A Palavra de Deus

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DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

4 de abril de 2015

Uma Feliz Páscoa!



"Como aos apóstolos assustados na tempestade, Cristo repete aos homens de nosso tempo: “Coragem, sou eu, não tenhais medo!” (Mc 6,50) "

"E se Ele está conosco, por que havemos de temer? Embora possa parecer escuro o horizonte da humanidade, celebramos o triunfo esplendoroso da alegria pascal. Se um vento contrário dificulta o caminho dos povos, se o mar da história se torna borrascoso, ninguém deve ceder ao pavor nem ao desânimo. "

"Cristo ressuscitou! Cristo está vivo entre nós! A Páscoa traz consigo a mensagem de vida libertada da morte. "

"Que vençam os pensamentos de paz! Que vença o respeito pela vida!" 

(João Paulo II)

Sábado Santo: Um grande silêncio reina sobre a terra


Sábado Santo: Um grande silêncio reina sobre a terra

“Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, e agora libertos dos sofrimentos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam à séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Representação iconográfica de Cristo que, descendo aos Infernos, resgata, a partir de Adão e Eva, todos os justos que esperavam a redenção – Foto: fidesecclesiae

Ele vai, antes de tudo, à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, e agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levante dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: “Saí!”; e aos que jaziam nas trevas: “Vinde para a luz!”; e aos entorpecidos: “Levantai-vos!”

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra de minhas mãos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra, e fui mesmo sepultado abaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi; para restituir-te o sopro da vida original. Vê nas minhas faces as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, a tua beleza corrompida. Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros os pesos dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava voltada contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, constituído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade.”

De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo (séc IV), de um autor grego desconhecido – Da Liturgia das Horas – II leitura do Sábado Santo

Saiba como se afastar do pecado da inveja


Saiba como se afastar do pecado da inveja

A inveja não traz felicidade para o nosso coração

Não é sem razão que a Igreja classifica a inveja como pecado capital. Muitos e muitos males provém dela. Diz o livro da Sabedoria que é por causa da inveja que o demônio levou ao pecado nossos primeiros pais no início da história da humanidade.
“Ora, Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão” (Sb 2,23-24).

Santo Agostinho dizia que “a inveja é o pecado diabólico por excelência”. E se referia a ela como “o caruncho da alma que tudo rói e reduz a pó”.

A inveja é companheira daquele que não suporta o sucesso dos outros e não se conforma em ver alguém melhor do que ele mesmo. Está sempre com aquelas pessoas soberbas, que querem sempre ser melhores do que as outras em tudo. Muitas vezes, ela também é companheira das pessoas inseguras, fracassadas ou revoltadas, que, não conseguindo o sucesso das outras, ficam corroídas de inveja e desejando-lhes o mal. Fica torcendo pelo mal do outro, e quando este fracassa, diz em seu interior: “bem feito!”.

O primeiro pecado dos filhos de Adão e Eva foi cometido por inveja. Caim matou o irmão Abel. Abel era pastor e Caim lavrador (cf. Gen 4). Pior do que um homicídio (assassinato de um homem), o crime de Caim, movido pela inveja, foi um fratricídio (assassinato de um irmão).
Também por causa da inveja os filhos do patriarca Jacó venderam o seu filho caçula, José, para os mercadores que o levaram para o Egito.

O caso mais triste que as Escrituras nos relatam, por causa da inveja, é o da morte de Jesus. O evangelista São Mateus deixa claro a razão que os levou a matar o Filho de Deus: “Pilatos dirigiu-se ao povo reunido: ‘Qual quereis que eu vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?’ Ele sabia que tinham entregue Jesus por inveja” (Mt 27,18).
Vemos, assim, a que ponto chega a inveja. Diante disto, temos que nos acautelar; uma vez movidos por ela, somos levados a praticar muitas injustiças. Quantas fofocas, maledicências, intrigas, brigas, rivalidades, calúnias e ódios acontecem por causa de uma inveja!

O pior de tudo para nós cristãos é constatar que ela se entranha até mesmo nas obras e nos filhos de Deus. Podemos dizer seguramente que muitas rivalidades e disputas que surgem também no coração da Igreja, tristemente são causadas pela inveja, pelo ciúme e despeito.

