A Palavra de Deus

A Palavra de Deus

DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

6 de julho de 2012

CREIO NO ESPIRITO SANTO


Creio no Espírito Santo
A Missão do Espírito Santo
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A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade coopera com o Pai e o Filho desde o início do desígnio de nossa salvação até sua consumação, mas, nos “últimos tempos” – inaugurados com a Encarnação redentora do Filho –, o Espírito se revelou e nos foi dado, foi reconhecido e acolhido como Pessoa (cfr. Catecismo, 686).

Por obra do Espírito, o Filho de Deus se fez Carne nas entranhas puríssimas da Virgem Maria. O Espírito O ungiu desde o início; por isso, Jesus Cristo é o Messias desde o início de Sua humanidade, isto é, desde Sua própria Encarnação (cf. Lc 1,35). Jesus Cristo revela o Espírito com Seus ensinamentos, cumprindo a promessa feita aos patriarcas (cf. Lc 4, 18s), e o comunica à Igreja nascente, exalando o Seu alento sobre os apóstolos, depois de Sua Ressurreição (cf. Compêndio, 143).

No dia de Pentecostes, o Espírito foi enviado para permanecer, desde então, na Igreja, Corpo místico de Cristo, vivificando-a e guiando-a com Seus dons e com a Sua presença. Por isso se diz também que a Igreja é Templo do Espírito Santo, e que Este é como a alma da Igreja. No dia de Pentecostes, o Espírito desceu sobre os apóstolos e os primeiros discípulos, mostrando, com sinais externos, a vivificação da Igreja fundada por Cristo. “A missão de Cristo e do Espírito se converte na missão da Igreja, enviada para anunciar e difundir o mistério da comunhão trinitária” (Compêndio,144). O Paráclito faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, no tempo da Igreja.

A animação da Igreja pelo Espírito Santo garante que se aprofunde, conserve-se, sempre vivo e sem perda, tudo o que Cristo disse e ensinou nos dias em que viveu na Terra, até Sua ascensão; além disso, pela celebração-administração dos sacramentos, o Espírito santifica a Igreja e os fiéis, fazendo com que ela continue sempre a levar as almas a Deus.

“A missão do Filho e a do Espírito Santo são inseparáveis, porque, na Trindade indivisível, o Filho e o Espírito são distintos, mas inseparáveis. Com efeito, desde o princípio até o fim dos tempos, quando Deus envia Seu Filho, envia também Seu Espírito, que nos une a Cristo na fé, a fim de que possamos, como filhos adotivos, chamar a Deus de ‘Pai’ (Rm 8, 15). O Espírito é invisível, mas nós o conhecemos por meio de Sua ação, quando nos revela o Verbo e quando atua na Igreja” (Compêndio, 137).
Miguel de Salis Amaral
opusdei

PONTOS BÁSICOS DA MORAL CATÓLICA



A Igreja valoriza a ciência em todas as suas áreas, mas não se cansa de afirmar que nem tudo que é possível à ciência e à tecnologia realizarem é ético e moral. O parâmetro de discernimento da Igreja é a Lei Natural que Deus colocou de forma permanente e universal nos corações e nas consciências das pessoas. Para a Igreja o que não é natural não é moral, e deve ser evitado. Especialmente quando a dignidade da vida humana está em jogo, a Igreja levanta a voz, em nome de Deus, para dizer ao homem que tenha prudência. O Catecismo da Igreja afirma no §2294, que: “É ilusório reivindicar a neutralidade moral da pesquisa científica e de suas aplicações…”

A Igreja sempre estimulou os estudiosos a procurarem pela ciência ajudar a vida do homem na terra. Mas o Cristianismo tem uma escala de valores onde o homem, por ser imagem e semelhança de Deus, ocupa um lugar especial, não podendo ser equiparado, em dignidade, a nenhum outro ser vivo. Assim, os resultados da ciência devem servir ao homem e respeitar a sua dignidade. Assim, a Igreja defende que a vida humana é um dom de Deus, sobre o qual o cientista não têm domínio absoluto; ela deve nascer e desenvolver-se não em laboratório, nem como fruto de recursos técnicos, mas como fruto direto do relacionamento pessoal entre esposo e esposa.

O desejo do progresso da ciência parece às vezes insaciável a alguns homens e mulheres de hoje. Em parte, o orgulho humano, o desejo de ser Prometeu (um rival de Deus) está na base de muitas tentativas da ciência sem compromisso com a consciência moral. A ciência e a técnica não são fins; são meios para engrandecer o homem, para que ele viva melhor, mas a ciência e a técnica não podem servir ao orgulho ou deleite do pesquisador, ou mesmo ser fonte de enriquecimento, em prejuízo para a dignidade do homem. A ciência deve trabalhar para o homem, e não contra o homem.

O emprego da ciência contra o homem tem sua causa no abandono de Deus. Michel Foucault, conhecido filósofo, observa que a “morte de Deus” gera a morte do homem: “Em nossos dias… não é tanto a ausência ou a morte de Deus que é afirmada, mas o fim do homem…; descobre-se então que a morte de Deus e o último homem estão estreitamente ligados” (Les mots et les choses 1967, p. 369).

Um personagem de Dostoiewisky, no livro “Irmãos Karamazov”, declara que “se Deus não existe, tudo é permitido”, pois a morte põe fim a tudo. A sociedade atual, que quer negar Deus, vive, neste triste ambiente, de desconfiança, insegurança, egoísmo e desespero, desembocando, na violência, nas drogas, nos desvios sexuais, na desesperança, e no profundo vazio existencial que leva à depressão. A ciência moderna é produto genuíno de uma visão judaico-cristã do mundo e tem sua fonte de inspiração na Bíblia. A visão pagã do mundo é a de um escravizante ciclo de nascimento-morte-renascimento, sem início nem fim, uma visão cíclica, onde a ciência não conseguia fazer progresso. Foi justamente a visão do cosmos, progressiva, derivada da doutrina cristã, que deu margem ao crescimento da ciência.

Paulo VI afirmou que “a ciência é soberana em seu campo, mas escrava com respeito ao homem”. Por isso, devemos rejeitar a noção falsa de uma ciência livre dos valores morais, ou a neutralidade moral da investigação científica e de suas aplicações.

Para que o leitor conheça alguns posicionamentos da Igreja no campo Moral, apresento em seguida alguns itens do Catecismo da Igreja Católica sobre este assunto. O filósofo romano Cícero já dizia, e sua República, que: “Existe sem dúvida uma verdadeira lei: é a reta razão. Conforme à natureza, difundida em todos os homens, ela é imutável e eterna; suas ordens chamam ao dever; suas proibições afastam do pecado.(…) É um sacrilégio substituí-la por uma lei contrária; é proibido não aplicar uma de suas disposições; quanto a ab-rogá-la inteiramente, ninguém tem a possibilidade de fazê-lo” (Rep. 3, 22, 33) .

A Igreja não tem dúvida em afirmara que: “A lei natural é imutável, permanece através da história. As regras que a exprimem são substancialmente sempre válidas. Ela é uma base necessária para a edificação das regras morais e para a lei civil (§1979). Esta Lei, que de modo especial está retratada nos Dez Mandamentos, exprime o sentido moral original, que permite ao homem discernir, pela razão, o que é o bem e o mal, a verdade e a mentira.

Como disse o Papa Leão XIII: “A lei natural se acha escrita e gravada na alma de todos e cada um dos homens porque ela é a razão humana ordenando fazer o bem e proibindo pecar. (…) Mas esta prescrição da razão não poderia ter força de lei se não fosse a voz e o intérprete de uma razão mais alta, a qual nosso espírito nossa liberdade devem submeter-se” (Leão XIII, enc. Libertas praestantissimum).

