A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

14 de março de 2015

Por que ler a Bíblia?


Por que ler a Bíblia?

É preciso ler todos os livros da Bíblia, entendendo que tudo converge para Jesus

A Bíblia é palavra inspirada, é Deus que se revela aos homens; em contrapartida, é necessária a fé de quem a lê. É preciso a adesão da fé para que essa palavra produza frutos na vida de quem se debruça sobre a Palavra de Deus e acredita na ação divina. E para que esta fé exista é preciso contar com o auxílio do Espírito Santo que nos direciona a Deus e nos dá o entendimento necessário para aceitar e crer na Revelação.

Já nos ensinou São Jerônimo: “Ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Não podemos ignorar Jesus. Temos de contar com o Espírito Santo, que nos conduz na leitura da Sagrada Escritura e nos põe no caminho do Cristo. Ler e acreditar na Sagrada Escritura é caminhar com o Senhor, é ouvir o Seu convite: “Vem e segue-me!”

Daí a importância de lermos a Sagrada Escritura, em especial os Evangelhos. Toda a Bíblia é Revelação de Deus. O Antigo Testamento e o Novo Testamento possuem a mesma importância, mas os Evangelhos têm um lugar de excelência, pois ali se encontra a vida de Jesus e todos os outros livros se convergem para o centro que é o Cristo.

Orienta-nos a Dei Verbum, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina: Ninguém ignora que entre todas as Escrituras, mesmo do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso salvador.

É preciso ler todos os livros da Bíblia, entendendo que tudo converge para Jesus. E quando lemos os quatro Evangelhos não é diferente. É importante ler estes livros para percebermos vários aspectos da vida de Jesus. Os quatro Evangelhos se completam. Cada um possui suas características próprias e vistos em conjunto nos ajudam a conhecer e seguir Jesus.

O Evangelho segundo São Marcos, por exemplo, quer nos apresentar a pessoa de Jesus. Precisamos conhecê-Lo, pois decidimos segui-Lo. Com o Evangelho de São Mateus, considerado o mais catequético dos quatro, aprendemos ensinamentos de Jesus, pois só é possível segui-Lo se soubermos como escolher o Seu caminho nas situações da vida. O Evangelista São Lucas nos apresenta a universalidade da mensagem de Cristo. É para todos! E somos chamados a anunciar essa mensagem a todos. E, por fim, o Evangelho segundo São João, que possui uma literatura mais simbólica, pois nos propõe a fé nos mistérios de Jesus, que é Deus.

Conhecer Jesus, saber Seus ensinamentos, levar a mensagem de salvação aos outros e experimentar fé nos mistérios divinos, eis alguns dos motivos pelos quais devemos ler e estudar os Evangelhos. Além disso, nos permitir compreender que Jesus é o centro da Sagrada Escritura, e assim ler cada um dos outros livros da Bíblia com suas características próprias e relacionando-os com os demais [livros bíblicos], é um bom caminho para aceitar o convite da Igreja de que nos debrucemos gostosamente sobre o texto sagrado (Dei Verbum), ou seja, sintamos seu sabor, seu gosto na nossa vida.
Denis Duarte - especialista em Bíblia e Cientista da Religião.

Dicas para não mimar os filhos


Dicas para não mimar os filhos

Ensinar o significado do ‘não’ ajuda os filhos para a vida

Nos dias de hoje, onde as facilidades são muitas, surge uma dúvida na educação dos filhos: será que os pais equilibram bem responsabilidades e bônus ou criam pequenos despostas que estão presos ao próprio umbigo , com probabilidades de se tornar uma adulto imaturo, mimado e egoísta. Por outro lado, existem pais que exigem demais e transformam crianças em adultos prematuros, que passam o resto da vida em busca da infância perdida.

A regra básica de convivência é não ceder a todas as vontades e impor limites, como exemplo, quando vamos a um shopping e as crianças querem comprar. Cuidado para não comprar tudo o que ela quer ou sempre que sair terá a obrigação de comprar algo. Entretanto, isso não impede que, em alguns momentos específicos, possa comprar algo, quando o orçamento e o comportamento da criança permitem.

