Cante agora,
hinos, os mais belos corais
diversos ou ser solidário.
Em catedrais ou viadutos
iluminados com pequenas lâmpadas
ou fogueiras de natal.
Vejo por todos os lados
vitrines, enfeites, cartões e presentes...
Mas meu coração aguarda,
preparado em novena,
Aquele que vem.
Eis que vem a alegria,
para o meio dos seus protegidos,
acolhida pelos vencidos
no seio das marginais,
onde correm crianças e carrinhos de papelão.
Verde vermelho
não coloram este Natal!
Palha e cipó, em mãos kaigangs,
também traçam presépios,
árvores, estrelas e sonhos
em tons de encarnação.
A paz e a justiça gritam sua ausência,
onde o Emanuel já foi anunciado,
acolhido e festejado em um natal.
Farta seja a ceia de todos, todos os dias.
Pois, o banquete do amor
já foi servido.
Abundante e solidariedade,
onde faltam o pão, o lúdico, a palavra, o olhar.
Prósperas sejam as lutas
pela igualdade e pelo respeito a toda forma de vida.
E que a celebração do nascimento
Daquele que trouxe vida e libertação a todos,
na sua modéstia e humildade,
volte a ser o Natal!
Rosa Ramalho
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