São Tomás de Aquino dizia que: “A lei natural outra coisa não é senão a luz da inteligência posta em nós por Deus. Por ela conhecemos o que se deve fazer e o que se deve evitar. Esta luz ou esta lei, deu-a Deus à criação” (Decem praec. 1). Com base nisso a Igreja ensina que: “Presente no coração de cada homem e estabelecida pela razão, a lei natural é universal em seus preceitos, e sua autoridade se estende a todos os homens. Ela exprime a dignidade da pessoa e determina a base de seus direitos e de seus deveres fundamentais (Cat. §1956).

Santo Agostinho exclamava: “O roubo é certamente punido por vossa lei, Senhor, e pela lei escrita no coração do homem e que nem mesmo a iniqüidade consegue apagar” (Confissões, 2,4,9). Portanto, há uma lei natural imutável (GS,10) e permanente através das variações da história. As regras que a exprimem permanecem substancialmente válidas. Mesmo que alguém negue até os seus princípios, não é possível destruí-la nem arrancá-la do coração do homem; é obra do Criador, e que fornece os fundamentos sólidos em cima dos quais pode o homem construir o edifício das regras morais que orientarão suas opções.

Com base na lei natural São Tomás dizia que: “Não se pode justificar uma ação má, embora feita com boa intenção” (Decem. prec. 6). O fim não justifica os meios. O ato moralmente bom supõe, ao mesmo tempo, a bondade do objeto, da finalidade e das circunstâncias.

Assim, a Igreja, “coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15), recebeu dos Apóstolos o mandamento de Cristo de pregar a verdade da salvação. Por isso, diz o Código de Direito Canônico: “Compete à Igreja anunciar sempre e por toda parte os princípios morais, mesmo referentes à ordem social, e pronunciar-se a respeito de qualquer questão humana, enquanto o exigirem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas” (cân. 747,2)
Felipe Aquino - Canção Nova

3 de julho de 2012

EVANGELHO PARA TERÇA E QUARTA-FEIRA

Ano B - Dia: 03/07/2012 Terça-feira

Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!"
Jo 20,2-29
Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse:
- Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Então Pedro e o outro discípulo foram até o túmulo. Os dois saíram correndo juntos, mas o outro correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro. Ele se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho; porém não entrou no túmulo. Mas Pedro, que chegou logo depois, entrou. Ele também viu os lençóis colocados ali e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus. A faixa não estava junto com os lençóis, mas(Eles ainda não tinham entendido as Escrituras Sagradas, que dizem que era preciso que Jesus ressuscitasse.) E os dois voltaram para casa. Maria Madalena tinha ficado perto da entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, ela se abaixou, olhou para dentro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus. Um estava na cabeceira, e o outro, nos pés. Os anjos perguntaram:
- Mulher, por que você está chorando? Ela respondeu:
- Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram! Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu. Então Jesus perguntou:
- Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando? Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu:
- Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo.
- Maria! - disse Jesus. Ela virou e respondeu em hebraico:
- "Rabôni!" (Esta palavra quer dizer "Mestre".)
Jesus disse: - Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles.
Então Maria Madalena foi e disse aos discípulos de Jesus: - Eu vi o Senhor!
E contou o que Jesus lhe tinha dito.
Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo:
- Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês. Depois soprou sobre eles e disse:
- Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados. Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé:
- Nós vimos o Senhor! Ele respondeu:
- Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer!
Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês! Em seguida disse a Tomé:
- Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia!
Então Tomé exclamou: - Meu Senhor e meu Deus!
- Você creu porque me viu? - disse Jesus. - Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!

Leitura Orante
A nós, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, 
rezando com todos os internautas:
Creio, Senhor,mas aumentai minha fé.
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 20,2-29, e observo as palavras de Jesus
Hoje é Dia de São Tomé, Apóstolo.O texto do Evangelho descreve sua presença no meio dos apóstolos como aquele que teve dificuldade para crer. Tomé (grego:Thomas) significa gêmeo e é também chamado Dídimo. É Tomé que pergunta a Jesus aonde vai e como conhecer o caminho. O evangelista João o descreve com alguém generoso e audacioso, em Jo 11,16, no episódio da morte de Lázaro: "Vamos também nós para morrermos com ele!", disse. Por outro lado, na Ressurreição de Jesus, seu testemunho deu origem à conhecida expressão: "incredulidade de Tomé". Marcante é também sua expressão de fé: "Meu Senhor e meu Deus!"
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 
Diz-me que o caminho é claro, objetivo, único.
Os bispos, em Aparecida nos indicaram caminhos: "Caminhos de vida verdadeira e plena para todos, caminhos de vida eterna, são aqueles abertos pela fé que conduzem à "plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina também se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural". Essa é a vida que Deus nos partilha por seu amor gratuito, porque "é o amor que dá a vida".Esses caminhos frutificam nos dons de verdade e amor que nos foram dados em Cristo, na comunhão dos discípulos e missionários do Senhor, para que a América Latina e o Caribe sejam efetivamente um continente no qual a fé, a esperança e o amor renovem a vida das pessoas e transformem as culturas dos povos." (DAp 13).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com:
Oração de São Francisco
Pe. Irala

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero
Que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leva a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz

Ó Mestre, fazei com que eu procure mais
Consolar, que ser consolado
Compreender, que ser compreendido
Amar, que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna.
(CD De olho no mundo - Cantores de Deus, Paulinas COMEP).
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de atenção aos vários chamados de Jesus. Se ainda não assumi, vou assumir meu compromisso de seguimento do Senhor.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Ano B - Dia: 04/07/2012 Quarta-feira

Jesus liberta do mal
Mt 8,28-34
Quando Jesus chegou à região de Gadara, no lado leste do lago da Galiléia, foram se encontrar com ele dois homens que estavam dominados por demônios. Eles vinham do cemitério, onde estavam morando. Eram tão violentos e perigosos, que ninguém se arriscava a passar por aquele caminho. Eles começaram a gritar:
- Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo?
Acontece que perto dali estavam muitos porcos comendo. E os demônios pediram a Jesus com insistência:
- Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!
- Pois vão! - disse Jesus.
Os demônios foram e entraram nos porcos, e estes se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.
Os homens que tomavam conta dos porcos fugiram e chegaram até a cidade. Lá contaram tudo isso e também o que havia acontecido com os dois homens que estavam dominados por demônios. Então todos os moradores daquela cidade saíram para se encontrar com Jesus; e, quando o encontraram, pediram com insistência que fosse embora da terra deles.

Preparo-me para a Leitura, rezando, com todos os que navegam na internet:

