A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

28 de novembro de 2011

EVANGELHO DO DIA (Segunda e Terça-feira)

Ano B - Dia: 28/11/2011 (Segunda-feira)
Mt 8,5-11
Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse: 
- Senhor, o meu empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama. Ele está sofrendo demais. 
- Eu vou lá curá-lo! - disse Jesus. 
O oficial romano respondeu: 
- Não, senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz. 
Quando Jesus ouviu isso, ficou muito admirado e disse aos que o seguiam: 
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! E digo a vocês que muita gente vai chegar do Leste e do Oeste e se sentar à mesa no Reino do Céu com Abraão, Isaque e Jacó. 
Leitura Orante 
Em união com todos que se encontram neste ambiente virtual, iniciamos nossa Leitura Orante do Advento, com a Canção do Advento: 
Ó vem, Senhor, não tardes mais! 
Vem saciar nossa sede de Paz! 
1. Ó vem, como chega a brisa do vento, 
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo! 
2. Ó vem, como a chuva no chão 
Trazendo fartura de vida e de pão! 
3. Ó vem, como chega a luz que faltou 
Só tua palavra nos salva Senhor! 
4. Ó vem, como chega a carta querida 
Bendito carteiro do Reino da Vida! 
5. Ó vem, como chega o filho esperado 
Caminha conosco Jesus Bem amado! 
6. Ó vem, como chega o Libertador 
Das mãos do inimigo nos salva Senhor 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto na minha Bíblia: Mt 8,5-11 - Jesus cura sem limites 
O oficial romano, por ser pagão, era para os judeus " impuro", isto é, inaceitável. Um judeu observante não falava com um pagão e, muito menos, entrava na sua casa. Era o preconceito, por ser ele considerado impuro. O oficial romano é também chamado "centurião", derivado de "cento", ou seja, chefe de um batalhão de cem soldados. Pela sua fé, elogiada por Jesus, o centurião se torna representante de todos os pagãos que crerão em Jesus. Fica também entendido que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além das fronteiras que criamos. A fronteira é a fé. Sem esta fé não se entra no Reino. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim? 
O texto do Evangelho lido me fala de não discriminar a ninguém e também, de fé. 
Os bispos, em Aparecida, usaram uma expressão interessante: "a formosa aventura da fé": " A Igreja, como "comunidade de amor" é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. "Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia" (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas "por 'atração': como Cristo 'atrai tudo a si' com a força de seu amor"72. A Igreja "atrai" quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34)." (DAp 159 ). 
3.Oração (Vida) Vivo esta fé que cria também a comunhão? O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo acendendo a 1ª vela do 1º Domingo do Advento, podendo rezar ou cantar ( a cada semana): 
Coroa do Advento 
1° Domingo 
Uma vela, na coroa, acendemos, 
Toda sombra se esvai com sua luz; 
Vigilantes, o Senhor esperemos: 
Chegou o tempo do Advento de Jesus ! 
Refrão: 
Meus irmãos, penitência e oração ! 
Arrumemos nossa casa co'alegria ! 
Logo a ela, o Senhor vai chegar, 
Pelo ventre imaculado de Maria ! 
(A melodia da canção está em http://leituraorantedapalavra.blogspot.com) 
Posso também rezar com o centurião, com a canção do Pe. Zezinho 
Eu não sou digno, ó meu Senhor 
Eu não sou digno, 
De que tu entres, ó meu Senhor, na minha casa 
porque és tão Santo e eu pecador 
eu nem me atrevo a ti pedir este favor 
Eu não sou digna, ó meu Senhor 
Eu não sou digna, 
De que tu entres, ó meu Senhor, na minha casa 
meu coração é tão pecador 
eu nem me atrevo a ti pedir este favor 

Mas se disseres uma palavra, 
a minha casa se transformará 
Uma palavra é suficiente 
suavemente ela nos salvará (2x) 
Álbum: Canções que a fé escreveu Faixa: 14 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Na vida, vou me empenhar para lançar sobre cada situação ou pessoa um olhar de fé. 
Bênção Bíblica 
O Senhor o abençoe e guarde! 
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você! 
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27). 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 
Ir. Patrícia Silva, fsp

Ano B - Dia: 29/11/2011 (Terça-feira)
Lc 10,21-24
Naquele momento, pelo poder do Espírito Santo, Jesus ficou muito alegre e disse: 
- Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso. 
- O meu Pai me deu todas as coisas. Ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e também aqueles a quem o Filho quiser mostrar quem o Pai é. 
Então Jesus virou-se para os discípulos e disse só para eles: 
- Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo! Eu afirmo a vocês que muitos profetas e reis gostariam de ter visto o que vocês estão vendo, mas não puderam; e gostariam de ter ouvido o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram. 
Leitura Orante 
- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual, paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 
Preparo-me para a Leitura, rezando: 
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos, pela grande rede da internet, 
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra. 
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos 
as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, 
onde a Palavra de Deus produza frutos 
abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: 
Lc 10,21-24, e observo pessoas, palavras, relações, lugares. 
Este é um momento de especial alegria. Pelo "poder do Espírito Santo", o Mestre fica "muito alegre" porque os discípulos voltaram da missão que lhes confiara e contam as maravilhas que Deus realizou através deles. Jesus agradece ao Pai , Senhor do Céu e da terra. Os sábios a quem se refere são os chefes dos judeus. Os sem instrução são os discípulos, os que têm necessidade de aprender. Diz ainda: "Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo". Os discípulos são felizes, testemunhas privilegiadas dessa revelação do Mestre. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Como Jesus, pelo poder do Espírito, tenho algo a agradecer ao Pai. 
O que o texto me diz no momento? Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram os motivos da nossa alegria: "Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou. Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe e cada um de seus habitantes." (DAp, 18). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Faço minha oração pessoal e depois, ofereço o meu trabalho do dia:
Oferecimento do trabalho 
Jesus Mestre, eu vos ofereço o meu trabalho com as mesmas intenções com que pregastes o Evangelho. 
Seja tudo, só e sempre, para a glória de Deus e a paz dos homens 
Jesus Verdade, que todas as pessoas vos conheçam! 
Jesus Caminho, que as pessoas sigam vossas pegadas! 
Jesus Vida, que todos vivam em vós! 
Jesus Mestre, inspirai-me com a vossa sabedoria 
para que eu possa transmitir palavras de salvação. 
Que meus pensamentos se inspirem no Evangelho, e se tornem fontes de vossa luz 
a iluminar as pessoas, nossos irmãos. 
São Paulo, guiai-me! 
Maria, Mãe e Rainha dos Apóstolos, que destes ao mundo o Verbo encarnado 
abençoai esta minha missão. Amém. 
(Bv. Alberione) 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou viver meu diz com o coração agradecido ao Pai e na alegria de poder testemunhá-lo. 
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Irmã Patrícia Silva, fsp 

O TEMPO PASSA

O tempo passa. 
Mais um final de ano se aproxima. 
Celebramos mais um Natal. 
E assim o tempo vai passando... 

