A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

29 de outubro de 2012

EVANGELHO PARA SEGUNDA, TERÇA E QUARTA-FEIRA

Ano B - Dia: 29/10/2012 Segunda-feira
"Mulher, você está curada!"
Lc 13,10-17
Certo sábado, Jesus estava ensinando numa sinagoga. E chegou ali uma mulher que fazia dezoito anos que estava doente, por causa de um espírito mau. Ela andava encurvada e não conseguia se endireitar. Quando Jesus a viu, ele a chamou e disse: 
- Mulher, você está curada. 
Aí pôs as mãos sobre ela, e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus. Mas o chefe da sinagoga ficou zangado porque Jesus havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo: 
- Há seis dias para trabalhar. Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não! 
Então o Senhor respondeu: 
- Hipócritas! No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água. E agora está aqui uma descendente de Abraão que Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela não devia ficar livre dessa doença? 
Os inimigos de Jesus ficaram envergonhados com essa resposta, mas toda a multidão ficou alegre com as coisas maravilhosas que ele fazia. 

Leitura Orante 
Saudação 
- A nós, reunidos pela grande rede da internet, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 
Preparo-me para a Leitura, rezando: 
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 
eu aí estarei no meio deles", 
ficai conosco, 
aqui reunidos (pela grande rede da internet), 
para melhor meditar 
e comungar com a vossa Palavra. 
Sois o Mestre e a Verdade: 
iluminai-nos, para que melhor compreendamos 
as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: 
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: 
transformai nosso coração em terra boa, 
onde a Palavra de Deus produza frutos 
abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia : Lc 13,10-17, e procuro compreender as palavras de Jesus 
2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje? O que mais me toca o coração? 
De que lado estou: do lado de Jesus que é sensível ao sofrimento dos mais fracos, do lado da mulher, do chefe da sinagoga? É verdade que algumas vezes somos legalistas não querendo nos deixar incomodar por algo diferente que pode acontecer, por uma pessoa que não pensa como nós, por um horário que muda, um atraso que acontece, uma criança que chora, uma palavra mais forte dita pelo pregador, um ruído do microfone, ou algo que não ouvimos bem, nem entendemos. Tantos imprevistos nos incomodam. Nos irritamos quando nossa rotina nos desinstala, ainda mais se é para atender alguém que não nos é muito simpático.... Ajuda-nos a refletir a palavra dos bispos: "Os desejos de vida, de paz, de fraternidade e de felicidade não encontram resposta em meios aos ídolos do lucro e da eficácia, da insensibilidade diante do sofrimento alheio, dos ataques à vida intra-uterina, a mortalidade infantil, a deterioração de alguns hospitais e todas as modalidade de violência contra crianças, jovens, homens e mulheres. Isto sublinha a importância da luta pela vida e pela dignidade e integridade da pessoa humana. A defesa fundamental da dignidade e destes valores começa na família." (DAp 468). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo com a Canção Para Meu Deus 
Pe. Zezinho 
O orvalho da manhã criança 
Me fala do meu Deus 
O cantar da brisa mansa 
Me fala do meu Deus 
O pássaro que canta e trina 
Me fala do meu Deus 
Minha vida uma canção ensina 
A canção que eu fiz para meu Deus 
CD Canção para meu Deus, Pe. Zezinho, scj 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. 
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir todo legalismo, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 



Ano B - Dia: 30/10/2012 Terça-feira
Tempo para crescer
Lc 13,18-21
Jesus disse: 
- Com o que o Reino de Deus é parecido? Que comparação posso usar? Ele é como uma semente de mostarda que um homem pega e planta na sua horta. A planta cresce e fica uma árvore, e os passarinhos fazem ninhos nos seus ramos. 
Jesus continuou: 
- Que comparação poderei usar para o Reino de Deus? Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa. 

Leitura Orante 
- A nós todos, reunidos pela comunicação digital, A paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 
Preparo-me para a Leitura, rezando: 
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 
eu aí estarei no meio deles", 
ficai conosco, aqui reunidos (pela web), 
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra. 
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, 
para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, 
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Lc 13,18-21, e observo as comparações que Jesus faz para fazer compreender o Reino. 
Pensar no Reino de Deus como a semente e o fermento é pensar em algo muito dinâmico. Na primeira parábola vemos o Reino como uma grande árvore que nasce de uma minúscula semente plantada por um homem. Na segunda, vemos o Reino como a massa que uma mulher faz e que cresce sob a força do fermento. O crescimento não é mágico, nem repentino. É preciso esperar. É preciso dar tempo para a semente germinar e a massa crescer. É preciso ter paciência. A semente some na terra. O fermento é misturado na farinha e desaparece para poder fazer crescer. A semente morre, explode para poder germinar e brotar. Há um mistério de morte e vida nos dois casos. Há um aspecto de "perda". Perda de aparência, de imagem, de importância. Compreende-se através destas parábolas o que Jesus dizia: "Quem perder a própria vida vai ganhá-la" (Lc 17,33) ou, a Nicodemos: "Se alguém não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus" (Jo 3,3). 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para nós, hoje? 
Faço parte deste Reino e vivo a alegria de sermos discípulos de Jesus Cristo. Os bispos, em Aparecida disseram: "A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria." (DAp 29). 
3. Oração (Vida) 
Rezo com todos os cristãos, pedindo a graça de fazer parte do Reino de Deus, mesmo se encontrar dificuldades. 
Rezo com o Padre Zezinho. 
Cidadão do Infinito 
Por escutar uma voz que disse 
Que faltava gente pra semear 
Deixei meu lar e saí sorrindo, 
E assobiando pra não chorar. 
Fui me alistar entre os operários 
Que deixam tudo pra te levar 
E fui lutar por um mundo novo, 
Não tenho lar mais ganhei um povo. 
Sou cidadão do infinito, 
Do infinito, do infinito, 
E levo a paz no meu caminho, 
No meu caminho, no meu caminho. 
Eu procurei semear a paz 
E onde fui andando falei de Deus, 
Abençoei quem fez pouco caso 
E espalhou cizânia onde eu semeei. 
Não aceitei condecoração 
Por haver buscado um país irmão, 
Vou semeando por entre o povo 
E vou sonhando este mundo novo. 
CD Coletânea, Pe. Zezinho, scj 

4. Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra meditada e rezada? 
Vou contemplar o mundo com os olhos da fé e descobrir bem próximo de mim o Reino que se faz presente. Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ano B - Dia: 31/10/2012 Quarta-feira
Porta estreita, o que é?
Lc 13,22-30
Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando na sua viagem para Jerusalém. Alguém perguntou: 
- Senhor, são poucos os que vão ser salvos? 
Jesus respondeu: 
- Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão. 
- O dono da casa vai se levantar e fechar a porta. Então vocês ficarão do lado de fora, batendo na porta e dizendo: "Senhor, nos deixe entrar!" E ele responderá: "Não sei de onde são vocês." Aí vocês dirão: "Nós comemos e bebemos com o senhor. O senhor ensinou na nossa cidade." Mas ele responderá: "Não sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal." Quando vocês virem Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus e vocês estiverem do lado de fora, então haverá choro e ranger de dentes de desespero. Muitos virão do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul e vão sentar-se à mesa no Reino de Deus. E os que agora são os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos. 