Em nome do Pai...
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Ó Jesus Mestre, Verdade, 
Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 8,28-34, e observo a atitude de Jesus contra o mau espírito.
Jesus demonstra sua postura contra o mau espírito: inveja, violência, egoísmo, ganância, orgulho. Demonstra que o Filho de Deus veio para "castigá-los" ou, expulsá-los. Jesus veio para livrar a pessoa humana de toda má influência. A perversidade era tanta que os espíritos maus se apossando dos porcos os precipitaram com violência no mar.
Se, de um lado, os dois homens e a população ficaram livres dos demônios, de outro, se sentiram prejudicados economicamente com o afogamento dos mortos. Por isso, pedem "com insistência" para que Jesus vá embora. Medo ou preocupação material impediram que os gadarenos desfrutassem da presença do Filho de Deus.
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje?
Deixo que a palavra me toque o coração? Que ela expulse qualquer sentimento mau que eu possa ter?
Busco unicamente a Deus, a minha libertação do mal? Minha preocupação com o bem-estar material é maior do que a vida espiritual, em Deus? Os bispos, na V Conferência em Aparecida, afirmaram: "Diante de uma vida sem sentido, Jesus nos revela a vida íntima de Deus em seu mistério mais elevado, a comunhão trinitária. É tal o amor de Deus, que faz do homem, peregrino neste mundo, sua morada: "Viremos a ele e viveremos nele" (Jo 14,23). Diante do desespero de um mundo sem Deus, que só vê na morte o final definitivo da existência, Jesus nos oferece a ressurreição e a vida eterna na qual Deus será tudo em todos (cf 1 Cor 15,28). Diante da idolatria dos bens terrenos, Jesus apresenta a vida em Deus como valor supremo: "de que vale alguém ganhar o mundo e perder a sua vida?" (Mc 8,36) (DAp 109).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Invoco o Espírito de Deus para que me liberte de todo mal.
Vinde, Espírito Santo,
E dai-nos o dom da sabedoria,
Para que possamos avaliar todas
As coisas à luz do Evangelho
E ler nos acontecimento da vida
Os projetos de amor do Pai.
Dai-nos o dom do entendimento,
Uma compreensão mais
Profunda da verdade,
A fim de anunciar a salvação
Com maior firmeza e convicção.
Dai-nos o dom do conselho,
Que ilumina a nossa vida
E orienta a nossa ação segundo
Vossa Divina Providência.
Dai-nos o dom da fortaleza.
Sustentai-nos, no meio de tantas
Dificuldades, com vossa coragem,
Para que possamos
Anunciar o Evangelho.
Dai-nos o dom da Ciência,
Para distinguir o único necessário
Das coisas meramente importantes.
Dai-nos o dom da piedade,
Para reanimar sempre mais
Nossa íntima comunhão convosco.
E, finalmente, dai-nos o dom do
Vosso santo temor,
Para que, conscientes de
Nossas fragilidade,
Reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo, E dai-nos um novo coração. Amém.
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Os bispos, na Conferência de Aparecida lembraram a constatação de são Paulo:
A criação leva a marca do Criador e deseja ser libertada e "participar na gloriosa liberdade dos filhos de Deus" (Rm 8,21). (DAp 28). Eu me proponho a ajudar as pessoas a viverem esta libertação.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
Irmã Patricia Silva, fsp

O TRABALHO DE SORRIR



Sorrir é reconhecer o outro como pessoa. Abrir um sorriso é começar a mudar o mundo, porque significa colocar o amor – e não o egoísmo ou o interesse pessoal – no centro da vida humana.

A Encíclica de Bento XVI – Deus Caritas Est sobre o amor apanhou de surpresa os meios de comunicação em todo o mundo. Muitos esperavam um documento que denunciasse os graves males que atingem a nossa sociedade. Mas qual não foi a surpresa quando se depararam com um texto ao mesmo tempo muito sugestivo e muito terno. Num dos últimos parágrafos, o Papa diz: “O amor é uma luz – no fundo, a única – que ilumina constantemente o mundo em trevas e nos dá a força para viver e agir. O amor é possível, e nós podemos pô-lo em prática, porque fomos criados à imagem de Deus. Viver o amor é levar a luz de Deus ao mundo. Este é o convite que desejaria fazer com esta Encíclica”. Um pouco antes, havia explicado que “o amor não se reduz a uma atitude genérica e abstrata, mas requer um compromisso prático aqui e agora”. Uma das maneiras de pô-lo em prática é dar-se ao trabalho de sorrir.