Uma técnica importante é as crianças terem mesada e serem conscientizada de que, se gastarem tudo, na próxima saída não terão dinheiro para comprar; essa é uma forma de treinar para o consumo adulto consciente.

Os filhos são especialistas em chantagem e aprendem a reconhecer os pontos fracos dos pais, portanto, mantenha- se firme naquilo que não pode ser negociado.

Ensinar o significado do ‘não’ ajuda os filhos para a vida. Os pais precisam ser persistentes, pois a estratégia dos filhos é cansarem os pais, para que eles cedam. Então, mantenha o seu ‘não’. Não se sinta culpado por não poder dar algo material. Tudo isso passa, o que não pode faltar é o amor, o carinho e o apoio familiar.

No modelo antigo, os pais diziam não e saiam de perto, hoje os pais ficam explicando muito. Não se desculpe por cumprir regras. É preciso dialogar para que possam entender os motivos, mas precisam entender que precisam aceitar a autoridade dos pais. Como exemplo, uma mãe explica que a criança não pode tomar sorvete antes do almoço, porque tira o apetite. Isso nem sempre é entendido, mas precisa ser aceito.

Um ponto importante é preparar o filho para o mundo. Se os pais entregarem tudo na mão, terão dificuldades de adquirir autonomia em coisas maiores, pois já não as têm em outras menores. O mercado atual precisa de sobreviventes, portanto, além da autonomia é necessário introjetar valores para que possam ser autônomos sem perder a noção de respeito pelo outro.

Uma pergunta que não cala no coração das mães é qual a quantidade de responsabilidade podem dar aos filhos. Um atleta não começa levantando grandes pesos, mas à medida que vai treinando com pequenos pesos, vai criando musculatura para mais peso. Com os filhos não é diferente, comece dando pequenas tarefas, como recolher e guardar o brinquedo utilizado; à medida que eles vão crescendo, aumente as responsabilidades.

É importante ensiná-los a reconhecer os pontos positivos das obrigações que são cumpridas com eficiência, pois isso reforça o comportamento positivo. Os pais precisam de um alerta: nem tudo precisa de elogio, porque, quando o filho crescer, terá que fazer atividades que nem sempre serão reconhecidas pelos outros, mas é importante que continuem a fazer.

A convivência diária pode ser uma fonte infinita de aprendizados, por isso precisam utilizar as situações cotidianas, sejam elas boas ou ruins, para ensinar como viver em comunidade, desenvolver a maturidade e afetividade dos filhos.
Ângela Abdo - coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES)

A maior crise da atualidade


A maior crise da atualidade

Somos parte de uma sociedade em crise

Esta é uma clamorosa convocação proclamada pelo profeta Joel em época remota, há cerca de 400 anos antes de Cristo. O clamor do profeta é um apelo que indica o caminho para se vencer as pragas. Hoje, ainda que não acolhida pela vivência da religiosidade, é oportuno ouvi-la e compreendê-la como interpelação para enfrentar as crises que estão desarrumando o funcionamento da sociedade. Particularmente, é importante escutá-la quando se chega à conclusão de que a maior crise na atualidade é a de confiança. A credibilidade está em baixa, em razão de posturas e práticas adotadas na esfera privada e no inadequado tratamento do que é de domínio público. É hora de um recomeço, que é complexo e altamente exigente. Esse processo exige a indispensável ação e posicionamentos de lideranças, para que se alcance um novo tempo pela força da credibilidade que cada cidadão precisa prezar. Ser digno de confiança é o aspecto mais honroso da vida particular, profissional e cidadã.

As muitas reformas necessárias para superar os graves problemas enfrentados pelo país demandam a mudança prioritária e urgente do próprio coração, que é referência simbólica da confluência da racionalidade e dos sentimentos. O coração é lugar da produção e da manutenção de uma consciência pautada em valores cidadãos, no gosto pelo altruísmo e no mais nobre sentido de respeito ao outro. A incompetência humanística de lideranças e a falta de densidade espiritual são os mais desafiadores obstáculos que impedem a recuperação da confiança.