Em meio a incertezas, angústias e inseguranças. 
Mas também com muita luta, esperança e fé! 
Sem esperança não haveria luta; 
sem certeza do amor de Deus, 
presente na história e nas lutas não haveria vida. 

Na escuridão da crise, 
do medo, da fome e dos sofrimentos, 
nasce uma nova luz, 
transformando a noite escura em noite feliz... 

Jesus nasceu! 
Nasce uma nova esperança. 
Brilha uma nova luz. 
A paz é possível. 
Um futuro novo se faz presente... 

Jesus nasceu! 
O amor de Deus continua vivo no meio de nós! 
Feliz Natal e um abençoado ano-novo! 
Sérgio J. Hemkemeier

ADVENTO, A REALIZAÇÃO E A CONFIRMAÇÃO DA ALIANÇA

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.
A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.
Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.
Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.
O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.
Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.
Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.
Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.

TERAPIA DO ABRAÇO

Vivemos em tempos de medo! Muito do que empreendemos tem por conta o zelo pela nossa segurança. Os homens querem cercar-se de garantias para estar a salvo: da vida afetiva, profissional e econômica à integridade física.
É tanta cautela, que todos esses procedimentos tomados têm cada vez mais afastado as pessoas e formado um ser humano desequilibrado e frio. São grades que engaiolam crianças, blindagens contra a liberdade, ensinamentos que não transmitimos por medo de perder o cargo, mãos que não selam acordos. Estamos nos condicionando a ter o mínimo de contato com o ser humano.
Somos seres dotados de afetividade. Afetividade é o que afeta, interfere no íntimo da pessoa. O gênero humano tem por aspiração o ser comunitário. Precisamos viver juntos, necessitamos uns dos outros.
Sentimentos e afetos são parte do todo do ser humano. São faculdades que proporcionam cor e intensidade a cada momento e circunstância da nossa vida e trazem significado em nosso interior sobre pessoas e acontecimentos. Juntamente com o lado racional, as emoções também são alicerces para tomadas de decisão.
Daí, a importância de cultivarmos boas emoções, estarmos sadios afetivamente. E isso acontece por meio do relacionamento, das conversas, da procura da concórdia, dos gestos que demonstram carinho e consideração. Contudo, depois daquele agradável encontro ou ao ser gerada uma boa impressão a respeito de alguém, quando entendemos que amamos e somos amados, o que vem a ser o penhor e coroar todo tipo de relacionamento são as diversas formas de contato, como o toque, o aperto de mãos, o abraço, o beijo, o afago, entre outros. Gestos muito importantes na construção de nossa afetividade, que geram homens e mulheres sadios emocionalmente, pois ao sentirmos o amor pelo calor humano conectamos a impressão psicológica e espiritual ao que experimentamos fisicamente.
Então a partir daí todo gesto de amor que recebemos pode ser sentido pelas três instâncias do ser: Física, Psiquica e Espiritual.
Um exemplo é quando um indivíduo sabe que sua família o ama pelas palavras proferidas ou pelo sustento que lhe garantido, mas se não há o carinho físico, fica faltando uma dimensão.
O amor manifestado para o todo (três dimensões) do ser humano gera segurança e autoconfiança. Sentir a mão de quem amamos nos passa a sensação concreta de porto seguro. Dá uma percepção palpável do amor que antes intuímos pelo lado racional e na alma.
Jesus tocava os doentes e abraçava as crianças e, um dia, disse ao fariseu que O convidou para jantar: “Não me deste o ósculo (beijo); mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés” (Lc 7, 45). Em referência àquela pecadora que, em seu gesto, demonstrou um amor no qual o anfitrião não o manifestava (cf. Lc 7, 47). Da mesma forma os apóstolos também tocavam nos enfermos e assim ministravam a cura “quando impuserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados” (cf. Mc 16, 17-18).
Quem sabe hoje não precisemos abraçar alguém que há muito não trazemos para perto do coração e deixemos calar as mágoas passadas num gesto que é imprescindivelmente humano? Talvez até pessoas da nossa família, de dentro de nossa casa que há tempos não sentimos o calor nem o perfume, porque não mais nos aproximamos.
Diminuamos as distâncias e construamos pontes de amor que nos liguem a outras pessoas. Não tenhamos medo de apertar a mão ou envolver com um abraço aquele(a) que não é ainda parte do nosso círculo de amizades. Este gesto pode salvar uma alma. Há muita gente por aí precisando de um abraço, nos hospitais, prisões, asilos ou talvez no trabalho, na escola, alguém que esteja próximo fisicamente de nós. Vidas gritam por isso!
Um grande abraço a você!
Deus o abençoe!
Sandro Ap. Arquejada-Missionário Canção Nova

