A Palavra de Deus

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DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

18 de setembro de 2017

Encontram-se abertas as inscrições para o Reino de Deus!

Encontram-se abertas as inscrições para o Reino de Deus!



Em todas as celebrações eucarísticas ouvimos a proclamação da Igreja, que ressoa a Escritura: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor” (Cf. Ap19, 9). 
E é grande a alegria por saber que o chamado de Deus quer incluir a todos. Na oração do Rosário, o terceiro mistério luminoso nos faz contemplar justamente o chamado à conversão, que ocorre com o anúncio do Reino de Deus. É que da parte do Senhor existe a clara vontade de salvar a todos, envolvendo as diversas gerações e situações humanas. Ao se tratar de uma grande consolação, resulta igualmente provocante a responsabilidade entregue à liberdade humana, pois Deus não impõe, mas convoca e convida. Conversando com um jovem em recuperação na “Fazenda da Esperança”, Comunidade Terapêutica presente em tantas partes de nosso país e do mundo, ouvi uma afirmação surpreendente. Dizia ele que seu drama maior era uma porteira aberta, por saber que, se quisesse, poderia ir embora. Sabia que o maior presente dado por Deus era entrar pelos umbrais da liberdade que o conduziam, pela estrada do Evangelho, a uma vida nova!

Jesus estabeleceu contato com todas as classes de pessoas, pelo que escandalizava a muitos. Era uma multidão de estropiados, rejeitados da sociedade, doentes de toda ordem, gente solitária, publicanos, pecadores de qualquer classificação. O Evangelho apenas permite entrever os dramas humanos que se apresentavam ao Senhor. Não muito diferente das imagens oferecidas ao vivo e a cores em nossos dias, com pessoas sofrendo toda espécie de miséria. As guerras localizadas ou espalhadas por nossas cidades pela violência e a miséria mostram um mundo machucado e desorientado, carente de encontrar aberta a porta do Reino de Deus! Que seja uma imensa procissão em busca de Deus! Que a meta seja o regaço misericordioso daquele que veio para os pecadores!

Também nossa história pessoal é repleta de idas e vindas, marcadas pelo mistério do pecado, malgrado o desejo de acertar esteja presente, pela própria vontade de Deus que nos criou. Muitas vezes damos nossa resposta positiva aos apelos de Deus e depois seguimos por outra estrada, cedendo ao egoísmo, turrões, cabeças duras que pretendem ser donas da verdade. Podemos ser também como o filho pirracento do primeiro momento que depois se converte e obedece ao Pai. “Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu:‘ Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi” (Mt 21, 28-30). Cada pessoa sabe de sua aventura humana de liberdade, quedas, arrependimento, coragem para recomeçar, pedidos de perdão aos milhares, encontros com a misericórdia de Deus. Escute a palavra de Deus: “Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e faz o que é direito e justo, conservará a própria vida. Arrependendo-se de todos os crimes que cometeu, ele certamente viverá, não morrerá” (Ez 18, 27-28)

O contato de Jesus com as pessoas é marcado pelo chamado constante à conversão. O início de sua pregação resume a proposta que faz à humanidade: “Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galiléia, proclamando a Boa Nova de Deus: Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Mc 1, 14-15). Os cobradores de impostos convertidos e as prostitutas que acreditaram em Jesus, mudando radicalmente sua vida, são referências da possibilidade de transformação inscrita por Deus no coração humano (Cf. Mt 21, 28-32).

Os publicanos, cobradores de impostos, traidores do povo por trabalharem para os romanos, manipulavam a fonte permanente de tentação para o ser humano, o dinheiro! A malversação das verbas públicas e as torneiras abertas, pelas quais passam milhões e bilhões, ainda estão expostas diante de nossos olhos, nos dias que vivemos. Multiplicam-se os escândalos, revelam-se operações fraudulentas, mas o “deus dinheiro” continua atraindo as pessoas, traindo-as mesmo quando, confrontadas com acusações e provas dizem não saber de nada. A conversão passa pelo bolso, pois exige um uso dos bens segundo o plano de Deus, fundamentado na partilha e na comunhão. Chamem-se Mateus ou Zaqueu, ou quem sabe estejam no templo orando ao lado de um fariseu, é possível e desejável que os homens e mulheres, todos nós, mudemos o modo de usar os bens da terra!