Leitura Orante 
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os que se encontram neste espaço de oração: 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo. 
Trindade Santíssima 
- Pai, Filho, Espírito Santo - 
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser. 
Eu vos adoro, amo e agradeço. 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto na Bíblia: Lc 13,22-30 - A porta estreita 
A vida cristã não é possível para pessoas acomodadas e medíocres. É exigente. Jesus diz isto quando nos fala da porta estreita como caminho para a vida. Porta estreita é renunciar a algo que me parece prazeroso, mas de consequências negativas que podem prejudicar a mim ou a outras pessoas. Porta estreita pode ser fechar-me a propostas fascinantes mas que não são transparentes, ocultando corrupção, desvios, más intenções. Porta estreita pode ser renunciar a querer apenas me beneficiar, excluindo outras pessoas de participar de bens que Deus concedeu a todos. Porta estreita é manter-me em silêncio para não criticar nem julgar as pessoas com quem convivo. Jesus não fala de uma grande avenida. Ele próprio é o Caminho. Olhemos para sua prática e aprenderemos por onde devemos passar. Não mudemos de Caminho para não corrermos o risco de perder o endereço e assim, também nós nos perdermos. Nem nos deixemos fascinar pelas portas amplas e escancaradas. Elas podem ser atraentes, mas nos conduzir ao engano e não, a Deus. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Fala-me Jesus de atitudes cristãs que deve assumir qualquer pessoa que é batizada, entre elas, eu. Nada de mediocridade.Seguir Jesus Cristo implica também a cruz. Os bispos, na V Conferência disseram: "Hoje se considera escolher entre caminhos que conduzem à vida ou caminhos que conduzem à morte (cf. Dt 30.15). Caminhos de morte são os que levam a dilapidar os bens que recebemos de Deus através daqueles que nos precederam na fé. São caminhos que traçam uma cultura sem Deus e sem seus mandamentos ou inclusive contra Deus, animada pelos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efêmero, a qual termina sendo uma cultura contra o ser humano e contra o bem dos povos latino-americanos. Os caminhos de vida verdadeira e plena para todos, caminhos de vida eterna, são aqueles abertos pela fé que conduzem à "plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina, também se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural". Essa é a vida que Deus nos participa por seu amor gratuito, porque "é o amor que dá a vida". Estes caminhos frutificam nos dons de verdade e de amor que nos foram dados em Cristo, na comunhão dos discípulos e missionários do Senhor" (DAp 13). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, e, se for pela manhã, faço a: 

Oração da manhã 
Senhor, nós te agradecemos por este dia. 
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas 
Entrar com tua luz. 
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de 
Nossos caminhos, 
As cores de nossas palavras e gestos, 
A dimensão de nossos projetos, 
O calor de nossos relacionamentos e o 
Rumo de nossa vida. 
Podes entrar, Senhor em nossas famílias. 
Precisamos do ar puro de tua verdade. 
Precisamos de tua mão libertadora para abrir 
Compartimentos fechados. 
Precisamos de tua beleza para amenizar 
Nossa dureza. 
Precisamos de tua paz para nossos conflitos. 
Precisamos de teu contato para curar feridas. 
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença 
Para aprendermos a partilhar e abençoar! 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é atento aos ensinamentos de Jesus, à discernir no meu dia para escolher entre as portas que se abrirem, a porta estreita. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp

A PALAVRA DE DEUS, FONTE INEXAURÍVEL DE VIDA.


Que inteligência poderá penetrar uma só de vossas palavras, Senhor? Como sedentos a beber de uma fonte, ali deixamos sempre mais do que aproveitamos. A palavra de Deus, diante das diversas percepções dos discípulos, oferece múltiplas facetas. O Senhor coloriu com muitos tons sua palavra. Assim quem quiser conhecê-la, pode nela contemplar aquilo que lhe agrada. Nela escondeu inúmeros tesouros, para que neles se enriqueçam todos os que a eles se aplicarem. A palavra de Deus é a árvore da vida a oferecer-te por todos os lados o fruto abençoado a semelhança do rochedo fendido no deserto que, por todo lado, jorrou a bebida espiritual. Comiam, dizia o Apóstolo, do alimento e bebiam da bebida espiritual.

Se portanto alguém alcançar uma parcela desse tesouro, não pense que este seja o único conteúdo desta palavra, mas considere que encontrou apenas uma porção do muito nela contido. Se só esta parcela esteve a seu alcance, não diga que essa palavra seja pobre e estéril, nem a despreze. Pelo contrário, visto que não pode abraçá-la totalmente, dê graças por sua riqueza. Alegra-te por seres vencido, não te entristeças por te ultrapassar. O sedento enche-se de gozo ao beber e não se aborrece por não poder esgotar a fonte, Vença a fonte a tua sede, mas não vença a tua sede a fonte. Pois, se tua sede se sacia sem que a fonte se esgote, quando estiveres novamente sedento dela poderás beber. Se, porém, saciada tua sede também se secasse a fonte, tua vitória redundaria em mal.

Dá graças então, pelo que recebeste. Pelo que ainda restou e transbordou não te entristeças. Aquilo que recebeste e a que chegaste é a tua parte. O que sobrou é tua herança. Se, por fraqueza tua, em uma hora não consegues entender, em outras horas, se preservares, poderás recebê-lo. Não te esforces, com maligna intenção, por beber de um só trago aquilo que não pode ser tomado de uma vez. Não desistas, por indolência, de tomá-lo aos poucos.
Eduardo Rocha Quintella
Fraternidade S. J. da Cruz OCDS- BH Adorador noturno Boa Viagem

A VIVÊNCIA DO EVANGELHO NA VIDA CRISTÃ


O Papa João Paulo II centra a sua reflexão sobre Deus Criador e Senhor da Vida (em uma reflexão teológica sobre Cristo, a “Palavra de Vida”, a própria vida é fonte de vida eterna. Este enfoque cristológico se enquadra no projeto do Concílio Vaticano II (GS 22). João Paulo II entende esclarecer os problemas humanos à luz de Cristo (Del Pozo Abejón:1996,314). A Encíclica Evangelium Vitae é uma síntese bíblico-patrística da reflexão de Cristo novo e definitivo Adão. A reflexão é calcada na Gaudium et Spes 22. Este número é a tese central da antropologia cristológica do Vaticano II. O mistério humano só pode ser esclarecido à luz do mistério de Cristo, por dois motivos:

1º) Adão, o primeiro homem, é figura do segundo e definitivo Adão, Jesus Cristo. O último Adão é a raiz, o fim e o critério definitivo para explicar o primeiro.

2º) A revelação de Deus por Cristo implica a manifestação ao próprio homem de sua vocação a de ser filho de Deus e participar na vida divina mediante a sua própria incorporação Nele pelo Espírito Santo. A teologia se faz antropologia e a antropologia se faz completamente teológica. Visto que através de Cristo é capaz de incluir no discurso sobre Deus também a pessoa humana, e descobrir assim a mais profunda unidade teológica. O texto da Gaudium et Spes é a chave para interpretar a teologia da Encíclica em questão. O seu ponto de partida é o Evangelho.

O Evangelho não é uma simples reflexão, mesmo se original e profunda, sobre a vida humana; nem é apenas um preceito destinado a sensibilizar a consciência e provocar mudanças significativas na sociedade; tampouco é a ilusória promessa de um futuro melhor. O Evangelho é uma realidade concreta e pessoal, porque consiste no anúncio da própria pessoa de Jesus. Ao apóstolo Tomé e nele a cada homem, Jesus apresenta-se com estas palavras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”(Jo 14, 6). A mesma identidade foi referida a Marta, irmã de Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais”(Jo 11, 25-26). Jesus é o Filho que, desde toda a eternidade, recebe a vida do Pai (cf. Jo 5,26) e veio estar com os homens, para os tornar participantes deste dom: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”(Jo 10, 10).

Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos por causa das ofensas e calúnias das quais são vítimas no trabalho evangelizador. O Evangelho nos mostra que não deve ser essa a atitude dos discípulos de Jesus. Jesus simplesmente continua a sua caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as dores de todos os que encontra pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a todos com compaixão e preocupando-se porque são como ovelhas que não têm pastor. Assim também devemos ser nós, não devemos viver preocupados com as calúnias que nos são dirigidas, mas sim preocupados em fazer o bem.