O PERIGO DO ESCÂNDALO

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que o escândalo é uma falta grave contra o Quinto Mandamento: “Não matar”. Ele consiste no mau comportamento de alguém que leva o outro a praticar o mal. Aquele que escandaliza se torna como que o tentador do outro. Atenta contra a virtude e a retidão; pode arrastar seu irmão à morte espiritual, daí a sua gravidade.
“O escândalo constitui uma falta grave se, por ação ou omissão, conduzir deliberadamente o outro a uma falta grave.” (CIC § 2284).
O escândalo é mais grave conforme a autoridade da pessoa que o provoca; ou da fraqueza dos que o sofrem. É mais grave quando é cometido por quem deve educar ou ensinar. É muito grave o escândalo de um pai diante de seus filhos, de um chefe diante dos subordinados, de um religioso diante dos fiéis. Aquele que deve ser exemplo e modelo de vida não pode dar mau exemplo porque é um escândalo para os que estão em formação.
Jesus disse: “Caso alguém escandalize um destes pequeninos, melhor será que lhe pendurem ao pescoço uma pesada mó e seja precipitado nas profundezas do mar” (Mt 18,6). 
Hoje vemos, por exemplo, o nosso Brasil mergulhado num mar de corrupção, que devora os recursos do povo; exatamente por parte das autoridades constituídas. É um escândalo, um péssimo exemplo para os jovens. Diante disso muitos são desestimulados a ser cidadãos honestos. O escândalo de quem exerce autoridade decepciona o povo. Pior ainda quando a impunidade campeia na sociedade e a justiça não atua punindo os que cometem crimes. Os que compram os magistrados, os que corrompem os parlamentares e os que subornam as chefias causam grandes escândalos aos jovens.
São Paulo deu o exemplo de um escândalo no seu tempo: “Se alguém te vir, a ti que és instruído, sentado à mesa no templo dos ídolos, não se sentirá, por fraqueza de consciência, também autorizado a comer do sacrifício aos ídolos? E assim por tua ciência vai se perder quem é fraco, um irmão, pelo qual Cristo morreu! Assim, pecando vós contra os irmãos e ferindo sua débil consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se a comida serve de ocasião de queda a meu irmão, jamais comerei carne, a fim de que eu não me torne ocasião de queda para o meu irmão” (I Cor 8,10-13). 
Há escândalo, por exemplo, quando os chefes de empresas fazem regulamentos que incitam à fraude, ao suborno, à tapeação dos clientes; quando professores “exasperam” nas provas submetendo os alunos a exames exigentes demais; quando não lhes ensinam bem a matéria. Também é escândalo grave quando aqueles que manipulam a opinião pública a afastam dos valores morais. (cf. CIC § 2286).
Papa Pio XII falou claro sobre esse assunto:
“O escândalo pode ser provocado pela lei ou pelas instituições, pela moda ou pela opinião.Tornam-se, portanto, culpados de escândalo aqueles que instituem leis ou estruturas sociais que levam à degradação dos costumes e à corrupção da vida religiosa ou a “condições sociais que, voluntariamente ou não, tornam difícil e praticamente impossível uma conduta cristã conforme aos mandamentos” (Pio XII, discurso de 1º de junho de 1941). 
É escândalo grave as leis contra a lei de Deus, como a legalização do aborto, da eutanásia, do suicídio assistido, do casamento de pessoas do mesmo sexo, da manipulação científica de embriões humanos, entre outros.
Da mesma forma é escândalo grave uma moda acintosa que põe à mostra e exibição o corpo feminino, templo sagrado do Espírito Santo, provocando tentação e pecado aos homens. É escândalo grave uma opinião de uma autoridade contra a moral e os bons costumes.
Assim como é escândalo grave o cristão que dá contratestemunho de sua fé e procede sem caridade, sem fé, sem esperança, sem observar as leis de Deus. É escândalo grave quando um leigo ou religioso, pior ainda, se comporta mal, deixando-se levar pela ganância, orgulho, arrogância, prepotência, inveja, preguiça, gula, fornicação ou pedofilia. 
O famoso arcebispo americano Fulton Sheen afirmou certa vez que: "Talvez não haja nos Estados Unidos uma centena de pessoas que odeiem a Igreja Católica, mas há milhões de pessoas que odeiam o que erroneamente supõem o que seja a Igreja Católica". 
Por que hoje muitos odeiam a Igreja? Por que há uma verdadeira eclesiofobia no meio universitário, sendo que a Igreja tanto bem fez e faz para a humanidade? Foi ela quem salvou a Civilização Ocidental da destruição dos bárbaros; foi ela quem moldou os valores humanos mais nobres que temos, foi ela quem cristianizou o mundo. Foi ela quem fundou o Direito, criou as universidades, desenvolveu a arte, a música, a tecnologia medieval. Foi ela a maior agente da caridade no mundo em todos os tempos... Então, por que essa ojeriza à Igreja? A resposta é esta: os escândalos de muitos dos seus filhos. A maioria das pessoas que não gostam da Igreja, e a atacam, é porque se decepcionaram com o comportamento errado de algum católico, no passado ou no presente. Junta-se a isso uma história mal contada do passado da Instituição criada por Cristo por parte daqueles que a odeiam.
Felipe Aquino
Cancão Nova

19 de novembro de 2011

EVANGELHO DO DIA (Sábado)

Dia Litúrgico: Sábado XXXIII do Tempo Comum

Evangelho (Lc 20,27-40): 
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, os quais negam a ressurreição, e lhe perguntaram: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: Se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a mulher. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa». 

Jesus respondeu-lhes: «Neste mundo, homens e mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos de participar do mundo futuro e da ressurreição dos mortos não se casam; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos; serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, também foi mostrado por Moisés, na passagem da sarça ardente, quando chama o Senhor de Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó. Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele».

Alguns escribas responderam a Jesus: «Mestre, falaste muito bem». E não mais tinham coragem de lhe perguntar coisa alguma.

Comentário: Rev. D. Ramon CORTS i Blay (Barcelona, Espanha)

Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele

Hoje, a Palavra de Deus nos fala do tema capital da ressurreição dos mortos. Curiosamente, como os saduceus, também nós não nos cansamos de formular perguntas inúteis e fora do lugar. Queremos solucionar as coisas do além com os critérios daqui de baixo, quando no mundo que está por vir tudo será diferente: «mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido». (Lc 20,35). Partindo de critérios errados chegamos a conclusões errôneas.

Se nos amassemos mais e melhor, não estranharíamos que no céu não houvesse a exclusividade do amor que vivemos na terra, totalmente compreensível devido à nossa limitação, que nos dificulta o poder sair de nossos círculos mais próximos. Mas no céu nos amaremos todos e com um coração puro, sem invejas, nem receios e, não somente ao esposo ou à esposa, aos filhos ou aos do nosso sangue, mas sim a todo o mundo, sem exceções, nem discriminações de língua, nação, raça ou cultura, uma vez que o «amor verdadeiro alcança uma grande força» (São Paulino de Nola).

Faz-nos muito bem escutar essas palavras da Escritura que saem dos lábios de Jesus. Faz-nos bem, porque nos poderia suceder que, agitados por tantas coisas que não nos deixam nem tempo para pensar e influenciados por uma cultura ambiental que parece negar a vida eterna, chegássemos a estar tocados pela dúvida com respeito a ressurreição dos mortos. Sim, nos faz um grande bem que o Senhor mesmo seja quem nos diga que existe um futuro além da destruição do nosso corpo e deste mundo que passa: «Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente (Ex 3,6), chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó» (Lc 20,37-38).