Outro campo delicado é o da afetividade e da sexualidade e a degradação do uso de tais realidades, sob o título de prostituição. O corpo continua a ser vendido, não só nas zonas de prostituição de nossas cidades. Há outras formas de negociá-lo! Até se enfeita mais este comércio, justificando-o com a falsa liberdade de expor a intimidade das pessoas. Entretanto, o Evangelho de todos os tempos dará nome de Mulher adúltera, ou Samaritana, Prostituta ou outros qualificativos e profissões, a muitas pessoas que creem em Jesus Salvador e a Ele se convertem, mesmo depois de uma vida de miséria e sofrimento.

Com os publicanos e as prostitutas, amplie-se o horizonte para se sentirem envolvidos no chamado à conversão todos os homens e mulheres de nosso tempo, cada um de nós em primeiro lugar, seja qual for o nosso currículo! Encontram-se abertas as portas e as inscrições! Para entrar no Reino de Deus, as condições são o reconhecimento sincero da condição de pecadores, a coragem do arrependimento, a força para recomeçar quantas vezes for necessário, a sinceridade do olhar que se encontra com a misericórdia de Deus. Vale ainda olhar ao nosso redor e fazer festa com aqueles muitos que, também pecadores, são nossos companheiros, irmãos e irmãs que peregrinam na estrada da conversão, sem julgá-los ou pretender excluí-los.

É tempo de pedir com sinceridade: “Ó Deus, que mostrais vosso poder, sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais”.

Dom Alberto Taveira Corrêa - Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

Ser de Deus. O que eu ganho com isso?

Ser de Deus. O que eu ganho com isso?



Vale a pena ser de Deus

Hoje, vivemos a era do ‘Marketing’. Desde pequena, uma criança já sabe manusear um tablet, e por todos os lados vemos propagandas de produtos que oferecem prazer. É fato que as propagandas não vendem produtos, mas convites à felicidade que será alcançada por meio deles. Com isso, vemos uma geração que, a todo momento, se questiona: “O que eu ganho com isso?”, “Quanto eu lucro ao buscar esse ou aquele meio?”. E quando se fala em religião, vemos que esta não está numa realidade tão diferente da comercial. Em muros e cartazes, até mesmo em “carros de som”, anuncia-se, pela cidade, determinada igreja que nos trará benefícios e soluções de forma cada vez mais fácil, descomprometida e acessível ao fiel… Ou poderia dizer ao cliente?

Vemos que, na Bíblia, também havia pessoas interessadas em se beneficiar de Deus. Giezi é um exemplo; ele é um dos servos do profeta Elizeu, que testemunha a cura de Naamã, chefe do exército de Israel. O profeta não aceita nenhum presente de Naamã, o que deixa seu servo contrariado. “Então, Giezi sai correndo para alcançar Naamã. Quando este vê que Giezi corre atrás dele, desce do carro, vai ao seu encontro e lhe pergunta: ‘Está tudo bem?’. Giezi responde: ‘Tudo bem. Só que meu senhor mandou dizer-lhe: Agora mesmo, acabam de chegar, da região montanhosa de Efraim, dois jovens irmãos profetas. Por favor, dê para eles trinta e cinco quilos de prata e duas roupas de festa’. Naamã respondeu: ‘Aceite setenta quilos’. Insistiu para que Giezi aceitasse. Depois, Naamã colocou setenta quilos de prata e as roupas de festa em duas sacolas, e as entregou a dois de seus servos. Estes foram na frente de Giezi levando as sacolas” (cf. II Reis 5,21-25). Giezi mente dizendo que veio a mando do profeta pedir a prata e as roupas, mas o que o comandava nessa ação era seu desejo de ser beneficiado com o milagre que Deus operara em Naamã.

Deus não cede aos caprichos humanos

Na contramão, temos personagens bíblicos que nos mostram o caminho de uma real busca por Deus. O próprio profeta Elizeu, na passagem já citada, nos mostra que não é o que ganhamos com o Senhor que conta, mas o próprio Deus. Naamã lhe ofereceu prata e bens, mas o profeta os recusou, pois queria mostrar àquele homem que não se pode comprar a graça do Senhor. Muitas vezes, vejo por aí mensagens e dizeres onde se exortam um Deus produtor de bênçãos e milagres. Coisas como: “Deus não deixará nada de ruim acontecer. A sua vitória está perto, Deus fará de seus sonhos realidade”. Vamos construindo um “deus” condicionado ao que buscamos, ao que queremos.

Deus quer, sim, nos fazer felizes e nos levar a uma realização. Mas precisamos desmascarar um deus que segue caprichos humanos, que é uma mentira. No fim, são palavras vazias que nos levam a uma fé imatura, e acreditamos que o Senhor existe, sim, mas como nossos planos não acontecem, pensamos que Ele está longe de nós. As promessas de Deus se cumprem sempre, mas precisamos saber se elas vêm, realmente, do Pai.

O que ganho seguindo Cristo?

“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6,5). É na intimidade com Deus que encontramos Suas promessas, e assim elas se cumprem. O que ganho seguindo Cristo? Ganho Cristo! “Porque todos fomos criados para aquilo que o Evangelho nos propõe: a amizade com Jesus e o amor fraterno.” (Papa Francisco EG. 265)

Jesus veio ao mundo para nos propor uma amizade verdadeira, sem interesses. Quando seu dia não for bom, você terá onde ir e com quem desabafar. E quando for ótimo? Ele estará junto de você, alegrando-se. ‘Os verdadeiros adoradores’ são aqueles que buscam Deus por quem Ele é, e assim recebem graças em sua vida. Mas quando vem a dificuldade, não renega o amigo, pois sabe que “se lhe formos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode renegar a si mesmo.” (cf. II Timóteo 2, 13)

Peçamos a Deus a graça de uma verdadeira conversão, de uma verdadeira disposição interior em buscar o Senhor e experimentar o amor d’Ele por nós. E que cresça, cada vez mais, o amor em nós por Ele. Que o amemos de graça, e o maior ganho que teremos com isso é Sua amizade.

Paulo Pereira - José Paulo Neves Pereira nasceu em Nossa Senhora do Livramento (BA). É missionário da Comunidade Canção Nova e atua no setor de Jornalismo da Canção Nova em Roma, Itália.

Como o celular pode desconectar o seu relacionamento

Como o celular pode desconectar o seu relacionamento



Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O problema do celular é o exagero que nos torna desconectados nos relacionamentos

– Amor, você ouviu o que eu disse?
– Anh?
– O que você acha sobre isso?
– Uhun…
– Uhun o quê, amor? Você entendeu?
– Peraí amor, só preciso responder umas mensagens aqui…

WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat são parte das inúmeras ferramentas que possibilitam encontros virtuais entre as pessoas por meio do celular. Elas facilitam muito a vida, são usadas até no trabalho, atualizam-nos sobre o cotidiano de quem não vemos todo dia, reaproxima quem passou pela nossa infância, quem tem as mesmas necessidades que nós, enfim, muitas possibilidades de relação aparecem nessa vida conectada. Contudo, em que medida temos nos refugiado nessas conexões virtuais e nos desligado das pessoas que convivem conosco?

A realidade sem wi-fi nem sempre é tão maravilhosa e deslumbrante como as pessoas postam freneticamente nessas mídias sociais virtuais, mas é a realidade na qual se vive e é onde Deus nos plantou para que florescêssemos. E não é justo que nós negligenciemos nossos relacionamentos com quem está ao nosso lado, à espera da resposta no “zapzap”, do comentário naquela foto ou forjando um cenário para o próximo selfie.

Quer estragar um momento romântico, divertido e espontâneo? Pare tudo o que está fazendo e prepare a cena para a foto, montada para que apareçam no melhor ângulo. E repita isso várias vezes, a cada paisagem. Lá se foram minutos preciosos da viagem, do almoço e do passeio. Do que a gente estava falando mesmo? Nem importa, afinal, a foto já teve dezenas de curtidas! Ou ignore completamente quem está a sua volta, porque, afinal, você precisa se manifestar, agora, na internet, sobre esse tema que está todo mundo comentando, e comentar também, nem que seja um KKKKK, mesmo que discorde da situação, só para se mostrar engajado.

Eu não sou contra tecnologia, de jeito nenhum, sou casada com um esposo que trabalha nessa área, e lá em casa a gente está em todas essas redes e muito mais, mas me preocupa a dose diária de virtualidade que a vida vem adquirindo. Quando se percebe, é muito natural deixar as pessoas falando sozinhas enquanto você fita a tela do celular. “Desculpa, pode repetir? Eu não estava prestando atenção…”

Será que não estamos preterindo quem está ao nosso lado em busca de um ativismo virtual? Há famílias na qual todos os membros se comunicam pelo WhatsApp. Bacana, desde que isso não substitua a convivência fraterna dessas pessoas, o carinho mútuo, o amor, o afeto, o cuidado e também o compartilhamento ao vivo de tristezas, dores e dificuldades. Para provocar uma guerra, basta esquecer o carregador do celular.

Minha gente, vivemos bem sem isso, não é? Não precisamos nos fazer escravos do mundo conectado!

Eu já fiz um teste e recomendo: passe um dia completamente desconectado. Inicialmente, parecerá uma tortura, mas, ao fim do dia, você perceberá o quanto pôde cuidar das pessoas e das situações que estavam ao seu lado no dia a dia. Depois, teste ficar dois ou três dias, talvez até uma semana longe das redes virtuais. Você verá como seu tempo foi empregado em observar e agir na realidade mais próxima a você.

Ao dar um tempo nesse ambiente conectado, você voltará a ele com mais senso crítico, menos afetado pelas opiniões extremadas, e poderá dosar mais o seu tempo on-line, para que tenha também tempo de qualidade desconectado. Já percebeu como os nossos sentimentos ficam mais aflorados e acalorados na internet? Nós nos sentimos até mais corajosos para nos manifestar, dizer o que bem queremos e entender os demais à nossa maneira, levando tudo ao pé da letra e a ferro e fogo, combatendo as opiniões contrárias como se estivéssemos em guerra, como se não houvesse amanhã e, muitas vezes, magoando quem está dentro e fora do mundo virtual.

Estar on-line não é problema, o problema é o exagero que nos faz escravos da conexão virtual, negligenciando nossos relacionamentos.

Se estiver difícil vencer essa escravidão em casa, desligue a internet e pratique a frase que um restaurante divulgou bastante nas redes sociais: “Não temos wi-fi. 

Conversem entre vocês”.

Mariella Silva de Oliveira Costa - esposa, católica, feliz e amante de uma boa prosa. Jornalista, pesquisadora e professora universitária, é doutora em Saúde Coletiva (UnB), mestre em tocoginecologia (Unicamp), especialista em jornalismo científico (Unicamp) e graduada em comunicação social (UFV). Participa da RCC desde 1998 tendo atuado no Ministério Universidades Renovadas e no Ministério de Comunicação Social. Cofundadora do projeto 

Declare o Reino de Deus em sua família e afaste o mal

Declare o Reino de Deus em sua família e afaste o mal



Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com 


Toda nossa família precisa ser consagrada a Deus, submetida à vontade d’Ele

“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33). Quando não damos as primícias de nosso tempo para Deus, todas as coisas ficam desencontradas e sem segurança em nossa família.

É isso mesmo que o inimigo de Deus quer, que estejamos desprotegidos, sem o verdadeiro ponto de partida em nosso dia a dia, pois, assim, ele pode ter acesso para roubar, exatamente, o que temos de bom. Ele quer destruir tudo o que é bom em nós, porque o que é bom vem de Deus, e o inimigo quer destruir a criação do Senhor.

O objetivo do inimigo

O objetivo do inimigo é destruir tudo que vem de Deus, porque é invejoso, mentiroso, seduz as pessoas para o mal, a fim de que elas sejam totalmente desviadas do plano do Senhor. O demônio quer fazer com que as pessoas se tornem, cada vez mais, infelizes e desencontradas. Ele quer entrar no coração das pessoas e acabar com a bondade que Deus plantou nelas.

Não podemos achar que o homem é bom sozinho, sem Deus. A bondade vem do Pai, e precisamos cultivá-la, regá-la com a água do Espírito Santo.

Imagine, então, o risco que corremos quando não caminhamos lado a lado com Deus! Toda a nossa família precisa ser, urgentemente, levada para Ele, consagrada a Ele, submetida à Sua vontade. E que possamos dizer: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

Precisamos agir antes que satanás invada e roube o que nos é mais precioso e sagrado; antes que ele roube o marido, a esposa, os filhos. Não deixemos que isso aconteça em nossa família, não nos enganemos nem percamos tempo.

Somos pessoas boas, mas isso não nos basta. Precisamos ser de Deus para valer, pois somente perseverando n’Ele a bondade pode permanecer em nós.

Imagem e semelhança de Deus

O inimigo quer destruir o que, naturalmente, Deus construiu em nós; ele quer destruir a imagem e semelhança de Deus que somos.