O episódio de Marta e Maria (Lc 10,38-42) é dos mais incompreendidos do Evangelho. Análises apressadas estabeleceram um contraste entre a vida ativa (Marta que se ocupa dos afazeres da casa) e a vida contemplativa (Maria sentada aos pés de Jesus, à escuta de sua palavra). E mais: a vida contemplativa seria superior, em termos cristãos, à vida ativa. Tal Interpretação não faz sentido. A fé cristã, bem mais que uma crença em determinadas verdades, é uma prática de vida. Para Jesus, a entrada no Reino está reservada não àqueles que proclamam a glória de Deus, e sim aos que realizam sua vontade. Mas o que significa a afirmação de que Maria escolheu a parte melhor? A preocupação parece voltada para a urgência do momento. A presença do Mestre exige que a atitude de escuta tenha prioridade absoluta. Há outra passagem do Evangelho que revela a mesma perspectiva. Quando escribas e fariseus reclamam de Jesus que seus discípulos não praticam o jejum, a resposta é surpreendente: como haveriam de jejuar enquanto o noivo está com eles? Quando este Lhes for tirado, haverão de jejuar. Muitas pessoas desperdiçam a vida na banalidade justamente porque não conseguem compreender que as prioridades não podem ser estabelecidas previamente. Captar a eternidade no efêmero do momento que passa: eis aí um sinal de sabedoria.
Eduardo Rocha Quintella
Fraternidade S. J. da Cruz - O.C.D.S – B.H. –
Adorador Noturno da Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem - B.H.

A JUVENTUDE


Carta de São João Bosco à juventude:

'O demônio tem normalmente duas artimanhas principais para afastar da virtude os jovens. A primeira consiste em persuadí-los de que o serviço de Deus exige uma vida triste sem nenhum divertimento nem prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer ao mesmo tempo quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres, para que vocês possam exclamar com o santo profeta Davi:'Sirvamos ao Senhor na santa alegria'.

A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-los conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram prender por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Se se tratasse de fazer um pacto com a morte e de esperar até então... Mas, a vida e a morte estão entre as mãos de Deus que dispõe de tudo a seu bel-prazer.

E mesmo se Deus lhes concedesse uma longa vida, escutai, entretanto, sua advertência: 'o caminho do homem começa na juventude, ele o segue na velhice até a morte'. Ou seja, se, jovens, começamos uma vida exemplar, seremos exemplares na idade adulta, nossa morte será santa e nos fará entrar na felicidade eterna.

Se, pelo contrário, os vícios começam a nos dominar desde a juventude, é muito provável que eles nos manterão em escravidão toda a nossa vida até a morte, triste prelúdio a uma eternidade terrível.

Para que esta infelicidade não lhes aconteça, eu lhes apresento um método de vida alegre e fácil, mas que lhes bastará para se tornarem a consolação de seus pais, a honra de pátria de vocês, bom cidadãos da terra, em seguida felizes habitantes do céu...

Meus caros jovens, eu os amo de todo o meu coração e basta-me que vocês sejam jovens para que eu os ame extraordinariamente. Eu lhes garanto que vocês encontrarão livros que lhes foram dirigidos por pessoas mais virtuosas e mais sábias que em muitos pontos, mas dificilmente vocês poderão encontrar algum que o ame mais que eu em Jesus Cristo e deseja mais a felicidade de vocês.

Conservem no coração o tesouro da virtude, porque possuindo-o vocês têm tudo, mas se o perderem, vocês se tornarão os homens mais infelizes do mundo. Que o Senhor esteja sempre com vocês e que Ele lhes conceda seguir os simples conselhos presentes, para que vocês possam aumentar a glória de Deus e obter a salvação da alma, fim supremo para o qual fomos criados. Que o Céu lhes dê longos anos de vida feliz e que o santo temor de Deus seja sempre a grande riqueza que os cumule de bens celestes aqui e por toda a eternidade.

Vivam contentes e que o Senhor esteja com vocês.

Seu muito afeiçoado em Jesus Cristo.
João Bosco - Sacerdote

27 de outubro de 2012

EVANGELHO PARA SÁBADO E DOMINGO

Ano B - Dia: 27/10/2012 Sábado
Os cuidados de Deus
Lc 13,1-9
Naquela mesma ocasião algumas pessoas chegaram e começaram a comentar com Jesus como Pilatos havia mandado matar vários galileus, no momento em que eles ofereciam sacrifícios a Deus. Então Jesus disse: 
- Vocês pensam que, se aqueles galileus foram mortos desse jeito, isso quer dizer que eles pecaram mais do que os outros galileus? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram. E lembrem daqueles dezoito, do bairro de Siloé, que foram mortos quando a torre caiu em cima deles. Vocês pensam que eles eram piores do que os outros que moravam em Jerusalém? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram. 
Então Jesus contou esta parábola: 
- Certo homem tinha uma figueira na sua plantação de uvas. E, quando foi procurar figos, não encontrou nenhum. Aí disse ao homem que tomava conta da plantação: "Olhe! Já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira e não encontro nenhum. Corte esta figueira! Por que deixá-la continuar tirando a força da terra sem produzir nada?" Mas o empregado respondeu: "Patrão, deixe a figueira ficar mais este ano. Eu vou afofar a terra em volta dela e pôr bastante adubo. Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la." 

Leitura Orante 
- A mim e a você que navegamos neste ambiente virtual, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 
Preparo-me para a Leitura, rezando: Oração de São Patrício 
Levanto-me, neste dia que amanhece, 
Por uma grande força da SantíssimaTrindade, 
Levanto-me neste dia que amanhece, 
Pela força de Deus a me sustentar, 
Pela força de Deus a me amparar, 
Pela sabedoria de Deus a me guiar, 
Pelo olhar de Deus a vigiar meu caminho, 
Pelo ouvido de Deus a me escutar, 
Pela Palavra de Deus a me falar, 
Pela mão de Deus a me guardar, 
Pelo caminho de Deus à minha frente, 
Pelo escudo de Deus que me protege. 
Cristo comigo, Cristo à minha frente, Cristo atrás de mim, 
Cristo em mim, Cristo embaixo de mim, Cristo acima de mim, 
Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda, 
Cristo ao me deitar, 
Cristo ao me sentar, 
Cristo ao me levantar, 
Cristo no coração de todos os que pensarem em mim, 
Cristo na boca de todos que falarem em mim, 
Cristo em todos os olhos que me virem, 
Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem. 
Levanto-me, neste dia que amanhece, 
Por uma grande força da Santíssima Trindade. 
(São Patrício, séc. V) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Lc 13,1-9, e observo pessoas que comentam com Jesus sobre a necessidade de arrependimento dos pecados e de contínua conversão do coração. 
Num mundo em que se busca justificativa para tudo e isenção das culpas mais evidentes, falar em arrependimento, significando admitir que se cometeu erro e se busca um processo de reconhecimento e de conversão, parece muito difícil. Parece até "fora de moda". No entanto, é a proposta do Reino, é o que fala Jesus ao povo. Na narração do Evangelho de Lucas o que para os galileus foi uma desgraça passou a ser uma advertência aos demais. No Salmo 50 já se recitava: "Atenção, vós que esqueceis a Deus (...) A quem corrige sua conduta, eu farei desfrutar a salvação de Deus" (VV. 22 e 24). A parábola contada pelo Mestre, aponta para a paciência de Deus que espera e que cerca de cuidados a figueira que não produz frutos. Ele "afofa a terra em volta dela", ou seja, oferece-lhe possibilidades. Põe "bastante adubo", quer dizer, apresenta-lhe incentivos que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência. Deus é representado neste homem que espera frutos de sua figueira. O tempo de Jesus Mestre não é só de admoestação, mas de oportunidade de conversão, de salvação. O texto fala de 3 anos de improdutividade da figueira. Deus é infinitamente paciente, mas cada árvore - cada um de nós - pode esgotar seu tempo de tolerância. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Como vejo as catástrofes no mundo de hoje? Os tsunamis, as enchentes, as secas, os terremotos? 
Como está meu processo de conversão? Admito que erro, que preciso viver um processo contínuo de conversão? Minha figueira tem produzido frutos? Quais são os adubos na minha vida? 
Os bispos em Aparecida falaram de quatro eixos que devem ser reforçados na Igreja. O primeiro deles é a conversão. Dizem: 
" Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um "encontro pessoal com Jesus Cristo", uma experiência religiosa profunda e intensa, um anúncio kerigmático e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral " (DAp 226, a). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo com todos os internautas e 
com toda a Igreja as 
Invocações a Jesus Mestre 
Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida: 
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai a minha fé. 
Jesus Mestre, libertai-me do erro, 
dos pensamentos inúteis e das trevas eternas. 
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, 
tudo vos ofereço e de vós tudo espero. 
Jesus, caminho de santidade, tornai-me vosso fiel seguidor. 
Jesus Caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está no céu. 
Jesus Vida, vivei em mim para que eu viva em vós. 
Jesus Vida, não permitais que eu me separe de vós. 
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor. 
Jesus Verdade, que eu seja luz para o mundo. 
Jesus Caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante das pessoas. 
Jesus Vida, que minha presença contagie a todos 
com o vosso amor e a vossa alegria. 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. 
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que me impede de dar frutos. 
Vou demonstrar pela vida que vivo em contínua conversão. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ano B - Dia: 28/10/2012 Domingo
Bartimeu começou a ver e seguiu Jesus
Mc 10,46-52
Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Jericó. Quando ele estava saindo da cidade, com os discípulos e uma grande multidão, encontrou um cego chamado Bartimeu, filho de Timeu. O cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu alguém dizer que era Jesus de Nazaré que estava passando, o cego começou a gritar: 
- Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim! 
Muitas pessoas o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca, mas ele gritava ainda mais: 
- Filho de Davi, tenha pena de mim! 
Então Jesus parou e disse: 
- Chamem o cego. 
Eles chamaram e lhe disseram: 
- Coragem! Levante-se porque ele está chamando você! 
Então Bartimeu jogou a sua capa para um lado, levantou-se depressa e foi até o lugar onde Jesus estava. 
- O que é que você quer que eu faça? - perguntou Jesus. 
- Mestre, eu quero ver de novo! - respondeu ele. 
- Vá; você está curado porque teve fé! - afirmou Jesus. 
No mesmo instante, Bartimeu começou a ver de novo e foi seguindo Jesus pelo caminho. 

Leitura Orante 
Saudação 
- A nós, reunidos pela rede da internet, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 
Preparo-me para a Leitura, rezando: 
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, 
aqui reunidos para melhor meditar 
e comungar com a vossa Palavra. 
Sois o Mestre e a Verdade: 
iluminai-nos, para que melhor 
compreendamos as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: 
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: 
transformai nosso coração em terra boa, 
onde a Palavra de Deus 
produza frutos abundantes de santidade e missão.
 (Bv. Alberione) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 10,46-52, e observo pessoas, Jesus e o cego Bartimeu. 

Bartimeu, cego, marginalizado, "sentado à beira do caminho, pedindo esmola", percebe o que outros não percebem: Jesus de Nazaré que passa. A sua fé, mesmo se imperfeita, é um órgão mais luminoso do que a vista dos que enxergavam. É através desta fé que ele receberá de Jesus o dom da recuperação da visão. Curado "porque teve fé", Bartimeu "segue" Jesus pelo caminho. O itinerário deste cego é um forte testemunho de fé, iluminação, chamado e seguimento do Mestre. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
A minha vivência da fé em Jesus Cristo é para ser comunicada. Como dizem os bispos da América Latina: 
"Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43)." (DAp 32). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo com o bem-aventurado Alberione: 
Jesus Mestre, 
disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai. 
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo! 
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, 
porque és o único caminho para o Pai. 
Faze-nos crescer no teu amor,para que sejamos, 
como o apóstolo Paulo testemunhas vivas do teu Evangelho. 
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, 
guardaremos tua Palavra, 
meditando-a no coração. 
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós. 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. 
uma nova visão no meu modo de pensar e agir, conforme o Projeto de Jesus Mestre. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patricia Silva, fsp

O EXTERIOR REFLETE O INTERIOR


Tudo aquilo que está em nosso meio pode dizer muito de como está o nosso coração. Também somos responsáveis pelo ambiente que nos cerca. Existe um “clima” que é somatória dos aspectos emocionais – bons sentimentos ou tensões - e materiais - disposição dos objetos e impressão visual dos mesmos.

Nas coisas que possuímos ou utilizamos ficam impregnadas a nossa marca, são como que uma extensão do dono. Por exemplo: É fácil o acesso à pesquisas em que encontramos resultados que ligam a cor do automóvel com o temperamento do proprietário, a estampa da roupa com o ânimo no dia de quem a veste.

Não como via de regra, mas, quando observamos em alguém, um desleixo com seus pertences e sua própria apresentação e asseio, pode ser um indicativo de que esse indivíduo está deixando de acreditar e de gostar de si mesmo. Um dos sintomas da depressão é a pessoa não reagir e não se importar muito com nada que o circunda.

Então, a via inversa também pode ser um meio de começar a organizar o interior. Se estamos desanimados, se chegamos a conclusão de que necessitamos de uma cura interior, à partir de cuidados com coisas que utilizamos e deixam um ambiente mais agradável, podemos iniciar esse processo de reorganizar a casa do coração. Arrumar a cama, pintar a casa, desfazer-se de roupas que não mais usamos, tirar papéis velhos da gaveta, criar a coragem de jogar fora fotos de relacionamentos passados e que não nos fizeram bem, desentulhar as coisas que estão naquele cômodo dos fundos, e claro, o cuidado consigo mesmo, são o pontapé inicial para muitas mudanças no todo da vida e um gesto concreto e material de renunciar aos desacertos.

Há muitas coisas guardadas em nossas casas, no escritório, na garagem, que correspondem a tralhas antigas no coração. Algumas tem ligação direta, são lembrancinhas para um saudosismo, mas, outras coisas significarão somente a vontade de uma vida nova, de mudança.
Faça hoje sua reflexão! O que tenho comigo que não me faz crescer?

Ainda que num primeiro momento tenhamos que fazer um grande esforço para começarmos a faxina da alma (pois somos apegados até mesmo aos males sofridos) o resultado será compensador. Quando nos darmos conta, até mesmo sensações feridas e a autoestima podem melhorar e muito.

Com toda certeza, não é modificando o exterior que preencheremos de sentido a nossa alma, mas, faz parte do processo de revigoramento interior que nosso coração transborde em alegria ao que nos circunda. 

Boa faxina!
Sandro Ap. Arquejada

CREIO NA SANTA IGREJA


O Ano da Fé nos introduz num campo muito interior do nosso eu. Dar crédito, sobretudo no âmbito religioso, é aninhar no centro do coração proposições impossíveis de verificar pela experiência cotidiana. (P. ex. que Jesus é o Filho de Deus). São acolhidas em plena liberdade, pois a inteligência reconhece a razoabilidade dos artigos em questão. 

Nós cristãos, mesmo em temas de grande importância, podemos ter uma grande margem de opiniões, que não exigem adesões de fé. Por exemplo, nós devemos ter firme fé que Jesus ressuscitou. Mas temos um largo campo de opiniões, para explicar como se realizou tal fenômeno.

Aceitar Jesus Cristo é o ponto fulcral, que o Espírito nos concede. Por tal graça, aceitamos na paz tranqüila da alma, as verdades que a mãe Igreja propõe a seus filhos. No Credo nós não criamos uma lista de verdades, segundo o nosso desejo pessoal. Mas aceitamos, de coração, tudo aquilo que a comunidade católica professa em público. São Paulo preceitua que entre nós deve haver “um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Ef. 4,5). Não é possível livrar o coração de dúvidas. Nas verdades essenciais devemos aplicar-nos a um diligente estudo, para reduzir ao mínimo nossas vacilações interiores. Desde os primeiros séculos do Cristianismo, foram elaborados “símbolos” da fé. Estes não contém a totalidade de tudo o que devemos crer. Mas nos levam a ter um coração dócil, para ultrapassar caprichos, e deixar de afagar opiniões de pura auto-afirmação. Não caiamos na teimosia de cultivar artigos de fé inexistentes, ou de rechaçar verdades eternas. Isso poderia nos levar a cair na repreensão do salmista que diz: “Para os ímpios não há conversão” (Sl. 119,155).