EVANGELHO DO DIA (Domingo)


Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana XXXIV , Domingo: Jesus Cristo, Rei do Universo (A)

Evangelho (Mt 25,31-46): 
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: «Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, ele se sentará em seu trono glorioso. Todas as nações da terra serão reunidas diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda. 

»Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos como forasteiro, e te recebemos em casa, sem roupa, e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar? Então o Rei lhes responderá: Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais humildes, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes! 

»Depois, o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome, e não me destes de comer; com sede, e não me destes de beber; eu era forasteiro, e não me recebestes em casa; nu, e não me vestistes; doente e na prisão, e não fostes visitar-me. E estes responderão: Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos? Então, o Rei lhes responderá: Em verdade, vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses mais humildes, foi a mim que o deixastes de fazer! E estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna».

Comentário: P. Antoni  -  Monje de Montserrat (Montserrat, Barcelona, Espanha)

Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes

Hoje, Jesus nos fala do juízo final. E com essa ilustração metafórica de ovelhas e cabras, nos mostra que se tratará de um juízo de amor. «Seremos examinados sobre o amor», nos diz São João da Cruz.

Como diz outro místico, Santo Inácio de Loyola na sua meditação Contemplação para alcançar amor, devemos pôr o amor mais nas obras que nas palavras. E o Evangelho de hoje é muito ilustrativo. Cada obra de caridade que fazemos, a fazemos ao próprio Cristo: «(...)Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim» (Mt 25,34-36). Mais ainda: «Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes» (Mt 25,40).

Esta passagem evangélica, que nos faz tocar o chão com os pés, põe a festa do juízo de Cristo Rei em seu lugar. A realeza de Cristo é uma coisa bem diferente da prepotência, é simplesmente a realidade fundamental da existência: o amor terá a última palavra.

Jesus nos mostra que o sentido da realeza -a potestade- é o serviço aos outros. Ele afirmou de si mesmo que era Mestre e Senhor (cf. Jn 13,13), e também que era Rei (cf. Jn 18,37), mas exerceu seu mestrado lavando os pés aos discípulos (cf. Jn 13,4 ss.) e, reinou dando sua vida. Jesus Cristo reina, primeiro, desde um humilde berço (um preséprio!) e, depois, desde um trono muito incômodo, isto é, a Cruz.

Acima da cruz estava a inscrição que rezava «Jesus Nazareno, Rei dos judios» (Jn 19,19): o que a aparência negava era confirmado pela realidade profunda do mistério de Deus, já que Jesus reina na Cruz y nos julga no seu amor. «Seremos examinados sobre o amor»

LUGARES DE ORAÇÃO

Alguns lugares de oração são grandiosos, tem torres, pátios, espaço gigantesco. Outros também são grandiosos e até luxuosos, tem poltronas, fundo infinito, ar condicionado, conforto para quem deve sentar, orar e ouvir a palavra de Deus. Alguns lugares são pobres, paupérrimos até, há desconforto para o fiel que vai ali orar, mas são lugares de oração. Outros são razoavelmente confortáveis, silenciosos o suficiente para que o fiel converse com o Deus em que ele crê. Outros são lojinhas compradas e transformadas em pequenos cubículos de oração onde cabem 100 ou 200 fieis no máximo, mas ali também se prega e se anuncia a palavra de Deus, ali também se ora. Há capelinhas onde mal cabem 4 pessoas, mas também são lugares de oração. 
Independentes de serem grandes santuários, gigantescos monumentos à fé ou da fé ou pequenos cubículos, os lugares de oração se bem compreendidos e utilizados, servem a maiores objetivos. Colocar a criatura em contato com o Criador e os irmãos e irmãs que crêem no criador em contato uns com os outros. Bendita a cidade que tem muitos lugares de oração, pobres as cidades onde os lugares de oração se transformam em ambientes para atacar o outro lugar de oração, a outra igreja, a outra fé e o outro jeito de crer. 
Por isso é fundamental que os fieis compreendam, lugares de oração deveriam ser lugares de paz e de diálogo. Se não for, não são lugares de oração. Mas o que não devem absolutamente não podem, é transformar-se em lugares de arrecadação. Isso nunca está em Marcos 12, 40. Igrejas não deveriam ser agencias bancárias e nem os púlpitos caixas registradoras.
Pe. Zezinho, scj 

17 de novembro de 2011

EVANGELHO DO DIA (Quinta-feira)

Ano A - Dia: 17/11/2011
Jesus chorou sobre a cidade

Lc 19,41-44
Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: "Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados. Esmagarão a ti e a teus filhos, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada". 
Leitura Orante 
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra. 
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94: 
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem) 
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis) 
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis) 
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis) 
- Sua fidelidade dura eternamente (bis) 
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis) 
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis) 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis) 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis) 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis) 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na minha Bíblia, o texto: Lc 19,41-44: 
Jesus estava perto de Jerusalém. "Viu a cidade", diz o texto. O "ver" de Jesus significava conhecer seu povo, seus valores, possibilidades e caminhos. Ao vê-la, tão distante do Projeto de Deus, o Mestre chora com pena. Pena porque Jerusalém não ouviu e, se ouviu, não acolheu o anúncio que poderia lhe trazer a paz. Não ficará pedra sobre pedra, ou seja, tudo será destruído. O motivo? Jesus diz no final: seus habitantes e lideranças não reconheceram "o tempo em que Deus veio salvá-la". O tempo é a oportunidade que Deus dá para que mudem de vida e sigam os seus caminhos. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram que viemos uma situação parecida: "Vivemos uma mudança de época cujo nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus; "aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século... Que excluem Deus de seu horizonte, falsificam o conceito da realidade e só podem terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. Surge hoje, com grande força, uma sobrevalorização da subjetividade individual. Independentemente de sua forma, a liberdade e a dignidade da pessoa são reconhecidas. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço, dando um papel primordial à imaginação. Os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos estão na base da profunda vivência do tempo, ao que se concebe fixado no próprio presente, trazendo concepções de inconsistência e instabilidade.(...)"(DAp 44). 
E eu me interrogo: Como me sinto neste espaço? Deixo-me levar pela "onda" da nossa "Jerusalém" ou tenho uma postura mais coerente com a minha identidade cristã? 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione: 
"Jesus, Mestre: 
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria. 
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos. 
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos. 
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas. 
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste. 
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém". 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Sinto-me discípulo/a de Jesus. 
Meu olhar deste dia será iluminado pelo olhar de Jesus Cristo, e se preciso também vou "chorar" sobre determinadas situações que não condizem com o Projeto de Deus. 
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