O diabo quer roubar nossos valores e os tesouros que o Senhor nos deu. O inimigo faz de tudo para roubar nossa felicidade, destruir a união entre os casais, o amor nas famílias, os relacionamento entre pais e filhos.

Por isso rezem, rezem, não percam a força e a vontade de rezar. Não se deixem vencer. Comecem rezando o terço todos os dias; depois, reze mais de um terço, busque a Eucaristia, a Palavra de Deus, e expulse satanás da sua casa e do seu casamento.

Com Deus somos mais que vencedores! Ele é maior e tem o poder de nos libertar das ciladas do malvado. Ele pode restituir o casamento, refazer o lar, devolver o amor! Lute, reaja em orações e tome posso do que é seu.

Consagre sua família a Deus

O demônio tem entrado com tudo, roubando, destruindo, fazendo as esposas sofrerem, fazendo as crianças, os filhos sofrerem. No entanto, ele só faz isso com quem dorme no ponto, com quem leva a vida no mais ou menos com Deus, com quem não tem verdadeiro compromisso com o Senhor.

Consagre sua vida e sua família a Jesus, ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Nossa Senhora.

Pais, mães, noivos, namorados, coloquem os seus pés no chão, acordem para a vida e busquem, urgentemente, uma vida de oração.

Invistam nas coisas de Deus, coloquem-no em primeiro lugar, porque não basta vocês serem pessoas de posses, com títulos e diplomas nas mãos; antes, é preciso ser de Deus!

Marlúcia Lopes - Comunidade Canção Nova

Aprenda a conviver sem se fazer de vítima

Aprenda a conviver sem se fazer de vítima


Foto: Wesley Almeida / cancaonova.com

Se tivéssemos a capacidade de julgar alguma coisa, o mundo estaria condenado pelas injustiças das quais achamos ter sido vítimas

Há momentos em que, se houvesse uma estrada que levasse para lugar nenhum, sem dúvida, estaríamos viajando por ela. Justificativas não nos faltariam. Muitas vezes, achamos que ninguém tem paciência conosco, que estão sempre a nos cobrar alguma coisa e que são todos chatos.

Podemos pensar que não temos amigos fiéis, que o namoro não progride, os relacionamentos familiares se tornaram delicados e instáveis, e, na escola ou faculdade, falta-nos estímulo. Quem dera se, em tais situações, pudéssemos “derreter”. Temos a impressão de que o mundo ruiu ou que o “cano da descarga” está sobre nossa cabeça. Parece que os amigos e as pessoas mais próximas se afastaram.

Que “ave de mau agouro” posou sobre nossos ombros, trazendo tanta coisa ruim?

Influenciados por essa sensação de injustiça e incompreensão, não percebemos o nosso próprio comportamento, o qual, lentamente, poderia ter se transformado. A começar por nossas conversas, por menores que sejam esses momentos, o teor do diálogo sempre se esbarra nas críticas, lamúrias etc. Se tivéssemos a capacidade de julgar alguma coisa, o mundo estaria condenado pelas injustiças das quais achamos ter sido vítimas.

Pode ser que todo esse sentimento negativo seja o resultado do nosso próprio temperamento. Sem perceber, podemos ter nos transformado em pessoas inflexíveis e irredutíveis aos novos conceitos. É difícil aceitar essa ideia, mas ninguém gosta de estar junto de alguém que considera somente suas ideias válidas, sua opinião é a que deverá ser acolhida, sempre tem a razão. Amigos, namorados e vizinhos que puderem se afastar de tais pessoas, seguramente o farão, reservando-se manter poucos contatos. Outras, com as quais os vínculos de responsabilidade são mais profundos, poderão apenas se tolerar.

Tenha a coragem de mudar

De nossa parte, pois nos sentimos injustiçados, cabe a retomada da vida com a coragem de admitir a necessidade de mudança, esforçando-nos para que sejamos diferentes a partir de uma profunda e honesta reflexão. Essas mudanças podem ser pequenas, mas de grande impacto, como a disponibilidade do sorriso, a docilidade e presteza em ajudar e, se necessário, o empenho em buscar a convivência, mesmo que possa nos exigir um esforço sobrenatural.

Por melhores que sejam os momentos já vividos, não estamos isentos de outros amargos. Contudo, esses momentos de retomada de consciência acontecem quando temos a capacidade de processar e assimilar essa situação; muito embora, ao fazê-lo, tenhamos a impressão de que não seremos capazes de sobreviver no dia seguinte. As pequenas mudanças ocorridas em nossa vida, certamente, serão refletidas em nosso convívio social e, de maneira muito especial, em nossa família.

Deus abençoe.

Dado Moura - trabalha atualmente na Editora Canção Nova, autor de 4 livros, todos direcionados a boa vivência em nossos relacionamentos. 

14 de setembro de 2017

Amor e perdão, uma feliz combinação

Amor e perdão, uma feliz combinação


Os sentimentos de amor e perdão devem caminhar juntos

Todos nós, combatentes, deveríamos trazer sobre a nossa farda esta frase: ‘Amor e Perdão’. Não pode faltar amor nem perdão na vida do combatente do Senhor. O amor e o perdão caminham lado a lado. A natureza humana e a nossa tendência para o pecado nos levam a agir de forma contrária à vontade de Deus. Muitas vezes, não conseguimos encarar os acontecimentos na visão do amor. O joio que o inimigo semeia, no meio dos filhos de Deus, é o desamor e a recusa em dar o primeiro passo para perdoar.

O perdão é um ato de vontade e, se não lutarmos para sair de nós mesmos, se não deixarmos de lado o nosso orgulho para ir ao encontro dos nossos irmãos, perderemos tudo e todos. A lei do amor precisa triunfar em nossa vida, em nossa casa, em nossa família. Quantas famílias, casamentos e comunidades cristãs estão sendo destruídos pela falta de perdão! Precisamos entender: o perdão é a chave que nos devolve a unidade e que nos conduz a uma vida no amor.

Não podemos nos deixar levar pelos sentimentos. Os nossos sentimentos nos arrastam e nos levam a fazer o que não devíamos. A nossa luta é espiritual, há em nós forças que nos levam ao perdão; mas existem também forças nos segurando, nos prendendo, nos amarrando e escravizando, dizendo ‘não’, impedindo-nos de perdoar. Jesus, no entanto, quer nos dar a vitória do perdão. Perdoar é um presente de Deus, é uma porta de graças. Sempre teremos necessidade de perdoar. Quantas vezes devemos perdoar? É preciso perdoar sempre! Assim como temos dificuldade em perdoar as pessoas, elas também sentem a mesma dificuldade em perdoar as nossas faltas.

A partir do momento em que decidimos perdoar, somos curados e restaurados no amor, recuperamos a alegria e a paz. Quando perdoamos, não estamos fazendo papel de bobo, não estamos compactuando com o erro dos outros. Ao contrário: perdoar é algo muito concreto. É como quando se perdoa uma dívida. Você sabe que a dívida existe, que determinada pessoa deve para você tal quantia; você não é nenhum cego, nenhum “trouxa”. Você sabe de tudo, mas, de olhos abertos para a realidade, você perdoa aquela dívida. Veja: a dívida existe, mas você perdoa.

Perdoar é algo nobre. Não se prenda a coisinhas: salve sua vida. Procure vencer o seu orgulho. Perdoe a todos, perdoe por tudo, perdoe sempre. O perdão faz crescer o amor entre as pessoas, e todo o corpo de Cristo, que é a Igreja, ganha com isso. Muitas vezes, não recebemos as bênçãos do Céu, porque não perdoamos. Deus quer nos abençoar, mas, se estivermos fechados ao perdão, a graça não acontecerá. O nosso coração precisa estar aberto ao perdão para que a graça de Deus seja abundante em nossa vida.

Façamos a oração de São Francisco pedindo a Deus a graça de perdoar sempre: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve a perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver erros, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz! Ó Mestre, fazei com que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado, pois é dando que se recebe, é perdoando, que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna! 

Não se sinta humilhado ao dar o primeiro passo para o perdão. Muito pelo contrário: você é vencedor, porque teve a coragem de perdoar primeiro. Nunca espere que os outros deem o primeiro passo. Dê você e verá a grande libertação que Deus fará em sua vida. Quando nos humilhamos diante dos homens, crescemos diante de Deus e Sua graça é superabundante em nossas vidas! Esta é a vitória do combatente: amar e perdoar, uma feliz combinação. O amor nos leva a perdoar, e o perdão nos faz crescer no amor.

Canção Nova