que a confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário, com o qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja;

A absolvição dada, ao mesmo tempo, a vários penitentes sem a prévia confissão individual, constitui uma forma excepcional da administração do sacramento da Penitência que só pode ser empregada quando (cfr. c. 961):

1) Haja iminente perigo de morte e não haja tempo para que o sacerdote ou sacerdotes ouçam a confissão de cada um dos penitentes;

2) Haja grave necessidade, isto é, quando por causa do número de penitentes, não há número suficiente de confessores para ouvirem as confissões de cada um, dentro de um espaço de tempo razoável, de tal modo que os penitentes, sem culpa própria, seriam forçados a ficar muito tempo (mais de um mês) sem a graça sacramental ou sem a sagrada comunhão.

O juízo para saber se, em determinado caso concreto ocorre o que está prescrito acima (n. 2), não compete ao confessor, mas ao bispo diocesano, que só pode permitir a absolvição geral em situações objetivamente extraordinárias (cfr. Motu Proprio Misericordia Dei, 4), previamente e por escrito. Não se considera, porém, necessidade suficiente quando não é possível ter os confessores necessários só pelo fato de grande concurso de penitentes, como pode acontecer numa grande festividade ou numa peregrinação (cfr. c. 961 §1, 2º).

A absolvição geral coletiva, nos casos excepcionais previstos, deve ser precedida de uma adequada catequese que explique aos fiéis as condições para a sua validade, deixando claro que aqueles que recebem a absolvição coletiva deverão – para que o sacramento seja válido –, confessar, em tempo devido, individualmente todos os pecados graves que, naquele momento, não puderam confessar e que devem receber a absolvição individual antes de receberem uma nova absolvição geral.

Não é demais lembrar que todo aquele que, em razão do ofício, tem cura de almas (p. ex. o pároco) está obrigado a providenciar que sejam ouvidas as confissões dos fiéis que lhe estão confiados e que, de modo razoável, peçam para se confessar, a fim de que aos mesmos se ofereça a oportunidade de se confessarem individualmente em dias e horas que lhes sejam convenientes (cfr. c. 986 §1).
Padre Demétrio Gomes

O BOM HUMOR E A ALEGRIA CONTAGIAM


Recentemente, estive no Nordeste do país para pregar em alguns encontros e acampamentos. Fiquei alguns dias nas capitais até partir para um encontro para comunidades. Conduziram-me, então, a um lugar chamado Brejo das Freiras, no sertão do Nordeste. Era sábado de manhã e o retiro da comunidade se iniciaria com a missa. Aos poucos, o povo foi chegando e enchendo aquele barracão armado com imensas lonas de cor preta que deveria acomodar toda aquela gente que chegava sem parar. Uns a pé, outros em ônibus fretados, em caravanas. Fiquei emocionado ao ver a disposição e alegria que eles traziam em suas canções, gestos e instrumentos de corda e percussão.

Logo que fiz a primeira animação e pregação do encontro, percebi a alegria que contagiava e aquecia a todos, pois debaixo daquele barracão eu suava mais que tampa de panela com água fervendo. Nas conversas dos intervalos, conheci algumas pessoas e suas comunidades. Uma delas possuía o carisma de evangelizar pelas estradinhas de chão quente que davam acesso ao litoral. Outra ia pelo sertão, por lugares secos e quentes, com a missão de evangelizar também. Muitas das comunidades fabricavam farinha e vendiam-na nas estradas e rodovias que davam acesso ao litoral para sobreviver.

Gente de Deus mesmo, um povo de fé, um oásis no deserto. Nada é obstáculo para quem tem o coração cheio de alegria!

Lembrei-me, então, de quando eu jogava futebol profissional em um time chamado São José, da cidade de São José dos Campos (SP). Um colega me convidava insistentemente para que eu fosse ao grupo de oração que ele frequentava. Sem ter mais desculpa para safar-me de tal convite, acabei aceitando.

Assim que entrei na igreja, vi uma pessoa ensinando as outras a cantar e executar as coreografias das músicas selecionadas para acompanhar as orações. Eu não sabia nada, nem cantar e muito menos fazer todos aqueles gestos sincronizados. Ao meu lado, estava um senhor de aproximadamente setenta anos. Ele fazia tudo com tanto entusiasmo e alegria que acabou por me seduzir.

