A Palavra de Deus

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DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

25 de janeiro de 2011

EVANGELHO DO DIA

Terça-Feira, 25 de Janeiro de 2011
Conversão de São Paulo

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Este texto faz parte do acréscimo tardio (Mc 16,9-20) ao evangelho de Marcos. Pode-se perceber que, na liturgia, foi associado à festa da conversão de São Paulo por dois aspectos: pelo caráter essencialmente missionário do texto e pela alusão ao "pegar em serpentes" como sinal do sucesso na missão, conforme o acontecido com Paulo por ocasião do naufrágio em Malta, segundo a narrativa que se encontra em Atos dos Apóstolos (At 28,3-6). & No texto fica em destaque a dimensão do poder como sendo a grande característica da missão. Assim nos deparamos com o poder excludente, com o destaque da condenação aos que não crerem e não forem batizados. Também vemos a apresentação do missionário bem sucedido como aquele que tem o poder de exorcismo e de milagres. Contudo, a grande novidade em Jesus é a revelação do imenso amor misericordioso de Deus Pai. Deus se despoja do poder para fazer-se amor para conosco. E o amor é humildade, comunicação, e acolhida. O próprio Paulo, por várias vezes em suas cartas, deixa transparecer este amor. "Que preferis? Irei a vós outros com vara ou com amor e espírito de mansidão?". "O amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo". "Sede servos uns dos outros, pelo amor". "O amor é eterno".
José Raimundo Oliva

CRÍTICA E AUTOCRÍTICA

Um dos empecilhos mais complicados para a espiritualidade de um pregador é a auto-crítica. Caiu de moda. São poucos os que a fazem ou que, após uma crítica, amiga ou maldosa, estão dispostas a fazer a auto-crítica, isto é, a conversão e o devido exame de consciência. A tendência é ignorar, ficar chateado, justificar, responder com estatísticas e com outros apoios. Voltar atrás, corrigir, admitir que não foi milagre, que a pessoa não foi curada, re-editar, regravar aquela frase infeliz, admitir que, como foi dito não estava claro, é coisa rara. Há sempre um subterfúgio para que tudo fique como está, para não se corrigir, não voltar atrás e não admitir o erro. 


Somos todos fortemente tentados a manter o que dissemos, cantamos, escrevemos e profetizamos, mesmo quando é evidente que estávamos errados. Vem de longe a caturrice, a dura cerviz e a teimosia dos profetas e pregadores que aceitam profetizar, mas não aceitam que outros profetizem a respeito deles, aceitam pregar, mas não gostam que alguém lhes pregue. 

Alunos que não aceitam a correção dos mestres, professores que ignoram a observação dos colegas, profetas que não admitem que o outro também o seja, especialistas que, de tão especialistas, reagem com ironia quando alguém, não tão especializado, lança-lhe uma pergunta incômoda. Quem não viu e não passou por isso? Se você é um simples licenciado não ouse questionar doutor. Ele sofrerá a tentação de ignorar sua pergunta. Afinal, que tese você defendeu? 

Se ele é tido como profeta no seu movimento e no veículo por ele dirigido ou protagonizado seus adeptos e admiradores perguntarão quem é o sujeito que o critica se é menos famoso? E se o for, falarão de inveja!... Tudo isso porque a correção fraterna e a auto-crítica caíram de moda. Está em alta a auto-estima, pior do que isso, a alta-estima! Digo o que quero, profetizo como Deus me inspira e não aceito mudar. Foi o que houve numa gravadora, quando um grupo cheio de alta-estima e convicto de que tinha uma profecia a viver, negou-se a corrigir o texto de uma canção que a diretora, formada em língua portuguesa e teologia pediu que fosse mudado. O texto dava a entender um velado subordinacionismo. Isto é, o autor dizia e o grupo cantava que " Ó filho que vens depois, nos trouxe quem vem depois de Ti". Descontado o erro de concordância, a intenção era boa. Pretendia dizer que para nós cristãos, o Filho se revelou e a seguir nos revelou o Pai e o Espírito Santo. Mas o texto não dizia isso! O rapaz bateu o pé e disse que o Espírito Santo lhe sugerira aquela frase daquele jeito. À editora não restou senão cancelar a gravação. O grupo não aceitava crítica nem admitiu fazer auto-crítica. Erraram gravemente porque a primeira proposta de João Batista e de Jesus., bem como a primeira atitude de quem de fato recebeu o Espírito é a conversão, o desejo de acertar, o diálogo e a capacidade de se corrigir caso tenha cometido algum erro. Está escancarado nos evangelhos. "Convertei-vos"... Quem não aceita que a Igreja ou irmãos que sabem mais, em nome da Igreja os advirtam e corrijam não entendeu o que é ser profeta. 



Na mística do pregador, não aceitar correção é o mesmo que teimar em atravessar o sinal vermelho. Um dia, acaba esmagado pelo trem da História. Aquele velho e teimoso astrônomo que não aceitou novos telescópios, nem as novas descobertas da astronomia, nem a opinião de seus colegas mais estudiosos, prosseguiu impávido e desatualizado a anunciar como definitivo o que via na sua luneta de l950. Quando viu as fotos do gigantesco Hubble, primeiro não acreditou, depois chorou de frustração ao ver o quanto se fechara no seu pequeno e ultrapassado observatório. Ao não aceitar ver o universo por outros telescópios pregadores da fé correm o mesmo risco. 

