Cinco dicas de como falar de assuntos polêmicos com os filhos
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Na convivência entre pais e filhos, alguns assuntos são conversados normalmente, outros podem ser tabus ou gerar dúvidas sobre como devem ser abordados, como falar de sexo, peso, namorado, estudos, drogas, divórcio entre outros.
Existem várias formas de abordar alguns assuntos, mas a intenção não é dar uma receita, apenas algumas dicas que podem ajudá-los a trilhar um caminho de diálogo:
1ª – Não se esquivar do assunto. Avalie a idade do seu filho e converse com ele, aprofunde-se no tema ou não, dependendo das respostas dele. Muitos pais nunca acham que o filho está preparado, mas adiar a conversa não vai adiantar, ou pode até ser pior, pois eles acabam sabendo a verdade por fontes nem sempre confiáveis. Portanto, coloque o assunto na roda.
2ª – Manter a tranquilidade durante a conversa. Não se furte de responder questões polêmicas. Se não tem a resposta, diga que vai buscar saber e dará retorno. Por outro lado, esteja preparado para não obrigar os filhos a falarem de assuntos para os quais não estão preparados. O segredo é introduzir o assunto aos poucos, sempre criando um ambiente favorável ao diálogo, de forma que todos se sintam confortáveis.
3ª – A forma de falar e agir dos pais é fundamental. Não criem monstros, trate o assunto com leveza, sem forçar a barra em conceitos bons e ruins. Trabalhe com fatos e dados as consequências na vida das pessoas e as histórias de conhecidos. O importante na conversa é que o filho sinta um interesse genuíno dos pais, sinta-se muito especial, que merece todo empenho, e que suas preocupações ou dificuldades também são de seus pais.
4ª – Não leve na brincadeira as perguntas que eles fizerem, por mais bobas que pareçam, pois para eles são importantes. Não faça com que eles se sintam tolos, porque não terão coragem de tentar novamente; pelo contrário, valorizem todo o conteúdo debatido.
5ª – Uma forma de conversar assuntos polêmicos é pesquisar com os filhos sobre o assunto, assim eles terão oportunidades de ver várias opiniões. Os pais precisam ter cuidado com as fontes escolhidas para a pesquisa.
Lembrem que os filhos entendem mais aquilo que os pais fazem do que falam; portanto, não basta conversar sobre as consequências ruins das drogas, se os pais chegam alcoolizados e brigando em casa. As atitudes precisam ser coerentes com o discurso.
Ângela Abdo - é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES)
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