Deus usou aquele homem para tocar meu coração; eu no auge da minha juventude não era feliz como aquele senhor de setenta anos. Experimentei, lá no Nordeste, o mesmo sentimento de anos atrás, no primeiro grupo de oração que entrei, depois de muitos anos sem ir a uma igreja.

São José dos Campos, uma grande cidade, e Brejo das Freiras, no sertão nordestino, ficaram igualadas no fim Deus e na alegria contagiante das pessoas que encontraram o grande tesouro: Jesus Cristo vivo e ressuscitado.

Em Brejo das Freiras aprendi três coisas importantes:

1ª – Devemos ser felizes independente da situação externa: Quantas pessoas dependem de outras para serem felizes, dependem do time que torcem, do saldo bancário, do holerite no fim do mês, do elogio do outro... Enfim, somos Bartimeu todas as vezes em que dependemos do externo ou das “esmolas” dos outros para sorrir e ser felizes, pois a verdadeira felicidade é a que vem de dentro para fora. Se dependemos do externo, viveremos muitos altos e baixos em nossas vidas.

2ª – A situação externa não pode impedir que encontremos Jesus:Conheço pessoas que não tiveram uma experiência com Jesus, pois vivem dizendo que estão ocupadas, estão trabalhando muito ou ainda dizem “agora que me casei...”, “agora que nasceu meu filho...” etc. O externo as impediu de ter uma experiência com Jesus, de dar um “salto” e ir até Ele.

Nesse caso, Bartimeu nos ensina como devemos agir. Ele que vivia em condições externas precárias, além de marginalizado, isolava-se e cobria-se com uma grossa capa.

Mas, ao ouvir os passos da multidão que acompanhava Jesus por aquelas ruas de Jericó, não teve dúvidas e começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”.

Renunciemos a toda situação que nos impede de fazer a experiência com Aquele que quer curar as nossas cegueiras e mudar a nossa história.

3ª – Aprendi também com a farinha: Que é fonte de sustento para muitas comunidades e serve para três coisas: 

- Engrossar o que está ralo (fino)

- Esfriar o que está quente

- Aumentar o que está pouco

Seja feliz com a sua farinha!

Segundo pesquisa divulgada pela Revista ISTOÉ de 17/12/2008*, a felicidade é contagiante e pode se espalhar pela rede de contatos de cada um. “A alegria se espalha como um efeito dominó”, explica o pesquisador James Fowler, da Universidade da Califórnia. Ainda de acordo com a pesquisa, a distância influencia diretamente essa conexão de bem-estar. A chance de felicidade cresce 42% se você mora até 800 metros de um amigo feliz. Ela cai para 22% se a pessoa que deflagra o processo estiver a mais de 2,2 quilômetros.

Conclusão: Vamos nos aproximar de pessoas felizes e bem resolvidas. Elas, certamente, encontraram o “Tesouro Maior” e trocaram tudo por Ele.
Astromar Miranda Braga

20 de abril de 2013

EVANGELHO E LEITURA ORANTE PARA SÁBADO E DOMINGO

ANO C - DIA 20/04 - Sábado
O Espírito é que dá a vida 
- Jo 6,60-69
Muitos discípulos que o ouviram disseram então: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” [...] Jesus perguntou: “Isso vos escandaliza? Que será, então, quando virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito é que dá a vida. A carne para nada serve. As palavras que vos falei são Espírito e são vida. Mas há alguns entre vós que não creem”. Jesus sabia desde o início quem eram os que acreditavam e quem havia de entregá-lo. E acrescentou: “É por isso que eu vos disse: ‘Ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai’”. A partir daquele momento, muitos discípulos o abandonaram e não mais andavam com ele. Jesus disse aos Doze: “Vós também quereis ir embora?” Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para rezar a Palavra com meus irmãos internautas, com a oração:
Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente
e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida,
tem piedade de nós.
1- LEITURA (VERDADE)1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 6,60-69, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus desafia seus ouvintes. Sua preocupação está na capacidade que as pessoas têm de ouvir sua mensagem, compreendê-la e se comprometer com ela. E com razão. Muitos o abandonam. Pedro, porém, pelo grupo dos discípulos, dá uma resposta cheia de comprometimento: "Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou."Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém".
Jesus e Maria, dai-me a vossa bênção:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)O que o texto diz para mim, hoje?
Assumo a postura de discípulo/a missionário/a? Qual é a minha missão? Ou, prefiro, afastar-me?
Os bispos, em Aparecida, afirmaram: “Os fiéis leigos são “os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” São “homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja”. (DAp 209).
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com Paulo VI:
Jesus, Mestre divino,
que chamastes os Apóstolos a vos seguirem,
continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias,
pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens.
Dai coragem às pessoas convidadas.
Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos,
como diáconos, padres e bispos,
como religiosos e religiosas,para o bem do Povo de Deus
e de toda a humanidade. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar, hoje, é iluminado pela fé na Palavra de vida eterna do Mestre Jesus Cristo que me impulsiona para a missão de servir.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