Mas professemos de coração o que proclamamos no credo: “Creio na Santa Igreja Católica”. Entretanto devemos saber fazer uma distinção. No símbolo da fé não manifestamos crença em coisas. Cremos só em pessoas. E como fica então isso de crer na Igreja? É que no Credo, antes de manifestar a nossa firme caminhada com a Igreja de Cristo, nós exclamamos “creio no Espírito Santo”. É Nele que nós cremos quando dirige a Igreja Católica, quando estabelece a comunhão entre os Santos, quando nos garante participar da vida eterna.
Dom Aloísio Roque Oppermann scj
Arcebispo Emérito de Uberaba 

ESTÁ SENTADO A DIREITA DO PAI

A Igreja ensina que a partir da Ascensão, o volta de Cristo na glória pode acontecer a qualquer momento, embora não nos "caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade" (At 1,7). Este acontecimento está "retido", bem como a provação final que há de precedê-lo. (§673)

A volta de Cristo na glória depende a todo momento da história do reconhecimento dele por "todo Israel". Diz São Paulo aos romanos que uma parte desse Israel se "endureceu" (Rm 5) na "incredulidade" (Rm 11,20) para com Jesus, o que São Pedro confirmou aos judeus de Jerusalém depois de Pentecostes (At 3,19-21). São Paulo explica que: "Se a rejeição deles resultou na reconciliação do mundo, O que será o acolhimento deles senão a vida que vem dos mortos?" A entrada da "plenitude dos judeus" na salvação messiânica, depois da "plenitude dos pagãos, dará ao Povo de Deus a possibilidade de "realizar a plenitude de Cristo" (Ef 4, 13), na qual "Deus ser tudo em todos" (1Cor 15,28). 

A Igreja sabe que antes da Parusia, a volta gloriosa de Cristo, ela sofrerá uma terrível provação que provará a fé dos seus filhos. O Catecismo diz claramente que: “Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra" desvendará o "mistério de iniquidade" sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um pseudo-messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de seu Messias que veio na carne” (§675). Cristo Senhor já reina pela Igreja, mas ainda não lhe estão submetidas todas as coisas deste mundo. O triunfo do Reino de Cristo não se dará sem uma última investida das potências do mal. Esta ação do anticristo no mundo se manifestou algumas vezes com algum movimento que pretendia realizar na história a esperança messiânica que só pode realiza-se para além dela, depois do Juízo Final. A Igreja rejeitou, por exemplo, esta falsificação do Reino vindouro sob o nome de milenarismo, sobretudo sob a forma política de um messianismo secularizado, "intrinsecamente perverso". (§676)

Fica claro que o Reino não se realizará por um triunfo histórico da Igreja,mas por uma vitória de Deus sobre o a última ação do mal. Assim como os profetas e João Batista, Jesus anunciou o Juízo do último Dia, onde será revelada a conduta de cada um e o segredo dos corações. Serão condenados aqueles que por incredulidade culpada não corresponderam á graça oferecida por Deus, e atitude de caridade em relação ao próximo: "Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40). Cristo virá na glória para realizar o triunfo definitivo do bem sobre o mal e separar o trigo do joio, crescido juntos ao longo da história. 

O direito de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence a Cristo porque é o Redentor do mundo. Ele "adquiriu" este direito por sua Cruz. O Pai entregou "todo o julgamento ao Filho" (Jo 5,22). “É pela recusa da graça nesta vida que cada um já se julga a si mesmo recebe de acordo com suas obras e pode até condenar-se para a eternidade ao recusar o Espírito de amor”(679). 
Felipe Aquino - Canção Nova

24 de outubro de 2012

EVANGELHO PARA QUARTA E QUINTA-FEIRA

 
Ano B - Dia: 24/10/2012 Quarta-feira

O empregado fiel e o infiel

Lc 12,39-48
Lembrem disto: se o dono da casa soubesse a que hora o ladrão viria, não o deixaria arrombar a sua casa. Vocês, também, fiquem alertas, porque o Filho do Homem vai chegar quando não estiverem esperando.
Então Pedro perguntou:
- Senhor, essa parábola é só para nós ou é para todos?
O Senhor respondeu:
- Quem é, então, o empregado fiel e inteligente? É aquele que o patrão encarrega de tomar conta da casa e de dar comida na hora certa aos outros empregados. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que, de fato, o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas imaginem o que acontecerá se aquele empregado pensar que o seu patrão está demorando muito para voltar. E imaginem que esse empregado comece a bater nos outros empregados e empregadas e a comer e a beber até ficar bêbado. Então o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os desobedientes vão.
- O empregado que sabe qual é a vontade do patrão, mas não se prepara e não faz o que ele quer, será castigado com muitas chicotadas. Mas o empregado que não sabe o que o patrão quer e faz alguma coisa que merece castigo, esse empregado será castigado com poucas chicotadas. Assim será pedido muito de quem recebe muito; e, daquele a quem muito é dado, muito mais será pedido.


Leitura Orante
Saudação
- A nós, que nos encontramos nesta rede virtual, em torno da Palavra, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 12,39-48, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus continua recomendando vigilância e fidelidade. O ladrão costuma vir à noite. A surpresa, normalmente, é seu recurso. Pedro fica em dúvida se a parábola é só para os discípulos ou é para todos. Na verdade, embora a vigilância seja coletiva (da casa), aplica-se a cada pessoa. Na parábola do texto de hoje, Jesus fala do empregado encarregado da casa e dos outros empregados. Poderá ser fiel ou abusar de seu cargo, sendo autoritário com seus dependentes e agindo com permissividade. O desconhecimento das ordens do patrão é atenuante: "será castigado com poucas chicotadas". O que sabe qual é a vontade do patrão e não se prepara, nem faz o que ele quer, será castigado. Podemos concluir que ele próprio se condena
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Os bispos, em Aparecida, falaram da fidelidade a Jesus Mestre e de como o encontrá-lo: "Também o encontramos de um modo especial nos pobres, aflitos e enfermos (cf. Mt 25,37-40), que exigem nosso compromisso e nos dão testemunho de fé, paciência no sofrimento e constante luta para continuar vivendo. Quantas vezes os pobres e os que sofrem realmente nos evangelizam! No reconhecimento desta presença e proximidade e na defesa dos direitos dos excluídos encontra-se a fidelidade da Igreja a Jesus Cristo. O encontro com Jesus Cristo através dos pobres é uma dimensão constitutiva de nossa fé em Jesus Cristo. Da contemplação do rosto sofredor de Cristo neles148 e do encontro com Ele nos aflitos e marginalizados, cuja imensa dignidade Ele mesmo nos revela, surge nossa opção por eles. A mesma união a Jesus Cristo é a que nos faz amigos dos pobres e solidários com seu destino." (DAp 257).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo ao Mestre Jesus, neste mês dedicado a ele:
Jesus, divino Mestre,
nós vos adoramos, Verbo feito carne, enviado pelo Pai,
para ensinar aos homens a verdade que dá a vida.
Sois a verdade incriada, o único Mestre.
"Somente vós tendes palavras de vida eterna".
Nós vos louvamos e agradecemos, porque nos concedestes
a luz da inteligência e da fé
e nos chamastes à luz da glória.
Nós cremos e abrimos nossa inteligência e todo o nosso ser
para aceitar e viver a vossa palavra
tudo o que nos ensinais por meio da Igreja.
Mostrai-nos, ó Senhor e Mestre,
os tesouros da vossa sabedoria.
Fazei que conheçamos o Pai
e sejamos vossos discípulos autênticos.
Aumentai nossa fé,
para que vos possamos contemplar eternamente no céu.
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou assumir uma atitude de prontidão e atenção às manifestações de Deus.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Ano B - Dia: 25/10/2012 Quinta-feira
Oção por Jesus
Lc 12,49-53
Jesus continuou:
- Eu vim para pôr fogo na terra e como eu gostaria que ele já estivesse aceso! Tenho de receber um batismo e como estou aflito até que isso aconteça! Vocês pensam que eu vim trazer paz ao mundo? Pois eu afirmo a vocês que não vim trazer paz, mas divisão. Porque daqui em diante uma família de cinco pessoas ficará dividida: três contra duas e duas contra três. Os pais vão ficar contra os filhos, e os filhos, contra os pais. As mães vão ficar contra as filhas, e as filhas, contra as mães. As sogras vão ficar contra as noras, e as noras, contra as sogras.