Ao invés de se alegrar com o sucesso do irmão no seu trabalho para o Reino de Deus, a pessoa fica remoendo a inveja, porque não consegue o mesmo sucesso. O que importa afinal, é o meu sucesso. O invejoso é infeliz com a própria desgraça e com a felicidade do outro.

Precisamos aprender a fazer com que a felicidade do próximo seja um motivo a mais para sermos felizes; não o contrário. A inveja é uma perversão.
Quando o menor sentimento de inveja brotar em nosso coração, precisamos cortá-lo de imediato, com a sábia atitude do “agire contra”; isto é, substituir o sentimento de desprezo por um sentimento de amor, num profundo desejo de que essa pessoa progrida ainda com o sucesso que não conseguimos alcançar. É preciso saber pedir perdão a Deus pelo mau sentimento em nós gerado.

Quem sabe, agindo assim, daremos um tapa na cara do tentador que deseja, a todo custo, semear o veneno da inveja em nossa alma, fomentando a intriga, a maledicência, a rivalidade entre os irmãos. Não o permitamos. São Paulo nos ensina a não dar oportunidade ao demônio para agir em nossa vida. “Não deis lugar ao demônio” (Ef 4,27).

Santo Agostinho nos ajuda a entender a gravidade da inveja: “Terrível mal da alma, vírus da mente e fulminante corrosivo do coração, é invejar os dons de Deus que o irmão possui, sentir-se desafortunado por causa da fortuna dos outros, atormentar-se com o êxito dos demais, cometer um crime no segredo do coração, entregando o espírito e os sentidos à tortura da ansiedade; destroçar-se com a própria fúria!”

Dizia São Leão Magno que “quando todos estivermos cheios de sentimentos de benevolência, o veneno da inveja há de desaparecer inteiramente”.
O mesmo santo doutor e Papa ensinava que ardem de inveja da perfeição dos outros; e, como os vícios desagradam as virtudes, armam-se de ódios contra aqueles cujos exemplos não seguem.

São João Crisóstomo (†404), o grande patriarca e doutor da Igreja, chamado de “boca de ouro”, mostra bem o perigo da inveja para a vida cristã:
“Nós nos combatemos mutuamente e é a inveja que nos arma uns contra os outros. Pois bem, alegrai-vos com o progresso do vosso irmão e imediatamente Deus será glorificado por vós”.
Felipe Aquino -TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”,

Lutemos para alcançar as virtudes cristãs


Lutemos para alcançar as virtudes cristãs

Todos somos chamados a praticar as virtudes cristãs

Nos difíceis anos da Segunda Guerra Mundial, as forças ideológicas em conflito se confrontaram de várias formas com a presença dos cristãos, muitos deles, inclusive, comprometidos com as diversas facções, suscitando depois a análise e o julgamento dos historiadores e muitos críticos nas décadas que se sucederam.

Entretanto, o século XX foi um tempo de martírio, quando cristãos de várias confissões – católicos, evangélicos e ortodoxos – derramaram seu sangue por causa do Evangelho, em defesa da verdade e da dignidade da pessoa humana. Foi também um período de grande profusão de homens e mulheres que confessaram a fé, tornaram-se batalhadores com a palavra e os gestos, gerando um santo orgulho para as gerações que se sucederam, inclusive a nossa. Mais ainda, a candura da virgindade, a coragem da castidade de pessoas que foram contra a correnteza na busca desenfreada pelo prazer que se espalhou pelo mundo, também esta forma de vida cristã se fez presente. Disseram também o seu ‘sim’ ao Senhor muitos homens e mulheres suscitados pelo Espírito Santo para fundar famílias religiosas, obras sociais, iniciativas de serviços aos mais pobres e aos movimentos.

As grandes chagas do tempo, como as drogas, as enfermidades surgidas recentemente, as novas formas de pobreza e miséria, a situação dos fugitivos dos países em guerra, as catástrofes naturais, todas foram situações em que cristãos se lançaram a dar alguma resposta. Mártires, confessores, virgens, fundadores e fundadoras, agentes sociais, grandes pregadores do Evangelho. Eis a riqueza da Igreja de nosso tempo! Não somos os detentores exclusivos do bem a ser feito, mas temos oferecido nossa contribuição por um mundo mais justo e fraterno.

