No amor, Deus encontrou um jeito de assemelhar nosso coração ao d'Ele
Foto ilustrativa: kieferpix by Getty Images
Você deixa qualquer pessoa entrar no seu coração?
Abrir uma janela para receber um pouco de luz ou para dar uma “olhadinha” no tempo lá fora é coisa muito comum, principalmente, quando temos o privilégio de estar em uma casa de campo ou na praia. Porém, esse gesto cria ainda mais vida, quando nos dispomos a acolher toda riqueza que ele traz. Aliás, parece-me que é sempre assim. Os gestos têm a importância que lhe damos. Falando da alma, podemos trocar a expressão casa por coração, e teremos, diante de nós, um misterioso cenário a ser desvendado.
O fato é que, ao abrirmos a porta e deixarmos alguém entrar, damos a este visitante o direito de conhecer o interior de nossa casa, apreciar suas riquezas, mas também lhes damos o direito de conhecer as coisas que, talvez, por “falta de tempo”, estejam fora do lugar. Com nosso interior não é diferente.
O ser humano tem sede de amar e ser amado
Assim como temos o direito de decidir quem entra em nossa casa, decidimos também quem entra em nosso coração, e que tipo de tratamento daremos àquele que chega. Claro que existem exceções, onde o visitante invade sem bater à porta e, diga-se de passagem, às vezes, é bom que seja assim. É um gesto de muita coragem entrar, mesmo quando encontra a porta entreaberta ou fechada.
Há quem feche as portas e janelas de seu interior a “sete chaves” e decida-se por não permitir a entrada de mais ninguém. Geralmente, decisões assim são baseadas em decepções, frustrações e até feridas causadas na alma por alguém que entrou e não se comportou direito.
As experiências comprovam que essa não é a melhor escolha, cada um tem suas riquezas a oferecer, e nunca se é tão sábio e poderoso que não precise de ajuda. Criado por amor e para amar, o ser humano tem sede de amar e ser amado. Aí está a essência do seu existir, a força motora que o leva a ser e agir de maneira harmoniosa, acolhedora e feliz.
Amar é correr riscos
O Amor é que faz com que o tempo seja precioso, dá brilho diferente às cores, é o jeito criativo que Deus achou para assemelhar o nosso coração ao d’Ele.
Amar é um risco que precisamos correr, todos os dias, se desejarmos viver intensamente.
Abrir as portas e as janelas da alma é um desafio necessário se quisermos contemplar as maravilhas que estão lá fora e até sermos aquecidos pelos raios do sol do amor que vem ao nosso encontro.
A brisa suave e vital, e ainda a sensação de liberdade que passaremos a sentir, vêm de brinde na hora em que, corajosamente, abrimos a porta do coração e deixamos entrar quem bate pedindo entrada ou invade no desejo de “ajudar”!
Vale a pena correr esse risco.
Dijanira Silva : Missionária da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Djanira reside na missão de São Paulo, onde atua nos meios de comunicação. Diariamente, apresenta programas na Rádio América CN. É colunista desde 2000 do portal cancaonova.com. Também é autora do livro “Por onde andam seus sonhos? Descubra e volte a sonhar” pela Editora Canção Nova.
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