A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

11 de setembro de 2010

Evangelho do Domingo: Lc 15, 1 - 32

1 Ora, chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.2 E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.3 Então ele lhes propôs esta parábola:

4 Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?5 E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo;6 e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido.7 Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la?9E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido.10 Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.

11 Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos.12 O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres.13 Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.14 E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades.15 Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.16E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada.17 Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.20 Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés;23 trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos,24 porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se.25 Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e quando voltava, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças;26 e chegando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27 Respondeu-lhe este: Chegou teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.28 Mas ele se indignou e não queria entrar. Saiu então o pai e instava com ele.29 Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com meus amigos;
30 vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.31 Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu;
32 era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.


Comentário do Evangelho de Domingo

Jesus, com seu amor libertador, acolhia aqueles que eram considerados "pecadores" pelo Judaísmo. Com isto abalava os alicerces da doutrina excludente e opressora dos fariseus e escribas. Com três parábolas sobre a misericórdia, Jesus diferencia o seu Deus do deus do Primeiro Testamento. Jesus revela o Deus do amor e da misericórdia, que se distancia do deus da violência e da guerra de conquista dos antigos israelitas. Nas duas primeiras parábolas, um homem e uma mulher se alegram ao encontrar um bem que perderam. Com isto fica figurado que o reencontro com o excluído, humilhado como "pecador", que se volta para Deus é motivo de imensa alegria. Na terceira parábola, o pai misericordioso acolhe, com imensa alegria, sem censuras ou recriminações, seu filho que volta. Na primeira leitura o povo é qualificado de "cabeça dura". Agora Jesus, solidário com o povo, é que considera os líderes religiosos como empedernidos. Na segunda leitura, é relembrada a conversão de Paulo, a partir da manifestação da misericórdia de Deus. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário