A Palavra de Deus

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DOPAS

DOAÇÃO, ORAÇÃO, POBREZA, ALEGRIA E SIMPLICIDADE

31 de julho de 2017

A amizade segundo Santo Agostinho


A amizade segundo Santo Agostinho

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com







Como Santo Agostinho concebe a amizade?

O tema da amizade é abordado por Santo Agostinho numa das suas principais obras, as ‘Confissões’. É destacado, em vários momentos, nesses escritos, que os seus relacionamentos mais sinceros e profundos tiveram como ponto de partida a verdadeira amizade com o amigo dos amigos: Deus.

O bispo de Hipona traz uma novidade em seu tempo ao unificar o conceito filosófico de amizade com a sua concepção cristã. Com isso, Santo Agostinho concebe a amizade, com seus princípios arraigados em Deus, que se dá por meio do Espírito Santo e gera frutos de caridade.

Amizade com Deus

Conforme Santo Agostinho, a amizade deve estar intimamente ligada a Deus, porque Ele é o primeiro Amigo. Em ‘Confissões’, ele versa que “bem-aventurado o que te ama, Senhor, e ama ao amigo em Ti, e ao inimigo por amor a Ti; só não perde o amigo quem tem a todos por amigos Naquele que nunca se perde”. Esse amor acontece, verdadeiramente, quando temos por fundamento o vínculo de amizade com Deus, pois, para construir uma amizade verdadeira é preciso ser amigo d’Ele.

Ama-se Deus ao amar um amigo, e só se ama de verdade um amigo quando se ama a Deus. E para amar e ser amigo de Deus “posso sê-lo agora mesmo”, disse Santo Agostinho.

Contrário à verdadeira amizade, a Bíblia, em Tiago 4, 4 exorta que “todo aquele que quer ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus”, onde, da mesma forma, Santo Agostinho acentua que a amizade com este mundo é adultério contra Deus. Claro que, aqui não se trata do mundo como criação do Criador, mas no sentido de tudo que se opõe ao Senhor.

Amizade com os amigos

Santo Agostinho, ao se referir a um poeta, que chamou ao amigo de “metade da sua alma”, exprime sobre a relação profunda de amizade. Chega a dizer que “sentiu” que sua alma e a de seu amigo não eram mais que uma em dois corpos. Uma forma simbólica para falar da união de uma verdadeira amizade, em que não se quer viver pela metade por ausência do amigo.

A amizade é uma relação de alma para alma, visando sempre a caridade em Deus, pois não deve ser um relacionamento de interesses egoístas, mas de gratuidade. Porque é uma preciosidade, já que, um “amigo fiel é poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro.” (Eclesiástico 6,14).

Amizade Agostiniana para hoje

Uma forma de viver os ensinamentos de Santo Agostinho sobre a amizade é ter claro em nossos relacionamentos, que só se consegue ser amigo de verdade, quem é amigo de Deus.

A Sagrada Escritura afirma que “amigo fiel não tem preço, é imponderável o seu valor. Amigo fiel é bálsamo vital e os que temem o Senhor o encontrarão.” (Eclesiástico 6, 15-16) E Santo Agostinho fala que “a amizade é tão verdadeira e tão vital, que nada mais santo e vantajoso pode-se desejar no mundo”.

Concluindo, no livro das ‘Confissões’ ele diz: “Eu amava a meus amigos desinteressadamente, e também sentia que eles me amavam com o mesmo desinteresse”. A amizade passa por um amor maduro e desinteressado entre os amigos, cujo maior interesse é que ambos sejam amigos de Deus.

Márcio Leandro Fernandes: Natural de Sete Lagoas (MG), é missionário da Comunidade Canção Nova e candidato às Ordens Sacras. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Canção Nova, 

Graça, vocação e identidade da Igreja

Graça, vocação e identidade da Igreja


A Igreja nos convida a refletir e divulgar a Boa Nova

A Liturgia da Igreja aproxima três acontecimentos em vista da manifestação de Jesus ao mundo: a Epifania, no dia de Reis, comemorada no domingo; o Batismo de Jesus no Rio Jordão, celebrado na próxima segunda-feira; e as Bodas de Caná, com o Evangelho proclamado neste sábado. Jesus veio ao mundo para nos salvar, abrir o caminho à plena comunhão da humanidade com Deus. Faz parte do plano eterno do Senhor que venha à plena luz o mistério da graça e da salvação. Os eventos que celebramos são carregados de apelos ao nosso compromisso com a divulgação da Boa Nova.

Os magos, sábios do Oriente, também chamados de reis, aos quais lendas e romances já acrescentaram outros amigos que continuaram a buscar, com nomes atribuídos pela devoção e pela tradição, expressam a universalidade do Evangelho, que quer e deve chegar a todos, sem fronteiras nem obstáculos. Neles se encontra a sadia inquietação, plantada pelo Espírito Santo, presente em todas as pessoas que buscam a verdade. Sua consciência é simbolizada pela estrela-guia. Tamanha importância adquiriram na tradição da Igreja, que, chamados de santos, trazem consigo presentes e dons, oferecidos ao Menino Deus. Neles todos nós nos encontramos, especialmente quando as circunstâncias da vida e as muitas lutas de nossa história pessoal nos tenham feito sentir-nos distantes. Neles está nosso espaço, nossa estrada e nosso encontro. Nos Santos Reis Magos, a Igreja “em saída” certamente encontra padroeiros! Os distantes encontraram seus padrinhos!

As margens do Rio Jordão ficaram cheias de peregrinos, gente machucada pelas próprias dificuldades ou pela situação de sofrimento em que se encontrava a Palestina em tempos de ocupação romana. Dentro deles, a esperança da chegada do Messias, o sonho de uma boa notícia, tanto aguardada e sustentada pelas gerações que os precederam, especialmente à luz dos muitos profetas que entreviram a luz no horizonte ainda longínquo. Era o desejo da salvação. De repente, alguém que diz não ser a luz, mas a prenuncia, homem chamado a preparar os caminhos, preencher os vales e abater os montes. Seu nome é João Batista e sua missão tem ponto alto quando o próprio Messias esperado se aproxima: “Jesus veio da Galileia para o rio Jordão, até junto de João, para ser batizado por ele. Mas João queria impedi-lo, dizendo: ‘Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?’ Jesus, porém, respondeu-lhe: ‘Por ora, deixa, é assim que devemos cumprir toda a justiça!’ E João deixou” (Mt 3, 14-15). E a luz apareceu! A multidão já pode seguir aquele que inicia sua vida pública, o Filho amado sobre o qual repousa o Espírito Santo. O mundo já não é mais o mesmo!

Em Caná, uma festa de casamento é a ocasião de Jesus se manifestar, trazendo consigo a participação de Maria, aquela que oferece a receita do milagre – “Fazei o que ele vos disser” – para que os discípulos acreditem. Eles um dia serão feitos missionários, e experimentaram o vinho novo e o tempo novo. Eles já não são mais os mesmos, e o que são agora é melhor do que tudo o que viera antes.

Seja um semeador

No início do novo ano, pode acontecer que as emoções das festas recentes se desmanchem rapidamente, até porque muitas vezes ficaram na superfície. As pessoas descobrem que, sem a novidade que vem do alto e de dentro, a ação de Deus em suas vidas, elas continuam as mesmas. As esperanças podem se diluir e as pessoas se encontrem no marasmo ou na proclamação das crises, repetida à exaustão. Os cristãos trazem dentro de si o desafio de serem semeadores de uma novidade que nunca esmorece. Aceitem, pois, o desafio de uma dinâmica diferente, prontos a sair de si mesmos, para ir ao encontro dos outros, como nos convida o Papa Francisco. Para tanto, é necessário escolher o seguimento de Jesus, ir atrás d’Ele, encantar-se com suas palavras, descobrir a novidade de sua presença. E a novidade será sempre atualizada, o ano e as pessoas nunca ficarão velhas, se aceitarem a recomendação da Virgem Maria: “Fazei o que ele vos disser”. Sair, seguir, fazer! Três verbos decisivos para a vida cristã no ano novo.

As manifestações de Jesus iluminam nosso início de ano. E sabemos que o seu anseio é que o mundo seja diferente: “Eu vim lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Um batismo eu devo receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra!” (Lc 12, 49-50). Temos diante de nossos olhos e de nosso coração um mundo complexo e desafiador. Não nos cabe esconder-nos no medo e no desânimo, pois o Senhor venceu o mundo (Cf. Jo 16, 33). A partir das manifestações de Jesus, diante dos estranhos e distantes, frente às gerações que o esperam, ou nos lares nos quais já falta o vinho da alegria, ninguém fique desanimado, mas assuma com coragem o desafio da evangelização.

Acolha e propague a evangelização

De fato, vale para todos os cristãos a proposta da Igreja: “A tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja; tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição” (Evangelii nuntiandi, 14).

Evangelizar é graça a ser pedida e acolhida. Só o Espírito Santo pode mover os corações e transformá-los por dentro, sem violentar-lhes a consciência e a liberdade. A todas as pessoas que aceitarem este desafio, nossa proposta é de uma intensa vida de oração, rezando pela evangelização, especialmente nas periferias geográficas e existenciais, nos ambientes mais difíceis existentes na Igreja e no mundo. Evangelizar é vocação! Não é lícito à Igreja e aos cristãos fugir da raia! A todos, sem exceção, nos diversos estados de vida, cabe uma tarefa evangelizadora. Cada um descubra seu lugar, pois não existe cristão sem vocação. O documento de identidade da Igreja é a evangelização. Ela existe para que todos os homens e mulheres conheçam a Jesus Cristo, a ele venham a aderir e viver a plenitude da vida que só o Senhor pode oferecer. Os cristãos tenham o rosto da alegria do Evangelho, que “enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria” (Evangelii Gaudium, 1).

Dom Alberto Taveira Corrêa: foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte.  Hoje é Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

A riqueza da leitura meditada e orante da Palavra de Deus


A riqueza da leitura meditada e orante da Palavra de Deus

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com







A leitura da Palavra de Deus deve ser meditada diariamente

Descrevemos, com curiosa naturalidade, nosso cotidiano como “corrido”, em uma rotina na qual não nos sobra muito tempo. Mas há uma preocupação em especial à qual devemos nos atentar: será que nossas orações diárias fazem parte da nossa rotina como qualquer outra tarefa?

Sabemos, com certeza, que a oração é importante para nos fortalecer diante dos desafios do dia a dia. É preciso entregar-se à Providência Divina, confortar o coração com as palavras de clamor e afastar as preocupações, entregando o futuro nas mãos de Deus. Mas não somos apenas nós que falamos com Deus, dirigindo a Ele nossas orações, também Ele fala conosco nas Sagradas Escrituras. A leitura meditada e orante da Palavra nos ajuda a nos entregarmos, de coração manso e humilde, a ouvir Deus falar conosco.

Jesus Cristo nos ensina: “Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10,42). Essas palavras foram dirigidas a Marta, que acolheu Jesus Cristo em sua casa e pôs-se a providenciar todo o tipo de afazer doméstico; enquanto sua irmã, Maria, estava sentada aos pés de Jesus e ouvia Suas Palavras.

Os afazeres diários não podem nos afetar

Ora, devemos pensar no quanto nós mesmos nos deixamos ocupar por diversos afazeres, deixando de sentar, ouvir e meditar o Evangelho. Nossas orações e nossas leituras das Sagradas Escrituras não podem se tornar mais um dos afazeres diários que realizamos sem a devida espiritualização. E uma forma de entrega à Palavra de Deus, por meio de uma leitura atenta e profunda, é chamada de Lectio Divina.

Deus fala conosco

Nas palavras do Santo Papa João Paulo II: “Elemento essencial da formação espiritual é a leitura meditada e orante da Palavra de Deus (lectio divina), é a escuta humilde e cheia de amor d’Aquele que fala”. A Lectio Divina é uma leitura que se faz da Bíblia, de uma passagem um pouco mais longa, que se acolhe de coração como a Palavra de Deus dirigida a nós. Se, na oração, falamos com Deus, na leitura da bíblia, Deus fala conosco.

Pode ser realizada de uma forma pessoal, tomando a Palavra como um encontro particular com Deus, que escutamos enquanto lemos e respondemos em oração. Em grupo, a leitura orante deve trazer consigo a inspiração das práticas da comunidade, como exercícios espirituais, retiros, devoções e experiências religiosas.

Não nos deixemos enganar, pensando que a Lectio Divina é uma leitura direcionada apenas às pessoas consagradas, para as comunidades paroquiais ou para as associações e movimentos da Igreja. Sendo certo que a leitura orante representa um encontro íntimo com a Palavra de Deus, ela se mostra uma importante prática para fortalecimento da fé do mais culto clérigo até o mais simples paroquiano.

É bem verdade que exige uma catequização adequada para que se possa compreender bem do que se trata a lectio divina, e que contribua para esclarecer seu sentido litúrgico. Mas, de forma nenhuma, isso deve afastar o cristão de sua prática.

Meditação da Palavra

O ideal seria que cada comunidade organizasse um grupo de leitura orante da Palavra, que pudesse levar a prática de lectio divina a um número cada vez maior de cristãos. Para que haja uma correta orientação, o Sínodo dos Bispos, em sua XII Assembleia Geral Ordinária, tratou da “Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, dedicando um capítulo para abordar a lectio divina. Também podemos facilmente encontrar, no site da Santa Sé, as meditações da prática da leitura orante pelo Papa Bento XVI, que servirão de inspiração àqueles que desejam aderir à prática.

Nas mensagens do Papa Francisco, também podemos descobrir que “A lectio divina introduz a conversação direta com o Senhor e desvela os tesouros da sabedoria. A amizade íntima com Aquele que nos ama torna-nos capazes de ver com os olhos de Deus, de falar com Sua Palavra no coração, conservar a beleza dessa experiência e partilhá-la com quantos têm fome de eternidade”.

Ao realizarmos a leitura da Palavra de Deus com o coração calmo e entregue a ouvir o que Deus tem a nos dizer diretamente, estamos nos fortalecendo em uma fé consistente, que nenhum desafio cotidiano possa abalar, nem por um minuto. Desejo que nossas comunidades e cada um de nós tenha a clareza e ocasião de “escolher a melhor parte”.
Canção Nova

Jesus precisa curar as profundas feridas familiares


Jesus precisa curar as profundas feridas familiares

Foto: Aldo Murillo by Getty Images




As feridas familiares são geradas por três motivos

Na vida familiar, acontecem situações que provocam feridas profundas nas pessoas que a compõe: esposo, esposa e filhos. Quantos sofrimentos são gerados por causa de comportamentos que se observam nas pessoas e que acabam ferindo as outras!

Neste texto, quero partilhar, por meio do que colhi em minhas pesquisas e experiência de vida, três causas importantes que provocam as feridas que precisam ser curadas na vida familiar.

Primeira causa: a rejeição

No seio da família acontecem muitos casos de rejeição: pai que rejeita o filho, porque este apresenta algum comportamento negativo ou não de acordo com suas expectativas; mãe que rejeita a filha, porque esta tem manias ou por ciúme e até inveja; filha ou filho que rejeita o pai, porque este bebe, fuma ou tem outros pecados; esposa que rejeita o marido (até em situações de sexualidade conjugal); esposo que rejeita a esposa e assim por diante.

A rejeição provoca rupturas interiores profundas no laço do relacionamento humano e se manifesta em sentimentos de mágoa, fechamento e individualismo. O pior é quando a pessoa acaba se sentindo rejeitada por todos, até por Deus. Para fechar essa ferida, é preciso pedir a força do Espírito Santo e o exercício da acolhida mútua, da aceitação do outro como ele é, com defeitos, imperfeições e pecados. No lugar da atitude de rejeitar, colocar a atitude de aceitar e amar.

Segunda causa: a desavença

Você pode observar como a raiz de todas as brigas na família é porque damos lugar às desavenças, agressões e brigas. São discussões enormes, as pessoas acabam não se entendendo mais e, por qualquer coisa, acabam se agredindo com palavras e, às vezes, até com socos e tapas. O que mais acontece é a agressão moral: palavras que destroem, de acusação e constrangimento.

São pais que ainda agridem seus filhos: batem, brigam, xingam e ofendem. Filhos que perderam totalmente o respeito pelos seus pais. Esposos que agridem suas esposas e as humilha, muitas vezes, na frente dos filhos. Tudo gera sentimento de ódio e vingança, revolta e indignação, perda de sentido da própria vida.

Como curar isso? Com as palavras de Jesus: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Exercitar a virtude da tolerância, pedir a graça de ser controlado em seu temperamento pelo Espírito Santo. É preciso rezar e pedir um coração manso e humilde como o de Jesus, para ser curado dessas feridas todas e buscar o diálogo, a conversa franca e amiga.

Terceira causa: a indiferença

Em muitas famílias não acontece a rejeição, nem qualquer tipo de agressão, mas as pessoas deixaram de ser carinhosas e atenciosas entre si. As situações de trabalho e a correria do dia a dia levaram-nas a ter atitudes de indiferença. Pais que não estão nem preocupados com seus filhos, que deixaram de colocá-los no colo e de lhes fazer um gesto de carinho e afeto.

Entre irmãos, vemos que cada um vive sua vida de forma independente, sem qualquer tipo de envolvimento afetivo. Entre cônjuges, então, a situação é caótica: às vezes, eles até têm relações conjugais, mas com frieza, cada um buscando seu próprio prazer.

Isso tudo provoca a fuga (bebida, drogas, fumo) para compensar a necessidade humana de amar e ser amado. Dessa forma, acontecem os divórcios e separações. Filhos que saem de casa para viver sua vida, por não suportarem um relacionamento frio e sem amor.

Jesus pede que recebamos um novo Pentecostes, como um derramamento do Espírito Santo, para que transborde o amor de Deus de nós e passemos a distribuir amor e carinho principalmente entre os de casa. É essa a vontade de Deus, como disse o saudoso Papa João Paulo II: que se construa uma civilização do amor no seio familiar (Familiares Consortio).

Depois dessa reflexão, que o nosso coração rejeite tudo que destrói nossos relacionamentos e nos apropriemos da graça de começar de novo, de retomar uma vida vivida no amor. Que Deus nos ajude nisso.

Diácono Paulo Lourenço, membro do segundo elo da Comunidade Canção Nova

RETOMANDO A CAMINHADA DO BLOG DO ECC

Boa noite paz e bem! Depois de muito refletir resolvi tocar em frente este trabalho de evangelização através desta ferramenta. Durante um bom tempo eu e a Rosane buscamos juntos textos e mensagens que de alguma forma levassem boas notícias aos nossos irmãos na fé. Com a partida dela eu não me vi buscando temas e e mensagens com o mesmo entusiasmo.  Passado um ano e retomando toda a caminhada vou tentar voltar as publicações com a mesma qualidade que ela me ajudava a registrar. 

"Nesta escola chamada Terra há alunos em diversos graus, alguns mais adiantados, outros mais atrasados, mas o mais importante é que todos estão aprendendo de um jeito ou de outro.

Busquemos compreender as nossas limitações e as dos outros, sem jamais perder a fé e a esperança. A fé e a esperança são as vitaminas essenciais para mantermos a nossa saúde física, emocional e espiritual. 

Lembremo-nos de que Jesus está no leme deste barco da vida, nos guiando e nos amparando em todos os instantes".

Sendo assim Sigamos na paz de Jesus!!