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''É uma vocação específica'', diz Dom Sérgio Braschi sobre a missão Ad Gentes
Todo batizado é missionário. O Concílio Vaticano II, que completa 50 anos em 2012, colocou esse aspecto de forma muito clara, ao afirmar no Decreto Ad Gentes que todos os fiéis, como membros de Cristo, têm por obrigação "colaborar no crescimento e na expansão do Seu corpo para o levar a atingir, quanto antes, a sua plenitude" (n 36). Essa necessidade de se inserir na ação missionária é enfatizada em especial neste mês de outubro, período celebrado pela Igreja como o mês missionário. Para aprofundar um pouco mais sobre o trabalho missionário na Igreja, Ao longo deste mês, a Igreja recorda aqueles que têm essa missão de transmitir a fé. Um apelo sempre urgente, pois, como destaca a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, "aumentou o número daqueles que ainda não conhecem Cristo".
"Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus", foi o que disse o Beato João Paulo II na Encíclica Redemptoris missio.
Ao proclamar o Ano da Fé, Bento XVI, escreveu que Cristo "hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra".
Em muitos lugares do mundo se celebra apenas o Dia Mundial das Missões, no 3º domingo deste mês, mas no Brasil, todo o mês é festivo, e a cada ano com uma temática própria.
"O tema desse ano é 'Brasil Missionário, partilha tua fé', e todo um material foi preparado para os fiéis, com uma novena e um DVD com entrevistas de missionários brasileiros que trabalham em outros continentes", explicou o presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária da CNBB, Dom Sérgio Braschi.
A essa missão de levar o Evangelho além-fronteiras, dá-se o nome de Ad Gentes. "É uma vocação específica - explica Dom Sérgio - temos aí os padres diocesanos Fidei Donum (dons da Fé), os padres de congregações religiosas, irmãos de congregações missionárias, como os Xaverianos, os Combonianos, os Vicentinos, Franciscanos, Capuchinhos, Jesuístas, etc. Temos também as religiosas e hoje, muitos leigos e leigas, jovens e até casais, famílias, que dão um tempo de sua vida em uma missão, na África, Ásia, Oceania, ou mesmo aqui dentro do país, nas Igrejas irmãs da Amazônia ou em outros lugares onde há mais falta de evangelização".
No entanto, o bispo explica que há também a missão ad intra, que, seria a missão dentro da própria comunidade. "Digamos, ter aquele espírito de sair e ir visitar as pessoas, ir ao encontro das pessoas que estão afastadas da Igreja".
Todo o povo de Deus pode contribuir com a missão evangelizadora da Igreja também a partir do próprio testemunho de vida, como destaca o Decreto Ad Gentes. "Todos os filhos da Igreja tenham consciência viva das suas responsabilidades para com o mundo, fomentem em si um espírito verdadeiramente católico e ponham as suas forças ao serviço da obra da evangelização. Saibam todos, porém, que o primeiro e mais irrecusável contributo para a difusão da fé é viver profundamente a vida cristã" (n 36).
Kelen Galvan
Da Redação
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