Como todos apreciamos o sorriso amável das pessoas! Ao mesmo tempo, como é frequente que nos recusemos a sorrir! É estranho que, gostando tanto de que as pessoas nos atendam com um sorriso, nós sejamos, às vezes, tão renitentes em sorrir para a pessoa que nos pede um pouco de atenção. Os meios de comunicação, habitualmente, mostram-nos rostos violentos, irados ou doloridos, que nos comovem, mas quando nos põem, diante dos olhos, caras sorridentes, tendemos, com frequência, a considerá-las falsas e forçadas, pensando que essa amabilidade seja apenas um disfarce, uma tática para conseguir algum proveito ou interesse próprio. Da mesma forma, achamos difícil que alguém nos possa acolher com um sorriso afetuoso sem nos conhecer, mas, ao mesmo tempo, todos nos lembramos da maravilhosa experiência de um sorriso que nos acolheu logo no início da manhã e que foi capaz mudar o nosso dia. É uma pena menosprezar o sorriso, pois é um dos mais típicos traços do ser humano. Ludwig Wittgenstein – que muitos consideram o filósofo mais profundo do século XX – anotava numa obscura passagem das suas Investigações Filosóficas: “Uma boca sorridente só sorri num rosto humano”. Com essas palavras, Wittgenstein afirma que, para haver um sorriso, é preciso que haja um rosto humano que dê significado a ele; mas, talvez, sugira também que um rosto só é plenamente humano quando sorri.
Os filósofos da escolástica medieval já haviam percebido que a capacidade de sorrir é uma característica própria dos seres humanos, uma propriedade derivada, necessariamente, de sua essência. Omnis homo risibilis est, diziam: “Todo homem é capaz de rir”. Dar-se ao trabalho de sorrir é um modo aparentemente simples de tornar este nosso mundo um pouco mais humano e, assim, tornar mais humana a nossa própria vida.

Para entender um pouco mais, vale a pena recordar a gênese do sorriso, o modo como ele surge na criança. Segundo dizem os especialistas em desenvolvimento infantil, quando um bebê se sente satisfeito, apresenta no, arco bucal, um reflexo espontâneo que faz a mãe pensar que ele está sorrindo. Emocionada com o aparente sorriso do seu bebê, a mãe o premia com carícias e festinhas afetuosas. Por sua vez, entusiasmada com essa onda de ternura efusiva, a criança corresponde imitando a expressão do rosto materno com um sorriso ainda mais franco e aberto. Esse processo educativo tão peculiar mostra que o sorriso não é um mero reflexo espontâneo de prazer, mas sobretudo uma valiosa conduta comunicativa.

Certa vez, uma aluna do doutorado veio visitar-me junto com a sua filha Carmen, que tem pouco mais de um ano. Demos à menininha um brinquedo simples para entretê-la enquanto conversávamos sobre filosofia. Em um dado momento da conversa, quando rimos abertamente de uma piada filosófica, Carmen uniu-se entusiasmada às nossas risadas, como se tivesse entendido alguma coisa. Com essa risada espontânea, deu-nos uma verdadeira lição de filosofia: rir juntos, sorrir uns para os outros, cria espaços formidáveis para a comunicação.

Sorrir é reconhecer o outro como pessoa: sorrimos para o porteiro ao entrarmos no edifício onde trabalhamos, mas não para a máquina de fotocópias que está no corredor. Existem pessoas nas quais o sorriso parece ser natural. Vem-me à memória o maravilhoso sorriso de João Paulo I, que, nos breves dias do seu Pontificado, encheu o mundo de esperança. No livro que ele escreveu, poucos anos antes, intitulado 'Ilustríssimos Senhores', podemos ler o seguinte: “Infelizmente, só posso viver e distribuir amor no corre-corre da vida cotidiana. Nunca tive de fugir de alguém que estivesse querendo matar-me, mas não faltam aqueles que põem a televisão alta demais, ou fazem barulho, ou simplesmente são mal-educados. Em todos esses casos, será preciso compreendê-los, manter a calma e sorrir. Nisso consistirá o verdadeiro amor sem retórica”.

Tudo leva a crer que um sorriso, aparentemente tão natural, é fruto de um prolongado esforço de muitos anos. Algo parecido contava-me um colega, relatando a sua experiência: “Há épocas – dias – em que sorrir é um ato heroico, pelo menos para mim; dias em que dormimos mal, dias em que não nos sentimos bem, física ou psicologicamente; dias em que temos preocupações ou a cabeça tão ocupada que não conseguimos colocá-la nas pessoas que se encontram ao nosso lado. Mas se você se propuser, conseguirá sorrir e até arrancará comentários do tipo: 'Você, sempre sorrindo! Como deve estar de bem com a vida!'. Mal sabem eles o quanto cada sorriso está me custando!”

