A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

31 de março de 2012

EVANGELHO DO DIA - Domingo

Ano B - Dia: 01/04/2012 - Domingo
Procuravam matar Jesus
Mc 14,1-15, 22-26
Faltavam dois dias para a Festa da Páscoa e a Festa dos Pães sem Fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um jeito de prender Jesus em segredo e matá-lo. Eles diziam:- Não vamos fazer isso durante a festa, para não haver uma revolta no meio do povo. Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso. Então uma mulher chegou com um frasco feito de alabastro, cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o gargalo do frasco e derramou o perfume na cabeça de Jesus. Alguns que estavam ali ficaram zangados e disseram uns aos outros: - Que desperdício! Esse perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentas moedas de prata, que poderiam ser dadas aos pobres. Eles criticavam a mulher com dureza, mas Jesus disse: - Deixem esta mulher em paz! Por que é que vocês a estão aborrecendo? Ela fez para mim uma coisa muito boa. Pois os pobres estarão sempre com vocês, e, em qualquer ocasião que vocês quiserem, poderão ajudá-los. Mas eu não estarei sempre com vocês. Ela fez tudo o que pôde, pois antes da minha morte veio perfumar o meu corpo para o meu sepultamento. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela fez, e ela será lembrada. Judas Iscariotes, que era um dos doze discípulos, foi falar com os chefes dos sacerdotes para combinar como entregaria Jesus a eles. Quando ouviram o que ele disse, eles ficaram muito contentes e prometeram dar dinheiro a ele. Assim Judas começou a procurar uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, em que os judeus matavam carneirinhos para comemorarem a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: - Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor? Quando anoiteceu, Jesus chegou com os doze discípulos. Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: - Peguem; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos beberam do vinho. Então Jesus disse: - Isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus. 

Leitura Orante 
Já na Semana Santa, inicio este momento de Leitura Orante, em sintonia com todos os internautas e com 
a ação de graças dos bispos na Conferência de Aparecida: 
" Bendizemos a Deus que se nos dá na celebração da fé, 
especialmente na Eucaristia, pão de vida eterna. 
A ação de graças a Deus pelos numerosos e admiráveis dons que nos outorgou 
culmina na celebração central da Igreja, 
que é a Eucaristia, alimento substancial dos discípulos e missionários." (DAp 26). 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 14,1-15, 47, e observo as palavras e gestos de Jesus: 
Este momento se dá na época da Páscoa, quando havia em Jerusalém grande aglomerado de pessoas. Os chefes e mestres da Lei queriam acabar com Jesus. Ele está em Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso, ou seja, curado da doença da lepra. Então uma mulher anônima chegou com um frasco de alabastro, cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Trezentas moedas de prata correspondiam ao salário de trezentos dias de um operário. Este detalhe revela o quanto ela apreciava o hóspede. Alguns acharam isto um desperdício, mas Jesus fala que a deixem pois, ao ungi-lo ela participou por antecipação, no seu sepultamento. O texto narra um detalhe interessante: "ela quebrou o frasco". Isto simboliza o dom total, sem reservas, como é o amor verdadeiro. Jesus diz que pobres sempre terão. Não quer dizer com isso que menospreza os pobres, mas que, se todos tivessem a atitude da mulher, os pobres nem existiriam, pois seriam ajudados. De certa forma, Ele denuncia a mesquinhez dos que não partilham. 
Num segundo momento, o texto fala da última ceia pascal, que Jesus celebrou com seus discípulos, quando ele mesmo nos revela o mistério: "Isto é meu Corpo.(...) Isto é o meu sangue". E nos convida a alimentar-nos dele. É na Eucaristia que nos alimentamos do Pão da Vida, o próprio Senhor Jesus. Veja esta música: 

Este Pão (Pe. Zezinho, scj) 
Este pão, que a gente chama: eucaristia, 
É lembrança de uma ceia sem igual. 
Quem partiu aquele pão naquele dia, 
Partiu o pão, Partiu o pão,Partiu o pão, 
E dentro dele achou o céu, 
Achou o céu,Achou o céu 