A mesquinhez de se priorizar o atendimento de interesses cartoriais, a estreiteza dos egoísmos, a busca do lucro e da acumulação de riquezas sem parâmetros éticos produziram processos de desumanização que agora não são fáceis de serem revertidos. Sem a recuperação da confiança, alicerçada na verdade das ações e na reverência pela justiça, de nada adiantará a operação de um conjunto, mesmo significativo, de reformas. As mudanças precisam ser precedidas e acompanhadas pela reforma do coração. “Rasgai o coração” precisaria se tornar uma “onda” que leva a um despertar novo da consciência. Um movimento que deveria envolver, inicialmente, os mais altos dirigentes, os ocupantes de cargos representativos, os formadores de opinião e os que têm papel mais decisivo na construção da sociedade. Essa “onda” deve incluir o cidadão simples, que paga o preço mais alto por tudo o que está na raiz da falta de confiança.

A crise de credibilidade envenena os funcionamentos de instituições diversas e desestabiliza as relações interpessoais. Trata-se de um sério problema que não se enfrenta sem a recuperação da competência humanística e também espiritual. A carência dessa qualificação leva às escolhas equivocadas que impedem a sociedade de funcionar nos parâmetros da verdade e da justiça. É hora de fixar o olhar não apenas nas dinâmicas viciadas em tantos segmentos, setores e instâncias. É urgente e prioritária uma reconfiguração do sentido mais profundo que rege o coração.

“Rasgar o coração” é prática que sempre se começa por uma escuta mais atenta e permanente dos clamores dos mais pobres. É inadiável o exercício de reconhecer e buscar superar as muitas misérias, todas produzidas pela falta de cidadania. Trata-se de tarefa capaz de gerar novas lideranças. “Rasgai os corações” é convocação e também um alerta. Indica que eventuais novas estruturas e funcionamentos, se não forem alcançados sem a geração interior e pessoal de novas atitudes, mais cedo ou mais tarde, se tornarão também corruptos, pesados e ineficazes.

É hora de ouvir o clamor dos mais pobres. Estamos todos desafiados a enfrentar a crise de credibilidade com novas respostas, particularmente com um discurso político que não seja paliativo. A sociedade na qual estamos inseridos estampa a vergonha de uma generalizada falta de envergadura moral e solidária. Um mal que cria o ambiente propício para sermos, cedo ou tarde, as próprias vítimas de alguma praga. O alcançar de um novo tempo tem como ponto de partida o convite: Rasgai o coração!
Dom Walmor Oliveira de Azevedo - O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte,

7 de março de 2015

8 de Março Dia Internacional da Mulher

Mulher Como Esta...


Para tal tempo, em dias como estes, foste chamada por Deus pra neste mundo
ser testemunha rica e altissonante como pessoa, filha, esposa e mãe!
Para tal tempo, em dias tão sombrios, de ódio e tristeza e muito desamor,
tu podes semear em muitas vidas as bênçãos do amor e compaixão.
Para tal tempo de conturbação. Deus exige de ti dedicação;
no lar, na igreja, em qualquer lugar; podes ser uma bênção, um traço de união.
Em tempos de descrença e de pavor é isto o que te pede teu Senhor:
um coração cheio de fé ingente. Voltado sempre pra teu reino eterno.
Os caminhos são muitos, a estrada é longa, muitas vezes deserta, tortuosa,
e sempre, sempre mostrará valor de uma vida separada pra servir.
Jamais teus olhos fugirão do alvo, do ideal de Deus pra teu viver;
erguerás marcos em cantos de vitória, edificando em santidade e luz.
Serás mulher de fé, tal qual Ana, “Valorosa e prudente como Ester”,
tão doce e pura e bem-aventurada como Maria, a mãe do Salvador.
De geração em geração teus filhos te chamarão bem-aventurada.
Mulher como esta, filha, esposa e mãe, recebe a aprovação do teu Senhor.
Andrônica Borges Alcântara, na Revista Visão Missionária.

Será que estou fazendo a vontade de Deus?

Será que estou fazendo a vontade de Deus?