ANO C - DIA 21/04 - Domingo
Dia Mundial de Orações pelas Vocações 

Jesus é o bom pastor 
- Jo 10,27-30“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um.”
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo:
Espírito Santo,
dai-nos o dom do conselho,
que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação 
segundo vossa Divina Providência.
1- LEITURA (VERDADE)O que diz o texto do dia?
Leio atenta e lentamente o texto do dia: Jo 10,27-30.
As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão. Ninguém poderá arrancá-las da minha mão. O poder que o Pai me deu é maior do que tudo, e ninguém pode arrancá-las da mão dele. Eu e o Pai somos um.
Observo o local, a ocasião, o fato em si, que pessoas participam e que assunto é tratado.
O povo se diz ainda em dúvida. Jesus então deixa claro algumas coisas:
1º O seu poder é o poder do Pai.
2º Ele conhece quem é do seu rebanho, quem escuta sua voz e o segue.
3º Jesus afirma que ele e o Pai são um. Revela a sua verdadeira identidade.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
É este Jesus do Evangelho que conheço e sigo? Escuto a sua voz e depois, o sigo? Ou tenho um Deus que eu imagino, inclusive de acordo com as minhas necessidades? Deixo-me conhecer por Deus ou vivo longe, mascarando a minha fé com crendices? Busco o Deus das consolações ou consolações de Deus? (pequena pausa para responder a estar questões).
Leia também a Mensagem para o 50º Dia Mundial de Orações pelas Vocações. Está no blog Paulinas Comunica: http://paulinascomunica.blogspot.com
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com salmos ou outras orações e concluo:
Oração da manhã
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar revela a minha identidade de filho/a de Deus.
Inspira-se no pensamento de Nolan, no livro “Jesus Hoje”. Diz ele: “Confiar em Deus, como Jesus confiava, não significa viver agarrados a Deus. Significa libertar-nos de tudo, a fim de entregarmos nossas vidas a Deus (...) Não precisamos agarrar-nos a ele, porque seremos agarrados por ele... como uma criança nos braços dos seus pais”.(p. 194)

BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

TEMPOS MAUS PARA NÓS E PARA ELES

Não aprendemos ainda a conviver com a Democracia. Nem com a civil e muito menos com a religiosa. Havendo liberdade de escolha, em nenhum país democrático haverá partido único, que é fundado muitas vezes em interesses ocasionais. O mesmo se diga sobre a escolha da religião. Nenhuma nação, onde reina a liberdade religiosa, tem a mais mínima possibilidade de ter 99,9% de adeptos de um determinado credo. Nem muito menos terá a chance de fechar em 100% de agnósticos, de ateus, de cidadãos de corte laicista. Portanto, isso que muitas vezes é arrolado como motivo de glória, não passa de uma grande vergonha. Os ataques aos templos, a criação de cidadãos de segunda classe, religiosos que são privados no seu direito de ir e vir, vão continuar sem fim. 