Este pão, que a gente chama: eucaristia, 
No deserto desta vida é o novo maná. 
Quem tem fome de justiça e de luz, 
Aproxime-se da mesa de Jesus! 
CD Muito mais que pão - Pe. Zezinho, scj - Paulinas?/COMEP 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Jesus se fez pão para ficar conosco. Quis ser meu alimento. Como acolho e recebo este alimento? Os bispos, em Aparecida, disseram: 
"Louvamos a Deus porque Ele continua derramando seu amor em nós pelo Espírito Santo 
e nos alimentando com a Eucaristia, pão da vida (cf. Jo 6,35)". (DAp 106). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo ao Senhor, com toda a Igreja: 
Adoremos a Cristo que, ao entrar em Jerusalém, foi aclamado pela multidão como o Rei e Messias esperado. Também nós o louvemos com alegria: 
R. Bendito o que vem em nome do Senhor! 
Hosana a vós, Filho de Davi e Rei eterno, 
- hosana a vós, vencedor da morte e do inferno! R. 
Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória, 
- conduzi vossa Igreja à Páscoa da eternidade. R. 
Vós, que transformastes o madeiro da cruz em árvore da vida, 
- concedei de seus frutos aos que renasceram pelo batismo. R. 
Cristo, nosso Salvador, que viestes para salvar os pecadores, 
- conduzi para o vosso Reino os que crêem em vós, em vós esperam e vos amam. R. 
(intenções livres) 
Pai nosso... 
Oração 
Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos seres humanos um exemplo de humildade, quisestes 
que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o 
ensinamento da sua Paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, 
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu olhar será iluminado pela Eucaristia e meus passos seguirão os passos de Jesus nesta Semana Santa.
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. 
Ir. Patricia Silva, fsp

Testemunho do amor que gera a vida.

Pelo grande destaque dado às memórias da Paixão, nos quatro evangelhos, pode-se pensar que elas teriam se constituído nas primeiras tradições veiculadas sobre Jesus, surgidas entre as primitivas comunidades cristãs. Percebe-se nelas a influência da tradicional celebração da Páscoa do Primeiro Testamento, com a imolação do cordeiro, de acordo com a prática sacrifical, templária e sacerdotal, projetada na tardia narrativa do Êxodo, aplicada à morte de Jesus. 
O caráter sacrifical atribuído à morte de Jesus na cruz está na raiz da tradição e da espiritualidade que consideram o sofrimento como meritório e redentor. Na realidade a morte de Jesus foi um imenso crime praticado por aqueles que, usufruindo do poder, procuram destruir qualquer empenho de luta pela justiça, libertação e promoção da vida. A vida de Jesus é um testemunho do amor que tudo transforma e gera a vida que permanece para sempre. 
O evangelho de Marcos, bem como o de Mateus e o de João, introduz as narrativas da Paixão com duas narrativas de ceias. Uma primeira ceia na qual Jesus é ungido por uma mulher e, outra, a última ceia, com os discípulos. A imagem da refeição, do banquete, é tradicional como representativa da comunhão do povo com Deus. O início do ministério de Jesus, no evangelho de João, se faz em uma festa de núpcias, onde se come e se bebe. Várias são as parábolas em que Jesus compara o Reino de Deus a um banquete celestial. 
Na ceia em Betânia, o bálsamo perfumado com o qual Jesus é ungido por uma mulher é a expressão do amor que vivifica. É este amor que deve ser dirigido aos pobres, com os quais Jesus se identifica. "A mim não tereis sempre, pobres tendes sempre convosco". A Boa-Nova caracteriza-se pela prática do amor solidário aos pobres, excluídos e ameaçados em sua vida. O que a mulher fez deve ser perpetuado: "em qualquer parte do mundo em que se proclamar esta Boa-Nova, se recordará em sua honra o que ela fez". 
Em sua última ceia com os discípulos, Jesus celebra a vida e o amor, na partilha. A proximidade da Paixão não significa o fim do projeto de Deus, mas o início de uma nova etapa, com o ministério e o testemunho dos discípulos de Jesus. O dom da comunicação e do amor supera as sombras da morte. A alegria de viver, de servir, de partilhar, de solidarizar-se com os irmãos alimenta a chama da vida e tem o sabor de eternidade. 
José Raimundo Oliva

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