O sorriso suscita sempre muita gratidão, tal como no caso da mãe com o seu bebê. Quem sorri colhe, muitas vezes, o sorriso e o afeto dos outros. É muito conhecida aquela afirmação de William James, um dos fundadores da psicologia contemporânea: “não choramos por estarmos tristes, estamos tristes, porque choramos”. Parece-me que algo semelhante se pode dizer do sorriso. De fato, quando encontro pessoas que sofrem por causa do seu isolamento, das suas dificuldades de comunicação com os outros, costumo animá-las a que se empenhem em sorrir para os que estão à sua volta; não sorrimos, porque estamos contentes, mas estamos contentes porque sorrimos. Não importa que, num primeiro momento, o sorriso seja forçado ou pareça artificial, mas depois, com a prática repetida, vai-nos tocando por dentro até que chega a alegrar o coração.

Alguns pensam que a história humana é movida pelas guerras, que o motor do progresso social e científico são os conflitos e os confrontos. Mas Bento XVI nos recorda, com a sua Encíclica, que é precisamente o contrário: o motor da história – se é que a história tem um motor – é o amor, é o diálogo e a comunicação entre as pessoas e entre os povos. O que ele nos ensina é que mudaremos o mundo à base de carinho. Neste sentido, pôr-se a sorrir é começar a mudar o mundo, porque significa colocar o amor – e não o egoísmo ou o interesse pessoal – no centro da vida humana. Por isso, se quisermos começar a mudar o mundo, vale a pena levar a sério o trabalho de sorrir.
Jaime Nubiola

O AMOR VENCE O ODIO



“O que é ruim é que tudo está assim no mundo: o ódio que devora, a ira que nos torna seus prisioneiros e o rancor que nos envenena”. Dom Notker Wolf

O botânico George Washington Carver (1864-1943) superou um terrível preconceito racial para estabelecer-se como um renomado educador americano. Rejeitando a tentação de ceder à amargura pela maneira como foi tratado, Carver escreveu sabiamente: “O ódio interior acabará por destruir aquele que odeia”.No livro Bíblico de Ester, vemos como o ódio pode ser autodestruidor. Mordecai, um judeu, se recusou a curvar-se diante de Hamã – que se atribuíra importância de dignitário na corte persa. Isso irritou Hamã, que manipulou informações para fazer Mordecai e seu povo parecerem ameaças ao império (3,8-9). Quando terminou de tecer suas intrigas, Hamã apelou ao rei persa para matar todos os judeus. O rei promulgou um decreto nesse sentido, mas, antes que ele pudesse ser cumprido, Ester interveio e o plano diabólico de Hamã foi revelado (7,1-6). Enfurecido, o rei executou Hamã na forca que o intriguista havia construído para Mordecai (7,7-10). "As palavras de Carver e as ações de Hamã nos lembram de que o ódio é autodestruidor. A resposta bíblica é virar o ódio ao contrário e pagar o mal com o bem”, escreve o reverendo Dennis Fisher. “Não torneis a ninguém mal por mal...”, disse São Paulo Apóstolo (Romanos 12,17). Quando oferecido, “não vos vingueis a vós mesmos...” (v.19). Ao contrário, faça o bem perante todos os homens (v.17), para viver em “... paz com todos os homens” (v.18).

“É através do perdão que uma pessoa se redime dos sentimentos amargos que podem transformar a vida em um inferno. Assim, a gente assina um acordo de paz com o seu destino. Para mim, em todo caso, todo perdão é uma vitória do amor sobre si mesmo”, diz Dom Notker Wolf.

