Evangelho do Dia: Lc 8, 16 - 18
16 Ninguém, pois, acende uma candeia e a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz.17 Porque não há coisa encoberta que não haja de manifestar-se, nem coisa secreta que não haja de saber-se e vir à luz.18 Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver, até o que parece ter lhe será tirado.
Comentário do Evangelho:
Neste seu texto, Lucas segue de perto o Evangelho de Marcos, colocando este bloco de sentenças após a parábola do semeador e sua explicação. Estas sentenças estão dispersas no Evangelho de Mateus. A lâmpada acesa que ilumina, em Mateus , significa os discípulos que devem ser a luz do mundo na sua ação missionária. Em Marcos e em Lucas, a lâmpada é a Palavra, que vem revelar o oculto. Temos aqui dois sentidos: revelar a falsidade da doutrina dos fariseus, ou revelar amplamente os mistérios de Jesus, inicialmente comunicados aos discípulos. Nesse sentido, segue-se a sentença sobre o que está escondido ou secreto, e que será descoberto e tornado público. A advertência, "olhai,portanto, a maneira como ouvis!", envolve-se em obscuridade. No Evangelho de Marcos encontra-se: "cuidado com o que ouvis!". Pode-se pensar que o Evangelho de Jesus deve ser ouvido com responsabilidade e compromisso, e não de maneira displicente e descomprometida. A sentença final é característica da sociedade que favorece a acumulação de riquezas e a exclusão. Ela pode ser adaptada àqueles que, com fé, acolhem o Reino, em oposição àqueles submissos à ideologia da Lei, que rejeitam a Palavra e perdem suas tradições abraâmicas.
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