EVANGELHO DO DIA (Sexta-feira)

Ano A - Dia: 18/11/2011

Jesus expulsou os vendedores do Templo

Lc 19,45-48
Depois, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali estavam vendendo. E disse: "Está escrito: 'Minha casa será casa de oração'. Vós, porém, fizestes dela um covil de ladrões". Todos os dias, ele ficava ensinando no templo. Os sumos sacerdotes, os escribas e os notáveis do povo procuravam um modo de matá-lo. Mas não sabiam o que fazer, pois o povo todo ficava fascinado ao ouvi-lo falar. 
Leitura Orante 
Templo de Jerusalém, Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra. 
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94: 
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem) 
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis) 
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis) 
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis) 
- Sua fidelidade dura eternamente (bis) 
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis) 
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis) 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis) 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis) 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis) 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: Lc 19,45-48. 
O Evangelho de hoje, escrito por Lucas, nos fala do Templo. Jesus chega a Jerusalém por ocasião da festa de Páscoa, e expulsa do templo os vendedores. 
E diz: "A minha casa será uma 'Casa de oração'." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões." Jesus quer purificar o templo que fora transformado em lugar de comércio, de exploração do povo pobre e de enriquecimento dos poderosos. O Mestre não suporta a exploração de ninguém. Aqui, ele não só condena, mas age, energicamente. Depois, continua a ensinar todos os dias no Templo. Isto provocou a ira dos mestres da lei, dos chefes dos sacerdotes e dos líderes que queriam matá-lo. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Jesus é misericórdia, mas não tolera a injustiça. Os bispos em Aparecida afirmaram: "A misericórdia sempre será necessária, mas não deve contribuir para criar círculos viciosos que sejam funcionais a um sistema econômico iníquo. Requer-se que as obras de misericórdia estejam acompanhadas pela busca de uma verdadeira justiça social, que vá elevando o nível de vida dos cidadãos, promovendo-os como sujeitos de seu próprio desenvolvimento. Em sua Encíclica Deus Caritas est, o Papa Bento XVI tratou com clareza inspiradora a complexa relação entre justiça e caridade. Ali, disse-nos que "a ordem justa da sociedade e do Estado é uma tarefa principal da política" e não da Igreja. Mas a Igreja "não pode nem deve colocar-se à margem na luta pela justiça". Ela colabora purificando a razão de todos aqueles elementos que ofuscam e impedem a realização de uma libertação integral. Também é tarefa da Igreja ajudar com a pregação, a catequese, a denúncia e o testemunho do amor e da justiça, para que despertem na sociedade as forças espirituais necessárias e se desenvolvam os valores sociais. Só assim as estruturas serão realmente mais justas, poderão ser mais eficazes e sustentar-se no tempo. Sem valores não há futuro e não haverá estruturas salvadoras, visto que nelas sempre subjaz a fragilidade humana." (DAp 385). 
Como membro da Igreja, a misericórdia que pratico leva este timbre de justiça? 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione: 
"Jesus, Mestre: 
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria. 
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos. 
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos. 
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas. 
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste. 
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém". 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Sinto-me discípulo/a de Jesus. 
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido no meu coração animado pela misericórdia. 
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

VOCE CONHECE OS MÁRTIRES DO BRASIL?

Creio que poucas pessoas sabem que o Brasil é berço de muitos mártires que morreram por defender a fé católica em solo brasileiro. Nem todos eram nascidos no país, mas evangelizavam aqui e por isso morreram pela fé católica. Mártir, para a Igreja, oficialmente, é só aquela pessoa que foi beatificada pelo Papa e declarada por ele mártir, após um longo e rigoroso processo. Infelizmente se tem usado a palavra "mártir" na Igreja indevidamente. Não podemos nos adiantar à decisão da Instituição criada por Cristo. 
Vejo pessoas chamarem Dom Romero de mártir, por ter lutado pela justiça na sua pátria; outros chamam padre Józimo de mártir da terra, padre Rodolfo Lukenbein, defensor dos índios contra posseiros no Mato Grosso, etc. Nem mesmo um processo de beatificação existe instalado no Vaticano sobre eles, então, não podemos chamá-los de mártires, embora possam ter sido grandes cristãos e terem sido assassinados. Só é considerado mártir pela Igreja quem morre explicitamente em defesa da fé, e não por causa social e política como Martin Luther King, Robert Kennedy, Tiradentes, entre outros. Não se pode querer definir as coisas na Igreja sem o Sumo Pontífice. 
Mas no Brasil houve grandes mártires no Rio Grande do Norte na época (1630-1654) em que os holandeses protestantes calvinistas ocuparam alguns lugares no país e quiseram obrigar o povo católico a se tornar calvinistas. Morreram em defesa da fé católica e por isso os que foram identificados foram beatificados pelo Papa. O primeiro grupo de católicos massacrados pelos calvinistas, cerca de 70 pessoas aproximadamente, foi trucidado na capela da Vila de Cunhaú, Rio Grande do Norte. O segundo grupo de mesmo número foi chacinado em Uruaçu. Esses mártires foram beatificados no ano 2000. Dom Estevão Bettencourt narrou bem os fatos sobre esse assunto em sua revista (PR, Nº 451, 1999, pg. 530).
Os holandeses invadiram o Nordeste do Brasil e dominaram a região desde o Ceará até Sergipe, de 1630 a 1654. Eram protestantes calvinistas e vieram com seus pastores para doutrinar os índios. Isso gerou uma situação difícil para os católicos da região, porque foi proibida a celebração da Santa Missa. Em Cunhaú, RN, um pastor protestante prometeu poupar a vida a todos, caso negassem a fé católica, o que a população não aceitou. Então, no domingo, 16 de julho de 1645, festa de Nossa Senhora do Carmo, na capela da Vila de Cunhaú concentravam-se aproximadamente setenta pessoas para participar da Santa Missa. 
Padre André de Soveral, com seus noventa anos de idade, iniciou a Santa Missa. Os soldados holandeses, armados de baionetas, chefiando um grupo de índios canibais invadiram a capela, em grande algazarra, logo após a consagração do pão e do vinho. Fecharam-se as portas da capela e começaram a massacrar os fiéis, impossibilitados de fugir. O sacerdote foi morto a golpes de sabre. O chefe da carnificina foi um alemão a serviço dos holandeses com o nome de Jacob Rabbi. Terminado o massacre, os algozes se retiraram, deixando os cadáveres estendidos no chão da capela. Um relato da época diz que os índios canibais devoraram as carnes das vítimas. 
Outro grupo, mais numeroso, cerca de setenta pessoas, sem contar os escravos e as crianças, foram para um local às margens do Rio Grande (Rio Uruaçú), onde construíram um abrigo fortificado e tomaram o nome de Comunidade Potengi. Essa comunidade foi atacada por índios armados, comandados por Jacob Rabbi e um famoso chefe indígena e acompanhados por soldados holandeses. Mataram todos os habitantes da fortaleza, inclusive padre Ambrósio Ferro e muitas pessoas de Natal. Relatam os cronistas que a uns cortaram os braços e as pernas, a outros degolaram, a outros arrancaram as orelhas ou arrancaram a língua antes de os matarem. Alguns cadáveres foram esquartejados: a Mateus Moreira arrancaram o coração pelas costas; antes de morrer ainda pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.
Esta é a versão dos fatos como se encontra no livro “O Valoroso Lucideno” de autoria de Frei Manuel Calado, publicado em Lisboa no ano de 1648. Frei Manuel escreveu na mesma época em que tudo ocorreu. Existe outra versão do episódio, idêntica à anterior e com mais detalhes. Encontra-se no livro “Os Holandeses no Brasil” de monsenhor Paulo Herôncio.
Um outro fato que merece menção é o martírio de padre Inácio Azevedo e seus companheiros. Ele foi a Portugal buscar reforços para a evangelização dos índios no Brasil. No dia 5 de junho de 1570, o sacerdote e 39 companheiros, na caravela mercante “São Tiago” partiram de volta para o solo brasileiro. A caravela foi alcançada pelo corsário francês Jacques Sourie, calvinista, que partira de La Rochelle para capturar os jesuítas. Esses foram friamente degolados; o número de mártires foi 40. O culto desses mártires foi confirmado por Pio IX em 1854. (Sgarbosa, 1978, p. 224) e a memória litúrgica deles é dia 17 de julho. 
Esses fatos formam uma triste “inquisição” desconhecida e que não é contada.
Felipe Aquino - cancão nova