Deus tem planos específicos para cada um de nós

Em Sua bondade e sabedoria infinitas, Deus define coisas importantes e especiais para nossa vida e nos conduz à realização de cada uma delas de acordo com a permissão que lhe damos. No entanto, justamente porque somos livres, muitas vezes guiados por nossas emoções e desejos, fazemos escolhas erradas e nos desviamos do plano que o Pai Eterno traçou para a nossa felicidade. Aí, sentimo-nos abatidos e, às vezes, perdemos até mesmo o sentido da vida. É como quem está em alto mar orientado por uma bússola e, fazendo uso da sua liberdade, resolve jogá-la fora e guiar-se sozinho.

No início, pode até parecer divertido e libertador, mas, depois de um tempo, começa a perceber os perigos a sua volta e procura, a todo custo, reencontrar o caminho para o porto seguro. O pior é que, nesta busca pelo porto, agarramo-nos aos destroços de coisas e conceitos vazios que nos fazem afundar ainda mais. E isso tem acontecido muito em nossos dias, onde a cultura do liberalismo nos envolve e arrasta para longe dos desígnios de amor que Deus tem para nós. Mas existe uma esperança! Com o auxílio da Graça Divina, sempre é tempo de reencontrarmos a bússola e voltarmos para os braços de Deus.

Dias atrás, uma jovem me procurou pedindo um minuto de atenção. Falou-me dos encontros e desencantos que a vida tem lhe proporcionado, das emoções feridas pela insegurança de um relacionamento que não deu certo, da frustração ao ver sua vida profissional abalada junto com as emoções e a dor de não ser acolhida como gostaria que fosse. Estava fragilizada, mas sua confiança no amor de Deus ainda a mantinha em pé. Aliás, ela mesma afirmou que foi este o motivo que lhe fez vir ao meu encontro. Depois de poucas palavras, concluiu com uma voz embargada e olhos rasos de lágrimas: “Eu só queria descobrir qual é a vontade de Deus para minha vida!”.

Foi justamente ali, enquanto ouvia aquela jovem e fazia um esforço tremendo para não dar sinal de que meu tempo já havia acabado, que decidi escrever sobre esse assunto. Acredito que saber discernir a vontade de Deus a nosso respeito é o segredo para a felicidade. Isso muda o rumo da nossa história e dá sentido a todas as coisas. Mas há um porém: não existe um manual com respostas prontas para essa descoberta. Assim como nossa vida é única diante de Deus, a vontade d’Ele a nosso respeito também é, e esta se revela sutilmente nas entrelinhas dos acontecimentos da nossa história. É preciso interpretá-la! Não podemos insistir em dizer para Deus o que queremos sem antes percebermos o que Ele realmente quer para nós, e isso exige humildade e perseverança.

O fato é que, conscientes ou não, lidamos com o nosso querer e o querer de Deus o tempo todo. Às vezes, estamos de comum acordo, e isso é maravilhoso, mas nem sempre é assim. E quando percebemos que nosso querer não traz paz e tudo indica que Deus nos reserva o contrário do que desejávamos, precisamos ter a coragem e a firme decisão de viver o abandono e optarmos pelo querer de Deus se a nossa meta for a felicidade. Isso é fácil? Claro que não! Aliás é muito difícil e nossa natureza parece que até range por dentro sem querer se dobrar, mas a vida prova que esta é a melhor escolha. No entanto, é importante lembrar que submissão à vontade de Deus é diferente de comodismo e falta de ideal.

É ter a coragem de sonhar, fazer planos e lutar por eles sim! Porém, dando a Deus a liberdade para mudá-los caso seja este o Seu querer. É algo desafiante, mas libertador. A Palavra do Senhor diz que Deus tem desígnios de felicidade para nossa vida (Jereminas 29, 11). E, por intermédio de Jesus, Ele nos mostrou o caminho que nos leva a ela. Por isso, quando vivemos de acordo com Seus ensinamentos expressos nas Sagradas Escrituras, nossa vida funciona em harmonia mesmo em meio às lutas; e quando os ignoramos, nossa vida se desintegra mesmo que pareça termos tudo que desejávamos.

O que eu disse àquela jovem digo também a você: confie seguramente no amor de Deus e acredite. Se você for fiel, Ele não vai desampará-lo! Quanto mais você se aproximar do Senhor, por meio de uma vida comprometida com a oração e a prática da caridade, mais confiança adquire e mais cresce no amor. Sendo assim, já não terá medo do que venha acontecer em sua vida no próximo instante, porque, seja o que for, será o melhor meio que Deus escolheu para sua felicidade.