No dia seis de julho, a Igreja celebra Santa Maria Goretti, uma jovem italiana morta aos doze anos, em 1902, pela decisão de manter a castidade. Pio XII, por ocasião de sua canonização, pronunciou palavras de grande sabedoria: “Nem todos somos chamados a sofrer o martírio, mas todos somos chamados a praticar as virtudes cristãs. A virtude, porém, requer energia; mesmo sem atingir as alturas da fortaleza desta angélica menina, nem por isso obriga menos a um cuidado contínuo e muito atento, que deve ser sempre mantido por nós até o fim da vida. Por isso, semelhante esforço, bem pode ser considerado um martírio lento e constante. A isso nos convidam as palavras de Jesus Cristo: ‘O reino dos céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam’ (Mt 11,12). Esforcemo-nos todos por alcançar esse objetivo, confiados na graça do céu. Sirva-nos de estímulo a Santa Virgem e mártir Maria Goretti.

Que ela, da mansão celeste, onde goza da felicidade eterna, interceda por nós junto ao Divino Redentor, a fim de que todos, nas condições de vida que são as nossas, sigamos os seus gloriosos passos com generosidade, vontade firme e obras de virtude” (Homilia da canonização de Santa Maria Goretti, em 1950). Sim, a Igreja tem a oferecer crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres que querem viver como bons cristãos.

Consta que uma grande autoridade da então “Cortina de Ferro”, aconselhada a tolerar o Catolicismo naquela região, fez uma pergunta sarcástica: “Mas quantas divisões militares tem o Papa?”. Todas as vezes que o poder temporal e o religioso se aliaram ingênua ou maldosamente, os resultados foram os piores possíveis. Quando os cristãos, revestidos de algum poder, se comprometeram com as armas ou com a corrupção, mancharam a beleza daquela que é Esposa de Cristo. Com o tempo, a graça de Deus lhes concedeu o dom do arrependimento e a força para recomeçarem o caminho. Não é tarefa da Igreja ter divisões militares, mas arregimentar homens e mulheres que acreditem na força da fraqueza, percorrendo a estrada do serviço e da humildade, mesmo quando as circunstâncias os colocarem em postos altos da política e da administração pública ou em suas atividades profissionais. Estarão, então, “na corda bamba”, desafiados a manter a fidelidade aos princípios evangélicos, fermentando a sociedade.

Efetivamente, desde os primórdios da Igreja, multiplicaram-se os desafios, começando pelas próprias fraquezas dos cristãos. As perseguições foram inúmeras, as dificuldades imensas. No entanto, os cristãos aprenderam a acreditar nos meios pobres e no anúncio do Evangelho aos mais simples e desprezados, quanto aos recursos materiais e quanto às condições humanas e espirituais. Cabe-lhes ir ao encontro dos mais sofredores e dos pecadores.

Nosso Senhor, ao oferecer instruções aos discípulos, percorrendo diversas cidades da Galileia (Cf. Mt 11­12), os conduz a entender os valores do Reino de Deus. Ele é interrogado sobre a missão de João Batista, manda ao mesmo João um recado, indicando os sinais do Messias: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova” (Mt 11, 4-5). O mesmo João Batista, preso, quase para ser degolado, é elogiado por Jesus como o maior dentre os nascidos de mulher (Cf. Mt 11, 11). Seus discípulos, ouvindo-o recriminar algumas cidades que recusaram a ocasião oferecida para se arrependerem, certamente ficavam confusos. Até hoje é assim! Poder, dinheiro, influência, tudo atrai terrivelmente!