Não existe no mundo um sentimento tão sublime e tão poderoso como o amor. O amor vende tudo!
Pe. Inácio José do Vale
Professor de Teologia

MOTIVOS PARA NÃO PERDER A ESPERANÇA


Sempre desejamos que nossa vida seja um oásis de paz e harmonia. Porém, quando buscamos em nós mesmos estes sentimentos, ficamos confusos e, por vezes, acabamos nos desanimando. Descobrimos em nossa fragilidade que estamos longe do ideal que sonhamos. Contudo, é necessário nunca perdemos a esperança. O céu que buscamos começa a ser construído dentro de cada um de nós, no hoje da história.

Em nossa caminhada rumo ao céu que sonhamos, alguns passos são fundamentais:

1 – Respeitar o diferente
Nem sempre é fácil conviver com quem pensa diferente de nós. O respeito para com o outro nasce a partir do momento em que o reconhecemos não como um inimigo, mas como um ser humano limitado, necessitado de nossa ajuda e compreensão. Assim como ele, ainda estamos em processo de construção. Deus ainda não nos terminou.

2 – Evitar o julgamento
Todo o julgamento sempre nos conduz a graves desentendimentos. Jesus nunca julgou o outro, pelo contrário, sempre olhava para cada pessoa a partir das possibilidades que o ser humano carregava no seu coração. Quando julgamos o próximo, experimentamos, em nós mesmos, a consciência de que também não somos perfeitos.

3 – Reconciliar-se com o tempo
Queremos tudo para hoje e não damos ao tempo o período necessário para o amadurecimento interior de nossos sentimentos. Muitas pessoas têm se sufocado e sufocado outros com sua pressa e ansiedade. Quem colhe frutos verdes experimenta em si mesmo o amargo das antecipações.

4 – Reflexão interior
Cada gesto, atitude, palavra, olhar e decisão trazem em si as suas próprias consequências. Nossas escolhas sempre terão alguma consequência em nossa vida. Diante da vida e de seus desdobramentos, uma pergunta é sempre essencial: Qual lição eu aprendi com este acontecimento na minha vida? A cada lição aprendida, o tesouro da nossa sabedoria irá se enriquecendo com as pérolas do aprendizado.
 
5 – Viver em comunidade
Em tempos de comunidades virtuais, a vida real clama pela nossa presença. Nada pode substituir um abraço, um sorriso, um olhar carinhoso e terno. A vida em comunidade nos torna irmãos e irmãs. Quem se isola foge de si mesmo e dos outros.

6 – Ser solidário
A solidariedade é o amor ao próximo manifestado em gestos concretos. Nossos gestos solidários ganham inspiração cristã quando reconhecemos, em quem precisa de nossa ajuda, o próprio Cristo.

7 – Cultivar uma vida espiritual
A alma se alimenta daquilo que a ela oferecemos. Só iremos crescer interiormente quando alimentarmos nosso coração de uma espiritualidade madura e cristã, que reconheça a Cristo Ressuscitado como base de nossa fé.

8 – Alimentar-se da Palavra de Deus
Se o alimento é necessário à saúde biológica do nosso corpo, a Palavra de Deus é alimento seguro para a saúde de nossa vida interior. Quem busca, na Palavra de Deus, a luz para guiar seus passos terá seu caminho iluminado pelo amor do Pai.

9 – Ser amigo do silêncio
Tão importante quanto a fala é o silêncio. Se com ela ocorre a comunicação verbal, com o silêncio do nosso coração ocorre a comunicação espiritual. Coração silencioso é abrigo para as respostas de Deus à nossa vida.

10 – Vida de Oração
Quando descobrimos a Deus como um amigo, jamais podemos ficar um dia sem falar com Ele. Na oração fazemos a descoberta de uma amizade em que o filho se abandona totalmente nas mãos do Pai que o ama infinitamente. Se a oração é dialogo, a conversa que nasce desta relação entre nós e Deus se chama amor.
Padre Flávio Sobreiro