A FELICIDADE COMPLETA

“Senhor, nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o Criador de todas as coisas”. Assim começa a liturgia da Igreja no trigésimo terceiro domingo do tempo comum, celebrado neste final de semana. Em palavras tão concisas, vem à tona a concepção da felicidade contida na mensagem que o Cristianismo oferece a todas as gerações, especialmente adequada ao tempo em que vivemos, tão rico de capacidades técnicas e científicas, aliadas ao risco que o uso do poder, hoje como ontem, significa para o ser humano.
Optar pelo serviço a Deus, acima de qualquer coisa, é proposta ousada, cuja fonte só pode ser o salto da fé, pois quem a aceita caminhará pela vida como se visse o invisível (Cf. Hb 11, 1-40). Esta escolha condicionará as decisões a ser tomadas no dia a dia, orientando-as por valores que significam nadar contra a correnteza, mesmo sabendo que, muitas vezes, contravalores são oferecidos como uma verdadeira avalanche. Uma mãe de família, refletindo sobre a educação dos filhos, observou, com expressão muito forte, ser “concorrência desleal” o que os filhos recebem fora do âmbito familiar. Suas armas serão a palavra e o exemplo, aliadas à intensa oração, na certeza de que o bem que foi plantado na família florescerá.
Servir a Deus significa, no miúdo da vida diária, fazer a Sua vontade, que se expressa de modo bem concreto no amor ao próximo. O cristão poderá ser feliz e melhorar o mundo se abrir bem os olhos sem deixar ninguém passar em vão ao seu lado. Pode ajudar concretamente com gestos, bens, iniciativas, criatividade? Que ele dê o primeiro passo. Pode dar sua opinião? Comece pela visão do bem existente em torno de si. Deve criticar? Faça-o com respeito, sem julgar intenções preparando-se para a bonita surpresa que Deus lhe prepara, quando descobrir o bem escondido existente nas pessoas ou situações analisadas. Cabe-lhe um espaço de decisão na sociedade, na política, na Igreja? Ocupe-o com competência, humildade e dedicação, fazendo frutificar o bem em todas as partes, sensível ao bem comum. Encerraram-se seu tempo e possibilidades de exercer uma atividade? Não tenha receio de dizer “fiz o que devia fazer” (Cf. Lc 17, 10) e abrir-se para novos desafios, sem apegos! Os desdobramentos da escolha do serviço a Deus se multiplicam e o Espírito Santo sugerirá outros passos a serem dados. Basta a docilidade!
Nossa alegria consista em servir a Deus de todo o coração! A alegria não se confunde nem se esgota na satisfação superficial e nem mesmo no prazer. É mais belo o rosto franzido de alguém que trabalhou e se cansou com um dia inteiro de trabalho ou um rosto suado do que o olhar da pessoa preguiçosa. O livro dos Provérbios (12, 14-28) já constatava: “Cada um se fartará de bens segundo as suas palavras, e em proporção a seu trabalho receberá a recompensa. O proceder do insensato é reto aos seus olhos, mas quem é sábio atende aos conselhos. O tolo demonstra logo a sua raiva, enquanto o esperto dissimula a ofensa. Quem profere a verdade manifesta a justiça; a testemunha mentirosa sustenta a falsidade. Falastrão falando dá golpe de espada, a língua dos sábios produz a cura. Quem diz a verdade permanece para sempre, a língua mentirosa não vai longe. É falso o coração dos que tramam o mal; aos que promovem a paz, porém, acompanha-os a alegria. Nenhuma desgraça sobrevirá ao justo, mas os ímpios serão repletos de males. São uma abominação para o Senhor os lábios mentirosos; os que agem fielmente, porém, lhe agradam. 
A pessoa hábil esconde o conhecimento, enquanto o coração dos tolos solta besteiras. A mão dos que se esforçam chega ao poder; a dos preguiçosos, porém, acaba na escravidão. A aflição no coração deprime a pessoa, mas uma palavra de animação lhe traz alegria. O justo conduz o amigo para a retidão, enquanto o caminho dos maus os desorienta. O preguiçoso nem sequer cozinha a sua caça; quem é esforçado, porém, adquire uma fortuna valiosa. Na senda da justiça está a vida, enquanto a estrada larga conduz à morte”.
Felicidade completa só virá no serviço a Deus, Criador de todas as coisas, doador e provedor de todos os talentos. “Servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar de minha alegria” (Mt 25, 21).
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

O RISCO DA RESPONSABILIDADE

A parábola que Jesus nos propõe, em Mateus 25, 14-30, fala-nos do medo do risco e da busca de seguranças. É o caso do empregado que recebeu só um talento. O medo do risco nos paralisa e nos faz projetar uma imagem falsa de Deus: “Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. Por isso, fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence.”
Naquele tempo, esconder dinheiro no chão era a maneira mais segura de guardá-lo. Esse empregado buscava segurança na luta pela justiça que provoca a vinda do Reino. Era mais fácil e cômodo enterrar o talento do que investir. 
A parábola não fala do risco enfrentado pelos empregados que receberam cinco e dois talentos, mas o risco existia e ainda existe. Basta que pensemos nos desafios que a justiça do Reino de Deus proporciona aos que lutam por ela em nossos dias.
A busca de segurança faz pensar nos conservadores do tempo de Jesus e de hoje. No tempo de Jesus, a onda conservadora era provocada pelos doutores da Lei e fariseus e a “justiça” deles impedia o acesso ao Reino do Céu. E hoje, quando os desafios da justiça são mais graves, o que ganhamos? O empregado conservador criou uma teologia própria, fazendo de Deus um patrão cruel, um ídolo.
E hoje? Projetamos imagens distorcidas de Deus?
Não nos esqueçamos de que o patrão chama de “mau, preguiçoso e inútil” àquele que, com medo do risco e buscando seguranças, enterrou parte dos bens de Deus.
A parábola mostra a grandeza e a fragilidade de Deus. Sua grandeza está em “entregar Seus bens” às pessoas. Nada retém para si. Tudo o que tem é entregue. Sua fragilidade apresenta-se em forma de risco. De fato, falando com o empregado mau e preguiçoso, dá a entender que conhecia o modo certo de multiplicar esses bens sem a colaboração das pessoas: “Você devia ter depositado meu dinheiro no banco para que, na volta, eu recebesse com juros o que me pertence”. Bem que o empregado mau poderia ter-lhe respondido: “E por que você próprio não fez isso?” A resposta parece evidente na parábola: confiando nas pessoas, Deus arrisca perder. Contudo, confia e entrega. Sua fragilidade ressalta Sua grandeza. 
A parábola também representa a comunidade cristã empenhada em suas várias atividades. A distribuição desigual dos "talentos" sublinha a diversidade de tarefas que o Senhor entrega a cada um. Deus se serve de nós como Seus cooperadores para a realização dos planos d'Ele. Ele age por meio de pessoas e quer que elas correspondam generosamente às expectativas d'Ele. A vocação cristã não deve ser um capital improdutivo, um depósito morto. É um dom que devemos fazer frutificar com
habilidade, sabedoria e amor, tendo sempre em vista a comunidade. É assim que colaboramos na construção do Reino de Deus, que começa no testemunho e se concretiza definitivamente na eternidade...
Dom Eurico S. Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

11 de novembro de 2011

EVANGELHO DO DIA (Domingo)

Ano A - Dia: 13/11/2011

Investir no Reino
Mt 25,14-30
Jesus continuou: 
- O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas de ouro; ao segundo deu duzentas; e ao terceiro deu cem. Então foi viajar. O empregado que tinha recebido quinhentas moedas saiu logo, fez negócios com o dinheiro e conseguiu outras quinhentas. Do mesmo modo, o que havia recebido duzentas moedas conseguiu outras duzentas. Mas o que tinha recebido cem moedas saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão. 
- Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles. O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais quinhentas, dizendo: "O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão mais quinhentas que consegui ganhar." 
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!" 
- Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse: "O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que consegui ganhar." 
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!" 
- Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: "Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro." 
- "Empregado mau e preguiçoso!", disse o patrão. "Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros." 
- Depois virou-se para os outros empregados e disse: "Tirem dele o dinheiro e dêem ao que tem mil moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero." 
Leitura Orante 
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra. 
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94: 
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem) 
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis) 
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis) 
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis) 
- Sua fidelidade dura eternamente (bis) 
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis) 
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis) 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis) 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis) 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis) 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 25,14-30, observo as palavras de Jesus e o sentido da parábola que conta. 
Nesta parábola, Jesus fala da colaboração das pessoas. O primeiro e o segundo empregados, definidos pelo seu patrão como "servo bom e fiel", são cumpridores de sua tarefa e considerados fiéis ou confiáveis. 
O terceiro foi julgado como "mau e preguiçoso", pois não fez render nada do que lhe foi confiado. Pelas suas palavras demonstrou que o medo do risco o paralisou e a preguiça o tornou inerte, omisso. Jesus, nesta parábola em que fala em termos econômicos, diz que é preciso investir, criar rendimentos para o Reino. Estes investimentos e rendimentos podem ser definidos como crescimento na fé, na ética, na justiça, na coerência com o ser cristão, na vivência fraterna. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Também eu recebi talentos que Deus me confiou para "investir" no Reino. Como estou investindo? Quais são os rendimentos? Em Aparecida, o bispos da América Latina, falaram muitas vezes e de diversas formas, deste dever de "investir" na vivência da fé. Indicaram também o caminho para o amadurecimento na fé. Recordamos um aspecto: "O amadurecimento no seguimento de Cristo e a paixão por anunciá-lo requerem que a Igreja local se renove constantemente em sua vida e ardor missionário. Só assim pode ser, para todos os batizados, casa e escola de comunhão, de participação e solidariedade. Em sua realidade social concreta, o discípulo tem a experiência do encontro com Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a graça de ser missionário e anuncia a palavra com alegria."(DAp 167). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a oração: 
Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida 
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé. 
Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.
Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis 
e das trevas eternas. 
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero. 
Jesus, caminho da santidade, 
tornai-me vosso fiel seguidor. 
Jesus caminho, tornai-me perfeito 
como o Pai que está nos céus. 
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós. 
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós. 
Jesus vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor. 
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo. 
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante dos homens. 
Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria. 
(Bv. Tiago Alberione) 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é para verificar quais são os meus dons e como estou "investindo" para o Reino de Deus. 
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Irmã Patrícia Silva, fsp