Leitura Orante
Saudação
- A nós, que nos encontramos neste momento, neste espaço virtual, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,aqui reunidos
(pela grande rede da internet),
para meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos,
para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
Onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes
de santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Lc 12,49-53, e escuto as palavras de Jesus Mestre.

Jesus fala que veio "pôr fogo na terra" e que "tem de receber um batismo". Fala de divisão dentro da família. O Reino que ele anuncia cria rupturas. Jesus gostaria que o Reino fosse aceso. Mas, sua proposta não é aceita por todos. As pessoas podem ignorá-la e até, rejeitá-la. Diante de Jesus as pessoas deverão tomar posição. O batismo pelo qual Jesus diz que está aflito trata-se de sua Paixão e Morte e Ressurreição.
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
O que o texto me diz no momento? Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? Os bispos, em Aparecida, recordaram que Deus nos resgata e sempre nos dá chance para assumir o Reino: "Reconhecemos que, ocasionalmente, alguns católicos se têm afastado do Evangelho, o qual requer um estilo de vida mais simples, austero e solidário, mais fiel à verdade e à caridade, como também nos tem faltado valentia, persistência e docilidade à graça de prosseguir, fiel à Igreja de sempre, a renovação iniciada pelo Concílio Vaticano II, impulsionada pelas Conferências Gerais anteriores, e para assegurar o rosto latino-americano e caribenho de nossa Igreja. Reconhecemo-nos como comunidade de pobres pecadores, mendicantes da misericórdia de Deus, congregada, reconciliada, unida e enviada pela força da Ressurreição de seu Filho e pela graça de conversão do Espírito Santo." (DAp 100h).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo com toda a Igreja a Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, cuja festa hoje celebramos:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo,
eu vos adoro, louvo e vos dou graças
pelos benefícios que me fizestes.
Peço-vos, por tudo o que fez e sofreu Santo Antônio de Sant'Anna Galvão,
que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade,
e vos digneis conceder-me a graça que ardentemente desejo. Amém.
1 Pai-Nosso, 1 Ave-Maria e 1 Glória ao Pai
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Faço uma verdadeira opção por Jesus Cristo e seu Evangelho.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Irmã Patricia Silva, fsp

AMAR É DECISÃO


Amar é mudar a alma de casa.” (Mário Quintana)

O autor dessa frase, Mário Quintana, consegue de maneira muita real mostrar o quão verdadeiro é o Amor com que somos chamados a amar. Quem ama, necessariamente tem que sair do seu comodismo e mudar, “mudar de casa”. O Amor, exige de nós um desprendimento. Se não sairmos de nós mesmos em direção ao objeto do Amor, não amamos, mas seremos sempre egoístas, querendo que o amor nos sirva, nos console.

O ato de amar é característica dos fortes, de pessoas que conseguem dominar e conduzirem a própria vida, suas próprias escolhas. Amar sempre é uma ação, nunca nos deixa inertes, mas antes nos desafia a construirmos algo, ou melhor alguém. Quem que você hoje, com a sua capacidade de amar, está construindo? Cristo, por excelência amou-nos e mostrou-nos como devemos amar de maneira ativa: dando a vida, vivendo por aqueles que ama. Não existe ninguém indiferente ao amor. Todos nós, não da mesma maneira, procuramos pelo amor. Muitos namoros não duram exatamente por que os namorados não têm a coragem de se darem, mas esperam sempre que isso parta do outro. Se nossa alma não “mudar de casa”, se não quisermos viver um relacionamento onde o respeito pelo outro vier em primeiro lugar, onde não procuremos amar a pessoa como ela precisa ser amada, se não vencermos os nossos egoísmos e limites, a nossa maneira de amar será doente ou no mínimo precária.

No dia de hoje, qual a qualidade do seu “amar”? Qual o sentido na sua vida dessa decisão, pois amor passa pelo sentimento, mas ele se torna autêntico quando passa a ser uma decisão. “Independente do que passemos juntos, eu me decido a te amar e a estar contigo! Com você sei que vale à pena!”

É desafiante sair do nosso comodismo, olhar para um “tu” e ver nele a possibilidade da construção da minha personalidade mediante a minha doação a essa pessoa. Mas ao mesmo tempo como é maravilhoso, depois de todo esse trabalho, olhar para tudo o que se passa pelo outro que amamos e percebermos como não somos mais dois, mas uma só alma!

Deus abençoe!
Luis Filipe - Com. Canção Nova

IDE POR TODO O MUNDO


Estamos terminando o mês de outubro, mês das missões. Os cristãos sempre tiveram consciência que Cristo os empenham numa missão que deverá durar até o fim dos tempos: anunciar Jesus como Senhor e Salvador e propor a todos os povos a conversão ao Evangelho, recebendo o Batismo e ingressando na Igreja de Cristo.

É interessante como esta ideia, tão simples, tão fundamental e presente no Novo Testamento, hoje parece estranha e impertinente a muitos cristãos, que pensam que anunciar o Evangelho e desejar que outros povos e pessoas se convertam ao Cristo seria um desrespeito a outras religiões e uma prepotência inaceitável da parte dos cristãos. Pensam, estes cristãos, que se todas as religiões são boas, para que converter seus adeptos? Pensam também que Cristo é o principal revelador do Pai, mas não é o único: nas outras religiões, também há uma revelação de Deus e nenhuma crença pode pensar que é a única que revela a verdade.

Segundo esta tese, Buda, Maomé, Confúcio e outros mestres religiosos são também reveladores de Deus... Assim, vai morrendo o ardor missionário em muitos irmãos nossos, num flagrante desrespeito à ordem tão clara e direta do Senhor e dos Apóstolos: “Ide, proclamai, ensinai, fazei discípulos!” – Seguindo o raciocínio desses cristãos cristãos, nós, brasileiros, seríamos hoje ainda adeptos da religião dos índios e dos africanos....

Em dois importantes documentos atuais o Magistério da Igreja rebate e desaprova totalmente esta visão: a Encíclica Redemptoris Missio (RM), do Santo Padre João Paulo II, e a Declaração Dominus Iesus (DI), da Congregação para a Doutrina da Fé. A convicção da Igreja é a seguinte:

(1) “Cristo é o único salvador de todos, o único capaz de revelar e de conduzir a Deus... A salvação só pode vir de Jesus Cristo. Os homens somente poderão entrar em comunhão com Deus por meio de Cristo, e sob a ação do Espírito. Se não excluem mediações participadas de diversos tipos e ordem, todavia elas recebem significado e valor unicamente de Cristo, e não podem ser entendidas como paralelas ou complementares desta” (RM 5).
A ideia é clara: somente em Cristo há salvação e os não-cristãos podem até salvar-se, mas porque Cristo morreu por todos, por toda a humanidade. Todo aquele que siga retamente sua consciência, de certo modo está dizendo “sim” a Cristo, Verbo do Pai. Nenhum fundador de religião pode ser colocado no mesmo nível de Cristo. Se algo de bom tais mestres ensinaram, foi sob a ação do Espírito de Cristo, que enche a face da terra. No entanto, são fragmentos de verdade, ordenados à plenitude que somente em Cristo se realiza!


(2) Também é errado afirmar: “Tudo bem, o Filho de Deus, Verbo eterno, é a verdade plena. Mas Jesus, Verbo feito homem, encarnado, não poderia ser revelador de toda a verdade, pois é apenas um ser histórico, preso no tempo, no espaço, numa cultura particular. Assim, o cristianismo, ligado ao Jesus da história, não pode pensar que tem a plenitude da revelação. Ora, o Papa previne: “É contrário à fé cristã introduzir qualquer separação entre o Verbo divino e Jesus Cristo. O Verbo, que no princípio estava com Deus, é o mesmo que se fez carne” (RM 6). Em outras palavras: o Verbo eterno, único e completo revelador do Pai, é Jesus de Nazaré. O Verbo e Filho eterno encarnou-se pessoalmente em Jesus! Portanto, no Filho feito homem está a plenitude da verdade e da vida!