“O amor lança fora todo temor” (1 Jo 4,18)
Dijanira Silva: Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova, 

Existe receita para ser uma mulher feliz?

Existe receita para ser uma mulher feliz?

“Posso fazer tudo que quero, mas nem tudo me convém. Posso fazer tudo que quero, mas não deixarei que nada me escravize.” (1 Cor 6,12)

Muita gente já escreveu sobre como as mulheres devem ser. Há uma infinidade de guias na internet e nas bancas de jornal com regras para isso e normas para aquilo: ‘Fique magra e linda em 10 dias” ou ”Seja a melhor profissional em cinco passos”, bem como ”30 dias para ser a melhor mãe do bairro” e até “Como agarrar o seu homem’’ etc. Em alguns casos, até nas falas de nossas mães e avós existem comentários como “Faz assim que é batata!”, na hora de dar conselhos sobre a vida.

Se você crê em Deus e busca viver de fé, lamento decepcioná-lo, mas essas ”receitas de bolo” estão longe de dar certo na sua vida.

Sofremos grande opressão social em meio a uma ditadura de costumes, modas, ideias e valores que propõem a liberdade feminina, mas, na verdade, aprisionam as mulheres, que, forçadas a ‘se enquadrar’ em um padrão inatingível, se martirizam e se frustram em busca da tal felicidade em cápsulas. Todas precisam necessariamente ser casadas, magras, loiras, mães perfeitas, com estudos e carreira construídos só de acertos, com direito a muitas selfies dessa vida feliz nas redes sociais? Quem disse?

As convenções sociais, a modernidade (ou a tradição), esse blá-blá-blá autoritário não leva em conta que cada pessoa é única, criada e moldada de modo singular, com um dia a dia que pode ou não conter esses parâmetros sociais para trazer uma vida plena e feliz.

Daí, diante de tanta pressão, aumentam os conglomerados de mulheres infelizes, pois se adequar a todos os requisitos ditados pela sociedade é tarefa hercúlea; afinal, cá pra nós, Mulher Maravilha é só no filme.

As mulheres de fé precisam lembrar que, como filhas de Deus, são livres para sonhar e fazer escolhas sempre, e isso não pode ser um problema, mas devem fugir daquilo que não edifica; ao contrário, escraviza.

Santa Teresinha dizia que Deus não coloca em nosso coração um sonho irrealizável. Porém, antes de se lamuriar porque sua vida não está como você sempre sonhou e ficar correndo atrás das modinhas de “como ser uma mulher perfeita”( que tem uma validade muito curta, o que aumenta ainda mais a pressão social) já parou para pensar se os sonhos do seu coração foram plantados em Deus ou baseados na ficção, na vida dos outros e nos delírios midiáticos com os quais somos bombardeados diariamente?

Aproveite para trocar o consumo de conteúdos vazios por alguma leitura que edifique suas ideias e sua alma. A oração pessoal e os sacramentos são vivências de fé que aumentam nossa intimidade com Deus e ajudam a tomar decisões com mais discernimento e atitude cristã.

Uma dose de bom senso, com pés no chão e coração em Deus, que pode tudo, não custa nada e fará com que nós, mulheres, percebamos que somos protagonistas de nossa história. Talvez a sua vida se adeque a algum dos padrões atuais mencionados ou a outros, mas a mulher que vive de fé deposita sua felicidade em Deus, não na busca desenfreada por seguir uma convenção social.

Gosto de lembrar de Nossa Senhora, tão à frente do seu tempo, que aceitou ser mãe do Menino Jesus sem se preocupar com o que os outros iriam pensar ou se era adequado aos padrões da época. Disse ‘sim’ aos planos de Deus, que não estavam em nenhum script social e é para nós, exemplo de uma mulher de fé. Que possamos pedir sua intercessão, para nos livrar de tudo que escraviza nossa vida e possamos ser mulheres de fé que sabem fazer escolhas livres e segundo a vontade de Deus.
Mariella Silva de Oliveira: Mineira , esposa, católica, feliz e amante de uma boa prosa. Jornalista, professora universitária,