A castidade tem por fim ajudar a pessoa a controlar seus impulsos interiores. Como em todas as nossas conquistas, o esforço para viver tal virtude no namoro não será menor. Muitas coisas são apresentadas como se esse controle fosse algo pesado ou uma retórica de um moralismo ultrapassado. Dessa forma, convence quase que a maioria a dar asas para seus instintos. Mesmo que a intimidade no namoro seja assumida como uma tendência natural aos olhos das pessoas mais liberais, busquemos entender que a realização e a plenitude de um amor maduro não florescem da explosão dos hormônios.
Nestes últimos tempos, a corrupção dos costumes aumentou e acontece de forma cada vez mais natural uma exaltação dos apelos sexuais. Se uma novela está sem audiência, o autor promove uma cena de nudez ou providencia uma cena tórrida para alcançar seus objetivos. Pelos meios de comunicação a corrupção tem infectado o modo de educar e também a nossa mentalidade. Entretanto, essa virtude [castidade] não diz respeito apenas aos jovens namorados, mas a todos de maneira irrestrita, incluindo também aqueles que já vivem o matrimônio. Equivocadamente, algumas pessoas vinculam a castidade à virgindade, mas vale lembrar que o princípio dessa virtude está em ajudar a todos nós a saber lidar com os momentos de abstinência.
O nosso desejo é uma resposta de vários outros estímulos, contudo, quando esse sentimento não é controlado pode nos escravizar ou imputar um peso como se fosse lei, levando-nos a acreditar que é de direito viver aquilo que nossos hormônios pedem. Todavia, nós não vivemos somente para responder a esses estímulos; precisamos também controlar a maneira como manifestamos nossos sentimentos, pois haverá situações, mesmo dentro da vida conjugal, em que mesmo o casal estando sozinho, por inúmeras razões, tal intimidade não será possível ser vivida.
Se não houver um controle desses impulsos como poderá o homem conviver com tal abstinência quando a mulher estiver vivendo o período menstrual ou, em outros momentos, quando a esposa estiver gestante?
A recíproca também é verdadeira, pois tanto o homem quanto a mulher estão sujeitos a situações de estresse, entre outras, em que mais importante que a libido será a compreensão por meio de outras manifestações de carinho.
Viver os princípios da castidade não significa que eu não possa beijar a namorada ou lhe fazer carinhos, mas precisamos estabelecer limites nas carícias. (cf. As carícias no namoro).
Conhecendo as nossas fraquezas, precisamos ter consciência de que haverá momentos em que não poderemos nos colocar à prova, pois facilmente nos deixaremos levar por aqueles já conhecidos instintos. Entretanto, isso não será impossível de se alcançar, quando os namorados, ao entenderem os objetivos de tal esforço, poderem contar um com a ajuda do outro.
Em contato com alguns rapazes, eles argumentaram que o peso da responsabilidade moral por terem vivido a intimidade com a namorada, mesmo não havendo gravidez, dificulta quando eles decidem romper o relacionamento. Outros dizem que foram para o casamento por se sentirem compromissados com a namorada; e uma grande parcela fez do casamento um “remendo” para aquilo de que pensava ter o controle: a gravidez!
Talvez a justificativa de muitos casais que insistem em viver a intimidade esteja tão somente fundamentada no desejo e na atração física mútua. Mas consideremos a possibilidade de o casal de namorados não vir a se casar… Se num novo relacionamento a moça ou o rapaz não aceitar viver a intimidade, ainda assim eles estariam dispostos a viver o namoro?
O sentimento que atrai tanto o homem como a mulher deve superar qualquer tipo de troca ou compensação dentro do relacionamento.
Dado Moura - Canção Nova
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