(3) Além do mais, anunciar a verdade de Jesus não desrespeita a religião de ninguém: “O anúncio e o testemunho de Cristo, quando feitos no respeito das consciências, não violam a liberdade” (RM 7). A fé não deve nunca ser imposta, mas deve ser sempre proposta com coragem, convicção e honestidade. Nós cremos que Jesus é o único Salvador da humanidade e seria uma traição calar isto. A Igreja tem o dever de servir a humanidade anunciando integral e lealmente o Evangelho, com toda a sua radicalidade.

A missão será sempre uma urgência e uma missão permanentes da Igreja: não é propaganda, mas missão e serviço que nascem do próprio mandato de Cristo. Terminemos com as palavras do próprio Papa:

“Por quê a missão? Porque para nós foi-nos dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo (Ef 3,8). A Igreja, e nela cada cristão, não pode esconder nem guardar para si esta novidade e riqueza, recebida da bondade divina para ser comunicada a todos os homens. Aqueles que estão incorporados na Igreja católica devem sentir-se privilegiados, e, por isso mesmo, mais comprometidos a testemunhar a fé e a vida cristã como serviço aos irmãos e resposta devida a Deus...” (RM 11).
Dom Henrique Soares da Costa

VERDADEIRAS E FALSAS CRUZES


Há um fato indiscutível, e é que o sofrimento é nosso companheiro ao longo de todo o caminho da vida. E há um segundo fato, igualmente incontestável: conforme as pessoas - conforme a qualidade da alma das pessoas -, o sofrimento esmaga ou faz crescer, destrói ou amadurece.

Essa ambivalência da dor - que pode edificar ou arrasar - indica às claras que o problema, para qualquer ser humano, não reside no sofrimento que Deus envia ou permite que apareça na nossa vida, mas na atitude com que aceitamos ou rejeitamos essa cruz, que Deus nos propõe abraçar. Como sucedeu junto de Cristo no Calvário, a cruz rejeitada afundou o mau ladrão, e a cruz aceitada com humildade, com fé e com amor, salvou o bom.

Mas, ao lado dessas cruzes enviadas ou permitidas por Deus há outras que nem Deus quer nem nós queremos, mas aparecem. São as “falsas cruzes”, que nada trazem de bom. Em que consistem?

Trata-se das “cruzes” que nós mesmos “fabricamos”, “inventamos”, e que nunca deveriam ter existido. São as que aparecem só como conseqüência da nossa mesquinhez e dos nossos defeitos. A pessoa egoísta, ciumenta, invejosa, teimosa…, sofre muito e faz sofrer os outros. Mas esses sofrimentos não são “cruzes”, no sentido cristão da palavra. São apenas a destilação amarga do nosso egoísmo. Com certeza não são a vontade de Deus; pelo contrário, trata-se de pecados mais ou menos graves, que evidentemente Deus não quer, mas nós colocamos como pedras no caminho da vida.

Se fôssemos fazer as contas, veríamos que a maioria desses sofrimentos “fabricados” indevidamente por nós brotam de uma dupla fonte: a fonte do amor-próprio e a fonte do amor pequeno.

O amor-próprio é uma fonte de péssimas cruzes. Como o orgulho nos faz sofrer! Que feridas infeccionadas não provoca! Basta uma lufada de ar - uma pequena desconsideração ou indelicadeza -, e o amor-próprio sente-se atingido como por um punhal. Uma pessoa orgulhosa é incapaz de tolerar sem ficar magoada - sem se meter num calvário de sofrimentos íntimos - a menor humilhação, mesmo a causada involuntariamente. Fica alterada, abatida; grava a mágoa na memória e a vai remoendo lá dentro; cultiva-a na imaginação, aquece-a ao fogo da autocompaixão, vai engrossando-a à força de lhe dar importância, e termina fazendo dela uma tortura insuportável.

Bastava que fosse um pouco mais humilde, que soubesse relevar minúcias, que se esforçasse um pouco por compreender, por desculpar, por oferecer a Deus as pequenas contrariedades, e não teria nem um miligrama dessa cruz ruim, que não é a cruz de Cristo.

Se a pessoa orgulhosa sofre com tormentos fabricados pelo orgulho, que dizer da invejosa? Sempre comparando-se com os outros, sente subirem-lhe ao coração ondas de melancolia, depressões enciumadas, revoltas contra a sorte e até protestos íntimos contra a Providência de Deus. Essa pessoa invejosa, que chora frustrações, foi ela própria a criadora da sua falsa “cruz”. Se tivesse um coração mais generoso, vislumbraria, feliz e agradecida - na mesma situação em que só vê infortúnios e injustiças da vida -, dez mil bondades de Deus e motivos de ação de graças, um panorama de miúdas e saborosas alegrias, que em vez de lágrimas ou revolta lhe poriam canções dentro da alma.

Vejamos agora a segunda fonte de cruzes doentias: a do amor pequeno. Já de início, poderíamos dizer que existe um sinal infalível de que o nosso amor é pequeno: o mau humor. Para quem ama pouco, toda a doação, toda a paciência, toda a compreensão solicitada pelo próximo é excessiva e aborrecida, qualquer sacrifício causa revolta ou malestar. O amor grande pratica generosidades grandes e nem se apercebe do sacrifício que faz. Como dizia Santo Agostinho: “Quando se ama, ou não se experimenta trabalho, ou o próprio trabalho é amado”.

Pelo contrário, o amor pequeno transforma uma palha numa “cruz” insuportável. Então, um sacrifício que caberia “dentro de um sorriso, esboçado por amor”, não cabe na vida e explode em forma de sofrimento irritado, com contínuos resmungos, queixas constantes e incessantes protestos. O mau humor é a sombra do amor pequeno, o sinal que o dá a conhecer.

Se olharmos de perto o que há por trás desse mau humor, veremos que, em noventa por cento dos casos, é simplesmente a pura e simples realidade da vida, com as suas incidências, lutas, dificuldades e esforços normais. Por outras palavras, o que há na raiz do mau humor é apenas a falta de aceitação da realidade, e da vontade de Deus no dia-a-dia.

É triste lamentar, como se fossem coisa do outro mundo, dificuldades que são normais. Não é nenhuma contrariedade inesperada o fato de que os outros tenham asperezas de caráter, de que o cumprimento do dever canse, de que alcançar metas profissionais custe muito, de que conseguir melhorar os nossos próprios defeitos ou os defeitos dos que nos cercam - especialmente os da mulher, do marido, dos filhos - seja algo lento e demorado. No entanto, é muito comum que, ao constatá-lo, nos sintamos indispostos, nos deixemos levar pelo aborrecimento, pela impaciência, pelo protesto, e percamos o bom humor. Reações de todo desproporcionadas e ridículas, pois lá onde nós imaginamos grandes “cruzes” está apenas a “vida”, a vida que, com um pouco mais de amor e bom humor, ficaria pontilhada de alegrias e coroada de ações de graças.

Cristo pede-nos que tomemos com amor a cruz de cada dia (Lc 9, 23), é certo, mas - lembrando o que dizia João Paulo I - essa cruz deveria ser carregada com o “sorriso cotidiano” e não fazendo dela a “tragédia cotidiana”. No entanto, muitos conseguem mudar o sorriso em tragédia. Bastam-lhes para tanto duas coisas: em primeiro lugar, amar pouco, como já víamos. Em segundo lugar, viver mergulhados num mundo de imaginações escapistas e sonhos irreais.

Muitos são os que reclamam do real - que é a vida, sempre rica em possibilidades de amar, de crescer por dentro, de fazer o bem - e passam a instalar-se, esterilmente, no mundo irreal das hipóteses: se eu tivesse essas outras condições pessoais, essa sorte, essa oportunidade profissional…; se a minha mulher fosse mais bonita, pacífica e econômica…; se o meu país tivesse uma economia mais confiável… E, assim, enquanto vivem no mundo do “tomara que”, atolam-se no que São Josemaria Escrivá chamava a “mística do oxalá”. Desse modo, estragam a realidade, que é a única que existe e que a cada instante nos oferece ocasiões de amar e de servir e, como conseqüência, de sermos felizes.