EVANGELHO DO DIA (Sexta-feira e Sábado)




Ano A - Dia: 11/11/2011

Como será a vinda do Filho de Deus
Lc 17,26-37
Como foi no tempo de Noé, assim também será nos dias de antes da vinda do Filho do Homem. Todos comiam e bebiam, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em que Noé entrou na barca. Depois veio o dilúvio e matou todos. A mesma coisa aconteceu no tempo de Ló. Todos comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. No dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e matou todos. Assim será o dia em que o Filho do Homem aparecer. Aí quem estiver em cima da sua casa, no terraço, desça, e fuja logo, e não perca tempo entrando na casa para pegar as suas coisas. E quem estiver no campo não volte para casa. Lembrem da mulher de Ló. A pessoa que procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo terá a vida verdadeira. Naquela noite duas pessoas estarão dormindo numa mesma cama. Eu afirmo a vocês que uma será levada, e a outra, deixada. Duas mulheres estarão moendo trigo juntas: uma será levada, e a outra, deixada. [Naquele dia, dois homens estarão trabalhando na fazenda: um será levado, e o outro, deixado.] 
Então os discípulos perguntaram: 
- Senhor, onde vai ser isso? 
Ele respondeu: 
- Onde estiver o corpo de um morto, aí se ajuntarão os urubus. 
Leitura Orante 
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra. 
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94: 
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem) 
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis) 
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis) 
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis) 
- Sua fidelidade dura eternamente (bis) 
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis) 
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis) 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis) 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis) 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis) 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Lc 17,26-37 
Neste discurso, Jesus diz que "Será como no tempo de Noé, no tempo que veio o dilúvio, como nos tempos de Ló, quando veio enxofre e fogo do céu e matou a todos". O povo estava preocupado com o dia-a-dia, os assuntos imediatos e, despreocupado com o que viria, o transcendente, as coisas de Deus. Preocupava-se com o comer e beber, o plantar, construir, negociar... Numa palavra, o povo estava preocupado com a economia, a agricultura, a vida urbana. Jesus disse que assim acontecerá com a vinda do Filho do homem. Neste dia, diz o Mestre, não se deverá confiar em falsas referências, que acontecerá como um relâmpago ou um "apagão". O que era preocupação não o será mais. O "onde" ou o local será ali onde cada um estiver. Não haverá tempo, nem lugar. Enquanto no tempo de Noé e de Ló o povo tinha sua vida centrada nos prazeres da vida, os discípulos de Jesus devem estar preparados para a chegada de Deus, a cada instante, lugar, em todas as suas atividades e projetos. Tudo o que fazemos e vivemos tem marcas de eternidade 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "No entanto, no exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação!"(DAp 351). 
E eu me interrogo: no exercício da minha liberdade acolho a vida nova? Tenho consciência de que tudo que vivo tem reflexos na aternidade? 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
O bem-aventurado Alberione propõe um caminho para este encontro com o Filho do Homem: "A pessoa é criada para o céu; unicamente para o céu. Todo o trabalho da pessoa consiste em não deixar que o seu coração seja conquistado pelos bens presentes, mas em servir-se dos bens presentes como meios para o céu. Todo o mal está em trocar o fim pelos meios. Se se fez isso, é necessário converter-se e orientar definitivamente o coração, as fadigas, o trabalho para o céu. (... ). 2. Jesus Cristo é o caminho para o céu, caminho único, caminho seguro; é a verdade, porque guia a mente de modo que esta não erre, de modo que se sobrenaturalize, se divinize; é a vida, pela qual a mente aderirá sempre a Jesus Cristo e, pela qual, o coração e a vida se manterão sempre no caminho por ele traçado." (DF 98). 
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione, cuja festa celebramos no dia 26 de novembro. 
"Jesus, Mestre: 
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria. 
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos. 
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos. 
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas. 
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste. 
Que eu esteja em ti e tu em mim. 
Amém". 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Sinto-me discípulo/a de Jesus. 
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Mestre Verdade-Caminho-Vida. Terei no coração a certeza de que tudo que faço tem marca de eternidade. 
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Irmã Patrícia Silva, fsp


Ano A - Dia: 12/11/2011

Deus fará justiça aos que gritam por ele
Lc 18,1-8
Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir: "Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, e lhe pedia: 'Faze-me justiça contra o meu adversário!' Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: 'Não temo a Deus e não respeito ninguém. Mas esta viúva já está me importunando. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha, por fim, a me agredir!'" E o Senhor acrescentou: "Escutai bem o que diz esse juiz iníquo! E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a terra?" 
Leitura Orante 
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra. 
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94: 
(Em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis) 
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis) 
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis) 
- Sua fidelidade dura eternamente (bis) 
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis) 
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis) 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis) 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis) 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis) 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na minha Bíblia, o texto: Lc 18,1-8. 
A viúva de que Jesus fala no Evangelho, fazia parte de um grupo bastante exposto a abusos legais, judiciais e jurídicos porque não podiam subornar nem pagar. A viúva procurava o juiz pedindo justiça contra seu adversário. Mas, o juiz era iníquo. Não temia a Deus e nem respeita as pessoas. Por isso não atendia o caso do julgamento daquela mulher. Mas, sentindo-se incomodado por tantos apelos da viúva, ele resolveu atendê-la. E Jesus comenta: se aquele juiz iníquo, para não ser incomodado, atendeu àquela mulher, muito mais e sem demora, Deus que é bom e justo, vai ajudar o seu povo. A fé e a confiança neste Deus justo e bom deve animar os que crêem. 
2.Meditação (Caminho) 
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que "o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir"(DAp 242). 
E eu me interrogo: Deus para mim é este Juiz bondoso que vai ao encalço de quem se perdeu? A justiça de Deus é amor para todos. Sinto-me uma pessoa amada, acolhida, ouvida por Deus? 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração: 
"Jesus, Mestre: 
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria. 
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos. 
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos. 
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas. 
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste. 
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém". 
(Bem-aventurado Tiago Alberione). 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Sinto-me discípulo/a de Jesus. 
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, justo Juiz que me ama e prepara o melhor para mim. 
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Irmã Patrícia Silva, fsp