Muito se tem comentado que no Brasil os Católicos tem diminuído. É preciso entender o que isso significa. Em 1950 éramos 50 milhões. Hoje somos seguramente 130 milhões. Portanto, em números absolutos aumentamos muito. Em que deixamos de crescer foi nos números relativos. Já fomos 90% e hoje caímos para 64%. E não faltam os acusadores, que nos apresentam a lista de erros que a Igreja teria cometido: a teologia da libertação, a rigidez do celibato, a falta de apoio às novas uniões familiares, a falta de clero, a resistência à modernidade... Estamos convencidos de que a razão disso tudo pode ser bem outra. Parece se aproximar a temperatura de geladeira dos países europeus. Isso que os europeus são hoje, nós poderemos ser amanhã. Isto é, religiosamente frios. Então essa dispersão dos católicos, não poderia ser uma etapa anterior à debandada geral? Se há muitos que entram em denominações cristãs, esses mesmos não param de fazer roda em outras tantas organizações, buscando saúde, fortuna, libertação das mazelas humanas. A primeira geração dos convertidos pode até ser firme na sua fé. Mas os filhos deles tem capacidade de resistir à escola laica, ao mundo das drogas, à chafurdagem sexual, ao ambiente agnóstico? Jesus, um otimista de envergadura, adverte: “Nos últimos tempos ainda haverá fé sobre a terra?”. Sejamos todos cautelosos. Saibamos confiar em Cristo, de quem é a Igreja. Ele a salvará. 
Dom Aloísio Roque Oppermann - Arcebispo emérito de Uberaba, MG.

COMO SE FURTAVA EM 1655

O "sermão do bom ladrão" foi proferido pelo padre Antônio Vieira em 1655, na Igreja da Misericórdia, em Lisboa, perante Dom João IV e os dignitários do reino, juízes, ministros e conselheiros. Talvez valha a pena relembrá-lo para verificar se houve progressos em assunto de tamanha envergadura como é o roubo! A homilia se prolongou durante horas. Permito-me, por isso, trazer apenas alguns de seus tópicos.

"Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo mar Eritreu a conquistar a Índia. E como fosse trazido à sua presença um pirata que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito de andar em tão mau ofício. Porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: 'Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?'. Assim é: o roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. 

O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas levam, são outros ladrões, de maior calibre e de mais alta esfera; os quais, debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento, distingue muito bem São Basílio Magno. Não só são ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar para lhes colher a roupa. Os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, o governo das províncias, a administração das cidades, os quais já com manha, já com forças, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos. Os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam. 

Encomendou el-rei Dom João a São Francisco Xavier o informasse do estado da Índia. E o que o santo escreveu de lá, sem nomear ofícios nem pessoas, foi que o verbo 'roubar' na Índia se conjugava por todos os modos. A frase parece jocosa em negócio tão sério, mas falou o servo de Deus como fala Deus, que, numa palavra, diz tudo. O que eu posso acrescentar, pela experiência que tenho, é que não só do Cabo da Boa Esperança para lá, mas também das partes de aquém se usa igualmente a mesma conjugação. Conjugam por todos os modos o verbo 'roubar', porque furtam por todos os modos da arte. 

Tanto que lá chegam, começam a furtar pelo modo indicativo, porque a primeira informação que pedem aos práticos é que lhes apontem e mostrem os caminhos por onde podem abarcar tudo. Furtam pelo modo imperativo, porque, como têm o império, todo ele aplicam despoticamente às execuções da rapina. Furtam pelo modo mandativo, porque aceitam quanto lhes mandam e, para que mandem todos, os que não mandam não são aceitos. Furtam pelo modo optativo, porque desejam quanto lhes parece bem e, gabando as coisas desejadas aos donos delas, as fazem suas. Furtam pelo modo conjuntivo, porque ajuntam o seu pouco cabedal com o daqueles que manejam muito, e basta só que ajuntem a sua graça, para serem quando menos meeiros na ganância. Furtam pelo modo potencial, porque, sem pretexto nem cerimônia, usam de potência. Furtam pelo modo permissivo, porque permitem que outros furtem, e estes compram as permissões. Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os furtos. 

Estes mesmos modos conjugam por todas as pessoas, porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados, e as terceiras quantas para isso têm indústria e consciência. 

Finalmente, nos mesmos tempos, não lhes escapam os imperfeitos, perfeitos, mais-que-perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtaram, furtavam, furtariam e haveriam de furtar mais, se mais houvesse. Em suma, que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar para furtar. E quando eles têm conjugado assim toda a voz ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles, como se tiveram feito grandes serviços, tornam carregados de despojos e ricos, e elas ficam roubadas e consumidas...".