Quem reclama sem razão da cruz cotidiana perde a cruz de Deus e encontra a “cruz” do diabo. São cheias de sabedoria aquelas palavras da Imitação de Cristo que dizem: “Se levas com gosto a cruz, ela te levará. Se a levas a contragosto, acabas por torná-la mais pesada para ti e a ti mesmo te sobrecarregas. Se rejeitas uma cruz, sem dúvida encontrarás outra, e possivelmente mais pesada”.

Penso que essas reflexões podem ajudar-nos a distinguir, na nossa vida, entre as “verdadeiras” e as “falsas” cruzes. Peçamos a Deus que não nos permita atolar nas cruzes falsas, para que possamos amar as verdadeiras, que nos elevam até Deus.
Padre Francisco Faus

22 de outubro de 2012

EVANGELHO PARA SEGUNDA E TERÇA-FEIRA

Ano B - Dia: 22/10/2012 Segunda-feira
Para que acumular?
Lc 12,13-21
Um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus: 
- Mestre, mande o meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou. 
Jesus disse: 
- Homem, quem me deu o direito de julgar ou de repartir propriedades entre vocês? 
E continuou, dizendo a todos: 
- Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas. 
Então Jesus contou a seguinte parábola: 
- As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: "Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! - disse para si mesmo. - Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: 'Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se.' " Mas Deus lhe disse: "Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?" 
Jesus concluiu: 
- Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos. 

Leitura Orante
Saudação 
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 
Preparo-me para a Leitura, rezando com todos que navegam pela internet, com Santo Tomás de Aquino: 
Concede-me, Senhor meu Deus, 
uma inteligência que te conheça, 
uma vontade que te busque, 
uma sabedoria que te encontre, 
uma vida que te agrade, 
uma perseverança que te espere com confiança e 
uma confiança que te possua, enfim. Amém. 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Lc 12,13-21, e observo pessoas, palavras, relações, lugares. 
A questão que o homem, no meio da multidão, expõe, leva Jesus a esclarecer que ele não veio para resolver interesses pecuniários ou de dinheiro. Para que acumular? O Mestre mais ensina a dar e partilhar do que a reclamar direitos. E toca a raiz do que vicia as relações humanas: o ter. Um grande profeta de nosso tempo, padre Alfredinho, dizia que "o que divide a comunidade é o dinheiro". E o Salmo 49, salmo sapiencial sobre a condição do homem, recorda que a riqueza não é um seguro de vida. O rico da história que Jesus conta é um bom exemplo de confiança nas riquezas. No seu monólogo revela que seu horizonte é bastante pequeno: esta vida! A isto responde Deus: "Seu tolo. Esta noite você vai morrer". Rico para Deus é quem ajuda o próximo, como diz o livro dos Provérbios: "Quem se compadece do próximo empresta a Deus" (Pr 19,17 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Qual palavra mais me toca o coração? 
Entro em diálogo com o texto. Quais são minhas preocupações? Cuido de assegurar a mim e à minha família uma vida digna ou me preocupo demais com o ter, acumular para o futuro. Acaso o ter para mim é como um "seguro de vida"? O meu horizonte termina nesta vida ou a cada dia, vislumbro o Reino que não tem fim? 
Os bispos, em Aparecida, disseram: "Segundo a Doutrina Social da Igreja, "o objeto da economia é a formação da riqueza e seu incremento progressivo, em termos não só quantitativos, mas qualitativos: tudo é moralmente correto se está orientado para o desenvolvimento global e solidário do homem e da sociedade na qual vive e trabalha. O desenvolvimento, na verdade, não pode se reduzir a um mero processo de acumulação de bens e de serviços. Ao contrário, a pura acumulação, ainda que para o bem comum, não é uma condição suficiente para a realização de uma autêntica felicidade humana". A empresa é chamada a prestar uma contribuição maior na sociedade, assumindo a chamada responsabilidade social-empresarial, a partir dessa perspectiva". (DAp 69). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo com Charles de Foucauld: 

Rezar é pensar em Deus, amando-o 
Senhor, fala ao meu coração, 
vem com tua ternura, 
com a gentileza dos teus gestos 
que não impõem nada às minhas decisões, 
com atenção aos detalhes, 
como sabes fazer, 
com a divertida ironia 
com que me levas na flauta, 
com a decisão de quem sabe 
dos seus interesses 
mas conhece meu coração e perdoa. 
Chegas silencioso 
porque nunca te percebo, 
revolucionário, 
porque em silêncio 
mudas as cartas e viras o jogo na mesa. 
Vem me fazer companhia 
para que juntos consigamos amá-lo, 
esse nosso Pai, 
com todo o coração, 
com todo o intelecto, 
com toda a vontade. 
Rezar é pensar em Deus, amando-o. 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. 
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre.Disponho-me a dar e partilhar mais do que a reclamar direitos. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ano B - Dia: 23/10/2012 Terça-feira
Lâmpadas acesas
Lc 12,35-38
E Jesus disse ainda: 
- Fiquem preparados para tudo: estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinas acesas. Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, os empregados vão abrir. Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá. Eles serão felizes se o patrão os encontrar alertas, mesmo que chegue à meia-noite ou até mais tarde. 

Leitura Orante 
Saudação 
- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 
Preparo-me para a Leitura, rezando: 
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 
eu aí estarei no meio deles", 
ficai conosco, 
aqui reunidos (pela grande rede da internet), 
para melhor meditar 
e comungar com a vossa Palavra. 
Sois o Mestre e a Verdade: 
iluminai-nos, para que melhor compreendamos 
as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: 
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: 
transformai nosso coração em terra boa, 
onde a Palavra de Deus produza frutos 
abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione) 
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, Bíblia, o texto: Lc 12,35-38, e observo o ensinamento de Jesus nesta parábola. 
Jesus Mestre exorta à vigilância, a estar preparados. O israelita se cinge e prende a barra da túnica talar para caminhar, para trabalhar. Estar cingido é estar pronto, disponível. Conservar a lamparina acesa significa que a cena acontece à noite. O evangelista Lucas apresenta o patrão como alguém que foi convidado e volta da festa de casamento. E apresenta uma atitude inesperada. Ao retornar, a qualquer hora - meia noite ou depois - o patrão, encontrando os empregados acordados, vai servi-los à mesa. Duas vezes ele diz que os empregados serão "felizes".Este banquete é figura do banquete do céu. 
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento? 
O bem-aventurado Alberione dizia que se sentiu "obrigado a se preparar para fazer alguma coisa por Deus e pelas pessoas do novo século". Sou uma pessoa que sempre tem algo a aprender, uma pessoa que se prepara, atenta, vigilante, no sentido de estar sempre aguardando as manifestações de Deus, suas "chegadas", sua "presença", o "banquete" que me serve através de tantas formas: a Palavra, a Eucaristia, uma palavra amiga, um momento de oração e até, de provação? 
Os bispos nos lembram: "O encontro com Cristo, graças à ação invisível do Espírito Santo, realiza-se na fé recebida e vivida na Igreja. Com as palavras do papa Bento XVI repetimos com certeza: "A Igreja é nossa casa! Esta é nossa casa" Na Igreja católica temos tudo o que é bom, tudo o que é motivo de segurança e de consolo! Quem aceita a Cristo: Caminho, Verdade e Vida, em sua totalidade, tem garantida a paz e a felicidade, nesta e na outra vida!" (DAp 146). 
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Oração ao Espírito Santo 
Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, 
tu estás em mim, 
falas em mim, 
rezas em mim, 
ages em mim. 
Ensina-me a fazer espaço à tua Palavra, 
à tua oração, 
à tua ação em mim 
para que eu possa conhecer 
o mistério da vontade do Pai. Amém. 
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou assumir uma atitude de prontidão e atenção às manifestações de Deus. 

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patricia Silva, fsp