E o Senhor, diante da arrogância corrente em todos os tempos, exalta o humilde e o simples. Impressiona a efusão espiritual de Jesus (Cf. Mt 11, 25-30), testemunhando a predileção do Pai pelos pequeninos. As portas do Reino de Deus continuam abertas. Venham a ele os que estão cansados e sobrecarregados, os estropiados pela vida ou pelos próprios pecados. Venham os que não vivem satisfeitos com seus próprios preconceitos. Sejam bem-vindos os que desejam fazer a estrada da simplicidade de coração. Não se intimidem aquelas pessoas que querem, malgrado todas as propagandas contrárias, ser parecidas com uma Santa Maria Goretti ou, quem sabe, abraçar uma vida semelhante à Beata Madre Teresa de Calcutá ou a coragem de Santa Gianna Beretta Molla na defesa da vida. Se lhes parecerem distantes dessas figuras, olhem para as legiões de homens e mulheres sem armas, aí bem perto, em sua Paróquia, que testemunham Jesus Cristo e Seu Evangelho.

Entretanto, para que ninguém fique enganado, há uma condição: tomar o jugo suave de Jesus, aprendendo d’Ele, que é manso e humilde de coração. O jugo suave é a lei do amor. Comparado com as cargas impostas pelos fariseus, esse jugo liberta e salva. Trata-se de seguir Jesus, abraçar a cruz, tornar-se discípulo e missionário do Reino de Deus. Passe o mundo transitório, permaneça o Reino de Deus, que fermenta com vida e santidade todas as gerações.
Dom Alberto Taveira Corrêa - Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

Onde estão as boas notícias?


Onde estão as boas notícias?


Uma avalanche de notícias chegam a nós todos os dias, porém precisamos refletir sobre o que elas têm nos causado

Quando ligamos a TV nos noticiários ou abrimos uma página da internet, ouvimos falar em corrupções na Petrobrás, lemos sobre esquemas e mais esquemas envolvendo policiais e órgãos do Governo, pessoas que manipulam, matam para atingir seu próprio interesse. Será que, no mundo, realmente, só tem acontecido desgraças? Ainda existem boas notícias? Onde estaria Deus diante desse caos?

É certo que o homem se distanciou de Deus e, por isso, muitos se perverteram – quanto a isso, não podemos fazer vista grossa. Porém, é ainda mais certo que o Senhor continua sendo bom, e existe muita gente lutando para fazer o bem.

Vamos “engolindo” todas essas más notícias, e estas começam a fazer parte do nosso cotidiano. Já esperamos receber algo ruim, estamos sempre preparados para o pior. E quando recebemos algo bom, ficamos desconfiados; afinal, “quando a esmola é muita, até o santo desconfia”.

Sentimo-nos ainda na obrigação de também transmitir tudo o que é negativo e se passa perto de nós. Percebe como até mesmo nós, que acreditamos na Ressurreição de Cristo, estamos sendo pegos pelo negativismo?

Todo esse peso vai tomando conta da nossa mente e de nosso coração, ficamos desmotivados, prostrados e abatidos. Muitos têm medo de sair de casa e caem numa profunda depressão. Outros ainda, diante de tanta instabilidade, têm medo de ter filhos neste mundo caótico.

Acreditar que Deus nos ama e nos quer bem torna-se um conflito. Ainda que seja inconsciente, parece-nos que o Senhor perdeu Sua força e o mal sobressai o bem.

Estamos às portas da celebração do maior acontecimento de todos os tempos: A Páscoa de Nosso Senhor. Não resolverá apenas celebrarmos que Jesus ressuscitou se não deixarmos que Ele ressuscite a nossa esperança, os nossos sonhos, a leveza em nossa alma e a alegria de viver.

Somos convidados a fazer a diferença. Tenhamos filhos, sim, e os eduquemos na esperança, ensinando-lhes que o mundo pode ser melhor a partir de cada um, confiando no amor de Deus que provê todas as coisas.

Precisamos celebrar o que é belo, enxergar o policial que faz o seu trabalho justo, a pessoa que encontrou uma carteira de dinheiro e a devolveu, o trabalhador que ganha o pão com o suor do próprio rosto e o empresário que não sonega os impostos.

Enfim, vamos procurar as boas notícias e espalhá-las como alguém que solta sementes de flores ao sabor do vento; e onde houver uma boa terra, que a semente se instale, germine e gere frutos.

Sejamos profetas da esperança!
Rogéria Nair – Missionária da Comunidade Canção Nova