Qualquer semelhança com a realidade atual será mera coincidência? Se você tiver dúvidas - mas existe alguém que as tenha? - aguarde o próximo artigo! 
Dom Redovino Rizzardo - Bispo de Dourados (MS).

SER CRISTO NO MUNDO

Nossa vida é marcada por presenças. Presenças visíveis e próximas como a de uma mãe que brinca com seu filho, como a partilha dos sentimentos com o melhor amigo. Presenças invisíveis como a de duas pessoas que se amam e se encontram apesar das longas distâncias. Há ainda presenças que nos proporcionam paz, segurança, serenidade, esperança… Porém, há também presenças tempestuosas que nos causam medo, insegurança, ameaça…

No plano da vivência humana profunda, o ser humano faz a experiência singular de uma presença misteriosa, mas real, que atinge o centro de seu ser. Uma presença que não cessa de chamar o homem à felicidade plena.

A presença de Deus em nosso meio assumiu a forma visível. Fez-se homem: imagem visível do Deus invisível. A Eucaristia é memória-presente de Cristo em nós.

Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Para nós, cristãos católicos, a Eucaristia não é apenas um “símbolo”, mas sim, a presença “real” de Cristo no pão e no vinho consagrados.

Comungar o Corpo e Sangue de Cristo é comprometer-se com a construção de um mundo melhor. É nos tornarmos outro Cristo no mundo. É sermos sinal de esperança, de paz, de gratuidade, de amor, de fé, em um mundo tão carente destes valores preciosos e essências para a humanidade.

Eucaristia também é sinal de unidade. Unimos-nos a Cristo espiritualmente para sermos sinais de unidade na vida. Como estarmos unidos a Cristo e não sermos sinais de unidade com quem convive conosco? Como estarmos unidos a Cristo e sermos sinais de desunião na família, no trabalho, na comunidade cristã, em nosso grupo de oração? Como?

É necessário olharmos além do que se pode ver com os olhos humanos. A Eucaristia abre nosso olhar para enxergarmos a vida e nossos relacionamentos com os olhos da fé.

A Lumem Gentiun dirá que a comunhão do corpo e do sangue de Cristo faz com que nos transformemos naquilo que recebemos. Comungar o Cristo para ser outro Cristo no mundo. Ser sinal daquele que nos sustenta nas adversidades da vida. São Tomás de Aquino escreveu: “O efeito característico da Eucaristia é a transformação do homem em Deus”. Sermos divinos em nossa humanidade. Levarmos o Sagrado que em nós habita onde formos. Irradiar a Luz que habita em nosso coração. Sermos a sinal de esperança que nasce da nossa Esperança maior.

Eucaristia é partilha. Todas as vezes que comungamos o Cristo estamos nos comprometendo com um mundo mais cristão. A partilha começa na mesa. E em nosso caso, a partilha começa de um modo particular na Mesa da Eucaristia. Se Eucaristia é partilha somos chamados a fazermos o diferencial no mundo. O nome Cristão na sua essência é aquele que segue a Cristo. Uma vez que recebemos Cristo na Eucaristia, nos tornamos portadores de seus ensinamentos. E a melhor maneira de demonstrarmos os frutos da Eucaristia em nossa vida é com o nosso testemunho de vida.

Uma vida doada, que busca a unidade na diversidade dos dons e carismas, que se aproxima dos excluídos e lhes devolve a dignidade de filhos de Deus são passos importantes para quem deseja semear horizontes de uma vida transformada por Cristo.

Ser Cristo no mundo hoje é deixar-se transformar por aquele que habita nosso ser em cada Eucaristia.
Padre Flávio Sobreiro - Arquidiocese de Pouso Alegre (MG).

A SUA MÃO É MAIOR

A cantina da vila vendia de tudo. Uma senhora foi fazer a feira e levou junto o seu filho. O menino ficou bem quieto, não mexeu em nada. Para premiá-lo o dono da venda quis oferecer-lhe algumas balinhas. Apresentou à criança uma caixa cheia de balas e lhe disse:

- Pode pegar, você merece.

A criança, bem educada, pegou somente uma balinha. Então o dono insistiu:

- Pode pegar mais, pegue tudo o que consegue com a sua mão.

A criança olhou bem no rosto do homem e, sorrindo, disse:

- Por favor, pegue o senhor para mim.