Sem auto-crítica acabaremos pregando como em l960, e a falar em "plêiade de moços" " mocidade miriádica" e a chamar Maria de "íris fúlgido", a conclamar os católicos num solene "eia, avante soldados da fé", e a jurar ante o "altar da pátria e da Igreja triunfante, em busca de um futuro e lustroso refulgir na glória celeste"... É, pois é!
 Pe. Zezinho, scj 

A NUVEM E A DUNA.

Uma jovem nuvem fazia sua primeira viagem nos céus, junto com um bando de outras nuvens enormes e fantásticas. 
Quando sobrevoavam o imenso deserto do Saara, as outras nuvens, mais experientes, disseram:"Ande, corra! Se parar aí estará perdida!". 
A nuvem, porém, curiosa como todos os jovens, deslizou para o fundo do bando de nuvens, que mais pareciam uma manada de búfalos em corrida."O que está fazendo? 
Mexa-se!", sibilou o vento atrás dela, tentando empurrá-la. 

Mas a nuvenzinha avistara as dunas de areia dourada: um espetáculo fascinante. 
Planou leve e suavemente sobre elas. 
Uma delas sorriu-lhe: "Oi", cumprimentou. 
Era uma duna muito graciosa, recentemente formada pelo vento, que desarrumava sua reluzente cabeleira. 
"Oi, meu nome é Ola", apresentou-se a nuvem."E o meu, Una", completou a duna. 
"Como vai indo aí embaixo?", perguntou a nuvem curiosa. 
"Muito sol e vento; faz calor, mas dá pra levar. E aí em cima?". "Sol e vento, grandes corridas no céu." "Minha vida é muito breve", disse a duna. 
"Quando vier o vento forte, talvez eu desapareça!" "Isso a entristece?" 
"Um pouco. É como se eu não servisse para nada." "Eu também logo vou virar chuva e cair. É meu destino." 

A duna hesitou um segundo, depois disse: 
"Sabia que a gente chama a chuva de 'paraíso' "? "Não sabia que era tão importante!", riu a nuvem. 
"Já ouvi velhas dunas contarem como a chuva é bonita", disse a pequena duna. 
"Com a chuva a gente se cobre de coisinhas maravilhosas chamadas flores." 
"Ah, é verdade, já vi." 
"Mas acho que nunca as verei... " concluiu melancolicamente a duna. 

A nuvem refletiu por um instante, depois acrescentou: "Eu posso chover em você! Mas aí você morre! 
Mas também vai florir", disse a nuvem. 
Então, deixou-se cair, transformando-se em chuva cintilante. 

No dia seguinte, a pequena duna estava florida. 
Giuliana Martirani 

22 de janeiro de 2011

NOVIDADES!!!!!!

Paz e bem meus irmãos e irmãs. Agora no nosso blog, temos vários lincks com notícias atuais. O que nos possibilita estar informado sobre os diversos fatos do nosso cotidiano. Espero que seja do agrado de todos. É claro que estamos abertos para comentários e sugestões de como melhorarmos este espaço. Este espaço esta na barra de postagens de crônicas. O título é: MANTENHA-SE INFORMADO. Um abrço a todos.

O PARTO DO UNIVERSO.

No princípio, 
o amor tomou conta do coração 
e das entranhas da Mãe Divina. 
Ela ficou grávida e foi gerando, 
em seu seio, este universo. 

Quando chegou a hora, 
a Mãe Divina deu à luz o firmamento, 
os astros e as estrelas, os planetas e os cometas. 

Ao nascer a Terra, suas entranhas comoveram-se:"É muito bonita!" 
disse ela. 
E então chamou o Sol para iluminar e aquecer este planeta escolhido e amado. 
Chamou a Lua e as estrelas para lhe dar mais vida e beleza. 

A Mãe Divina gerou a água e tornou a Terra fecunda. 
E foram nascendo plantas pequenas e grandes, com flores e frutos. 
Surgiram peixes na água e pássaros no céu, animais de toda espécie nas planícies e montanhas, nos campos e florestas. 

E a mãe Divina olhou para o fruto de suas entranhas e viu que tudo era muito belo, sentiu que tudo era muito bom! 

E quis dar à Terra o maior de todos os presentes: a capacidade de amar. 
Por isso, gerou o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança. 
Olhou para eles e disse: "Como se parecem comigo! 
Crescem e cuidem da Terra, façam dela uma habitação agradável". 

A Mãe Divina viu que tudo era muito belo, sentiu que tudo era muito bom! 
E fez uma grande festa para celebrar o nascimento do mundo. 
Delir Brunelli

A CRIAÇÃO.

A Mulher e o Homem sonhavam 
que Deus estava sonhando. 

Deus os sonhava enquanto cantava e agitava seus maracás, envolvido em fumaça de tabaco. E se sentia feliz, e também estremecendo pela dúvida e pelo mistério. Os índios Makiritare sabem que, se Deus sonha com comida, frutifica e dá de comer. 
Se Deus sonha com a vida, nasce e dá de nascer. 

A Mulher e o Homem sonhavam 
que no sonho de Deus aparecia um grande ovo brilhante. 
Dentro do ovo, eles cantavam, e dançavam 
e faziam um grande alvoroço, porque estavam loucos de vontade de nascer. 
Sonhavam que no sonho de Deus a alegria era mais forte que a dúvida e o mistério, 
e Deus sonhando os criava, e cantando dizia: 

- Quero este ovo, e nasce a Mulher, e nasce o Homem, e juntos viverão e morrerão. 
Mas nascerão novamente. 
Nascerão e tornarão a morrer, e outra vez nascerão. 
E nunca deixarão de nascer, porque a morte é uma mentira. 

Eduardo Galeano