- Por quê ? – perguntou o dono da venda.

- Porque a sua mão é maior! – respondeu a criança.

Neste domingo, Jesus nos fala da mão dele e da mão do Pai. Não são, porém, mãos tão diferentes, porque o Filho e o Pai são uma coisa só. Podemos falar, então, das "mãos de Deus". Ninguém pode arrancar ou arrebatar as ovelhas destas mãos. Tudo começa com a escuta da voz do Pastor; este, por sua vez, conhece as ovelhas e estas o seguem sem medo. Assim elas não se perdem e têm a vida assegurada, uma vida tão plena que não terá fim.

Muitas vezes cantamos a música: "Segura na mão de Deus e vai". No entanto devemos nos perguntar sede pois, na prática da vida, isso é verdade ou se estas palavras somente servem nas horas difíceis ou quando morremos. Vale a pena nos perguntarmos se durante o resto da nossa vida, sentimo-nos acolhidos e embalados pelas mãos amorosas do Pai e do Filho. Estamos falando, afinal, do nosso relacionamento com Deus:podemos nos sentir amados, protegidos, em segurança, ou num conflito por disputa de espaços, ideias e valores. Se me sinto amado por Deus deveria aceitar com alegria as suas palavras, os seus conselhos, percorrer os caminhos que Ele abre à minha frente. Não discuto, não reclamo, creio e confio. Como acriança que segurando a mão do pai, para de cair e aprende a caminhar.

As mãos de Deus vão também me modelando como as mãos do oleiro que faz e refaz o vaso até ficar bom (cf. Is 64,7). Busco fazer a minha parte quando entendo que Deus respeita a minha liberdade e cabe a mim escolher o rumo da minha vida. Difícil é imaginar alguém que não queira passar deste mundo para outro sem "segurar" na mão de Deus. A questão é segurar esta mão no dia a dia de nossa vida, quando tomamos as decisões segundo critérios e valores muitas vezes contrários ao projeto de Deus. Para conhecer este projeto de amor, precisamos prestar mais atenção à sua palavra. Palavra que deve ser praticada para formar o alicerce seguro de uma vida inabalável porque construída sobre a rocha.

Jesus simples mentenos pede para confiar nele. Não vai nos abandonar, não vai nos entregar nas mãos do lobo. Pastores humanos, às vezes, aproveitam das ovelhas; se as semelham mais com os lobos e com os mercenários que com aquele que se entregou totalmente ao rebanho. Precisamos de bons pastores, dedicados e íntegros, despojados e pobres, sem ambições de grandeza pessoal a não ser aquela do próprio Bom Pastor: não perder nenhuma das ovelhas que lhes foram entregue.

Neste domingo, rezamos pelas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Mas rezamos, também, para que todo batizado seja um sinal da mão estendida e carinhosa do Pai. Uma mão grande capaz de acolher todos os que nele confiarem. De maneira especial os desamparados, os abandonados, os pequenos esquecidos.

Se Jesus, o Bom Pastor, foi atrás da única ovelha perdida, todo batizado deve zelar mais por aqueles dos quais é responsável: a sua família, os vizinhos, os amigos e até os inimigos. Se acharmos não ter capacidade ou forças para isso, peçamos ajuda ao próprio Deus. A mão d'Ele continua grande, segura melhor, cabe mais.
Dom Pedro José Conti - Bispo de Macapá (AP).

19 de abril de 2013

EVANGELHO DO DIA PARA SEXTA-FEIRA


ANO C - DIA 19/04 Sexta-feira
Jesus o Pão que desceu do Céu
 - Jo 6,52-59
Os judeus discutiam entre si: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” Jesus disse: “Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por meio do Pai, assim aquele que de mim se alimenta viverá por meio de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram – e no entanto morreram. Quem se alimenta com este pão viverá para sempre”. Jesus falou estas coisas ensinando na sinagoga, em Cafarnaum.

LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para a Leitura orante, colocando-me na presença de Deus e invocando, com todos que se encontram na internet, o Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos:
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1- LEITURA (VERDADE)Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 6,52-59.
Jesus disse isso quando estava ensinando na sinagoga de Cafarnaum.
Jesus afirma que, quem come da sua carne e bebe do seu sangue, vive nele e ele vive nesta pessoa. E mais: quem come deste pão vive eternamente. Mas, quem não comer deste pão e não beber do seu sangue, não terá a vida eterna.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)O que o texto diz para mim, hoje? 
Jesus é muito claro para mim. Ele diz que eu preciso dele, preciso me alimentar dele para ter a vida. Ele quer viver em mim e quer que eu viva nele. Em Aparecida, os bispos disseram: “Igual às primeiras comunidades de cristãos, hoje nos reunimos assiduamente para “escutar o ensinamento dos apóstolos, viver unidos e tomar parte no partir do pão e nas orações” (At 2,42). A comunhão da Igreja se nutre com o Pão da Palavra de Deus e com o Pão do Corpo de Cristo. A Eucaristia, participação de todos no mesmo Pão de Vida e no mesmo Cálice de Salvação, nos faz membros do mesmo Corpo (cf. 1 Cor 10,17). Ela é a fonte e o ponto mais alto da vida cristã, sua expressão mais perfeita e o alimento da vida em comunhão. Na Eucaristia, nutrem-se as novas relações evangélicas que surgem do fato de sermos filhos e filhas do Pai e irmãos e irmãs em Cristo. A Igreja que a celebra é “casa e escola de comunhão”, onde os discípulos compartilham a mesma fé, esperança e amor a serviço da missão evangelizadora.”(DAp 158).
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, com o Padre Zezinho:
Daqui do meu lugar
Daqui do meu lugar, eu olho teu altar,
e fico a imaginar aquele pão aquela refeição,
partiste aquele pão e o deste aos teus irmãos,
criaste a religião do pão do céu do pão que vem do céu,
somos a igreja do pão,
do pão repartido e do abraço e da paz,
somos a igreja do pão,
do pão repartido e do abraço e da paz.
Daqui do meu lugar, eu olho o teu altar,
e fico a imaginar aquela paz, aquela comunhão,
viveste aquela paz, e a deste aos teus irmãos,
criaste a religião do pão da paz, da paz que vem do céu.
Somos a igreja da paz, da paz partilhada e do abraço e do pão,
Somos a igreja da paz,
da paz partilhada e do abraço e do pão.
(CD Muito mais que pão, Pe. Zezinho,scj)
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar será no dia de hoje renovado pela fé na Eucaristia, para Jesus Cristo que vive em mim e eu nele.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Irmã Patrícia Silva, fsp

18 de abril de 2013

EVANGELHO E LEITURA ORANTE PARA QUINTA-FEIRA


ANO C - DIA 18/04 Quinta-feira
O pão que dá vida sempre 
- Jo 6,44-51
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o ensinamento do Pai e o aprendeu vem a mim. Ninguém jamais viu o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo.”

LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Vinde, Espírito Santo,
E dai-nos o dom da sabedoria,
para que possamos avaliar todas as coisas
à luz do Evangelho e
ler nos acontecimento da vida
os projetos de amor do Pai.

1- LEITURA (VERDADE)O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 6,44-51, e observo Jesus que fala do pão da vida.
Jesus afirma que quem crê, tem a vida eterna. Volta a dizer que é o pão da vida. Diz ainda que quem come deste pão tem a vida eterna.
Espírito de verdade, a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me. Que eu conheça Jesus Mestre e compreenda o seu Evangelho. Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)O que o texto diz para mim, hoje?
Jesus me questiona de novo sobre meus alimentos. O que busco como alimento para meu espírito, para minha vida cristã? Como pessoa batizada sou também convocada a uma missão. De que me nutro para esta missão? Qual é a fonte que sacia minha sede de vida? Os bispos em Aparecida, disseram que a Eucaristia deve ser o centro da nossa vida: “Todas as comunidades e grupos eclesiais darão fruto na medida em que a Eucaristia for o centro de sua vida e a Palavra de Deus for o farol de seu caminho e de sua atuação na única Igreja de Cristo.”(DAp 180)
3- ORAÇÃO (VIDA)O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Espírito vivificador, a ti consagro o meu coração:
aumenta em mim o amor a Jesus, Vida da minha vida.
Faze-me sentir filho amado do Pai. Amém.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Buscarei alimentar minha vida com o pão do céu e ver o mundo na ótica de Jesus Mestre.

BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp